sábado, 7 de abril de 2012

ONDE EU ME ESCONDO?

 
AS INSTIGAÇÕES DA ALMA
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Há uma silhueta de uma mulher que estreia o lugar por onde deslizam meus pés. O instinto personificado de uma chuva... Que opera nos meus sentidos a sua personificação... Como em formas de suspiros... São excessivos no meu coração o prazer que surge a cada fechar de olhos. Como relâmpagos, revelando as suas formas, e a sua audiência grandiosa na minha boca. Os seus sublimes movimentos evocam as formas do seu belo e instiga a cognitiva domação do meu visual, para aprazer as grandes uniformidades do seu sentir no corpo. Afiguram-se os seus símbolos sintomáticos que são derramados na flor dos pensamentos, levando a sua reação ao coração, e esse, na tentativa de abarcar a sua totalidade, transfere o seu mover para a pele que sente o dardo dos sinais da sua paixão.
O efeito da sua composição, provocam as transitórias inquietações, que vão ao encalço dos instrumentos dos seus abalos: as lágrimas.
São acenos eróticos que movimentam o ar da boca e o sonho voa, ensaiando o psíquico da sua lógica e a afeição do seu perfume, que se espalha na sua lua de braços e beijos ardentes, cuja insígnia, resplandece na dualidade do olhar e sentir.
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O amor é uma janela que me permite vislumbrar as criações dos dispositivos românticos do meu coração”. Abro a sua porta e saio para vivê-lo, e, às vezes, como em um labirinto, perdo-me, outras, acho-me entre delírios e sorrisos de felicidades.
Os movimentos dos contornos dos afetos, nos vastos e ilimitadas pensares, eis que, os argumentos de tensões causam ao jardim da respiração do meu corpo, certos tremores, e às vezes, as descrições dos seus espetáculos me sufocam.
O seu caminhar por dentro de mim causa êxtases e o meu espírito recolhe o seu odor e cobre a pele em grandes mesclas de sensações.
Forças me dão a ousadia e eu vos suplico que não me negues os meus despojos! Examino o sangue das minhas peregrinações e os cânticos dolentes que destilam a virgínea beatitude do fluir do meu íntimo, cujo jugo o meu espírito sela o seu liame na sua lua de austeridade, e, sempiterno é o juramento do seu titulo de amor que a minha alma agora a repele.
Eu sou o amado do ser volúvel! E lanço a minha face cheia de deslumbramento diante de ti, para que dela recolhas as flores que não murcham. Por que os meus olhos não são estranho para o amor e o seu som é transitório e rasga, de súbitos, as tristezas dos teus olhares, povoando os pensamentos do céu da tua consciência, e nos meus olhos, encontrarás ouvidos que te ouvem e enverdecem os botões celestiais das flores do teu campo, porque, é o meu coração que zela por ti.
Eu ainda danço nas brasas que soltam suas faíscas e canto com Elfos e Fadas na luz bem cadenciada da graça do fogo do amor, que solta os seus clarões e cravam os seus sinais na concórdia da minha vontade.
Consome-se na lareira do meu coração, a minha alma... Que suspira pela a luz da lua. Que múrmura no pó dos meus sonhos! Ressoa o pio da pomba que ruma para os festejos e folias dos meus lábios que desatinam pelo o seu frescor, com as suas representações ardentes de gostos e desfruta das miríades astros de sonhos, nas noites em que o sono se liga a uma Tisbe, às horas das fadas, e serve o seu licor.
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As discursões e as contestações são exercidas pelo o domínio da vontade, que se confina nas revelações dos olhos. Nos símbolos dos sonhos que exercem atrações nas circulações das inquietudes. No ocultismo das ilusões abafadas no fragmentário coração, que, exaustivo pela a penetração de um silêncio , desequilibra as vigílias de uma espera.

Morda-se o sublime na boca trêmula e ansiosa
Ecoam alaridos de vozes no coração de cheiros
Enchem-se tonéis de tons nos lábios inteiros
Eriçam-se as pétalas de uma rosa perfumosa.
Levantam-se nos lábios paisagens com bordas de ouro
Mil delícias que se abrigam nos cantos dos olhos
E deles cada estrela afável serena eu as recolho... 
E como diademas expõem-nas aos seus doces louros
E no ardor da minha boca não lhe falta o gosto
Os sons que vibram e deslocam pelo corpo todo
Oh! Sonhos! Sonhos! Agora isso é tão pouco!
Devo evocar a intuição e penetrar no seu âmago e na sua arte intimista e perceptiva. Abrir os olhos das suas emoções e transpassar a sua contemplação para a minha sensibilidade, que se escondem dentro de mim, onde as minhas mãos não conseguem alcançá-las.
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As minhas inquietações induzem os intuitivos da personagem na minha solidão.
Existe um cenário parnasiano de influências psicológicas, que leva o espírito a capturar o realismo dos seus efeitos, e a influência do seu ardor elevado, cheio de estética.
O intenso da minha sensibilidade, contida nas minhas emoções, e que se dizem serem humanas, e a sua força, trazem o disforme dos meus disfarces, que se infiltram nos apocalípticos e catastróficos suspiros, revelando os prognósticos da minha aniquilação.
Transcendente é o sacrificador do meu holocausto! Regeneram-se agora as oscilações dos meus suspiros e a perceptibilidade da sua lei universal se aprofunda nas descoordenações do meu “EU”.
O leito abre as suas bordas e guia o ócio dos sonhos nas noites tempestuosas de ardências dos namorados.
Os amantes rasgam os dentes e choram nos sacros ritos que unem almas que abrasam as juras infinitas em um mundo que agora lhes pertencem.
Ah! Se essa beleza fosse minha! A tenacidade da minha vontade transformaria o céu em confissões de alimentos para o meu sustento, por que suas doces lágrimas me toca o coração, e cheio, ele se rompe , furioso e estrondoso, ruge comovidos as emoções que se esgueiram, entre turbilhões de círculos de hálitos, sacudindo as altivas pétalas lúcidas dos perfumes redolentes da minha língua, entre doirados vestidos, a procura de fadas e elfos...
O ledo efeito noturno brinca recôndito nos beijos que saltam de gozo às fontes dos ventos sibilantes do mar das perturbações! Vapores se levantam e túmidos os olhos, lavam as margens, as canções de suas visões. Transitam o mar e a lua e o ar abunda o verão que identifica que a primavera tem que chegar. Balouçantes e grávidos de buliçosos gemidos recolhem da memória o irresistível sonho das inquietações no largo do íntimo.
Oh! Pálpebras da flor que não esfria! Oh! Flecha que aligeira fere o coração que suspira! Não atirem mais os teus dardos na minha alma!
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Beija-flor
SINAIS INQUEITOS NA PELE.
Onde eu me escondo?Assim eu contemplo as paisagens sublimes das preces das minhas lágrimas.
Faz-me o corte o fogoso amor e nos pedaços de chão do meu coração, oculta-se o luar, e eu não consigo trazê-lo para iluminar o meu espírito, que na cândida roseira se põe para sorver lhe o seu cheiro.
Onde eu me escondo?
Nas asas de uma mariposa que se arremete para o clarão da luz? No luzeiro do vaga-lume? Por que nos favos de mel das abelhas será mortal a dialética da falência de um sono, manifestado na flor da pele!
E nela a luz do beijo é impura!
Tecem as inquietações com as a suas agulhas.
Onde eu me escondo?
No raiar das canções melíferas, onde quebro os seus festejos vaporosos de escutas aromáticas e azulados? No boreal da sua aurora de bendiz efeito? Que sorriem no etéreo trono brando do leito do meu seio? Onde cânticos aromáticos tremulam, cintilando o viajante que saúda o seu manto azul que se ergue das fontes dos seus sorrisos?
Onde eu me escondo?
Na luz do prazer das relíquias lembranças que correm nas nuvens da respiração áurea dos sonhos harmônicos de esperança? No gênio do êxtase que rodeia a harmonia de um anjo celeste... Que penetra com as suas asas no seu novo céu cristalizados de estrelas mastigáveis... Onde o seu alimento faz a constituição de todos os sonhos não realizável?
No verter da melodia que embriaga o seio de claro azul celeste, com lâmpadas sagradas e santuários de preces, que intercedem aos meus segredos não revelados, e que palpitam com vozes que se desprendem, místicos dos ribeiros púrpuros dos meus olhos, onde os lábios revivem no seu sabor, as eloquências da sua chuva?
Onde eu me escondo?
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Nos sustentáculos das asas dos anjos, interpretando com a minha língua as suas hierarquias poderosas? Nas respirações ininterruptas de um espírito, onde a vibração do seu coração atina e causa inflamação a pele, que se agita pelos os picos da flor que cria alucinações tempestuosas no trono oprimido do pólen do seu rosto que se derrama em ardências?
Onde eu me escondo?
Nos passos dos penhascos dos sentimentos que se tornam mortos?
No sútil fogo aleatório da ciência do amor, que prescreve seus dogmas no cego coração enamorado, sem pena do seu descambar? Na comunhão dos meus gritos que perturbam o cromático jardim, habitado por flores lânguidas e pássaros rotineiros nos seus voos?
Nos ócios dos perfumes que latejam sobre a luz do astro do amor e que flui errante, voluptuoso no seu elixir e que nas flâmulas dos sonhos, o seu hálito trescalente de óleos febris do profundo íntimo, silencia a colheita da alma?
Radiante é a auréola dos olhos em doces estrelas agradecidas
A luz do verbo que no odor da carne se fez a vida
O coração criador paira no seu açúcar e a seiva efervescida
Eleva-se e enche as suas doces mãos estendidas
O prelúdio de um cântico no seio dócil suspira
É o encanto do afeto que vaga nos lírios da boca sentida
É a magia que embala e inspira o amor da nossa vida
E o seu sabor nos róseos lábios ele sorrindo atira
Delícias vaporosas de fulgor de intensos brilhos!
Que paira! Que sonha e que tanto se agita
Pelos os toques radiantes da luz dos seus sorrisos
Abre-se o beijo, e esse, a sensual boca envia.
O perfume espargido que os olhares alumiam
Oh! Isso poderia acontecer todos os doces dias!
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Oh! Onde eu me escondo?
Nas veias que circula a febre? Nos pulsos das lágrimas que deslizam? Na fonte que alarga e abarca os mórbidos dos meus sorrisos? No ciclo do frio que circula ligeiramente no íntimo? Nos apressados suores que pela a minha face deslizam?
Nos pecados da cortesã que lamenta com o seu remorso insano as suas obras? No profundo espaço da alma que sondas o calor do carvão que lhe aquece a carne? No escuro dos meus olhos que adensa a clausura do aspirar do meu coração que me julga? Nas pilhérias dos pálidos fantasmas que atribuem o seu conhecimento a riqueza da carne? No abrigo da prudência de um anjo, bendito no seu castigo, e que na sua boca hospeda a trombeta triunfal, que soa cântico de refrigero para o universo emaranhado do amor, construindo a fina espessura de uma gargalhada, e que faz a excomunção do divino altar celeste do surdo e mudo corpo... Que se rompe apenas como um objeto de licores virtuosos no seu fluir, onde lamenta e chora o farsante, que conheces as artimanhas do fluxo voluptuoso e usa a sua boca atrevida, insana para usufruir do medíocre da sua leveza insossa e depois, consola a sua fraqueza com o suave vinho da prostituição e o luto nos seus olhos que bebem e ativam tropeços avanços de um novo retorno ao mar do céu de prazeres que a carne mostra?
Oh! Onde eu me escondo?
Eu guardo os meus sonhos por que eles são proféticos e mordo os calcanhares dos meus passos para que eles errem menos!
Povoa o pensamento a entidade que a alma tece
A frívola ação do coração fútil que ao amor se entrega
Penoso é o fruto da quimera que neste mundo cego
Tem aparência profana na face que seus sinais levam
Oh! Os doces frutos nesta existência se perdem!
Do jardim conhecemos apenas o seu externo
Perdida a flor aclama por água no deserto
Logo em suas pétalas os afiados espinhos crescem
Cravado na pele um exército de mar de trevas!
Oh! Os sinais profanos que essa alma leva!
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mulher55 
Onde eu me escondo?
No mexer romântico da língua da tua música? Que liga os vínculos dos teus suspiros de amores às introduções do teu coração que bate pelas a arte múltipla das chamas que ardem?
Nos princípios da tua consciências, entre anéis de ouro e diademas de pérolas, revelando a grandeza do teu batom ardente? Que se move entre teus lábios eloquentes? Quebrando a inocências dos círculos dos teus braços insaciáveis? Nos afagos cingindo pelo o óleo da tua face, em um derramar contínuo de originalidade das tuas formas profundas, pela a consonância dos meios dos teus diálogos? Que são vivos e causam labor a minha face? Pela a produção do teu perfume: boca pintada, brinco anexados nos tímpanos que balançam a minha fala? E mordes as linhas loucas das fontes do teu regaço? Ramificadas, suspensas pelo o tear que molda a língua em saliva de ouro e cai nos olhos dos meus desejos de afagos?
O fôlego da dominação da tua lógica destaca a beleza dos limites da doçura.
Oh! Estético e puro lugar da imaginação sublime! O instrumento que direciona a razão articulada dos meus pensamentos apoia nos registros do seu compreender!
Onde me escondo?
Será entre vestígios e rastros... Nas profusões dos espaços das carnes que se enlaçam? Onde três se atam?
Corpo espirito e alma?
Ah! Por que eu quero te achar... Alcançar a vida nos teus favores.
Onde brotam os amores!
Desloca o mito da sensação no prazer da aventura!
A lógica prática do amor que os lábios vivem!
Ah! Pétalas de flores esparsas e licores ornados de símbolos de desejos! Onde as fagulhas do teu estandarte ornam os goles da minha boca e no cálice das tuas delícias, mergulho no oceano, por que os teus sinais são iniciaticos e o adepto do teu licor, fermenta a floração dos florais do teu incenso que efetiva a gradação dos olhares!
Afinal, onde me escondo que nem eu me acho?
 
 
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasília, 07 de Abril 2012

Ufa! Passei toda a tarde de sábado com o dá, dá, dadá,dá...
Que saudade do dá, dá,dadá,dá...

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