sábado, 12 de setembro de 2015

O INSTINTO DE UMA DOR



O

INSTINTO DE UMA

DOR
Prever um conceito
na continuação do método de um
grito, e que acrescenta ao seu eco
exterior, e por dentro de um corpo uma
falsa bonança.

E na sua criação
perfeita o rubor de um medo que
se torna ele mesmo atônico dentro
da boca, e que inicia o seu manifesto
pleno a exprimir a última tese
do seu ardor.

Um crânio

que gera um cérebro de lama, ou a

lama no crânio a ranger gargalhadas

de um vazio pisado e cheio de planos

fúlgidos, e iluminado no mal formidável

dos seus rastros pelo o coração sem
alma?


Estar em movimento

e penetrar bem associado os lugares

antagônicos das alegrias, e assim exprimir

susceptível a corporação de uma dor, e

com criações das fertilidades de que o

êxtase depois virá na Olímpica imersão

de um órgão desenvolvido para chorar.


Ó criações de grandezas!

É onde nos galhos da sua árvore o

- menor -
contrito verte suas lágrimas,
pois a sua porta se abre para fora do
seu mundo, e esse ensina a chorar.

Esbarrar nos sonhos
martirizados e despojados de alarmes
de sensibilidades, e cortar as suas asas
voadoras, e na vertigem da sua
queda viver o infortúnio dos seus
malogros.

Aniquila-me o ardor
de um soluço e a existência do seu

terrível é um animal obscuro que

se afeiçoa ao cotidiano hábito das

lágrimas, e que essas se desgastam dentro

de um coração solitário, e o peso

do seu sal sempre anuncia uma

tempestade.


Uma partitura trágica
de uma música que se envergonha
com a precipitação do seu baixo
timbre, e não mostra a revelação do 
lírico engajado dos seus ideias de
beleza!


Ouçam!
Ouçam o borbulhar do medo na sua
metade e a morrer na intensidade dos
seus ensejos!

Rodeiam colhidos
os espasmos dos devaneios nas camadas
bêbadas das fantasias dos desejos.
E o íntimo olha e  fala:

- Eu tenho tanto medo!

Uma voz
que se abre dentro de um rochedo,
e com sua boca invisível que impede
os beijos nas formas doces dos
seus conteúdos, e sem acesos as luzes
cintilantes dos seus andejos.

As fricções
dos fios de impactos dos seus lábios
na vitalidade infinita do ambiente
perscrutador do seu hálito que move
os poemas, e que excitam o jogo homenageado
dos seus versos doces na atração da
sua imagem com ressonâncias dos
seus sabores.

  Ó sono vacilante que carrega o
chão que sustenta os meus
pés!

Calejado e expressivo
é o silencio que projeta o que contém
os seus dramas nas criações dos desenhos
da sua face, e as direções dos seus lugares
de descansos já estão habitados por
objetos sem formas e com suas tensões
e coalizões de palavras
fúteis.

É TÃO VAZIO!

- Deixe-me!

A tua escritura
mina dos meus dedos, e o seu fonético
estar nos meus olhos. Porque insólitas
são as palavras que se calam e as suas
aliterações não se movem... Apenas desenham
o nome de quem por ti tanto
chama.

Rompem-se
as celebrações do amor e o defensor
do seu maior tema se cerra apenas em
um frontispício de um livro de dores, e
com suas expressões poéticas dos amores.

MUITAS GRAVURAS e um só título:
lágrimas.

Por que te ocupas
com os espaços imaginários dos meus
pensamentos? 

 Os rituais
do meu descanso não estão à mostra e
o lugar de emanação da minha paz se
oculta nas asas que são pictóricas diante dos
teus olhos!

- Deixe-me ouvir!

As tuas dominações
dispersas na mística alma
humana! 

Por que o
que falta nos teus quadros
é a credibilidade! 


E essencial é o
estabelecimento de uma ordem
coerente nos contextos das paisagens
dos teus sinais, pois em ti são idênticos
os teóricos temas dos teus pensamentos
que se entrelaçam e faz morrer
a tua consciência.


Contempla-te os teus

próprios elogios, porque o teu cordeirinho

berra enquanto tua hiena o cerca, e na

abundância copiosa dos teus deleites... 

Pinta-te

os olhos, e na província da sua beleza

eles te devoram e seguem todos os dias

a contar sua repetida história!


As tuas interfaces que se

friccionam com os riscos de expressões
das suas maldades, e fazem deslocarem
grandes variedades de lágrimas, e a
sonoridade dos teus sentidos deixa o
corpo atônico pela a produção do sal.

Canta secreto
e diferente a volúpia dentro de uma
ânsia que se derrama.

Ínfima raiz
hedionda de um germe que propicia
a sua sombra.

As suas maldições
que torcem e afrontam.

Pois a Geena espera bebendo na
sua festa o instrumento que
corta e sangra.

Estranhos gritos
que perambulam na boca e que no
coração se levantam.
E as suas grandes dores se
apanham.
Ouve!
 Ouve o fervor sublime de um anjo 
que se ajoelha flechado e amarrado por
 uma corda de sentimentos!

  Esgotado, 
mas radiante, e um sinal na sua fronte
 de descanso! 

Olhares
 que leem sentidos reprimidos e
 palavras que pulsam vivas!


Quem arranca o seu 
coração?

Bendito o óleo do sacramento das 
delícias!

 Por que
 o pão da sua dor é o oásis da sua inocência,
 e o seu fogo da divina providência 
sempre brilhará no seu
 silêncio!

Os efeitos
 acelerados e cristalinos da ascensão de
uma nova bela dádiva lhe será acrescentado,
 e na sua face... Quem sabe!
 Estará escrito:

VIVA A FELICIDADE! 
Não chores porque hoje é teu aniversário! 



Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas

Brasília, 12/09/2015
22:10