sábado, 22 de novembro de 2014

DESASSOSSEGO


PORQUE
 AS EFERVÊNCIAS
 perturbam, e com arruaças as suas
 quentes palpitações aflitas
 caminham
 loucas pelo o coração.
DESASSOSSEGO

Eu
 sou o resultado de uma inibição onde se articula o sujeito dos 
seus próprios desejos. 
E neste discursório apelo por uma prévia pulsativa de uma
 só fantasia para que se exprima na minha existência
 a conclusão do seu real.
Por que
 febril dissipa o mar calmo da alma e a vulnerabilidade
 integrativa da 
sua ereção primordial cai nas desilusões de uma atração 
sem energia.

É o sósia enigmático!


Com a sua tonicidade dentro de uma psíquica a reverenciar
 o espelho 
que opera simétrico e consistente o
“EU-PELE”
 AO
“EU-FOGO”. 


Circular 
por baixo da sua pele e depois
 emergir para receber os ventos 
que sopra da sua boca, e sob a sua
 inquietação dilatante ainda sentir
 grandes desejos de voar, e sem 
direções pelas as aventuras das 
suas águas salivares que banha e 
faz lavar a carente e tão rica
 alma dos seus prazeres.

Sendo aquecida pelos os seus
 sopros, e que se deixa arranhar
 pelas as gotículas orgásticas que 
passeiam pelos os seus campos.

OH, DESASSOSSEGO!

 A pairar como fogo ardente nas 
tempestades que vêm dos seus abalos,
 e que se formam em chuvas de
 apegos e carícias de desejos!

Fervores que se espalham para 
aprisionar O ÁLCOOL que vem 
e dissipa os meus sentidos alargados
  dos prazeres estonteantes 
dos seus abalos.

Tenho que levantar os meus
 voos e beijar os meus próprios
 lábios, porque neles estão encrustados
 as delícias que não se mostram.
Uma inspiração que se aloca em 
uma poética ardente.

 E ninguém me
 morde a língua e com a minha doce saliva não 
enche sua boca.

O seu céu que tinge constelado com 
os seus suaves lábios fervescentes e cadentes.

Existe 
um chamado fora do coração.

Uma inquietação que
 aguça os sentidos curiosos.

Eis que se levanta algo sublime, 
e quando dele se experimenta...

O seu efeito brilhante alucina e
também domina.

 Soluçante e palpitante e vem 
como uma dor.

 (Ai! Ai!) 

Um licor gotejante, convulso,
 transfigurado em forma 
líquida de gritos alucinantes.

 A descer e subir perdido
e errante na alma. 

Atônico, inquieto no seu 
céu de desejos secretos.

OH, MEU DEUS!


E vem a encher o apetite 
voraz dando liberdade as sarças
 da mente.

 Perfeita sensualidade
 cativante a apanhar seu bálsamo,
 entoando inesgotáveis furtos 
de nudezes.

 A SE ENROSCAREM NA PELE.

 A comerem delírios massacrados
 dos suores, aparições 
inoportunas do seu fetiche de
 luxo e graça.

 A manipularem 
todos os seus sentidos.

Olhos fechados, cravados nos
 beijos pálidos e abertos. 

A dançarem nas luzes vendadas
 da alma, entre fios vivos de 
cabelos tocados, imaginados, e
 a se esmagarem no pulsar da pele.

A varrerem para dentro 
da boca os seus orgasmos.

A brindarem com as suas injeções 
as infecções do corpo estendido, 
entregue na gravidade
 vertida dos seus delírios. 

A derramarem o seu hálito nos
 estouros dos seus gestos
 que se agarram. 

Unhas de cortes que crescem, 
apertam e deixam as suas marcas.

 Rodam braços e faz cócegas 
por onde quer que eles passem.

Entrelaçados de espasmos.

A borbulharem insanidades, 
e que depois escorrerem pelos 
os lábios.

Línguas a invadirem os densos 
apertados espaços, e que se 
abrem e se alargam...
 E por todos eles as línguas passam.

E as bocas se enches de água!

Insinuações das curvas dos 
suspiros dos seus seios
 incendiários, e que disparam 
no exato momento que diante
 de ti se acha.

Excitações alteradas e
 alternadas de toques estimulados
 por uma contração rítmica do
 coração no clímax do seu sonho,
 latente, pulsante e arrebatador.

O altar do seu olhar que santifica
 a virtude da glória sendo induzida 
a um ousado erótico. 

A desterrar celebrados sonhos
 dourados que se entregam aos
 seus desvarios, e acua a sede 
tocada das sensações nos botões 
dos seios que se eriçam todos
 molhados, cobiçosos ardores 
permeados de cheiros nas
 suas cavidades...

 Molhadas de 
ensejos das relíquias doces que aprisiona 
o ventre e capta as manobras 
dos embalos dos 
corpos tombados.

- FALAS DE MIM?

Ungir o amor delicioso 
com os sucos dos perfumes
 das paixões maravilhadas.

 Pasta de carícias em vapores
 transformados.

Suaves afrodisíacos 
aromáticos das bocas 
 perfumosas que exalam...

Despejados  fogos a arderem 
embebecidos de abrasadores licores.

Transes cambiantes dos
 calores das mãos ruborizadas.

A submissa a passear excedida
 pela a Fênix que morre e
 depois retorna a vida.  


Crepitando e dilatando as 
pálpebras de Vênus PELAS 
AS GARRAS REALÇADAS E 
TORTURADAS de um doce 
veneno...
E sem cerrarem...
 Os fluírem olhares, suspiros,
 abraços feitos risadas a brincarem
 e depois se queimam os beijos
 que saem da lareira dos lábios.

 A ferver o coração do corpo com
o seu poder...

 E na sua
combustão instantânea...

Um corpo alongado, dinâmico
 com textura de dependência e
 significado, e no destaque da 
sua fome asas agarradas nos 
seios dos pensamentos, coroando
 uma figura distraída, o 
simultâneo dos movimentos a 
aludirem às formas de um 
culto imenso.

- Onde me levas?

 pois tateio incerto
 e no acaso de um além-céu fulgente,
e com a sua comitiva de 
constelações a nascerem nuas 
 de ousadas fantasias ardentes!


Dorme-se contínuo a realizar 
as remoções inconscientes, latente
 elaboração de o seu talhar ao 
sonhador que não é estranho.
  
O DESASSOSSEGO
 de um conteúdo 
vivenciado pelas as curvas dos 
nervos.

 Fantasias não reveladas
 que agora vêm à tona, e sob 
diversas formas de suspiros e 
gemidos, e também gritos que
 andam por fora e explodem 
por dentro.

Quem tem ouvidos ouça!

Que belo ser dividido a 
experimentar o revelar de uma
ânsia...
 Um pudor que cresce
 e lateja incessante...

 Abrem-se as cenas no coração
 do homem, e as variações 
transitivas das suas perturbações não 
são imaginárias.

 É a flagelação 
da sua alma em um gesto erótico 
sem braços para agarrar o 
intento do seu torpor.

- FALAS DE MIM?


      Alucinatória é a fórmula
 dos meus dedos que se abrem 
e se fecham.

 A buscarem ânsias infinitas.

Os  consolos 
dos prazeres momentâneos,
 e ainda apascentar no seu 
esconderijo a conclusão fática da
 sua escolha em uma neurose 
obsessiva e masoquista para 
concluir o seu erotismo em
 um sumário de desejos.

- FALAS DE MIM?

Evolutivos, mas invisíveis aos 
olhos de quem me olha.

Os germes do arcabouço das minhas
 formas SE COMEM, por que na minha
 metamorfose somente viram 
uma libélula a voar tão inocente, 
e nem perceberam o peso do 
meu corpo que na sua engorda
 tombou cheios de desejos e 
luxúrias. 

Plantar o anunciado e tê-lo 
como cruz da salvação para 
excomungar os pecados, mas 
o Dom maior sempre vem ao 
coração e faz raiar a liberdade:

- FALAS DE MIM?

Alcança e abrange o meu coração
 possuidor dos sonhos.

 A vagarem 
no peito e se rebentarem em gozos 
enfebrecidos com os beijos de 
volúpias.
 A se afogarem no vulcão 
dos delírios entorpecidos de uma sonolência.


- De ondes vêns,
 ó livre arbítrio?

 E por que vagas tu a quebrar
 o peito com o teu 
desassossego?

 A envolver com teus braços 
de relâmpagos o azul 
umedecido dos meus ensejos?

Um raio que vem e parte!

Tombo-me e solto o ar gélido  
enamorado, e nas ilusões da 
sua realidade me ponho 
a chorar.

Um frio úmido a bramir irônico
 nas nuvens que pairam e faz
chover torrenciais nus de 
desejos.

Reverenciar-te nos uivos dos
 lábios que se mordem e 
gotejam ferventes o teu mundo 
ardente.

A passear transvestido 
de mil ferventes fantasias
 a me convidar! 

Mas é belo 
o encanto das suas criações!

 A coroa dos voos das suas 
ilusões nas noites estreladas do
 seu luar.

 A se dissolver em 
perfumes ungidos.

 A pairar no lago prateado
 das emoções...

 O mais sublime pólen-ouro 
infinito das suas flores ardentes.

 Inebriantes a se voltarem deliciosas
 com os seus semblantes chorosos.
  
A derramarem ínfimos bafos das
 suas manhãs sorridentes.

A gelarem ferrosos os ventos 
do amor que se deslocam
 por todo o corpo.


Oh, bela fisionomia mudada
e embriagada!

 A se fixar e depois a se mover
 nos instantes que o silêncio 
ativa a luz das imaginações! 

Seus elementos correm e são 
latentes e observam a frágil alma
 que se enrosca e titubeia
Hesitante...

A agitar os impulsos
 irracionais para o sacrifício do 
espírito!

Quem compreenderá a acidez
 da profundidade do ser humano
 ao tentar devorar as volúpias 
das anomalias das inquietações 
do seu desassossego?

Sentimento a se inclinar cheio 
de egoísmos, e onde suas emoções 
solutivas só pertencem aos desejos 
por um objeto sobre formas dos 
seus agrados e das suas torrentes de 
luxúrias. 

Extenso é a proporção do seu
 juízo que fenece complexos 
arbitrários para a formulação 
do seu crescer inato, e em uma tese
 que nos seus olhos funde o
 anonimato das suas 
ardências eloquentes.

Oh, feiura de uma educação
 imoral! 
E que aborda e informa
 que o meu desassossego se
 inclina no seu veredicto único!

Tenho dúvidas se é a morte
 ou a salvação!


Esvaziar os apelos dos desenhos 
deslocados que emergem 
imediatos com atribulações
 inquietantes, legíveis e de relevos
 sombreados pela a alusão da 
fome.


Oh! Quantos imaginários de 
influências, densos de potenciais
 abrangentes e platônicos quando
 se leem os elementos das 
suas visões !

Os escritos amplos 
dos sonhos com o seu maior
 verbete a se derramar no 
duplo perfil dos desejos da
 paixão.

- FALAS DE MIM OU DE TI?

Por que as cores saem do seu ferro 
em brasa, e o seu forjar energético
 se estende nas inesgotáveis 
nuanças que são inseridas no 
criador do seu fogo.

Obedecer a uma sentença com 
apenas as regras dos seus prazeres e
 assim produzir apenas imitações
 dos efeitos já alcançados...

Oh, coração turvo e sem noção! 

E que nas suas cominações não 
compõe o êxtase das seleções
 das cenas verdadeiras, e que 
tapa-olhos para não vacilar
 diante das suas engrenagens.
Possuidoras das descoordenações
 de inglórias aos 
verdadeiros atos límpidos do
 espírito!

Oh, distraída autoridade excêntrica 
de um simples mortal com os 
seus fetiches e fórmulas!

 A ouvir e obedecer aos fantásticos
 inventos da sua mente profana! 

Eis a caça!

A mergulhar dilacerada no
 gozo do fogo de Sodoma.

 A medir as colheitas desenfreadas
 das volúpias e prazeres, e a 
mesclar desvaliado o que serei
 EU depois do abate do meu
 animal.

Absorvo a fusão redonda do corpo
 que rola, e que na sua estranheza 
mística ignora a consciência
 fundadora da sua filiação sensível 
ao espírito, e as promessas 
descobertas acabam quando suas 
narinas cheiram a incompatibilidade 
da alma.
Oh, pontos de rupturas sem exílio!
 O enviado educador é apenas
um principio do fechamento de
 um período, e que depois se
 abre com os seus torrenciais
de convites insanos!

Projeta-se um fundador estrangeiro
 no meu âmago, e o bárbaro da 
sua distinção é um Mito hospitaleiro
 do meu desassossego, e as suas 
confidências são estorvos com 
sua alterada língua a enriquecer
 os meus pensamentos com suas
 mirabolantes graças das perdições.

Oh, Parthenon de deuses todos
 poderosos! 


A mercê dos seus próprios conceitos
 e na defesa de si mesmo para se
 usufruírem do banquete da
 imoralidade!


São compulsivos a polirem os 
seus círculos de poderes, e das 
suas pirâmides enterram os 
ossos dos mortais.

 A pendurarem suas leis nos
 fixos olhares inocentes, e deles 
retiram suas forças para vencerem as suas
 tolices.

Oh, que bela atração de repulsão
 de um ímã quebrado a se imantar
 com partículas tão frágeis e 
medrosas!  

Que insensato esquecimento 
das fábulas das paixões dentro do seu 
império particular!

 A moerem a 
demência das suas recordações, e 
a se entregarem nas estranhas
 incapacidades de uma Messalina 
contagiosa e magnetizada de
 loucura! 
   
E os meus olhos se sujam porque
 te carrega no seu brilho, e os
 milagres das suas pupilas é um
 suicídio eterno. 


Que belos prêmios coroados 
de glórias em conhecer um sentido
 que não se cura.

 E o seu EU doente
 anda pelos os santuários de
 louvores.

 Nas colônias das lendas
 descobertas, e erice sobre ele 
um pastor que respira e cambaleia
 pelos os delírios dos outros.

 Estupefato,
 enervado a olhar a cordeirinha
 com grandes torrenciais de 
entusiasmos e intenções de 
estranhos vapores líquidos.


Respirar
 o seu ar no seu subterrâneo, e
 assim torcer as convulsões da 
pele e dos lábios, e assim soltar palavras
 voluntárias a amante do seu 
desassossego. 


OH, DESASSOSSEGO!

"As cores das tuas noites foram pisadas, esmagadas e
 os olhos da lua posto em ti estão molhados, e entre os gritos 
de um sol que em pedaços arranca as estrelas, e essas  caem
 mórbidas, enlanguescidas  de um fulgor de 
labirinto de desejos insondáveis.


Por que
 fincado na sua memória um
 DESASSOSSEGO ressoante 
a vicejar no sangue da alma que triste só 
chora". 
- FALO COMIGO!

 POR QUE O DIREITO DA MINHA 
HERANÇA  FOI ALVO DE VOTAÇÃO DAS TUAS
 INSANIEDADES.

OH, DESASSOSSEGO!

Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 22/11/2014

21:00

Devo voltar?