sábado, 27 de junho de 2015

MERGULHOS ÍNTIMOS


“MERGULHOS”
UMA
ÁGUA  de ardor com vitórias
 e conquistas no sereno 
olhar de um perfume que
se afunda nas gotas do 
coração, e dentro do mar 
de desejos dos seus 
sonhos.  

Por que
 à BEIRA-MAR se vive, e a 
temperatura da sua 
ÁGUA convida para um
 mergulho. 

Assim
 o encaixe se fixa quando
 se sobe à tona para
 respirar.
Vorazes a perscrutarem
 entontecidos o êxtase de emoções consagradas na ressureição 
embebecidas de entusiasmos. 

Um prazer que ruge profundo 
a cortejar as lágrimas quentes
 que se queimam com os 
calafrios da alma.

Densos a rodearem
a sensibilidade que empina
 beijos faceiros a passos úmidos e perturbados. 

Arrebatadas 
pétalas que se agacham na 
claridade dos olhos.

 A luz ardente 
de graciosidade fluindo grandes
 alegrias nos lábios dissimulados 
que se agarram.

 A nutrir borbulhante e 
fervelhada, e de tamanho 
exato, e ainda fermentada 
do vinho despendido a escorrer
 pelos os braços.

 Uma joia nas pálpebras 
com o seu corporal que viaja
 nas estrelas que caem e não 
se esgotam.

 Pois existe a 
cumplicidade do amor sendo
carregado e depois unificado.
Oh!
 Subir à tona para respirar!


A excelência do íntimo 
de interação do ímpeto da água, e 
onde se mergulha para se 
sair todo ensopado, e no som
 brilhante de condução das suas
 gargalhadas.

 Potência de
 efeito sutil no acústico intérprete 
do cântico apaixonado. 


Somos lavados!

Instaurada 
e tocada o respiratório da
pele quando ela mergulha 
para sair molhada.

O senso desperto... Tresloucado 
na conversa com o perfume ao
 qual se entrega.

 Ouvindo em 
um céu aberto sonhos 
deslumbrados que crescem.

Umedecem os olhos a tremerem 
nas curvas comoventes dos
 beijos que se incendeiam palpitantes.

 Braços que se abrem e depois 
cheios se fecham.

 O dourado vestígio que 
soa sussurros que soluçam, e que 
sobem e descem...

 Abençoada 
luz que para ficar mais intensa 
a outra bebe.

Espere...

 Se um cala 

outro pede!

OH!
 SUBIR À TONA PARA RESPIRAR!

As vozes 
colhendo milagres no silêncio
 e a construir castelos de
EMOÇÕES. 

 A enxergarem
 ruídos e ecos em sequências
 rítmicas, e em grandes momentos 
que duram até o som das águas 
declamarem o seu silêncio.

 Cingidas,
 entrelaçadas as volúpias a luzirem
 as suas mãos abertas.

Instantes em que
 os delírios crescem...

 As mãos se fecham
 nos seios sequiosos e trêmulos que 
 palpitam gozos supremos. 
E não se cansam porque a água 
umedece...

 E por todo o corpo ela
 desce.

Esguichos de fôlegos sendo
 derramados.

 A divertir o lago
 profundo que molda as saliências.

 Rasgam-se os alentos e vêm à tona 
os juramentos, e que são confissões a
 balbuciarem estendidas tudo 
aquilo que a alma sente.

OH!
 SUBIR À TONA PARA RESPIRAR!
MERGULHAR PARA
SE 
AFOGAR!

No
 seu corpo...
 nos seus beijos...

 nos
 seus seios arrebatadores
 cheios de feitiços e
 desejos...

 Nos aromas
 dos seus sussurros e nos sedutores toques dos seus 
dedos.
POR QUE

Dentro
 de mim a púrpurea boca 
aberta

Nervo 
doce de fantasia a 
palpitar

mãos
 de folias loucas que se deixam
 tocar

ânsias
 de volúpias que faz a alma 
sonhar

Dentro
 de mim o intangível da pele a 
borbulhar

braços
 divinos entontecidos para 
abraçar

face 
extasiada que se levanta no 
desejar

os florais
 na boca que não cansam de 
mastigar

nos lábios
 a fonte dos beijos não cessa de
 andar

o seu vinho
 doce não cansa de se 
derramar

cravado 
no meu seio invade o mar de
 amar

e dentro
 de mim os belos ventos 
norteiam

o corpo
 que se lança na beleza do
 olhar

astros 
efêmeros de prazeres me
 incendeiam



Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas

Brasília, 27/06/2015
Vinte e uma horas e vinte minutos.

Só faltava essa:
 "A mariposa voa e voa e cai justamente no meu copo de café..."