domingo, 28 de fevereiro de 2010

A sede


O que faz um coração que, extasiado pela a angústia se deixa ser levado como um barco a deriva, no alto mar do desespero, fechar-se por completo, não deixando uma só brecha, apagando de si mesmo a última réstia de luz que existe? Como pode os olhos cheios de lágrimas buscarem freneticamente desta vida a razão do seu sustento? Eis que olhando os passos que foram dados, sinto-me que caminhei demais e tudo aquilo que fiz não foi válido na minha vida. Admirei-me da grande luz que se formou diante dos meus olhos quando, meus sentimentos, palpitando como um coração ingénuo, doce e sonhador, quiseram sim, tocar com leveza, a simplicidade, a doçura e a maestria sincera de um amor que aos meus olhos, apesar de não terem visto a beleza que eclode deste a minha infância, sempre sonhara e sonhando, criou-se na minha mente que existiria sim, mesmo que demore um rio de felicidade que um dia ainda vai se derramar no meu ego, levando-me a um grau absoluto de êxtase completo e límpido. A verdade, quando se sonha com um amor claro e cândido, o coração na sua simplicidade, tende a cada dia mais ansiar demasiadamente e, quando o cheiro desta suave essência demora a nos chegar as narinas, sentimos-nos um vazio onde nada preenche o vácuo deixado pela a vontade de se conhecer e se viver um imenso e celeste amor.

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