quarta-feira, 1 de julho de 2020

UM SONETOS E UM POEMA







UM SONETOS E UM POEMA


POEMA


MATÉRIA VIVA

A DOR

Eu sinto frio. A terra oscila. Eu caio!
Vejo o céu nu envolvido em trapaças
A noite tem marcas de fundos passos
Criado no afã abandono de um lacaio

O vento úmido se mistura com o sal
Das lágrimas que do leve rosto cai
E essas dores afeias que não saem
O céu e a terra se tornam um abissal

Não sei nada! E se sei me confundo
Com a aparência semelhante criada
Igual a minha! Empós o mundo cai!

Cai sim! Ergo-me triste e sem graça
A dor que no meu peito foi fundada
Esvai-se dor! De dentro de mim sai!



 POEMA

MATÉRIA VIVA

Mexe-se estendida a matéria enlanguescida.
A ganhar pelas as narinas a existência, a vida.
Diversos elogios molhados que suspiram.
Sofisticados aromas que espraiem respiros.

Flores de doces perfumes inconfundíveis.
Quem cheira seu doce aroma respira.
Sabores gotejantes suaves e mordíveis.
Onde o coração transpira.

Fresca adrenalina que causa correria.
Sobre a luz aromática da fragrância:
- O fogo se ateria?
E por acaso se consumiria?
Morreria ou se ressuscitaria?


Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas

Brasília,02/07/2020
02:55