terça-feira, 20 de julho de 2010

A LUA



A LUA
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Eu despi o meu corpo e fui ao meu banho;
Com flores de aromas saudáveis aromáticas,
Lavei-me depois com o óleo da sardônica...
Perfumei-me com um doce cheiro saudável;
Meus lábios saboreavam a sua doce face...
Enquanto me subia o rubor e no doce enlace;
Senti-me inocente e dependente dos teus laços:
Ardeu-me o calor dos teus perfeitos afagos...!
Fui e voltei na ardência do fechar das pálpebras,
Contemplei em você tudo aquilo que passo...!
Ao teu lado torno-me um menino sensato...
Amo-te por toda a eternidade e é o fato...!
De querer permanecer junto a ti nos teus braços!








Permaneço diante do meu próprio reflexo, isto porque o meu espelho me consulta! Esborrifo o meu doce perfume em todo o meu corpo, já cheio de creme, amaciando a minha pele, quem sabe, hoje a noite mais ousada ela se atreve pelo menos a escorregar as suas macias mãos na minha face, sem pelos e ofuscando na minha pele o doce desejo de ser tocado, amado e por fim, selado com um doce beijo...!
O meu alfaiate trabalhou muito bem na calça de cetim vermelha que lhe encomendará! Que belo gibão...! A camisa com seus botões de ouro e pérolas, cingido o seu nome com o pó de ouro bem no bolso, sobre o meu coração, traçados com fios do meu desejo e eloqüência da minha fantasia que, sobe a minha mente, traça junto com a minha espera, um belo plano de como devo falar-lhe as primeiras palavras de um cortejo...!

Bem, eu poderia falar-lhe: “eu te amo”, mas o meu espírito romântico e sonhador não permitem que eu abra a minha boca e, usando apenas três simples frases, para exaltar o impossível absoluto e único que dentro dele mora...! Meu espírito se nega, isso porque, diz ele: “há uma grande forma de prestar louvor e exaltação ao amor supremo que faz bater um coração, causando nele um incensar constante de admiração, fazendo com que o sorrir torne-se eterno, porque, quando se ama, eis que as delícias de cuidar da alma se torna a sua própria alma, não cabe dizer apenas: “eu te amo” e sim: “ Eis que em mim pulsa o meu espírito e se faz constante o teu respirar nas minhas narinas, onde sou transportado, pelo o fluir do teu toque a um sensível eterno bater de todo o meu corpo, e os meus olhos, confunde-se quando te ver, não sabendo se é tu que sou eu ou se sou eu que sou tu...! Ou, se é o teu espírito que me afaga nos dias da tua ausência ou se é o meu que buscar o teu e juntos, fundem-se em um só corpo e alma, causando assim em mim e você a profusão onde dois é um e este um se torna eterno..!”Aí sim, poderá agora dizer: “eu te amo”; mas não se esqueça de deixar a mostra a tua língua para que ela veja que as três frases deslizam suavemente, caindo-as na palma do seu coração, que está exposto e diante do seu olhar de ternura, onde as fusões da sua admiração e da sua sensação que, juntas, eleva-se o seu espírito, no qual, a diva sutilmente te olhará e com as emoções à tona, efervescerá em todo o seu corpo o belo correr, lentamente, do bálsamo que a seduz e a leva a um êxtase imenso de delícias profundas, fechando os seus olhos, e ao mesmo tempo abertos, para viver e fechados para eternamente sonhar...!


É verdade que almas e corpos se juntam...
E têm eles um belo ser de um grande artista;
Unidos, também se grudam em doces fantasias...
Onde um enlaça-se ao outro e vivem com maestria!
Ambos são um e quando se funde é ouro precioso...
Um para o outro se torna o maior tesouro...!


Tenho que me apressar, já sinto a sua presença no ar, pois o vento sopra lentamente, apesar de estar dentro da minha casa, o seu odor atravessa as frestas e vêm até a mim! Dou os últimos retoques. Pego a “minha capa imperial onde tem um nome gravado em cor carmesim,” “AMOR” Veste-a o meu corpo e toda passada pelo o fogo divino do meu sentimento! Ando dançando pelo o corredor do meu palácio, salteando pelo simples prazer de que vou vê-la de novo nesta noite! Rodopio em círculo e com as minhas mãos pego o amor que flutua à minha frente e abro-lhe como em forma de um vaso de ouro, coloco os meus olhos e sorvo-lhe com as minhas emoções que não se contentam e logos elas cantam uma canção desconhecida, mas que traze delícias e sede ao meu buscar! Caminho e vou para a minha janela onde uma Cortina de algodão tapa a visão do vidro e, sorrateiramente, suspendo aquele longo pano e a luz límpida invade o meu coração, fazendo pulsar em mim o gozo espetacular do meu amor que se arremete aos meus olhos e faz com que eles contemplem a ímpar beleza que se forma diante de mim...!

Meu Deus! Como é bela...! Qual foi a luz que te fecundou e te fez soberana e dona dos meus argumentos sensíveis? Quem foi que a ungiu sobre mim, a vida que se estabelece no meu seio com o seu palpitar e a sua meiga candura? Olho-a, deixando que os seus reflexos me possuam e me leve a um refrigero total de todo o meu ser...! Como anseio tocar-lhe com ansiedade, abrindo assim a visão do meu íntimo!


Quantas vezes suspiro em apenas vê-la,
Em tecer contigo sonhos tão grandiosos...
Ouvir o teu arfar, teu hálito cheiroso...!
Porque o teu perfume é suave e vaporoso!
E eu por ti me tornarei amante garboso...!
Dependente por este teu amor exclusivista:
Por ti virarei um poeta e um grande artista!


Lá está ela no seu céu, soltando o seu brilho e toda a sua beleza! Ela sempre desce e eu sinto o seu hálito perfumoso e cheio de encanto! Ela se veste com roupas reluzentes e vem até a mim sorridente e elegante! Ah...! Sempre que ela se aproxima do meu corpo, para sentir o bater do meu coração e a emoção que escorre no assoalho do meu piso, vem o sol, aparece na sua brutalidade e a rouba de mim! Amanhece e aos pouco ela se esvai diante dos meus olhos...! Tudo morre...! Os homens morrem, os animais morrem e também morrem as flores, mas o meu amor por ela jamais morrerá, porque ela vive em mim, assim como vive invólucro um coração que bate e respira no seu esconderijo...!


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