sexta-feira, 23 de março de 2012

O JARDIM DAS PÉTALAS

      CAMPO ELÍSIO    
 DO
 CORAÇÃO

O voo das pétalas ardentes que transportam as legiões dos abalos graciosos para o céu da sensibilidade; onde sentados no seu trono, os olhos registram e arquivam os púrpuros sonhos que conhecem o culto do belo no templo do seu santuário, e o coração saúda o altar servidor do néctar das delícias. E o paraíso da sua criação se mostra, profetizando o nível irresistível do mover da glória do amor... Doce incenso e que faz brilhar os olhos... Deixando os seus vestígios no altar dos lábios reluzente, onde a sua constelação, convidam os elementos do sabor que se adentram e faz suscitar fantasias... Os enigmas do amor serve o néctar nas suas pétalas... Que passeiam ornadas de perfumes incendiários e doces. "E tremem porque a sua pele estar nua a espera das gotículas criadoras dos bálsamos"

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Há fermentações de licores quando passamos por uma flor e ela nos joga a sua essência.
Oh! Eu abri a minha boca, e na harmonia da minha alma, proveio-me à luz de linda expressão, e eu tive que cair na miragem dos seus sonhos sensíveis e nos resplendores dos seus apupos... Pude tocar a chave do seu signo subjetivo, decifrando a necessidade do meu íntimo… Sentido que aflorara sua delícia, povoando o mundo poetizado do coração que chora.
Eis que os meus olhos contemplam a amada e nas delícias das suas vibrações sentidas, ligou-se o gênio vidente, onde reuniu seus discípulos e o jovem apaixonado, exprimiu o sereno campo das suas verdades, e sorridente, mergulhou no diamante do vinho e dele arrancou o pó de ouro para mostrar que os seus lábios tremiam, e cheios de vivacidades, reluziam como as estrelas do céu na sua noite mais lírica e ardente, quando se tocam e faz a explosão da sua matéria. 
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Oh, alma! Já é noite! Consola o teu absinto que repousa no teu canteiro! Basificado pela a essência genuína que te olha!
Faz flutuar o seu espírito nas várgeas da libertação, bebendo do divino licor translúcido de fermentações adocicadas, e na imensidão transparente dos seus olhos, solta as tuas asas no ar mais fino do teu hálito, e faça nadar nas águas da sua boca, a orvalhada língua estrelada pelos os olhos da misericórdia. Na transparente purificação dos vivos segredos dos perfumes que plainam serenos nos bosques, nos vales dos seus olhares. Os teus cântaros estão cheios e impregnados de delícias profundas, e as nascentes brotam, cada vez mais... Os torrenciais de fascínios dos lampejos do amor, que te olha com o seu olhar gracioso, garboso, fazendo o seu doce jorrar em chuvas de cores, que banham a sua imortalidade orgástica, e nos olhos dos arcanjos que se elevam, eles pedem o seu espelho eterno de visões para te ver em claridade colossal... No imenso sonho que se expande no solo belo do teu existir.
Oh! Alma! Vaga soluçante os teus gemidos nas plateias dos teus gemidos e fala embriagada pelo o etéreo sideral do teu êxtase. Falas simplesmente: 
" QUERO AMAR"
As visões dos teus delírios. 
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Exprime-te, ó alma! Os teus limites não são definidos! Integro e escultórico é o teu coração de contornos bem definidos e abertos. Contínuos movimentos faz a tua boca, de teor romântica, e clássica perfeição dos contrastes do seu sublime. Supera a finitude e a volta por dentro de ti do teu estético, superando a forma da essência que olha o caráter pictórico do teu amor. Emancipa a atividade harmônica do teu "eu te amo”, quando pronunciado com o intérprete do teu espírito, e o círculo que se escreve nos teus olhares, é a forma enriquecida dos eventos que palpitam no artista do teu licor.
As tuas produções musicais. Os teus repertórios românticos se movem, interpretando as técnicas das tuas músicas que se elevam aos gênios dos sentimentos e repercutem nos ecos espontâneos do teu delírio, na busca da tua raiz, para abalar-te e te causar as razões das ideias da atração do teu romântico criativo, excepcional aos impulsos concebidos e acentuados no teu ser magnífico, que sonha e deles retira a sua substância. Durma e feche teus olhos porque serão abalados. 
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Dorme e posiciona os teus ouvidos perto do teu coração e ouça... Ouça a música romântica... A superfície do coração que aflora por períodos, ora, sensível e choroso... Ora lírico e sonhador... Posiciona o teu coração para fora e veja-o, andando sobre ele, a variedade do seu complexo! O seu movimento... O seu sentir de sutis inflexões que o faz pensar e sorrir... E por fora, traduz-se nele a visão do gozo do belo, e dentro, comporta-se o fluir da pintura proeminente do externo, onde as suas cores são capturadas e dentro de ti... A temática da opulência dos representares das artes, os teus olhos, que nos seus períodos férteis, introduz o nascer das exposições sistemáticas do consumo que é o amor, agora para ti, um êxtase angelical. 
Eis que começa os movimentos do brilho dos teus olhos na busca de cenas detalhadas, eloquentes, doces e cheias de paisagens que transitam na voz da inteligência do romântico dos teus sentimentos, e na tua sensibilidade, o tema escolhido é o abalo da pintura que no seu exercício, comanda agora, os anseios crescentes, em uma profusão de novos brilhos, novas cores e novas transformações. E o teu coração rufla como um tambor que soa e se faz ouvir o seu batido. 
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-  "O que fazes aqui solitário? – Perguntou-me o vento da noite e continuou…
- Deves sair do bosque porque tenho que espalhar os perfumes e uma só gota desviada, o bosque morrerá, portanto saia, depois retornará apenas para absorver o cheiro. Quanto ao seu derramar na tua pele, causará o desvio do odor e faltarão as flores do campo que agonizarão por uma só réstia de perfume deslocado das suas pétalas..."

Eu falo aos ouvidos do vento:

Ah! Eu também sou flor e o hálito que sai da tua boca, quando sopras, dá-me a vida! Atreve-te a me fazer doação dos teus óleos, derramando em mim a tua saliva perfumada, porque o teu ar mostrará ao meu coração o seu caminho e o sopro da minha nova respiração será como os ares fertilizantes da boca da mulher de lábios doces e agradáveis. Sorri também para mim e lança aos meus olhos a aurora da tua língua com sabor de cânfora, revelando o céu hortelã do teu vento precioso...
Tenho vontade condescende de beber os movimentos das tuas artérias e sentir os músculos sequiosos da clara fonte dos teus mistérios. Quero me sentar na fragrância do perfume expelido pela a tua boca e nela balançar os meus sonhos. 
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Oh! Faz dilatar a tua matéria na minha pele, porque tenho necessidade dos teus arranjos sutis e determinantes. A paixão do meu espírito precisa do terapêutico perfume que espalha a tua boca. Faça que sejam observados em mim, os corporais movimentos dos teus aromas que legislam a paixão, concebida pelo o sorver da tua delícia. O meu corpo estar enfermo, e a legião gentílica das minhas narinas, não mais sorvem o ardor genuíno da ciência que origina nos olhares, a afeição exemplar de um coração torrencialmente entregue a vontade de usufruir o mundo de instruções dos sentimentos. Preciso, por favor, do teu retoque, por que a maior obra do meu ser estar a morrer: o coração que se perde por dentro de mim...

- “Mas... - falou o vento que sopra... – Mas o campo morrerá e nele não mais habitará a vida... Não posso sacrificar toda a campa para te salvar...”

Falo aos ouvidos do vento:

Olha a minha aparência! Os efeitos perscrutáveis da ausência da substância distinta, de teor líquido, ligado ao fogo que não mais digere sobre mim o seu palpitar e suas ações! Eu quero ser perturbado, afrontado pelas as espumas dos estímulos dos teus odores e alcançar as suas cores, de um modo que possa eu, pelos os cinco sentidos, ser abalado no sensório do espalhar do teu perfume, alcançando nele, a potência do seu elixir para curar-me e me dar saúde.
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Oh! Não seja indiferente! Quero mover o meu dedo pela a minha pele e sentir a clara fonte.. Olha a minha ferida! Sinta a inocência sensível da carne que me cobre! E sobre ela flui a audição viva de uma vulnerabilidade que afeta simultaneamente alma e espírito... Oh! Põe o hálito da tua boca e desloca a tua gravidade e me faz plainar! 
Nos teus sentimentos reluzentes de alegrias..
Na paixão que prescinde do teu íntimo pranto de risos e encantos...
Olha como louva por ti o elástico da minha pele...
Ele faz festa... Canta hinos quando sobre ele cai uma gota da tua essência, e no movimento rápido, cria asas e murmura no delírio do teu cheiro... Quero sentir o teu bosque me enlaçar e fazer peregrinar o sacro fruto airoso, aludindo o incógnito do teu sabor a descambar sem freios no encanto dos meus olhos... Quero a minha alma com a essência eloquente do teu perfume. Espalha também em mim a fragrância acesa pelo o incenso da tua boca e torna o invisível anseio meu em alvos fios rútilos... Como faíscas, feitos diamantes na pele da alma, tornando em mim mais vivaz o brilho do espírito.
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Abre o meu ser e deposita a luminosidade das especiarias dos teus temperos. Liberta o gozo sublime da minha alma e apresenta nela os contínuos prazeres das evoluções dos seus sentidos, por que as tuas visões são divinas, quando se sorve de ti o perfume que incita o coração a criar seus desejos íntimos, alcançando a simetria do voo perfeito no espírito.
Os elevados pórticos de mármores nos fluxos harmoniosos das divindades, criados pelo o coração transfigurado... Pela a bem-aventurança das disposições dos teus perfumes no corpo.
Abre o teu divino altar e faz a imolação da minha dor. Fixa o incenso do esplendor da glória do teu cálice eterno e no espelho das tuas mãos, faz soar a tua música, por que eu me verei e dançarei e saberei que o meu espírito paira sobre mim... Toca os meus sentidos e associa as sensações profundas das ações dos meus sonhos, abrasando-se no círculo vital da sua fome...
Faça-me morder o meu corpo e no pulso do seu fluir, fazer correr o meu sinal delicioso.
O vigor febril do teu violentíssimo licor dá ânimo ao sono das fantasias que mudam a face do coração, ficando cheios de discípulos da disciplina do encanto... Que louvam a vivacidade da unção na incandescência do corpo iluminado pelas as gotículas... Agitando todo o sensorial da paixão da alma...Desordena em mim o coração. Perturba as ações dos meus olhares, e causa a minha face a tranquilidade do fogo que espuma nos meus lábios o seu doce.
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Faz escorrer as tuas flores com os óleos! Untados pelo o nu do meu corpo. Oh! Embebeda o meu retrato e o traçado do teu lago que se deita aos teus pés para fazer o seu brunir e balançar suas águas e te fazendo dormir! Embebedas a tua concepção no teu império de inteligência e exprime, através da minha boca, as fórmulas fervilhadas, fazendo escorrer, palpitantes, por que o esplendor da tua obra cessa os meus mais recônditos segredos, e a dispersão dos teus perfumes traz inspirações artísticas dos alicerces dos meus olhares, que transbordantes, nas solenes celebrações da oratória da tua essência que funde a construção do gênio do olhar... Que estuda os teus cânones sublimes de odores.
Reúne e comove os teus semeadores e me deixes respirar as tuas ordenações majestosas, o teu sopro, pois a audácia do teu pavilhão de delícias ressuscitam os sonhos da nova aurora da alma e o seu símbolo de liberdade, que alcança a imortalidade da inocência soberana que rodeia a meiguice dos olhos. As tuas perceptivas essências, rodeiam as visões descobertas, quando as sensações do teu cheiro circulam pela a pele. É uma atração dos traços atraentes do teu mover na consciência do pensamento, que se arrebate e voa dentro e fora do complexo humano.
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Oh! Deixes-me viver pelo menos neste teu período de colheita, preciso tecer a lá para fazer adormecer na sua maciez as lágrimas dos sonhos. Por que também sou flor e dirijo a minha colora para o sol, querendo me derramar em êxtase de amor, deixando as minhas visões adormecida no colo do meu anjo. Oh! A minha alma beija a noite da tua boca e o seu hálito enche-me de bênçãos, fazendo arder em picadas de sorrisos os meus olhos que se entregam com exaustão fumegante, hasteada pela a delícia do teu açúcar... O teu céu na se apaga e nos teus mantos rasgam os astros do meu delírio. É o baque de um espírito que corta as tendas do seu gozo para se aperceber, e notado pelos os anjos que se encantam, o incenso sobe nas asas dos assovios dos lábios que faz rugir a proa dos pensamentos... Que bebes os cânticos ardentes que soa na música... Que boiam no pélago profundo das vagas poéticas do seu desejo. Oh! Azul mar! Plácido sublime oceano que corre dentro da flor, abrindo as suas velas para melhor sentir os zéfiros da boca.
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Acende as tuas borboletas que dormem, e as faz buscar as constelações infinitas, inquietantes das tuas pétalas que suspiram, quando o luar dos teus olhos pairam sobre elas. Oh! Afago que estremece a face trêmula! Beijá-la? Oscilo nas aureolas do teu licor e na tua coroa. Encarrega-te de criar os mecanismos da minha entrega aos atos da realização das tuas ações no meu seio. Sincroniza as expressões dos teus fenômenos de beleza internos... Aos anjos que estabelecem a sintonia do meu cuidar e a síntese da minha felicidade. Ativa a intuição dos meus sinais e constrói o escutar ativo do universo dos meus sentidos. Jogue os teus resíduos cheios de licor nas lágrimas dos meus olhares, fortalecendo a minha oscilação na energia sublime do meu coração.
A centralidade do gênio da tua ardência têm contornos de sensibilidade que incide na formulação da imaginação que se agrega no ponto axial do romântico. A tua grande medida traz a redenção dos sintomas de grande influência aos olhos que observam os significados das tuas aspirações que se assentam docilmente.
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Oh! Faz-me girar no teu doce olhar! 
A minha musa tem doces lábios a palpitar.
Eu tremo e vibro pelos seus lindos anelos.
Desperta-me a aurora, assim que eu a vejo...
Ela tem nódoas na boca dos meus beijos.
Um círculo, onde seus sonhos se lançam a voar
Como eu te adoro! Como eu te amo e quero vê-la!
Ascender aos meus olhos teu fulgor como estrela
Oh! Deus! A quem eu amo? Olhe-me e veja!
Nos meus lábios um fio do seu cabelo...
E como me doira o seu fulgor, onde almejo...
Unir a minha boca aos sabores dos seus beijos
Minha pele se insinua no céu ardente do seu odor
O iluminar da sua ardência na alma levo
Quando a vejo eu coro e nasce o pejo
A rosa... O facho de mel... A ela leva...
Arrancas a minha alma e meus suspiros crescem
E a minha alma jamais se esquecerá dela...
E o fogo do seu olhar acende a lenha
Explora a sonoridade dos efeitos da minha voz
Modulações balbuciantes desfaz o tom
E a fala sem eco corre sem som
E o seu perfume ao meu coração informa
O visual do seu verbo que a minha boca adoça
Oh! Roça-me! Roças e roças!
O teu vestido no cenário da minha prosa!
Pois a plateia dos abalos tão ansiosos
Recolhem na tua saliva perfumes preciosos
E o desfile dos desejos na minha boca
Até nos sonhos a tua pele toca
Que momento é esse que teu corpo se mostra?
Oh! Deixe-me entrar na tua boca… Fechamos a porta!
Ressuscitar as línguas que febris se alocam
Nas frestas diferentes das nossas eloquentes bocas
Ah! Queres fogo? Então simplesmente me toque!
E este campo grandioso eu a ti  mostro...
Teus desejos… Teus sonhos e ardentes beijos!
Toma-me o corpo como ensejo
A minha sensível pele teus dedos encosta
E do meu espírito seu amor lhe roube
Vem, ó musa! Como o fogo me devora!
Manuel-Antonio-Alvares-de-Azevedo-Cantiga
Abre a portinhola do sussurro da tua voz e faz emudecer a minha alma... Interrompendo o sentar do meu beijo, importunando-o a subir no silêncio na minha boca e dela retira o vocábulo do amor, porque o seu jardim exprime a língua do beijo... Que espreita o coração virgem... Que se debruça sereno na melodia, e que embriaga o perfume das noites, depositado nas pétalas do santuário da lâmpada que brilha o albor da sua estrela e os campos elísios do coração. Onde te escondes tímido sonho já revelado a mim? O que te separa da conclusão dos teus atos no meu seio? Bafeja-me o cândido voluptuoso arfar de brasas, e os teus risos se vestirão de meigas pálpebras com emanações do Elísio hálito, vestidos de cânticos que pousarão nos teus braços formosos de encantos exuberantes. Por que bordada estar a minha língua de beijos azulados e voos que preenchem os espaços da vontade...
Versos preciosos de destrezas são teus olhos
Balada que maneja meu espadachim da fala
Aclama a tua falta no sensível som da flauta
Aonde andas? Ó poética musa da minha serenata?
Nos Trocadilhos das minhas palavras: eu te amo e faz falta?
O teu pedaço que agora em mim não se acha...
Oh! Deixa-me beber tua ardência, olhos fechados...
Desloco-me... Eu toco-te e beijo e falo...
E brinco com o teu ardor que tonteia a face
Movo a língua e o teu gosto na saliva acho
Vem se perder no febril jardim do meu enlace
Oh! Musa! Que fique vermelho o olhar da tua face
E queime toda a essência da madeira
O alecrim perfumará o leito inteiro
E que não seja nem primeira e nem derradeira.
E as estrelas vou dispôr-las em um branco pano
Até uma gritar: " sou eu amo aquela a quem tanto amas..." 
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Oh eu sou flor! Indaga sobre o meu aspecto, porque perfurada estar à pele para receber os relatos do nascimento do odor... Que pede a sua justificação no mágico realismo da sua função, por que a luz do meu candeeiro flutua na névoa da minha procura, fazendo a inclinação lírica e melódica, interdiscursiva, para a textualidade da minha boca... Na síntese poética do seu enunciado... Oh! Entendas-me como estou cheio do teu perfume? Aqui sempre venho e escondo-me quando sopras os odores. Faço as tuas combinações de essências e combino as suas amostras, remexendo a reordenação dos estilos inovadores do teu licor. Cheios de imaginações eloquentes e doces! 
Compreende o meu sentido, por que os teus efeitos, orienta a minha língua... Que busca as intenções significante do gosto do amor... E que pratica e opera o sentido da minha existência.
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Derrame também em mim o incenso perfumoso, que ressuscita vida, é através das suas reflexões que interpreto os sinais que se levantam dominantes, oscilantes e cheios de perceptivos infinitos calafrios ... De ressonâncias emocionais e investigações contemplativas. São flores derramadas no leito da sua ardência. Oh! Estremeço e tremo os seios, pois estou a ver sonhos... Que exprimem os hálitos contentes de sorrisos e acendem as veias dos meus olhos, colhendo os traços de excitações dos seus vínculos, que são flagrados, na comunicação de duas bocas que se entrelaçam, entre céus de suspiros e afãs de sussurros...
Oh! Chamas-me o amor! É a convulsão de dois corações que se fendem! Faz cismar os pensamentos e a harmonia arquejante da sua música... Advinhando o pensar que arqueja na brisa do odor da boca. O meu sono é a razão da minha entrega a ti e aos teus traços transcendentais. A purificação erótica do meu desejo se adormece quando sentes os teus beijos. Asperge o teu perfume puro, pois o meu prazer é fechar os olhos e sonhar com a sua textura, fazendo deslizar a percepção para os meus lábios... Que explicam as imagens que brincam dentro do  meu corpo, fazendo insinuações visuais do teu gosto que procura a língua.
 
Perguntou o vento:
- Ah! Então quando espalho os perfumes, eis que se ocultas para sorver o seu licor? E nas manhãs seguintes, quando aqui volto a passeio, às flores estão pálidas, mórbidas, pois as suas medidas de perfumes exatos que deixo na noite anterior, tu arrebatadas algumas gotículas para a tua pele? Queres matar o campo Elísio do amor?

Assim falei aos ouvidos do vento:

"Elas não estão mórbidas e nem lânguidas... Elas estão enamoradas pelos os meus vinhos deliciosos... Onde o sensível da emoção são gravados nas suas pétalas... Não espalho perfumes como assim fazes, mas eu  lapido o odor derramado por ti e alojo-o nas suas peles... Nas noites que secam os seus perfumes e dos meus secretos jardins retiro e empós deposito em cada uma os efêmeros beijos e faço chover sobre elas as pétalas do meu amor...
Ah! Abre-te os teus olhos e veja como caem do meu ser a delícia! 
A descoberta das flores da campa que mergulham eufóricas no oceano de odores, dando inícios os seus suspiros poéticos, cheios de lirismos e subjetividades femininas. E elas viajam sustentadas pelas as impressões dos impérios imaginativos; ora se ligando umas nas outras para sentirem os anéis dos corações das suas almas; ora nas diversas fases das suas imaginações que espalham as paixões, e os prodígios dos risos pelo o meu néctar que as balançam, e fá-las sentirem o licor dos seus próprios espíritos.
Oh! Deixe que chovas as suas pétalas, porque elas estão apaixonadas!



Manifesto-lhes a sua temática de mulher, criada nas artes dos seus conjuntos: olhar, pensar, sentir e depois lhes aplico as canções orais e sublimes dos seus feitios, transbordantes de confessionalismo de amores que elas suscitam aos meus olhos... Construindo uma efetivação de beleza que se acumulam dentro delas. Unifico o seu balançar... O soltar do seu perfume... A ornamentação do seu corpo, elevando à divindade que almeja a difusão do seu belo dentro do seu íntimo. Elas estão enamoradas! Deixem que elas pulsem cheias de viços e belezas.    
Carlos Alberto
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" Ah! Amado irmão da minha carne! Tocarei a marcha nupcial do teu casamento com um  BELO SAX NOVO... Eu prometo que não vou chorar, afinal, o casamento é teu!"
Esperamos o dia 30 de Março de 2012
INÁCIO E ALBANETE
Casam-se ou se casam?
Tanto faz é a mesma coisa...Ufa! 

sábado, 17 de março de 2012

O FENÔMENO: LÁGRIMAS

 

LÁGRIMAS

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Aqui no silêncio o teu coração se abre
E do fundo aplacam as tormentas… As lágrimas…
Levante teus olhos e aclame… Grite e fale!
E sobre ti descerá o doce licor… O bálsamo...

Ardente é o monstro da tua dor que não passa...
O estigma dos seus beijos frios que te enlaça...
O fogo queima, mas não consome a tua sarça..
E essa para tua alma serve o licor com potassa

As agruras do cansaço são visíveis na tua face
No vórtice profundo do teu peito o fogo arde
Achas que passará, mas nunca passa o traste!

Clarões do seu crime é o emblema que devasta
E ao seu belo jardim sempre te arrasta
Por Deus! Este insano cálice de ti afaste!

                 Oh! E não bebas mais!
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Buscas um lugar recôndito, e faz sucumbir os inquietantes febris gritos do amor. E o teu coração suspira por águas doces e refrescantes. Na tua face se misturam os purpúreos odores vinculados, ainda com as suas folhas que roçam teus lábios e calculam o calor da luz da lua que sem compasso, faz-te dançar pelos os seus átrios, e desordenadas, escorrem as lágrimas.
Quem terá entendimento do teu coração?
Quem as estancará com mãos sedosas?
Súbitas gritam as lágrimas:
“ – Nós! Somente nós!”
“ – Nós somos quem gritamos quando derretes o teu coração em ardores... Fluímos... Acordamos... Somos estrelas trêmulas nos teus olhos...... Raios de lua que iluminam a tua face... Somos temperadas com límpidos anjos que nos seguram e também se prostram para nos admirar... Cintilantes súplicas que buscam acalmar a embriaguez do teu estado...Surgimos do alto… Passamos pelo o vapor da tua boca...E caímos mornas aos teus pés... 
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Somos trêmulas, mas somos cobertas de estímulos pelo o ardor dos movimentos dos teus sentimentos que nos fazem aflouxar, e,
Alcançamos a tua boca, onde o puríssimo olhar teu, prescindindo do íntimo, causa abalos ao nosso fluir... Temperamos a tua língua e o nosso sal te faz lembrar que vivemos em ti e compadecemos também de ti... Queremos te tomar nos braços. Mas é o nosso mover na tua pele que faz com que nos sintas, e sentindo-nos, eis que o movimento do hino de compreensão, cheios de asas te faz lembrar que no teu coração, empresta a força para fazer o nosso deslocar por ti...
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Corremos e deliramos no chão da tua carne, e cada momento, somos multiplicadas pelo o afã do teu abatimento... Aumentamos os nossos passos cada vez mais que suspira alto e vamos entendendo a tua dor, por que deixamos as nossas nódoas na tua face...
Ouçamos a tua voz que nos estremecem cada vez mais, e nessa hora, procuramos descer mais rápidas, porque, não queremos te sufocar... Andamos em ti... Nós somos a habitação que também por ti chora e faz suspender os nossos voos...
Somos as fleumas que esvaziam as tuas mágoas e batemos com frescor nas delícias dos teus olhos lacrimejados... As paisagens, às vezes indiscretas, que compadecem e retiram do teu coração os ingredientes soberanos. Somos tão doces e ingênuas.
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O teu gesto, quando passa o dorso da tua mão, impregna a tua pele fresca com nosso ar angelical, permitindo que sintas o nosso sal... Somos ingênuas, submissas e no leito dos teus lábios se acumulam o nosso doce... Nosso destino é afogar a tua dor no colo...Os nossos conteúdos fervem o teu coração que pulsa e banha no nosso refrigero... Somos respiros... O perfume da tua boca, causando assim, o nosso carinho que mergulha fremente no dormir dos teus olhos...
Fazemos adormecer o abismo e nele caímos para te resgatar dos latentes abalos que te inunda a alma... Eu sei da tua saudade e do tamanho amor que devotas aqueles a quem amas. Ergue-te porque a minha fonte jamais secará. E, quando quiseres chorar, estamos fiando asas de bálsamos e essências para te suspender, enquanto descemos dos teus olhos.
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Ultrajei os céus divinos da eloquência.
No ostentoso peito se escondem as fúrias.
Nos ingênuos lábios palpitam as lamúrias.
No meu olhar morre a minha doce inocência.
 
Pérfidos queixumes no meu seio mora
Sanguinários farpões infames e vis me mata
Há uma densa queda de uma catarata
Dentro do meu coração a alma grita e chora.
 
Ah! Pasmado nesta minha vida somente cabe!
Furiosos fantasmas que rondam meus sonhos
Tantas imagens insanas que só Deus sabe!
 
Corroídas imagens pedintes me cega a visão
Cada vez mais longe se distancia  dos olhos
O cândido espírito que habitou na minha ilusão
 
 
   
 
   CarlosAlberto
     albertoesolrac
   silêncioelágrimas



Ufa! Aos meus dois au au... Agora sei o porquê do amor: assim amou Quincas Borbas o seu au au... Vamos à festa dos quinze anos.

quinta-feira, 15 de março de 2012

CARTA EPISTOLÓGICA

Ao jovem poeta lírico
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São iminentes dentro do teu peito as digressões alucinantes e longas das investigações do teu coração, em busca do simbolismo subjetivo, nas imagens do teu consciente, para desenvolver as fantasias inconscientes que se arrastam em ti...
Articulam no teu corpo a síntese priorizada que traça intuição na estrutura do teu olhar, onde as visões criadas são emitidas para a conexão do teu ser, e esse, absoluto no domínio do teu espírito, eis que a epistemologia do símbolo do amor estabelece as bases dos seus pensamentos, onde esses, sem domínios das tuas forças, entregam-se na poética arte da fenomenologia, de conotações reveladoras, de diversas análises, que tece o teu coração, quando, no silêncio, perguntas a causa do amor que em ti subiu, oriundo da tua alma, porque, entregou-se tudo o que estar em ti: carne, alma, espírito e pensamentos, a uma doce paisagem com belos fluídos e que agora, sucumbe-te a ela e não mais consegue disfarçar, a anatomia dos seus atos e suas ações que flutuam na tua pele e se aprofunda nas tuas carnes...
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O relato que a mim foi dirigido pela a tua febre: as inquietações que abalaram os alicerces das estruturas da tua alma; eis que eu aqui estive a estudar silenciosamente os teus sintomas, procurando identificá-los com os seus artificies ingênuos...
Os rituais do teu coração fazem a modelação dos teus olhos se tornarem empenhados, em analisar a obra que se levanta dentro de ti. Introduz no teu ser, a poética do lirismo... Os abalos milíticos de tremores sistêmicos, e nos ciclos dos teus lábios, começa a desenvolver os rituais de complexos, onde nos seus trajetos mitológicos, começa a romper, como sentes agora, a divindade do amor que avança, no conjunto do teu ser, e eis que a introdução do seu gosto escolhe a tua boca para desenvolver o seu épico, a sua grandeza. É o começo, quer seja do seu todo, quer seja, apenas da sua parte...
Depois de reunidos os dados do teu desabafo, analiso agora o trajeto da discursão da tua língua sobre o seu intenso, e agora convivem contigo as ardências, os abalos, os calafrios e os frios nas tuas entranhas.
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O espírito da palavra mergulha nas formas dos teus pensamentos, com o seu vocabulário, traduz o ajuntar de tantas alucinações do teu espírito.
As picadas vertiginosas desenvolvidas e exercitadas pelo o imenso panorama do amor, eis que, com o seu sistema de tendências perfeitas, onde o seu ardor faz prender a coerência do seu método por dentro de ti, deixa-te exposto a sorver dele a imaginação que faz pulsar teus olhos, tremer teu corpo e abalar o teu coração.
O autor detonador desta tua metamorfose, o amor, nas citações privilegiadas dos teus próprios lábios, pois, o que me parece é que sempre passa a tua língua nos lábios para melhor sentir seu gosto. Começa a erguer em ti o seu repertório, as sequencias dos seus conceitos e os fundamentos lógicos da sua existência... Ele procura alcançar em ti imensas concordâncias da sua delícia, do seu sabor e êxtase. Em imensos saltos o seu profundo toca, toma o teu coração e nele infiltra os seus processos, visando a sua própria interpretação: se é bom ou ruim o seu fluir...
O seu abortamento no teu coração causa uma odisseia impactante. Intensificam os volumes dos lábios e a sua sensação de passagem pelo o teu íntimo, cria uma vertigem convidativa, colocando-te nas deslocações do teu eu que se entrega nas viagens das reflexões e razões, em querer beber o seu maior ardor: o mel...
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Pergunta-me:
“A minha lucidez, quer seja diurna, ou noturna, não é mais dinâmica, concebendo nela, os dominantes símbolos de angústias, tristezas e solidão.”
Eu te respondo:
Os elevados sentidos se aplicam agora no teu imaginário, porque esse é o meio existente de interpretação da tua linguagem. Estás preso no digestivo cíclico do habitat do amor, onde os teus alimentos são agora dramas, com a sua técnica errante e que te faz chorar. Os teus gestos são inconscientes e a dinâmica das tuas inquietações, promovem dentro de ti as suas manifestações, onde toda a reação pressupõe-se uma ação, no caso teu... O choro!
Não existem argumentos, quando a função reproduzidora, neste caso, o amor, aloja-se no peito, não sendo convertido pelo o enlace permissionário do outro a quem se ama, eis que as vertentes infinitas dos círculos mitológicos dos monumentos ocultos, levantam-se e fazem a sua orquestra de impulsos não correspondidos, gerando uma fantasia recalcada, sem a abordagem dos seus elementos dinâmicos por entre o coração. As portas do teu espírito que ama permanecem abertas, entretanto, recebem os fluxos, mas os influxos das suas batidas no seio, não sobem as narinas e afoga a tua alma que sempre estar no anseio de receber o seu balançar que não vem.
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O realismo sensorial vem sempre do teu imaginário e o método da tua entrega, paira somente no universo dos sonhos, e nesses, a vivacidade é tão grande, que as suas generalizações, implicam na desintegração da carne que grita e sorve, por insistência, o perfume recolhido do modelo artístico do qual sonhas.
Há um fantasma dominante que atravessa os sons da tua boca que não fala, para dar ânimo, entretanto, é mais uma fantasia de esperança que o próprio coração atira dentro de ti.
Os conflitos encandeiam e revelam o dilema de quem ama sem a devida correspondência dos olhares femininos. E parece-me que o feitiço do vinho, enlouquece as ervas e os perfumes que percebem o espelho da tua pele, e aclamam pelo o seu andar de ardores. Ouvem-se línguas de candelabros inflamosos que sempre chamam: "vem amar..." Entretanto, acho que é o teu caso, deves amar e não esperar ser amado...
Teu coração já não mais suporta os ambientes adversos, ou seja, não pode vê um beijo na boca, uma carícia na face, por que a tua pele evolui a cada toque que percebes teus olhos, e nas rachaduras vulcânicas da temperatura do teu corpo, já são aplausíveis os santuários de estrelas que dançam diante dos teus olhos e não permitem que sejam tocadas pelos os teus dedos. Elas te afrontam e te leva a ardência da sua febre cheias de delírios.  
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Veste em ti o delicioso, com o seu enredo de vozes convidativas... O inquietante desejo da tua paixão é encontrado, e, exposta aos teus olhos nus, ela observa o transitar por dentro de ti das visões eróticas da sua carne... Que te afaga o peito, levando a tua boca os beijos de ânsias, e no mar da sua consolação, eis que matas a ti mesmo, em querer amar a luz do seu aniquilamento...
Tu vives uma luz que não se apaga
O movimento do fogo que é teu calvário
Na sua cruz abrupta és  crucificado
E a sua chama ardente nunca te larga
Já não usufruis dos seus altares sagrados
Dos seus doces elevados montes mais altos
Não mais calças as suas sandálias de pratas
E também não mais visitas os seus santuários
Nos teus olhos já não acendem seus candelabros
A sua porta sempre fechada e nunca se abre
Do seu azeite só bebe quem vive nos seus palácios
E o seu espetáculo maior em ti não mais arde
E por mais que lutes, como usar a arma?
Invadir o seu reino, dilacerar a sua casa?
É dentro de ti que ele faz a sua morada...

E essa força invisível te arrasa, te mata.
Não alcanças os seus louros e sempre falta
Como os seus frutos são tão altos
Na tua língua nenhuma gota da sua água
E ainda queres tu subir…Subir e nele voar alto?
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Cuida-te, por que a flor é portadora de mistérios… Latentes vulcões vivos... Feitiços púrpuros... Pérolas que revelam o seu Narciso... Tâmaras com gosto de maçãs: o símbolo da discórdia... Portanto, se morderes uma tâmara e nela existir o gosto de mação, cuspa fora, porque, certamente, irás recolher todas para a tua necessidade. Afinal, são nas maçãs que os bichos são mais doces... E provocantes....
Devemos nos entregar a quem nos consola, no teu caso, a métrica, e eu, ao vinho...Devolvas-me depois os sinais que foram enviados a ti, porque, olhando a minha pele, sinto os mesmos enigmas... Os mesmo sintomas, possivelmente, entre eu e você... Você escreves e sentes as dores, e eu, bebo e rio do teu mal. Quem sabe, podemos consolar um ao outro, olhando o fluir nas nossas peles do trânsito progressivo dos ardores a suspirar pela a vida... E se por acaso, encontrares um outro bichinho na tua maçã, por favor! Envias-me, porque eu perdi os meus dois au au e estou só a olhar as suas casinhas solitárias. E quanto ao bicho da maçã, mordendo-o de novo, feche os teus olhos porque o seu gosto está na sua visão. Afinal, bicho ornado, cabelo preso, batom nos lábios e perfumado são danadinhos de convidativos para a nossa boca. Atenta-te!
 
  Carlos Alberto
    albertoesolrac
  silêncioelágrimas

Acredite quem quiser: sofro pelos os dois meus au au que foram doados. E a ração foi também com eles...

segunda-feira, 12 de março de 2012

TRANSPOSIÇÃO: CORPOS

                                  CORPOS
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O império que se origina na mente. Que tem o poder da fruição da linguagem dos desejos... A vulnerabilidade de um olhar que se levanta, para explorar o campo semântico, onde, primeiro: a visão ilustrativa, segundo: eis que se levanta a etimologia dos sentidos, é quando o fascínio do corpo desenvolve a hipérbole na língua, e essa, mede o aparecimento na mente humana da criatividade, cheias de fermentações, não se escota, por que a visível representação que se morda, conforme o mar de visões que sobe ao coração; impulsos violentos, e as suas substâncias absorventes, importunam as crescentes palpitações, que sentem os rastros penetrantes dos desejos que pernoitam, fazendo a sua ardência e cravando os seus sinais eloquentes. A voz enternece, arrepia e a vontade se inicia...
Ah! Coração que almeja os suspiros que abafam bocas! Faz voar no céu o retrato do meu rosto de ébano, cheios de estrelas! Por que a flecha voa e na sua lei, recolhem as delícias dos olhos, torturados, fechados, abertos... Semicerra a tua boca, por que o sútil instrumento, a língua, tem asas do onipresente, e os astros que se movimentam, a sua porta, quando retocam as grandezas dos movimentos íntimos, causam explosões, e as pétalas se abrem, e as mãos se movem e alcançam o seu pólen… Eu sou o teu jardineiro e vim aqui da flor cuidar. 
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Oh! Estelífero mundo fulminante, reluzente, onde se assanham as fúrias das mãos que avistam o áureo corcel dourado! É à força do mar, do sol que desce da lua, e que se tonteia cheia  de estrelas! Oferece a tua carruagem e permita-me que nela tome o meu assento, e entre zéfiros, ósculos floridos e ardentes, eu possa plainar nas tuas folhas, onde suspira o beija-flor e as flautas cadentes dos nossos olhares... Que querem falar aquilo que o coração sente.
Oh! Flor de lábios tentadores! Exalas o teu hálito, por que ele é o meu paraíso. Desenrolam as flores dos teus risos... O relento do teu jardim espera o seu jardineiro e hoje vim cedo para ver o teu botão se abrir, entre as pétalas da tua face... Oh, Minha flor! Receba meus cânticos de amor...
“Então canta para que o meu desabrochar seja mais delirante e as minhas pétalas não caiam mais de mim”. – pediu a flor.
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Ah! Anseias-me teu perfume quando emanas.
Das flores diversas do teu olhar.
É a brisa que se espalha na pele santa.
O coração canta: “deixa-me te amar! Eu posso te amar?”
Pressinto ainda recente teu perfume nas narinas.
São toques das tuas unhas a me roçar.
Sinto de volta a essência a me tocar.
São doces que se abrem em suaves  nectarinas.
 Refugio no interior do fogo que faz incendiar.
Tuas feições na  mente é minha sensibilidade particular.
Oh! Não quero e nem desejo outra no teu lugar!
Tua voz celeste é à flor dos meus suspiros.
É o perfume que deseja tanto o meu escutar.
Se não permites que morra eu por ti, então me deixe esse amor exalar.
Ah! As pétalas é a simetria da tua face. São as disposições despensas do teu oxigênio; onde a luz sensível faz a moagem dos óleos, dos azeites, produzindo o sabão cheio de pigmentações, para a composição do teu cheiro e do teu lubrificante na pele. 
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Oh! Tuas pétalas e sépalas são tão idênticas, e me ladeiam, nos jardins gozados pelos os meus pensamentos, celebradas pelos as flores dos vales de admiração dos meus olhos. Respeitosa razão da luz cintilante, que entroniza o éter do céu de atenção... Que cativas os meus olhos. Que belo luminar de giros mirabolantes se faz nas texturas das tuas virtudes, e no portentoso abrandar do teu néctar, quando escore nos fulgores das tuas pétalas, o doce solúvel do abrir dos teus olhos. É brilhante o ferro em brasa do topázio, que fulgura no sagrado e justo pendor dos arcos que te cerca.
Parabéns! – assim falo...
Parabéns, ó asas que brincam nas variações e vibrações do fulgor do teu doce! Pelos os talos suaves que alegram os montes de saudades que se elevam, e a ti atiram suas fragrâncias que se acendem, antes de chegar até a ti, iluminando assim, a mais perfeita dos paraísos! Que gozo! As estrelas das núpcias te saúdam e meigamente, abre-te os braços, leva-te ao camarim e relata o ápice brilhante do teu doce. Abalas-me e transporta o meu apalpo a comoção eloquente do amor que tremem os olhos e comove o espírito que se derrete... Eu sou o teu jardineiro e posso te tocar.
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Ouves o meu assobio... É a sentença de beleza que te entroniza nas assembleias dos meus aplausos... Olha a alteração no céu da minha face... Eu te comparo aos altos templos estupendos com suas belas rainhas... Oh! Serápis!
Meu coração é prole das bênçãos da tua alma e da progênie do teu espírito. Oh! Símbolo nítido do fruto da graça do amor! Obedeço às obras da tua lei...  E a obediência servil da minha fé, é exaltar a pureza dos teus cristais... A leveza dos teus giros na minha alma. Oh! Excelsos utensílios guardados, são os sábios ardores de reverência do teu coração, e o meu tributo, são os ais brilhantes de ares líricos que sobem como balões, cheios de gases de vida! Ofertas dos manjares dos meus lábios, que conduz neles, o anjo do incenso... É o renascimento do céu que proclamas o seu novo raiar cheio de mimos nos seus olhares. Em mim o teu domínio é acentuado e o mar me afoga em tua busca. Eu sou o teu jardineiro e posso te banhar. 
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As minhas mãos recebem a tua alma, e nos seus olhos, palpita o meu beijo, incitando as vertigens dos meus gritos espessos, persecutórios e que inelutavelmente, despedaça o seio meu que te agita; oscilando entre sinais e sintomas palpitantes, onde os sentidos vibram, e as sensações das temporalidades, encaminham-se para o exílio loquaz do prazer, onde o improviso carece apenas dos diálogos linguísticos, que são murmurados timidamentes, sussurrados, apenas pelos os olhares das línguas... Os olhos fechados saboreiam, enquanto as bocas abordam as múltiplas formas alarmantes de ais e sorrisos, definidos pelo o gosto expansivo do corpo.
Ah! A grande síntese é promover a queda do batom dos teus  lábios e compreender os sons prolongados da lesividade do elástico da tua pele... Que se contorce, que se rompe, para receber os princípios dos abalos. Oh! Que sujeito determinante! Privilegiado pelo o universo das medidas que enfatizam o cobrir do corpo, como um lindo vestido, ornamentado de polaridades atrativas aos olhos! Pérolas subjetivadas pelas as visões dos espetáculos dos prazeres, onde se mergulha nas suas alegrias... Agarra o doce do seu aceno e as alterações das batidas do seu coração; fazendo bater a fábrica das suas sensações, e determinando, o delírio da malícia do sargaço infantil, quando vem chegando o orgasmo!
Teu corpo é o meu alimento! É sincopado de doces agasalhos para a minha pele... É interpretante e nele vejo a minha transfiguração em fogo ardente e suave. Eu sou o teu jardineiro e posso as tuas lindas pétalas balançar. 
 
   Carlos Alberto
    albertoesolrac
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