quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Aspectro humano


Por mais que queremos um só leve momento,
Não vivemos, pois o coração triste ausente,
Bate silenciosamente frio no peito da gente,
Aumentando cada vez mais nosso tormento...


Temos ânsias e neste fogo vil, ardentemente,
Os corações à esmos se perdem sem remos,
Nada somos, suponhamos só o que cremos,
São fantasias fúnebres de um coração doente...


Sonhamos que somos fortes, únicos, entretanto,
Não somos mais aqueles dos quais pensamos,
E sim, vestígios do nosso vazio e cruel espanto!


Sofremos tanto neste fogo insensato que emana,
Não sabemos quem somos, talvez sombras...!
Aspectro da criatura que se julga boa e humana...!

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