domingo, 9 de dezembro de 2018

A MINHA ESTRELA MAIOR



SONHO E REALIDADE


A embriaguez dos impulsos
 do seu perfume onde a sua música transita no lírico fenômeno da paixão, e onde também a bela aliança dos sonhos alimenta a esperança. E sobre grandes e variadas, e ainda míticas roupagens novas, eis que se expandem os beijos. Porque a sede imensa de estar contigo causa calafrio ao meu coração que se agita, e a música no seu solúvel enche a porta dos olhos que te procura. Pois fluído é o sensorial do teu perfume que mesclam os meus íntimos sonhos. E ONDE também doce é o momento saudoso quando eu te vejo, e ágeis os ruídos dos meus sussurros que clamam e pulsam por ti. 

E voam a se contorcem 
no ar as pupilas que se abismam com tanto 
amor assim! 



E hoje te vi assim e pude
 contemplar teus belos olhos verdes.

Estremeci e perdi o siso 
assim abalando todos os desenhos do meu juízo. Apaixonei-me pela a tua face, e hoje também sou enamorado da tua alma.

 Sempre fito o sol em
 busca de aquecer minha pele, e vem à memória o brilho do teu rosto. A minha alegria é ouvir teus sorrisos, e a alça da minha ansiedade é poder te olhar, enchendo assim a taça dos meus olhos, molhando o pincel do meu amor no ardor que veste teu corpo, onde o intérprete do meu coração são os calafrios que sinto quando te vejo.


Oh! Essa eloquência que é um arranque!
Cubro-te de flores e versos!

Mais a figura mais bela
 é a minha amada na janela. O meu desvario me atraiçoa e meus pensamentos me pega pensando nela.

E como eu te amo!

Talvez seja um desvario,
 mas é delirante, pondo assim a covardia de lado e falo do afeto que me consome, aclamo sempre pelo o teu nome, e como Otelo:

- Matando-me morro depois de te beijar!

Ah! Angel!



Receba-me e deixe afrouxarem os
 nossos olhares! O refúgio das alegrias saltita 
a espera de um só teu beijo.

- Vem!

Incansável tarefa em lapidar
 os contornos dos pensamentos, mantendo às vezes branca as páginas que não se dá ao conhecimento, e assim multiplicando às escondida, os gráficos que se arrastam sombrios e sem diligências. 

Fisionomia cega marcada 
pelo o seu tempo, tateando e sem aptidões nos seus movimentos, desenhos inscritos na palma da sua mão que aperta a sua consciência.

A dinâmica da introspeção do
 coração, e onde se tece na alma as resoluções bordadas dos preceitos das suas doutrinas, e onde o seu altíssimo assovio já não mais desperta.

- SERIA ENTÃO, ANGIE?

Os diálogos dos olhares que
 sofrem mutações constantes, e que em cada piscar segredam uma razão, e que como bumerangue volta suas relações para o cotidiano, onde sua dramática intimidade frágil circunscreve na sua solidão os afrescos íntimos das suas ardentes lágrimas, e que em desordens fragmenta o verdadeiro amor da sua história. 

- DEIXE-ME GRITAR!

Apreciados sentidos que se enroscam 
na veneração maior de um olhar, e que atiça o caráter ideal de um artista, e na sua poética figurinista se insira o ponto de partida, e que a cada dia traz mais brilho, e o seu mito causa voos ao espírito, gênio que na evidência dos seus impulsos invocam avatares, recepção além para a visão entusiástica, e que nos seus grandes altares, e bem centrado, canta a sua bela alma de artista.

Que belo artificio!

 Pois o seu metafísico atiça 
as peça míticas do seu lírico, e que nos meandros das manipulações dos seus sorrisos se prende com astúcia a dama, e que na sua justiça teórica fica a MOÇA olhando e se perguntando:

- Quem é esse homem? 

Que belos prodígios com suas tantas
 mil maravilhas! Será esse homem decorativo? Pois ele também se desloca nas verdades e mentiras! Pois o demiurgo da sua consciência lateja às escondidas, e marcante é o teatral da sua ilógica, e que sem intervenção da salvação, Nele a cada dia se torna mais louco o seu juízo.

O acento é a temática da sua preguiça,
 mas aflito, mesclam-se mentiras, e o cômico do seu riso tem subidas e descidas, e onde os moldes vitais dos seus suspiros são ilusórios gritos, intimidade física e frágil onde a velhice da sua solidão ronda o coração, e nem tão renovado, mas não lhe falta criatividade para matar um doce espírito enamorado.

- Diga-me de quem eu falo?

O estigma da sua vergonha arruaceira,
 falida compaixão, um falso fogo cardíaco no gerador corpórea da sua ilusão, ebulição do sangue, e que sem noção enche o corpo até afogar o coração, mola propulsora para fugir com a sua vergonha.

E que belo ardente esboço corrigido,
 mas sem mudança de um humano! Martírio com a sua descriminação na sua estética que não recupera a fenomenologia do seu espírito, linha sem reflexão e onde não capta os ecos que se entrelaçam e morrem antes da sua chegada aos tímpanos.

Que desdém, e que ainda vem cear
 comigo neste casulo infame da humanidade? Algemas que se lançam e que prendem braços inocentes, e que envolvidos em risos os seus conselhos de hiena ressoam inocentes, e sem nenhum eco da compaixão, pois é pura falsidade os seus preceitos, e onde o seu maior mandamento.

- OH! É A REALIDADE!

Não percebe que mudei o meu discurso!

O ar me escapa e através das
 comoções da minha própria alma me assento entre dois monstros desta existência, porque me torturam todos os beijos que foram enfeitados pelas as minhas lágrimas de felicidade, e que frente a frente com aqueles olhos eu me rendi a sua santidade.

Fúnebre grito! Suaves e melancólicos
 sonhos onde o ogre os devora! O virtuoso suplício a olhar no cadafalso o laço da sua morte. Pois perturba a consciência o ritmo do seu alarido, o tremor dos nervos da sua matéria e o sangue da sua miséria.

E ASSIM...

Desenrolam-se os adornos e os
 anéis, sendo OS MESMOS ainda apertando os dedos. 

O cordão a sufocar o pescoço 
e a consciência se escondendo dentro de um tolo, e não mais são privados os pensamentos tortos que ejaculam falsidades, pois em cada lacuna existem feridas abertas, ícones e símbolos recônditos por sob toda a terra, e tão fértil é o chão que encobre a “besta fera”.

Que imensa luz crua que no
 curso da sua aceleração consome o homem! Os prazeres de volúpias e grotescas curvaturas nos berços, e onde o gozo é feito de falsos beijos, e em revoados gostos acéticos de ensejos, fulgurante, louco e indeciso amor traiçoeiro. 

Não sei o que me dói 
mais, se o olho direito ou esquerdo, não sei se é uno ou múltiplo aquilo que vejo, e nem se tem reta, curva ou convexo o meu desejo.

Será que ainda falo do amor?

Que bela investigação filosófica!

Pertinentes e errôneas consciências, 
e que no seu princípio, e ainda com sua teoria de campo cósmico afugenta o sensível ato da misericórdia, e o seu gravitacional, e muito guiado por paixões vulgares onde à proposta da sua elevação mentirosa escarra um cérebro sem flexibilidade, larva induzida por uma falsa inocência amarrada no seu rabo.

E como se articula a manifestação 
de um inumano estranho a si mesmo, e onde a sua índole com suas diversas formas  são arbitrárias.

- É muito estranho!   




Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 09/12/2018

12:17



EIS QUE NOEL JÁ VEM COM SUAS HIENAS