sábado, 31 de dezembro de 2011

CARTA AO AMOR QUE A ALMA SENTE

     Lágrimas e odores ao amor ausente...

“Por ela Deus se manifesta.
O único bem que ainda me resta
É ter chorado uma ou outra vez.”
 ( Musset )

Hoje fui tomado por uma sensação de apelo do meu coração, e na sua veemência solitária, indagou-me, com extremo apetite, dilatação das suas pálpebras, vaporosos ardores de sensibilidade, entre o céu de divindades, cristalizados de áreas etéreas e intensos lumes de magias, soltando fluidos de saudades colossais, deslumbrantes nas suas plagas!
           - Sofres e também eu! – Falou o meu coração sedento e continuou:
-Sou
Forma criada, simultaneamente, nos teus lábios e na mente do teu interior, que sobe as tuas narinas e desce em véus saudosos de dulcíssimos suspiros nas minhas lembranças. É no altar santifico da tua pele, que tremo e sinto o odorífico perfume que tonteia o teu espírito e o esconderijo da minha morada: o teu peito que me guarda solitário! O meu gesto confere ao teu corpo, a experimentação cognitiva dos meus sentidos, que experimentam o meu bater das mãos na janela trêmula da paisagem da tua busca.
O evento secreto toma forma, incitando a sua pálida luz na tua face, palpitando os teus lábios, tornando a tua respiração ofegante, e o vento do amor saudoso, se apropria dos teus sonhos adormecidos.
Lembras-te de mim? Eu sou a magnífica rosa!
Que foi plantada no seio do teu doce jardim!
Tocas-me, te protegerei dos meus espinhos!
Não esquecerá o odor que emana sem fim!
Cuido eu de ti, e também, cuidas tu de mim!
-Vou bater dentro de ti mais forte!Fecha-te os olhos e me percebas expressivo na consciência da tua visão de espírito, conservando-me vivo e loquaz, por que sou eu que latejo e te faço vibrar os objetos emergenciais do teu ser. Conserva-me por que eu orientarei os seus efeitos por dentro de ti e propagarei a sua doçura, baseado nas expressões da tua face.
Toma-te consciência da minha potência, e deixa formar na beleza do meu bater, a formações das ações dos meus atos de saudades! Eu sou o ruído que se forma na dimensão de todo o teu ser, estabelecendo assim, a plena convicção do conhecimento no tecido sensível da tua pele. Sou teu campo de forças, um órgão de vida institucional, que sente as pressões das práticas do teu corpo e isso determina a minha relação contigo, porque eu também choro, e quando a dor atravessa as tuas carnes, os códigos do meu sensível, expressam por dentro deles, tudo aquilo que acontece por fora de ti."
Experimente do meu licor na tua alma
Saboreie-me com a tua língua... Eu dou!
O doce sublime daquele a quem sou...
Use o mel genuíno do meu longo ardor!
-Transbordo em ti! Sou integrado pelo o bater, o sentir e o tremor! Integro a fala sensorial do teu conjunto, assim o processo de recepção da tua saliva, recebem os atos dos meus comandos e a significação estonteante do pleno fluir flutuante, nas transformação do teu olhar, que se torna mais doce e angelical.”
 
   Assim escreveu o meu coração o estado febril do meu ser. Nos indícios do meu rosto, o símbolo da conduta dos meus sorrisos tristes que foram narrados, postados, em uma missiva, cheia de lágrimas, identificando o seu exprimir, existente nas entrelinhas daquele que sobrevive ainda de saudade que são contínuas. 
Ah! Na tua pele eu pinto a minha cor!
Meu perfume aos teus lábios te dou!
No teu coração assim nasceu à flor!
Suspiros e delícias que brotam do amor!
- Eu gesticularei por dentro de ti também com as minhas lágrimas. Os gestos dos meus movimentos, determinarão a prescrição do ato real.
A doce lua constelada na hóstia da tua boca. Os lírios bordados no róseo dos teus lábios, com áureas alombadas de cetim da cor da tua face. O céu cheio de cúpulas de aromas, sabores de beijos. Espelho da aurora criação do florear da brisa do teu hálito. O vento que se espelha nas visões dos laços da luz que fenecem no teu seio. A maré do ar perfumado que emana do corpo, com ondas que vêm em pedaços e caem nas profundezas do teu ser. Teus olhos espiam o sopro do espírito feminino e reconhece a sua fronte sedosa. O fogo dos vulcões dos seus olhos. Os dentes inquietantes em um mundo que paira e uivam os instintos da matéria corpúsculo nos seus gritos com suas asas que voejam saudades...
Nuvens e trovões fazer ressoar o repouso dos teus sentimentos que se adentram no teu coração, que sou eu! onde o cenário conhece o frio das peças que compõe a criação do ser mulher na tua mente.
Sentes o pólen do meu aroma no teu ser?
Sou eu em ti e que faz teu sentimento crescer
Quando fechas teus olhos vem o meu florescer
O andar por dentro de ti do meu viver
Deixe-me sonhos contigo viver...
- O purpúreo do sol da tua saudade, inclinando nas sombras da tua consciência, englobando na tua boca, feixes de risos que se desvelam em exaltação a tua paixão! O eldorado do anjo do teu amor recolhe no éden a alma feminina das tuas noites deleitosas. Flamejando se abrem as asas do teu guardião e no seu peito, desmaiado, cai às citações de suspiros de hinos que escuta a tua donzela. Oh! Alma que cria ardores, mesmo que momentâneos de delírios! Vastos são as tuas delícias e o som que faz palpitar os lábios que morde a tua língua! O teu perfume enche a carne de êxtases e delírios e toma o espírito que se entrelaça nos teus cânticos líricos e no viço dos teus lábios efêmeros, que é alucinação nervosa para quem vive na saudade. A sua lâmpada não se apaga e o manifesto da sua luz calam os teus movimentos e faz o mover por dentro de mim dos seus sussurros radiantes.
Eu já dispus ao teu olfato o meu cheiro
Pétalas que na sua forma cobre meu ser
Mas minha nudez aos teus olhos é exposta
Por que só em ti meu vasto mar composta
Evidenciados nas crônicas dos teus suspiros, permanece a fonte! É a inserção dos teus lamentos que se prologam, nos pedaços esparsos dos teus pensamentos, onde tenta rastrear o seu último perfume, no campo da tua matéria! Nos registros das tuas recordações, eis que sou colocado à disposição do teu fluir, e recebo o mel e a dor das tuas reminiscências! O teu olhar forma a saga também dos meus gritos. Sou eu te apaziguo e te elevo as brumas do meu leito que se agita, e o meu ar serve de consolo. Saudade e a expressão que circula para a transfiguração da fantasia em bálsamo. Em círculos voluptuosos, dançam cravados no teu seio, ardentes abraços e beijos de volúpias vibrantes, cheios de sagacidades. Infinito é o esplendor do morder dos teus dentes, como se procurasse um beijo ardente. Que se adentra e flameja nas garras da tua sede!
Clarões dourados! Relâmpagos incendiários! Tempestades e trovões incendeiam o céu puríssimo dos teus olhos! A luz argêntea repete nas tuas manhãs, a elísia doçura do frescor profundo de gozos, das meigas carícias do teu amor! Ânsias te sobem e desejos transpostos são levados pelas as nuvens da tua mente! Cortejos de arcanjos com suas roupas reluzentes programam os sintomas da tua vida! Incensos se levantam nos astros do teu olhar! O escorrer do óleo da estrela: a lua da tua saudade, em múltipla flacidez, se mistura as tuas lágrimas cheirosas e saudosas! 
Beba a minha delícia com o olhar fecundo
Sou a maior beleza que gira o teu mundo
Suspiros que se movem lá bem fundo
Do coração que se entrega ao meu profundo!
- Revolves-te nas cinzas da saudade, porque glacial será a quimera dos teus sonhos, enraizados nos dilúvios dos teus olhos, esmurrando o teu espírito, como morado das anomalias do teu ser extremamente lírico! O teu mundo subliminal é a tônica do coração que se oculta nas metáforas dos teus lábios e nas metonímias dos teus desejos! 
-Levanto a ponta da cortina dos teus atos e compreendo a chama viva do amor que bate no ato da ação! É indomável! É torturadoras as afeições que se deslocam nos teus lábios, como se fossem réstias de beijos de mulher! Perambula no céu da tua alma e nas recordações ativantes do sensível ao amor ausente! E com as mesmas lágrimas que caem dos teus olhos, assim me retiro. Recolher-me-ei no invólucro do teu corpo, mas ainda nesta noite, sairei e cearei contigo noiva minha!  Assim encerrou o ciclo o meu coração nas lembranças do amor ausente.
O amor ausente
morde, com os seus dentes cortantes, causando delírios a pele e fogo ao espírito, que tem medo de voar e se afogar nas suas próprias lágrimas.
É como a noite em tempestade!
Ventos e raios que corta a felicidade
Ressoa a tua voz no seio da ansiedade
Anunciado pelo o doce da saudade
Oh, meu amor! Louvado é o teu sorriso!
Que me abre-as asas do paraíso!
Faz tanto tempo que eu estou contigo!
Entretanto, eu nunca te vi comigo!
A nova pátria me fascina e eu te busco
Nos picos, montes, plagas e penhascos.
O cavaleiro domado da saudade sem afrescos
Não mais me unge e nem me dá beijos
Oh! Amada minha! Ordena em mim a natureza!
O jardim... O lar onde eu te ponho como princesa...





Xiiii... Bum!!!... Xiiii... Bum...!!!
Explodem os fogos aqui no meu céu de Brasília! Que doce, por que eu fiz um pedido: que neste vindouro ano meus sonhos criem asas... Meu Deus! Um já desceu... Ufa!  São nove horas e cinco minutos e meus sonhos não sobem... Ah! Esperamos pela à meia-noite, dizem que é esse horário que acontecem os contos de fadas... Feliz ano novo e tudo de novo... (que belo trocadilho!) Ufa bem negrito!
 

        Carlos Alberto
         albertoesolrac
        silêncioelágrimas

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

INSCRITOS NO CORAÇÃO


O rio fecundoso, com os dons da beleza do amor, circula e domina o ser. Grandioso, profundo, e nele borbulha o desconhecido.A sua extensão de tantas águas, causará o naufrágio de um coração. O céu ainda faz chover no seu mar de beleza, e na pele do ser que paira, no seu porto assolado, a espera do seu amor, cai-lhe o seu último fechar de olhos. O temporal é onipotente, insondável e avança ardentemente, também, pela a brisa do invisível, o coração, que sozinho, espera a aurora da nova criação dos seus sinais ardentes na carne! É provável que logo empós a tempestade, cruzará no seu céu, um belo arco-íris, quer seja como sinal de refrigero, ou então, uma leve pausa, para depois, recomeçar a sua tempestade. Enquanto isso, caem às pétalas líricas e utópicas na poética. Recolhamos uma por uma para fazer depois, a recomposição da nova flor que brotará.

Há um movimento no seio que não se ordena

O efeito sublime de um sol que queima

Bebes-te da fúria e do vinho da alma

Do néctar que adormece a tua pele

Açoita-te e vem dela o perfume que te

embebeda

O galopar do seu hálito que te rasga e aperta

No coração a dor imensa só cresce

Molha o teu corpo a chuva que desce

Nos teus olhos o amor entreaberto

Oceano de sensações! Teu mundo esmaece!

O azul do céu do beijo roça a tua pele

Oh!

Quem dera bater a porta dos teus anseios!

O arfar erguido de um coração que segue só

No teu peito intumescido, Ó ardente febre!

Áureos olhares te penetram e não percebes

No teu leito solitário a tua prece

A tua língua ingênua que tanto mexe

Os teus desejos que tremes e o coração espera

Estar à alma marcada pela a linda donzela?

Cândida e pura! É a doce Laura? Por ela tu

velas!
Os lírios de suspiros da sua alma bela!
Afinal, quem será ela?

Aquela que vives como um sinal na tua pele?

Assim choras tu e também choras o poeta!
Por não obter a delícia do perfume que habita nela!
Sinto a embriagues do teu perfume!Desfilam diante dos meus olhos, os últimos beijos, e isso me agita! Perturbam os meus sentimentos! A linguagem confidencial que me traz as reminiscências do teu ardor, que são nítidos, e o público dos orifícios da minha pele que te aplaude, pelo o desabrochar dos fragmentos que os fazem pulsar pela a vida.
É neste corpo que se encontram as leis do

coração, e nele se escreve, com unhas sedosas, a

origem dos seus gritos.


Instiga, ó pele! A profundidade do nível que

foi postada em ti os ardentes sinais! A

extensão do sal, misturado com a essência da

mulher, vista outrora, nos teus pontos

significativos e sensíveis do perfume que te

ungiu dependente, e agora, testemunho do teu

afã.   

O teu ensaio será o cenário de toques que de ti

se retiraram, mas te causará mais labor, pois a

invasão dos movimentos que fluem na tua pele é

viva, e a fenda do teu coração, rebusca e os

recebem de volta com delícias e sabores.
- Oh! Não te abates amigo meu, inscrito está no teu coração às dádivas do amanhã! – Assim me disse o meu "eu"  e continuou:
-A tua arte oratória, senta-se nas palavras, alcançando a linguagem enaltecida pela a genuína eloquência dos teus olhares! Nos méritos dos teus discursos têm as descrições mágicas dos instrumentos de licores, que te aplicam na boca, o doce do amor e as lembranças daquela a quem amas. O teu discurso banha os pensamentos dos teus lábios e no inebriante e tímido abrir deles, desenvolve a melhor das delícias, erguendo-se novos sabores nos seus diálogos, e no correr deles pelo o doce da tua boca, que é inquestionada, pela beleza suprema que jorra por dentro dela. Murmúrios louváveis são levantados e o orador que é teu grito, muito espreita pelo o gozo das expedições dos sonhos que percorre em ti. A espera ainda examina a dispersão das tuas lágrimas por cada sulco do teu rosto.

Eu delibero nos teus objetivos estéticos, por

que sou a tua própria imagem e também sinto

sede pela a concretização das fagulhas.

A minha visão retórica, interpreta a tua

existência, e com o intencionalíssimo também

dos meus gritos, quero equilibrar os afetos que

te cercam e não permitem que sejam tocado por

ti. Buscar a prática das emoções e transmitir,

através dos meus signos, a música que

influenciará nas tuas decisões, assim o farei!

Fazer o deslumbrar cair diante dos teus olhos

e nas suas ações. Apresentar a figura

maravilhosa da percepção, que vive arquejante,

na chave silenciosa do teu coração.

Estar inscrito em ti:
Articulações compositoras dos elementos que discerne o teu espírito, de aplicação ampla aos domínios da tua beleza. Analiso a tua luz e o currículo do teu ser. Faço a edição dos teus conteúdos nos esboços da tua pele trêmula, palpitante! Ah!As tuas fontes são primárias! E o coletor, teu nariz, anseia sorver os efeitos do primeiro beijo, possibilitando assim, o dispositivo no teu coração, avançar em busca do perfume que em ti tens crescido e espelhado o seu odor.
Eu sou o teu preceptor! O teu sacerdote que busca o ar simétrico que flameja nas noites da tua procura! Quero captura-lo, colocar nos teus olhos, fazê-lo arder nas fibras da tua alma, lançando dardos de perfumes para tontear o teu coração e arrebatar os teus sentidos! Eu sou o teu semeador! O cântico que buscarei fará incendiar teu espírito. Embebecer tua boca e enrijar os músculos do teu coração, para que ele bata mais forte, desassossegado, fazendo flutuar por dentro de ti a flor, com o seu líquido inflado de doces e polens do amor! O mar de vibrações do teu corpo será impregnado de volúpias, devolvendo-te os rituais dos teus sonhos, moídos, mas com mel, comerás e beberás a tua felicidade, abrandando assim, o beijo que será ressuscitado, para o louvor dos teus lábios, e a exaltação do teu ser, que se fará girar no gênese da luz geradora de profundos risos e ventos líricos.

Por que arfas, ó coração aventuroso!

Chove com exaustão nos teus lábios medrosos

Entretanto nas noites foge o sono e depois

Tristes batem as fagulhas no teu coração

E o sol não traz o teu belo suave dia

O ar escuro vagueia nos teus gemidos

Oh! O fogo da tua sedução tem se extinguido!

E não sobe o seu perfume na tua oração!    
Inquieto entra nos conflitos da tua alma
Céus! Na nova alvorada chegará a tua amada!
Ela será a tua vida, teu próprio retrato

E nunca mais viverá só e multifacetado

Tornando-te um inocente sonho encantado.

O tremor do teu sensível, é a consequência da

lembrança na tua mente, permitindo a entrada

das crônicas dos teus suspiros; compreendidos

nos arrepios dos teus cabelos.  

Sirva-me...

 o teu pão, ó Carlota! Eu sou menino!

Quero beijar o teu colo até dormindo

Cuidar também das tuas criancinhas

Sonhar com os teus cabelos com trancinhas

Sirva-me com esses teus olhos convidativos

Beber da sua doçura, pois são tão cativos.

Ah! Deixe escapar teu perfume, vem vindo!

Sonhos de êxtase nos lábios sorrindo!


CarlosAlberto

albertoesolrac

silêncioelágrimas

sábado, 24 de dezembro de 2011

O MOÇO QUE DORME


 os dois perfumes 
FEMININOS
  

“Apesar dos odores diferentes, eles têm a mesma sede pela essência e pedem que os completem: o amor”


- Adoro ser legitimo, tendo o domínio original do cheiro e receber visitas das narinas, entretanto, acho que devemos brincar expostas ao vento, assim ele retira o nosso perfume e sentimos a sensação de que somos possuídas com dons celestiais... Os moços não mais falam aquilo que queremos ouvi, quando sentem o nosso cheiro, e só nos resta, provar do nosso próprio odor, para obter a admiração que tanto necessitamos.
Assim disse um dos dois perfumes femininos que brincavam ao vento.
- Ah! É verdade! Eles só têm o conhecimento natural e esse, estar tão repetitivo aos nossos olhares e lábios. Não mais se congrega a nossa realidade, de sermos bem vistas e sentidas, pela a exclusividade no nosso ser, de percepções sensíveis, instintos recebedores do mundo que investiga em nós, o quanto somos dependentes das palavras, que nos fazem ficar entontecidas, pelo o licor da admiração contidas no amor... Ah! Os moços executam traços
Impuros de quaisquer posições que lhes amputam a sua falta de criatividade. Disse o
outro perfume feminino que oscilava, saltava as suas asas no céu. Ria e chorava pelo o prazer de ser tocada pelo o vento.
- Olhe lá naquela árvore como dormes um moço - apontou o primeiro perfume e continuou. - Vamos brincar com as suas narinas, certamente não receberemos aquilo que queremos, mas o deixaremos se convalescendo pela sua única beleza: seu instinto carnal.
- Eu não! – retrucou o segundo perfume - Eu já conheço a sua instituição e o seu ato sempre é antecipatório na minha pele, sendo o seu originário, o corpo, o objeto das sua brincadeira sem criações e toques externos insensíveis de amor, apenas prazeres repetitivos! Eu quero o incisado que sucumbe aos meus sonhos!
- Pois eu descerei e brincarei com as suas narinas. Quero expô-lo ao seu repetitivo, pelo menos isso é a única coisa que me faz existir... Sou obrigada a viver com os fundamentos deles, eles só têm isso para nós fazer doação, e temos que gerar vida sem vida! Disse o primeiro perfume.

E assim fez o perfume. Desceu e penetrou nas narinas do moço que dormia palpitante, a sombra de uma árvore e nele permaneceu por um período, e quando dele se retirou, voltou à claridade da luz do dia, com êxtase no seu olhar, logo lhe foi perguntado pelo segundo perfume.
- O que aconteceu? – quis saber.
- Ah! Não sabe o que eu vivi...
- Conte-me então, o que houve!  Pois te sinto com aspecto mais jovial e dengoso... Sinto o teu aroma renovado e puro... Conte-me o que houve enquanto estavas lá no interior do moço que dormes.
- Não acreditas! – começou ele – Pela primeira vez minha, nesta existência, não me senti amante, e sim, amada!
Fui classificada pelas as investigações do moço que dorme, como genuína! Senti-me pura nas linhas elevadas dos seus toques! Fui à alma do ser vivo que nunca proveu, deste a criação da carne humana, e toda a região do meu corpo foi abalada, e o meu coração, esse, se entregou por completo, nas distribuições dos seus dedos pela a minha pele! Que calafrios! 
Ah! Foi preciso eu traçar um esquema para não urrar demasiadamente, senão me faltaria às forças, e naquele momento, eu queria viver o que nunca tinha sentido na minha alma feminina! Ele foi doador de todo o seu conjunto, sem fazer exigências e com a sua eficaz, produziu em mim, o agir do meu espírito, que foi capturado, pelo o manancial soberano da beleza, que se conquista no conquistado! Foi crescente a marcha progressiva dos meus gritos: revolvidos, tocados, e nas suas efervescências, incorporaram diferentes olhares de renovação nas áreas do meu corpo! Eu fui arrebatada, pesquisada, analisada e sorvida pelas as visões obtidas, quando ele me cheirava! Era um espetáculo variegado, contidos no mundo dos olhos do amor, lembro-me que na superfície do seu olhar de juízo, eu fui promovida a publicar o discurso preferido do meu sensível, indo além do visível, atingindo cenas intelectuais nas artes linguísticas do andar da língua pelo o sabor. Oh! Eis que tombei exposta aos elementos dos discursos dos seus sons definitivos, debruando em mim, agora eu sei, que sou abrangente e compreende no meu sabor, a permanência profunda do interagir da minha alma feminina com o meu eu mulher, razão pela a qual, hoje me tornei, mulher-revelada com a sua particularidade única e o compreender da sua vaidade, que precisam ser cuidadas.

Senti-me renascida, e agora, eis que me olho e vejo o que nunca tinha visto em mim: o meu olhar que brota instintivamente a luz dos momentos que antes nunca vividos, e que, caminha no meu seio com os seus princípios e suas hipóteses. Agora sei determinar a lógica do meu existencialismo: eu sou mulher e quero alcançar os princípios das ciências nos processos discursivos da teoria do amor.
- Ah! Pelo o que sinto bebestes algo valioso. Acho que também mergulhei nas narinas do moço que dorme e experimentarei essa essência que denoto na tua face o seu fluir e sabor. – Disse o segundo perfume feminino.
E logo lançou seu voo e mergulhou nas narinas do moço que dorme...
Demorou o segundo perfume feminino, no seu tempo de permança, pelo o interior do moço que dorme, e quando, foi expelida, o seu retorno, tonteada, procurava segurar no seu espírito, o apoio para não cair de tão extasiada. E logo assim falou:
- Ah! Eu vi a minha dualidade: alma e espírito se partindo! Um gozo que se assemelha a flutuação na dialética cheias de diálogos e belas razões dos métodos verdadeiros da boca quando diz: eu te amo... Que fogo! A evolução do meu coração, atravessou a síntese da minha alma e me trouxe o título: o sabor absoluto de um espírito feminino nas suas múltiplas diligências, pela a conquista das atividades do fluir, nas ardências de um seio de mulher!
Céus! Caí sem sentido! Mas viva, arquejante, sussurrante, transpirante e de súbito, fui diagnosticada por mim mesma... Eu queria mais e mais... Deus! Agora estou viva e no meu coração, o súbito sentimento descobre que fui revelada apenas pela a capacidade de um sorver eloquente! Trazendo discernimento, intuição que eu também, não fui amante, e sim, amada! Fui imobilizada e nos inicios das mutações do meu coração, foram aceitos os axiomas dos atributos do infinito do meu ser, por que eu vi esse corpo meu vivo e morto, captando exercícios para nortear mais o meu espírito! Eu mudei hoje, por que as asas do ardor deu dinamicidade ao meu mover e captou em mim, o melhor ângulo para desenvolver os seus movimentos e prender-me nos sentidos dos seus tremores.
Um raio iluminou uma paisagem cheia de influências significativas e educou o mundo sensível do meu espírito feminino. Eu brinquei com a minha lua, acessando o meu sensível! Eu fui a sua lição e ele na sua autenticidade, no seu olhar essencialista, fez-me cair na sua doce armadilha do amor! Como queria ficar eternamente presa! Fazer romper o núcleo do conhecimento que ainda desconheço, por que eu sei que o moço que dorme, é a verdade da razão centralizada no seio da essência do amor. Ah! Sonhos estáveis! Permanências doces! Determinações medidas pela a limpidez do intérprete no corpóreo dominado por uma busca que jamais pensaria que existisse! Foi efetivo o seu sorver, fazendo- me conhecedora dos recursos distintos dos fenômenos substanciais a propagação dos meus gritos, uivos e prazeres pela a animação do fogo na pele.
Ufa! Fui lançada por um colar de pérola, e a intuição do irreal foi real, demonstrando os meus internos sentidos de cores e odores, que despontaram na minha língua! Que belo moço que dorme! Faz compreender na alma feminina a súbita descoberta do discernimento na mulher e causa a sua percepção imediata, que ainda existe vida nos sonhos que sonhamos! Ele me olhou e captou as fantasias da realidade que tanto sonhei! Oh! Quero amá-lo...! Esgotar o meu ser e exercer influências nas correntes dos seus pensamentos! Que belo instrutor da identidade no ser que desconhecemos, nós mesmos! Eu fui representada pelo o sorver da sua delícia, e os eventos que eram constantes em mim: violentos, contingentes e que agora, depois do repouso, anseio de novo ultrapassar a minha fragilidade e aplicar o seu bálsamo na minha inconstância... Ele determinou os meus estímulos e nas suas análises, ordenou o meu sistema que agora: é mais amor...
Devemos acordá-lo do seu sono? – Perguntou o primeiro perfume.
- Oh! Não! Jamais!- respondeu o segundo perfume – Devemos mantê-lo sempre assim, dormindo, e quando, a nossa alma feminina necessitar de unguentos, virão aqui e aplicarão o seu aliviar nas feridas. Deixamos que durma…
“Deixe que ele durma, por que a sua doçura só flui quando ele sonha”.


Feliz natal a todos e um próspero ano novo, assim desejo…
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

TE NAMORO

Definições:
A língua e o artístico lírico do te namoro
Oh! Estou triste! Pois ouço no vento,
Sussurros de um coração que bate ardente,
Mas sei que não mais do que de repente,

Posso encontrar o amor escondido no tempo!

Fico a pensar:

Solitário no meu cárcere sedoso,

Acredite! Mas esse amor me faz tão ditoso,
Tão verdadeiro, puro e romântico!
É maravilhoso!

Ah! Aqui distante fico te velando!

A luz dos teus olhos que piscam brilhando,

Deus meu! Será que eu estou te amando?

Na pele sinto o que os pensamentos comandam

Um tremor que me vem a cada instante

Acho que na minha cabeça... Estou te
namorando...

E no meu refúgio eu traço meu canto

É a luz vital de uma lâmpada
Que nunca se apagará... Continuará te
esperando...

Eu acho que te amo...


A minha língua é um diário vivo, cheio de

manifestos, onde as suas ramificações penetram

nos experimentos do

ambiente físico: imagens-signos, nascendo o fluxo

dos desvarios e

sutilmente, o método inspirado da memória, que

nos seus arranjos, tonteia

a sua inexplicável loucura! É a arte romântica nos

experimentos dos

dialetos dos gritos!E ela soa com o gosto na minha

memória:
Tornando-te aos meus olhos, a criatura mais bela,

e na minha cabeça,

nítidos são os lumes que soltam faíscas na alma

pela a tua presença.

          Experimento as proposições dos afrescos

imediatos que sobe a

boca! Sinto o estatuto definido que nasce ainda

quando se é criancinha.

Que sonha... Que deseja os conceitos do coração,

e pelas as praticas dos

suspiros que empurra o espírito para o além do

diário da vontade! Não

confino a minha língua a um canto restrito, faço-a

se locomover por todo

interior da sua morada, depois ela me relata

o escrito das sensações e dos

odores dos sons que ouve no meu coração! Não

preservo a energia da

minha língua, deixe-a se curvar nos efeitos da arte

do amor, pois ela,

depois, vem dialogar comigo com o mel de

citações que se fixam nos meus

olhos! O viés das criações artísticas vêm da minha

língua e os seus

campos abrangem a boca, a pele, o coração e os

sonhos que flutuam em

derredor dos meus diálogos sentimentais! Busco o

espaço e o tempo do

seu permanecer, unida à outra língua e aí sinto o

novo corpo que renasce,

no clímax da volta da língua pela a também minha

morada.
           Ah! Deixo que transitem os meus lábios na

proliferação da

saliva, obtendo assim, a transformabilidade doce

do seu líquido,

alcançando na boca, o seu enchimento, nos olhos,

o seu derramar, e no

coração, a cura da sede extrema, que se levanta do

seu interior. Toco a

sua energia e faço-a transitar, com grandes

levantes de murmúrios, a sua

existência, que compreende os enunciados do

sabor, quando, cai-lhe os

seus sintomas e a leva ao êxtase. Abrem-se os seus

horizontes e o

intérprete da minha língua, é a saliva da minha

boca, que nas

descobertas, abre-se e fecha-se para melhor sentir

o seu gosto! É quando

nos olhos... Ufa! Eles fazem gestos ritmados,

imposta pela a força do

amor que se sente até quando se sonha...

Observação:
A tradução da língua com o seu gênero, essência, é bem complexa. Quis devolver a ela o seu projeto inesgotável, (pelo menos na minha boca) arrancando dela as manifestações de blasfêmias quando se diz: “eu te amo”. E através do seu silêncio, poder sentir melhor o seu conteúdo, sua significação e a sua ressonância a correr pelos os lábios. Não vá comparar a minha música com o melô da pinga: Outra na cabeça! Apenas a compus, quando vi um louva a deus a me olhar e pensar: “esse cara é mais mago do que eu... E por certo louco...” Quem não entendeu diga: Amém...  
             - Amém! (Falo eu que nada entendi...). Mas dou graças a Deus pela a sobrevivência que por ele me foi amputada, quando quase morri nestas férias!!! Eu vi anjinhos... Acabaram-se as férias! Vamos às festas!!!
albertoesolrac