segunda-feira, 1 de julho de 2019

REFLEXÃO: DORES FILOSÓFICAS




REFLEXÃO
“Dores filosóficas”

Oh, vida empírica!
Remete-me a tua Gênese 
só assim poderei discernir as contingências que foram geradas pelas as tuas entranhas! Porque o pórtico das tuas lembranças está gravado na minha pele, e entre memórias e leituras dos teus aforismos... Assim conhecerei a teoria de interpretações dos teus domas e sinais”! 

Meço o viço e o potencial 
da sua textura para encher a minha boca com o seu dilúvio de vontades, porque o sonho do delírio com o seu sinal de vendaval subsistem nos olhos que reluz o seu mal.

Ativo o calendário 
das minhas dores, e assim o tempo conclui, e às vezes alterados, os seus longos dias de loucuras.

O Ser NO SEU solitário 
a construir dentro de si o seu mundo ébrio, e assim os efetivos espaços da solicitude preenchem com artimanhas, analisando o modelo, OS GRITOS, a afinidade do múltiplo conceito da existência, e assim enleado se deleita o estágio vital de uma alma agraciada pelo o silêncio, nutrindo o campo das ilusões nos seus mais profundos quocientes, onde seus adornos de seduções tonteia a libertação do corpo.

Devo colocar no meu pulso
 uma pulseira artesanal e bem feita no seu adorno singular, e assim fazer a descrição do projeto humano que tento ser, e nos instantes de sucções dos meus gritos tristes ajo nas suas ações de despejos... Porque o cômodo fugaz da sua solidão é trazer escárnio aos meus lábios e uma sepultura na minha face.

 O isolamento do sangue onde 
nas veias corre o mal, e que na imensidade de um desejo que viceja o veneno...  Eis que se move no silêncio o predeterminado significado de um sinônimo que se ausenta, e no tabuleiro de xadrez o rei chora pela a captura da sua rainha, e o eu fictício do seu elástico, entre signos e simbologias cria suas mentiras.

Mente, ó vida!  
Pois a tua desmitificação permanece intacta, e o verso “feliz” dos teus poemas não existe, e sempre desdiz o teu coração infernal do bem e só quer o mal, e burla as emoções que se petrificam no combate horrível entre elas e as fantasias.

Que grande mentira!
Pois se debruça na inversão da infelicidade a falsa criação artística de um “eu falso”, e onde sempre patrulha a falsidade, e o chefe do seu clã o leva a imensidade.

Mas se faz necessário a 
mentira senão as suas considerações ficaria perdidas, e justifica-se a sua insensatez com a sua fugacidade.

 A façanha de olhar com
 atenção, e que na sua autêntica protagonismo da fórmula do seu mover causa rubor. 
A recriação na recitação da 
temporalidade, e onde em contato dos sentidos o “ser-no-mundo”, e no processo interminável do seu significado fenomenológico atiça na clínica da sua loucura a terapia de salvação, e onde a sua metamorfose sempre olha os escritos da sua carne pútrida, e onde cristaliza o mal que brota espontâneo dos polos da sua pele.

Instigo essa vertente sombria 
que nasce no âmago das correlações poéticas com o olhar sistêmico, e entre cores e fórmulas de cânticos, e no registro sensível do relatório do seu vazio experimento da erva amarga que se chama dor. E SEMPRE AGITADA a adversa sorte que do sul ao norte do corpo sacode com suas sombras, e onde sua emergência psíquica dilacera a alegria desenhada no meu rosto.

Evoco o constituído atributo 
do signo da inveja, e rodeio galante e falso em busca de quem usa o seu nome, e assim formular as prestações para a compra da sua vergonha.
PORQUE

Repudiável e acessível é o seu mundo 
profano onde os sentimentos pouco valem, ou nada valem, e onde a sociedade não evolui para um nível mais sensato, pois nem os esboços do amor os recuperam, e no trânsito progressivo de um mundo para o outro, matam-se.

A crítica do equilibro (a tal construtiva) 
é um ato sem perceptiva, e onde o seu exercício de comportamento é fingir construção, mas sob a consciência de configuração, é essa plena e sensata, e se deriva, então, por viés de amizade, onde engrandece até o próprio coração.  

Construir o objeto para o 
significante perceber o significado, e assim obtendo a percepção transcrita na secção de cada olhar, e que ainda no périplo da sua navegação registrar a distância de todos os portos do seu aportar para assim não cair em território inimigo.
  


Uma ligação que na sua
 metapoesia a sua metaescrita verseja sobe um adorável tema: amor...
Que seja infinito... Assim dissera o poeta (faltou enquanto dure), mas vivamos do seu flash ao flash back, e assim ativamos o exercício do verso do amor, e quer seja na entrada, quer seja na saída. Riremos ou gritamos de dores.

Sobe-se na dimensão do ouvir,
 e a pedra filosofal de quem ama, às vezes, cega-se o entendimento, e a transformação avassaladora da sua cegueira também nos tornam bobos.

- Eu fui bobo!

A consciência do equilibro mínimo 
é que eu cale a minha boca, não que eu  queira me expor, pelo contrário, quem nunca fingiu? Ou quem fingiu e amou? O verbo aqui soa bem estilístico, isso porque sempre achamos que a “roupinha do amor” irá NOS VESTIR COM A SUA BELEZA E SENSIBILIDADE, entretanto com o todavia e nunca esquecendo o mas somos cúmplices de uma enganação!
Oh, novo mundo!
 O teu visual nos convida a chorar!
A beber o desgosto da sua profusão!

Pois os teus sonhos são fantasias,
 miragens que borbotam do choro e tristezas, e onde se desfila a tensão real da dor do seu absoluto, e a unidade do AMOR na sua multiplicidade é o instrumento imaginário de um principio de riso, e isso porque ascende uma nova outra língua no expoente da sua multiplicação, E “PROFUSA” a sua ideia causa alucinação, e uma nova e já velha realidade se funde na memória.

Uma euforia onde se divulga
 a sagacidade, porque visual e audível são as lágrimas que se elegem dramáticas e com suas línguas de delírios a soprarem um fogo que não cessa. Uma voz poética que endurece a sensibilidade e o seu potencial enlouquece os sentidos que aos poucos se esvaem.

Um território cheio de Abrolhos, 
mas com seu alimento loquaz, e que envolve a significância da liberdade e causa transtorno ao coração, mas esse eis que se aporta no seu porto, e na dimensão da produção dos calafrios se entontece com a febre ardente que causa nas raízes o vínculo da perdição, e neste jogo nos leva para o lado de fora da sabedoria.

Manipular “o corpo dos impulsos”, 
e nos seus extremos, entre suas labaredas e tonturas, sentir-se uma cratera de um protoplasma, e que no universo primitivo “SER” bicho, e ainda na força rítmica da sua cauda, fremente provar do seu apetite para depois se lançar dentro de uma caverna, e assim a olhar dentro do seu próprio olho os estalactites preste a caírem para cegar a visão.

Oh, euforia romântica! 
Chão mágico com o seu trapezista bêbado! Onde devo colocar os pés sob as tuas linhas, banhar no teu rio e não morrer afogado?  

Devo comer a resina da mirra? 
Porque as frontearias dos sentimentos são doces e salgadas, e a desarrumação do seu palácio é um enfado.

O amor era para poder voar; 
entretanto, eu fecho meus olhos porque a sua altura é imensa, e enterrada nas suas areias a joia de libertação jaz no seu esconderijo, porque o silêncio suja seu espelho, e assim asfixia o seu mundo que rompe sibilante o verbo que em nós se formará mais mórbido.
Um conjunto de reflexões 
que não funciona. Um olhar que atravessa os pensamentos, e a sua concepção é apenas linear, sem curvas, sem parábolas e sem exatidão nos seus gráficos. Sem o principio dinâmico da potência do sensível, e onde a sua graciosidade não flui, e nas suas direções apenas areias movediças onde enterram a si mesmos.

Um labirinto se constitui,
e está contido na falsidade, e fixado as suas ramificações se expandem, e assim vindo à tona as “mazelas humanas”.

Obsoleto refúgio onde 
sua abertura permanece sempre trigonal, e o recuo da instalada ambiguidade das suas palavras é uma afronta ao estatuto do sensível.

Oh!
Que inesgotável sensibilidade!
 O moço planta os seus ângulos retos que não interagem com a matemática geométrica do poeta!
E que não esgotam seus teoremas tortos e sem anexos! 
E o perfil da sua aparência sempre é um ângulo obtuso na sua maior área!

 E o medo, (supõe-se eu) é a deformação do seu nascimento!
O tecido que visto não revela quem EU SOU!




Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas

Brasilia, 01/07/2019
18:30