Em louvores extasiados clamarei a Deus! É ele que tem o poder de vencer a morte. Em lágrimas de incenso do sul ao norte. Subirá as suas narinas os apelos meus!
Derramarei as lágrimas no seu calíce de ouro .Transbordarei com os meus soluços o seu coração. Prostrarei-me no seu átrio, as lágrimas serão ruídos; Inexprimíveis dos meus gemidos que subirão aos seus ouvidos…
Depositarei aos seus pés que marcados pela a cruz… Vazou o seu sangue como paga do pegado deste mundo…O meu clamor que se jogará no seu facho de luz…Deitarei a ele o meu olhar tranfigurado de dor… Não se compara com sua morte, pois traído, jogado e moribundo…Mas nunca negastes água de quem busca o seu amor…
Há uma tempestade que cai no meu íntimo e isso me causa lágrimas… Eu choro e em cada gotícula de lágrimas que me fluem as pálpebras, desce com elas o estado mórbido de uma dor! Mas pratico o seu libertar! Eis que limparei os meus olhos e também me aliviará o dissabor! Quando elas são liberadas se acalenta a tristeza em mim; e como arde a lembrança do amigo que jaz moribundo! Às minhas lágrimas sempre retornam depois, como vapores silenciosos, que penetram através do cheiro e me arremate a uma união entre eu e o meu silêncio que me possui e me leva a fazer confidências a mim mesmo. Que belo ciclo constante me ativa os pensamentos!? A dor figura e estar exposta nos reflexos dos meus olhos! As minhas lágrimas são substâncias cristalizadas em forma de grandiosidade e simplicidade! – Tenho que me tornar o menor possível dos seres humanos - Sou um depósito hermeticamente fechado e isolado por todos os sentidos, mas fica situado ainda em mim uma leve fresta onde posso absorver à minha paz e o meu refúgio!
A paz é a esperança no futuro de um espírito que se debate e respira gradativamente! Meu rosto é o espelho da minha alma quando é lavado pelo o sal simplício e genuíno do mar que vem às minhas pálpebras. Há uma força invisível e indefínivel que me rodeia, encanta e me seduz, sustentando assim, com as suas garras, à minha fraqueza e os meus horrores! Uma espécie de volúpia que nasce no equilíbro estável e perfeito do meu pensar, levando-me a uma possível crença do retorno ao corpo da alma que cada dia, aos poucos, procura se restabelecer…
As lágrimas que se misturam às minhas tristezas, têm o dom inefável de cicatrizar às minhas mágoas e às minhas dores! Reflito enquanto danço, procurando ofertar um sacrifício, em memória ao amigo... com às minhas lágrimas, porque dentro de mim é impossível não se achar razão humana! Abro os meus braços e troto com às minhas pernas uma longa carreira, esperando que continue o descer das lágrimas, porque não quero me recolher ao meu casulo. Quero olhar o teu leito e sobre ele depositar os teus primeiros socorros!
Agraciosidade da minha harmonia é a presença do teu restabelecimento e na minha leveza, onde os meus movimentos são reinvidicados pela a inocência do meu coração! Eu sou vivo e também sou espontâneo, porque meu espírito é vivido e não se entrega a proposta de uma solidão inerente e uma dor desvairada! Às minhas lágrimas estão em constante fluxo e sempre em eterno processo de renovação e esta renovação será também dada a ti, ó castro amigo!
As lágrimas descem, estorvam-se nos limiares das minhas dores, desfazendo assim, os triviais lúgubres das minhas aflições. Permaneço tecendo no singelo despertar da minha procura, a glória magistral do teu estabelecimento. A tua febre ardente também se espalha no meu corpo e os meus lábios balbuciam no devaneio do meu pensar o teu nome e a volta do teu espírito sagrador! Eu, se pudesse... subdividiria o meu suspiro de vida em duas partes e uma te remeteria ao teu corpo que aos poucos esmorece, lentamente...
"Que o espírito do sopro glacial posso te visitar, renovando assim, o teu levantar, voltando o teu ser para os abraços e olhares de todos aqueles que te ama..."
Obrigada pelos elogios ao que escrevo, mas devo confessar que o que escreves é infinitamente mais profundo. Consegues tocar na alma do leitor no seu mais profundo,reviras os baús de sentimentos guardados no oculto de cada ser e dos atos diários vividos.Tenho em mente que vivemos num grande palco desempenhando vários papéis, alguns nos são atribuídos de forma dolorosa, infelizmente, não sei a razão e me nego a entender.Por outro lado, temos algumas oportunidades de representar outros menos doloridos, mais alegres, cheios de vida e fascínio, e este momento nos faz perceber que alguma coisa como conforto nos sobra, ou seja, as lembranças de bons momentos. Assim sobrevivemos e enfrentamos as dores, amores perdidos, laços desfeitos, desatinos sentimentais quase impossíveis e tudo mais que discorremos quando escrevemos. Talvez, seja essa a nossa missão, expor tais sentimentos oferecendo ao leitor a transparência do seu próprio EU, que muitas vezes se torna inatingível pela dificuldade de se olhar no espelho e simplesmente deixa-se em lágrimas escorrer.
ResponderExcluirEstive em sua cidade em Outubro, tenho parentes por aí. Foram 4 dias agradáveis nesta cidade.
Entre tantos nominativos que me atribuem por aqui, ganhei mais um Moça Educadora.Obrigada. Tchau...