terça-feira, 20 de julho de 2010

A LUA



A LUA
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Eu despi o meu corpo e fui ao meu banho;
Com flores de aromas saudáveis aromáticas,
Lavei-me depois com o óleo da sardônica...
Perfumei-me com um doce cheiro saudável;
Meus lábios saboreavam a sua doce face...
Enquanto me subia o rubor e no doce enlace;
Senti-me inocente e dependente dos teus laços:
Ardeu-me o calor dos teus perfeitos afagos...!
Fui e voltei na ardência do fechar das pálpebras,
Contemplei em você tudo aquilo que passo...!
Ao teu lado torno-me um menino sensato...
Amo-te por toda a eternidade e é o fato...!
De querer permanecer junto a ti nos teus braços!








Permaneço diante do meu próprio reflexo, isto porque o meu espelho me consulta! Esborrifo o meu doce perfume em todo o meu corpo, já cheio de creme, amaciando a minha pele, quem sabe, hoje a noite mais ousada ela se atreve pelo menos a escorregar as suas macias mãos na minha face, sem pelos e ofuscando na minha pele o doce desejo de ser tocado, amado e por fim, selado com um doce beijo...!
O meu alfaiate trabalhou muito bem na calça de cetim vermelha que lhe encomendará! Que belo gibão...! A camisa com seus botões de ouro e pérolas, cingido o seu nome com o pó de ouro bem no bolso, sobre o meu coração, traçados com fios do meu desejo e eloqüência da minha fantasia que, sobe a minha mente, traça junto com a minha espera, um belo plano de como devo falar-lhe as primeiras palavras de um cortejo...!

Bem, eu poderia falar-lhe: “eu te amo”, mas o meu espírito romântico e sonhador não permitem que eu abra a minha boca e, usando apenas três simples frases, para exaltar o impossível absoluto e único que dentro dele mora...! Meu espírito se nega, isso porque, diz ele: “há uma grande forma de prestar louvor e exaltação ao amor supremo que faz bater um coração, causando nele um incensar constante de admiração, fazendo com que o sorrir torne-se eterno, porque, quando se ama, eis que as delícias de cuidar da alma se torna a sua própria alma, não cabe dizer apenas: “eu te amo” e sim: “ Eis que em mim pulsa o meu espírito e se faz constante o teu respirar nas minhas narinas, onde sou transportado, pelo o fluir do teu toque a um sensível eterno bater de todo o meu corpo, e os meus olhos, confunde-se quando te ver, não sabendo se é tu que sou eu ou se sou eu que sou tu...! Ou, se é o teu espírito que me afaga nos dias da tua ausência ou se é o meu que buscar o teu e juntos, fundem-se em um só corpo e alma, causando assim em mim e você a profusão onde dois é um e este um se torna eterno..!”Aí sim, poderá agora dizer: “eu te amo”; mas não se esqueça de deixar a mostra a tua língua para que ela veja que as três frases deslizam suavemente, caindo-as na palma do seu coração, que está exposto e diante do seu olhar de ternura, onde as fusões da sua admiração e da sua sensação que, juntas, eleva-se o seu espírito, no qual, a diva sutilmente te olhará e com as emoções à tona, efervescerá em todo o seu corpo o belo correr, lentamente, do bálsamo que a seduz e a leva a um êxtase imenso de delícias profundas, fechando os seus olhos, e ao mesmo tempo abertos, para viver e fechados para eternamente sonhar...!


É verdade que almas e corpos se juntam...
E têm eles um belo ser de um grande artista;
Unidos, também se grudam em doces fantasias...
Onde um enlaça-se ao outro e vivem com maestria!
Ambos são um e quando se funde é ouro precioso...
Um para o outro se torna o maior tesouro...!


Tenho que me apressar, já sinto a sua presença no ar, pois o vento sopra lentamente, apesar de estar dentro da minha casa, o seu odor atravessa as frestas e vêm até a mim! Dou os últimos retoques. Pego a “minha capa imperial onde tem um nome gravado em cor carmesim,” “AMOR” Veste-a o meu corpo e toda passada pelo o fogo divino do meu sentimento! Ando dançando pelo o corredor do meu palácio, salteando pelo simples prazer de que vou vê-la de novo nesta noite! Rodopio em círculo e com as minhas mãos pego o amor que flutua à minha frente e abro-lhe como em forma de um vaso de ouro, coloco os meus olhos e sorvo-lhe com as minhas emoções que não se contentam e logos elas cantam uma canção desconhecida, mas que traze delícias e sede ao meu buscar! Caminho e vou para a minha janela onde uma Cortina de algodão tapa a visão do vidro e, sorrateiramente, suspendo aquele longo pano e a luz límpida invade o meu coração, fazendo pulsar em mim o gozo espetacular do meu amor que se arremete aos meus olhos e faz com que eles contemplem a ímpar beleza que se forma diante de mim...!

Meu Deus! Como é bela...! Qual foi a luz que te fecundou e te fez soberana e dona dos meus argumentos sensíveis? Quem foi que a ungiu sobre mim, a vida que se estabelece no meu seio com o seu palpitar e a sua meiga candura? Olho-a, deixando que os seus reflexos me possuam e me leve a um refrigero total de todo o meu ser...! Como anseio tocar-lhe com ansiedade, abrindo assim a visão do meu íntimo!


Quantas vezes suspiro em apenas vê-la,
Em tecer contigo sonhos tão grandiosos...
Ouvir o teu arfar, teu hálito cheiroso...!
Porque o teu perfume é suave e vaporoso!
E eu por ti me tornarei amante garboso...!
Dependente por este teu amor exclusivista:
Por ti virarei um poeta e um grande artista!


Lá está ela no seu céu, soltando o seu brilho e toda a sua beleza! Ela sempre desce e eu sinto o seu hálito perfumoso e cheio de encanto! Ela se veste com roupas reluzentes e vem até a mim sorridente e elegante! Ah...! Sempre que ela se aproxima do meu corpo, para sentir o bater do meu coração e a emoção que escorre no assoalho do meu piso, vem o sol, aparece na sua brutalidade e a rouba de mim! Amanhece e aos pouco ela se esvai diante dos meus olhos...! Tudo morre...! Os homens morrem, os animais morrem e também morrem as flores, mas o meu amor por ela jamais morrerá, porque ela vive em mim, assim como vive invólucro um coração que bate e respira no seu esconderijo...!


segunda-feira, 19 de julho de 2010

O BEIJO


--- O BEIJO ---






Ah! Que inefável! Que maravilhoso!
Bate o meu seio doce e tão ditoso...
Sorver dos teus lábios a viva forma;
O próprio espírito que na sua calma,
Tece um mar de desejos que afloura!
Um bater do coração a toda hora...
Escorre o mel na orla do teu vestido;
Impregnando o aguçar do meu sentido,
Tão doces são os teus belos jeitos....
Onde tremo e cada vez mais desejo!
Erguer-te ao sabor esplendido de um beijo;
Deixando-te frágil e o teu belo olhar aceso!



"Eu fechei tudo aquilo que em mim fazia impedir de saborear o doce de um beijo...!"


“Eu senti um enorme frio quando meus lábios se uniram aos delas...! Eu senti um calor maior quando, unidos os meus lábios ao dela, em pouquíssimos segundos, nas estrelinhas do meu pensamento, pude contemplar a sua forma em bolas de fogos que palpitava no meu coração, queimando sem deixar marcas à minha pele que se contorcia e gritava palavras inefáveis, cujos significados meus ouvidos desconheciam, mas à minha língua traduzia ao meu espírito o quão é maravilhoso é deixar ser levado por uma sensação, onde o agente com o seu paciente, se fundem em risos e lágrimas...!”




Fez-se um enorme silêncio dentro de mim...! A delícia se derramou e como uma fogo de altas labaredas, eis que me tragou, e com o seu ardor que naquele momento me devastava alucinadamente, queimando as minhas sensações que, quando mais elas ardiam, expostas em um altar, onde se fazem os sacrifícios, eram devoradas pelo o calor do fogo que ali me possuía, levando-me as escadas desconhecidas de um céu que agora me sustentava e as suas estrelas piscavam incansavelmente, uma a uma, até se formarem, juntas, dentro de mim um sabor que efervescia até aquele momento o meu coração desconhecia completamente, e subitamente, as estrelas se tornaram um mar de sentimentos, onde meu corpo, deitado em suas delícias, levado pela a imaginação criativa no espaço de um beijar, traçava sensivelmente, o frescor admirável e afável que se esconde quando, os lábios se encontram com outros lábios, e os dois, juntos, se completam, fazendo assim que as bocas nada sussurrem e nem murmurem, mas, atado nos pensamentos, nascem a criativa fantasia que percorre no seu interior a doce maestria incandescente e pausada sensação de um incomparável beijo...!



Uniram-se assim os meus lábios a outros lábios...! O seu açúcar estava cristalizado e aromatizado, com gosto célebre de um bálsamo genuíno e loquaz. Senti que os meus braços subiram subitamente, a procura de um ramo onde eu pudesse dar sustentação o gosto que percorria em meu ser, tornando-me fraco em forças, mas forte em segurança e prazer. Uniram-se duas almas que entrelaçados, sorviam o vindouro gozo que estava penetrando em nossos espíritos, onde uma flecha bem direcionada alcançou o seu alvo e sondou um grito de gozo que foi despertado quando a luz de um farol que briha nas noites, direcionando o barco na água, iluminou-se no túnel de uma ânsia majestosa! Fomos usados como abrigo celestial pelo o ardor eloqüente do ingrediente tirado de um doce beijo!




E eis que te saudaram os meus lábios...!
Sorvendo de ti o aroma sensato do teu beijo!
Os teus lábios ali expostos como um aviso:
Vem, ó amado! Vem buscar o teu sustento!
Pois eu sou o teu maior e superior alimento!
Cola os teus lábios aos meus e nesta sede...
Vem saciar em mim o que as almas pedem,
O bálsamo das delícias que os olhos cedem...!




E eis que, deixando as brechas dos meus olhos acesos, em uma ânsia louco de um desejo, vi na sua face a tamanha providência que em mim se formara, fazendo se assim, que os meus argumentos naquela hora, calados, mas, foram traduzidos em sussurros imortais, onde nada falei apenas fiz insinuações com a minha mente soberana que fluiu naquela hora: “ Céus...! Que delícia tocar a sensibilidade da mulher amada...!” E eu, permaneci depois por muito tempo passando a língua nos meus lábios; saboreando o verdadeiro prazer do doce que exala dos lábios quando verdadeiramente se ama e o seu batom ainda está exposto na minha face, onde meus lábios tentam alcançar com a língua o seu cheiro e o seu novamente gosto...!




Que belo e suave é a razão de quem ama!
Os argumentos se tornam tão infantis...!
Perderam-se como crianças quando a dama;
Afoga-nos com o seu amor cor de anil...!
É loquaz o seu caminhar no sangue febril!
Até no seu pensar nos causam arrepios...!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

O ESPELHO



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O ESPELHO
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Ele viu na sua visão a doce e bela sina:
Um delicioso sonho meigo de menino!
Fez-se a doçura nos seus ardentes lábios,
Que tanto tremiam e sempre é bem-vindo!
Que bela profusão: inocência e sonho...!
Na sua fusão levanta-se o singelo amor...!
Um grito genuíno de afago e esplendor;
A se espalhar no corpo sarando a dor,
Que maravilha se assim em todos fossem!
Jogadas as crescentes sementes do amor!







Na penumbra dos reflexos que são emitidos por uma justaposição, dois seres, um, ao fundo, como se estivesse preso por uma moldura e um vidro já bem usado, riscado, mas é perceptível aos olhos que fita aquela outra imagem. O outro, angustiado, sobrecarregado pelo os odores insensatos que pulsam diante da sua visão embaçada a espera que a delícias dos seus sentimentos possam subir as suas narinas como um sublime perfume, despertando-o a saltar do seu trampolim para um rio, onde as espumas flutuantes o esperam, para acalentar do seu seio a sagacidade elegante, majestoso e reluzente, a sua própria beleza que adormecida, eis que pretende romper do seu peito e transpassar-lhe do seu mundo imaginário para fazer-lhe diante da sua calma a doce mistura radiante do seu puro amor que, Incansavelmente a súplica pelo o frouxo e límpido brilhar de uma só lágrima.
ONDE O PODERÁ TER PERDIDO A SUA CALMA? ONDE FICOU PRESA A SUA VIDA QUE TANTO SONHARÁ? PODERÁ RENASCER DIANTE DAS SUAS PRÓPRIAS ACUSAÇÕES QUE TUDO PODERIA SER DIFERENTE? O QUE FOI FEITA DA SUA PROCURA E A SUA ESPERA QUE SEMPRE TARDA A CHEGADA? E AGORA, AINDA LHE É POSSÍVEL QUE SUAS FERIDAS POSSAM SER CURADAS, FAZENDO QUE A SUA ALMA POSSA SE ESTABELECER DENTRO DO SEU CORPO, LEVANDO-O AO SEU CASTELO DE ORNAMENTAÇÕES DESEJADAS E SÍMPLICES?

Ele olha a sua própria imagem e através dela, emitida pelo o reflexo aquele espelho, ele percebe que envelhecera na sua busca, mas que amadureceu na sua espera. Um pequeno sinal nasceu-lhe na sua face, tocou-o levemente com o seu dedo, onde transpirou o viver de toda a sua existência...! Olhou suavemente todas as marcas que apareceram em seu belo rosto e repentinamente, veio-lhe aos seus lábios um gostoso ardor, isso porque, ele estava ainda lá, respirando e isso significava que o seu coração ainda batia dentro do seu peito, fazendo suspirar o seu espírito exemplar. Eis que as suas lembranças começaram a pulsar na sua mente e foi quando, silenciosamente, saltou-lhe diante dos seus olhos uma gota do seu sentimento, e docilmente diante da sua face, ele, contemplou aquela gotícula pura e celestial que anda fazia com que o seu coração sonhasse. Viu em sua forma desajeitada, mas simples e cândida que ela lhe pedia socorro, uma fonte onde podia rebuscar, mesmo depois de tanto tempo a sua forma enseada e sublime. A sua saliva mergulhou profundamente através das suas emoções no seu mais profundo íntimo. Levantou-se o seu desejar e dentro de si, aprumaram-se todas as suas aspirações, no qual o cercava e o convidava e mergulhar demoradamente nas profundezas ingênuas do seu doce.

Olhou-se e cada toque sensível do seu dedo na sua face, eis que se despertou...! Arriaram as portas da sua visão e ele pode contemplar o seu futuro...! Abriram-se as cadeias que o prendiam e com as suas pequenas asas ele pode sutilmente lançar-se em um vôo e lá do alto, onde toda a sua visão percorria com o seu andar suave a bela campa que estava escondida no seu eu...! Eis que acordaram do seu mundo recôndito os dormentes desejos e os ingênuos sonhos... Ele podia agora, rasgar em um grito o silêncio que tanto o prendera. Podia lançar o seu olhar de luz para toda aquela escuridão que por muito tempo o levou a pernoitar, sobre lágrimas dilaceradas e sem vidas...! As portas de aços se romperam, o metal foi fundido e transformado em orvalho de esperança. As comportas do seu céu abriram e caiu sobre ele um tipo de maná que a sua boca abocanhava ligeiramente e quando o bálsamo desta comida descia por completo até ao seu estômago, em êxtase, pousou na sua doce ingenuidade o fretar da esperança que o olhava levemente e ele, subitamente tomou o seu desejo e o recolocou no seu espírito...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

SONETOS AVULSOS



--- SONETOS AVULSOS ---


Um dia deste, enquanto estava eu a ler

um bom livro, eis que a campainha da minha casa toca e lá fui atender. Era um belo moço amigo meu de longas datas. Crescemos praticamente juntos, sempre dividimos a mesma comida e procurávamos permanecer sempre junto um do outro. Pedi que entrasse e sentasse em um acolchoado sofá. Ele estava meio cabisbaixo e triste. Eu já sabia do que se tratava...! Olhei-lhe de cima abaixo e muito me entristeceu o seu semblante. Era um moço diferente na sua forma de amar, onde com a sua filosofia, na qual, diga-se de passagem, eu muito a admiro! Considera-o muito especial por alimentar em si a pureza que não pertencem a nós simples mortais! O amor que flui do seu interior é como se fosse o próprio universo, até parece que arrancaram o céu, terra e todas as vidas e o colocaram em seu espírito, mas naquele dia, com um cheiro de vinho e os lábios feridos pelo o apertar dos seus dentes ele estava diferente...!



- Só vim aqui para que me tire uma dúvida...! Será que estou a perder tudo aquilo de belo em mim, pois fui escrever e o meu coração, exposto a uma alma ferida, só me causou revoltas, fazendo assim que o atrito desta amargura com o meu amor me causasse dúvidas e pressentimentos...! Escrevi e pela a primeira vez não senti nos meus lábios o ardor da minha adolescência e nem o pulsar do meu sonho que tanto me satisfazem quando por eles chamo! Correu no meu interior um imenso pudor insensato e eu não quero ter em mim um espírito revoltado e sem esperança do singelo fruto que tanto sonho em todo o correr da minha vida...! Assim ele falou enquanto me estendia os seus escritos em papéis amarronzados e já sem cor. Estou prestes a enviar um belo escrito a ele, afinal, eu tenho que sorver dele a emancipada beleza genuína que o coração humano não tem, a não ser o dele, é claro...! Li e leri os versos do moço amigo meu, e o mais breve possível, vou convidá-lo a retornar à minha casa, porque vou lhe mostrar um espelho que sempre guardo no meu quarto, no qual, do seu interior, transpassa a real face do coração humano...! Não quero que mude a sua essência, apenas educá-lo para que no amanhã que se levantará, ele possam guardar uma réstia do belo amor do mundo...! Ou do seu mundo, sei lá...!



Condenastes-me, a insensata e vagabunda!

Roubando de mim os raios da eterna vida!

Já não vivo, triste e só e também esquecida!

Chora a alma tão tristonha com esta vida!


Já não há luz neste túnel imundo profundo!

Tudo já morreu e do peito a chama pura,

Evaporou-se e no meu seio o que abunda,

A imagem aflita de um fantasma imundo!


Arrancastes de mim o meu ultimo suspiro!

Desfolhou da minha sina o doce enlevo...!

Privou-me até do próprio ar que respiro!



E segue a pérfida ainda a me roubar o sono!

A marca do seu queixume no seio eu levo...!

Ainda rodeia para saquear meu doce sonho!




Adeus, ó cândido sonho inupto e malfadado!

Parto para um mundo novo e mais humano!

Pois nesta vida desumana não mais emano!

E neste vil teatro também não cairá o pano!


Sinto fluir no abismado peito a dor que mata!

Doente a alma estarrecida tem muito chorado

Ai de mim, o pobre coração ingênuo e coitado!

O caçador que tanto procura a paz e não acha!


Sinto a vida mascarada a cada dia que passa!

Sem atrativo e nesta ruptura dúvida infame!

Só ficaram as frias marcas daquela devassa!


E eu vivo neste fúnebre vazio sonho de fantasia

Por mais que eu levante a voz e por ela aclame,

Sofro em uma susceptível substância trimorfia!




Tu pedes para que eu te ame em segredo!

O coração que tanto ama também odeia,

A mão macia que tanto afaga e me rodeia,

É a mesma que em mim mete imenso medo!



A tua boca quando soa sempre me engana!

É a mesma que tanto me falou:” eu te amo...”

Jura o teu amor, mas some quando aclamo,

Maldito o poeta que tanto te amou Anna!



Teus olhos insensíveis também se levantam!

Esconde tua inocência no profano manto...!

Ocultos em ti os teus pecados te enganam!



Forma em mim a mentira que o coração emana

Das todas as flores do campo tu és a elipanto!

Repousa em ti um sorriso de gosto frio leviano!


terça-feira, 13 de julho de 2010


HOMENAGEM A BEATRIZ



Eis que te saúdo e te contemplo porque em ti foram feitos a doçura e a simplicidade! Dantes Alighieri amou a sua amada com um amor único, no qual, levou-o sobre o dorso do seu sonho o exemplar e verdadeiro amor! Aprendi durante os dias que contigo convivi a admirar os teus atrativos saudosos da profusão da tua ingenuidade e da tua submissão ao amigo. Muito me alegrei pelos os teus conselhos, porque fostes amiga, no qual nos teus braços chorei e solucei!



Apresento aos teus olhos o belo monumento para a tua visão; oculta aos teus olhos e visível a olhos longínquos que sempre te abrasaram em suprema admiração concreta e absoluta de uma existência que te sustenta apenas no sorrir e verter em si o contentamento de quem, mesmo sofrível, ama a sua vida! Não a amo como Alighieri amou a sua Beatriz, mas posso te afirmar que, no meu coração se estenderá sobre mim todas as tuas formas de canduras! Viverei com o doce da tua lembrança e simplicidade! Eis que em mim foi lançado à rede e pude perceber que caminha uma mulher sensata que a tudo suporta em sua vida. Elevo-te, não para agraciar os teus olhos e sim, para fazer que a chuva que um dia caiu na tua primavera possa ainda reaparecer, transportando o teu espírito a um conhecimento singular da existência de um ser que trilha o seu caminho de formas leves e doces! Presto a ti um louvor de agradecimento eterno, porque em mim, enquanto emanar um só suspiro, jamais me esquecerei do teu cuidar e a tua preocupação pelo o amigo! Admira-te porque no teu íntimo foi colocada a prova, e tu, brilhante como a via láctea saberá como recolocar os teus pés na plataforma do teu trilhar e que, por onde pisares saberá também, que uma doce e compreensiva mulher se estenderá ao abrir de uma alvorada ao fechar da última janela do paraíso celeste do teu jardim!


Haverá de saber que nos teus lábios correm, descambadamente, as céleres gotículas do teu desejo, este, se levantará nos teus lábios, propulsionando assim a tua língua no gosto desconhecido do teu “eu de mulher” e se acenderá nos teus olhos o brilho que será constante e genuíno, te levando a pensar: “Eu sou mulher e ainda vivo...” Respire, isso porque, enquanto o teu coração bater dentro de ti, ele se encarregará de te cobrir e te agasalhar nas noites que aflorarem lágrimas nos teus olhos! A tua luz será eterna, assim como dizem que são os diamantes, só há uma diferença: “em ti pulsa todas as formas de vidas...”! Tu bem sabes que tenho de cuidar de um espírito que vagueia e na sua insanidade, tenho que restaurar a sua morada, fazendo assim, que ele possa retornar mais forte e loquaz no seu viver eterno! O sol precisa de tempo para reaparecer, assim também a lua e as estrelas...! A campa demora uns dias para que as flores e toda as ervas vegetais apareçam, mostrando assim, o seu vigor e o seu brilho! Não sou nenhum deles e nem trago no meu corpo a sua ardência e o seu frescor, porque, uma alma insensata assim arrebatou e possuiu a fragrância que emanava de mim, mas posso sim, permanecer olhando um novo jardim que se formará, trazendo oretorno das flores que um dia viviam e pulsavam em mim!Feriram-me e eu tenho que sai deste abrolho, porque senão, não viverei e não mais poderei olhar a beleza que um dia pousou, freqüentando assim, o meu doce jardim...! Abraços grandioso a ti, quer seja como mulher e também como uma grande amiga...!


" E as pétalas lá em cima não caem e sim, flutuam...! Assim como voarão os teus sonhos e nunca mais cairão e como águias, te levará a contemplar a vasta dimensão da tua simplicidade...!

A ESTRANHA FORMA DE SE AMAR


** A ESTRANHA FORMA DE SE AMAR **




E veio em mim o doce relâmpago de um desejo,

Ficar frente a frente com aquela que desconheço!

Subiu as minhas narinas o odor dos seus beijos!

Nas minhas visões vejo sempre os seus jeitos...!

Respiro o seu perfume, seu cheiro e sempre a vejo!

A sorrir com seu olhar molhando meus ensejos...!




“O que pode fazer rutilar dentro de um íntimo uma doce estrela que no seu alvor, derrama sobre os olhos de quem a contempla, sulfúreos bálsamos de encanto e glacial beleza? Como pode o coração que bate e suspira e que, pela a sua boca, faz confidências a si mesmo de uma grande emoção emitida pelo o talhar supremo e sensacional de um raio que foi emitido pelo o piscar constante da luz, cujo seus feixes multicoloridos se expandiram e penetraram através das emoções nos sentimentos humanos? É possível deixar que a imaginação se inspire apenas no longo olhar que se estende a milhões de anos luzes de distância, mas que se torna tão perto quando se abre a imaginação, permitindo assim que a sensibilidade do coração, banhado por lágrimas, criadas pelas as emoções que pulsam e logo vêm à tona quando, o enlevo se torna o possuidor de quem um dia o possuiu e teve controle dos seus afãs? Eis que perco o controle daquilo que em mim era estendido conforme o meu querer! Eis que a distância a mim foi dada e a minha caminhada é longa, logo, é preciso que eu sorva os dissabores de uma procura e o meu espírito, calado e sem metas, permanece diante de uma guilhotina bem afiada, olhando como deve ser colocado o seu pescoço para que a lâmina o decepe! Sim...! A bela estrela vai resplandecer por muitos anos e cabem a outros olhos olhá-la e sentir o seu grande momento eterno de beleza! Tenho que fechar os meus olhos e apenas admirá-la da minha forma porque, fazendo isso não correrei nenhum risco de tentar levantar minhas mãos e querer tocá-la, porque se assim eu o fizer, certamente eu me perderei, jogando-lhes aos seus pés aquilo que em mim a cada dia se torna mais cândido e celeste! Tenho receio de permanecer na sua luz, poderá também acontecer que, no meu momento de ansiedade da minha busca, eu possa tentar erguer a ela novamente meu castro olhar que quase culminou com a minha total ruína! É grandioso sentir o seu brilho, mas, existe também em mim outra forma de se amar e esta me pertence que é: “Fechar os olhos dos meus sentimentos, tornando-os cegos, porque assim, a minha alma não verá a luz, o meu coração acostumará com a escuridão e as minhas emoções não mais transmitirá a ansiedade do legado da minha miséria, que é sentir a pluralidade plumbargentífero dos corações; onde o ouro foi esvaziado e saqueado, para fazer uma paisagem vistosa somente aos seus próprios olhos, tornando-os insensíveis e mórbidos no curso das suas vidas...”




E ela veio até a mim a doce singela estrela...!

Para não amá-la das minhas visões me privei...!

Para não saboreá-la a minha boca fechei...!

Para dentro do meu casulo frio triste retornei...!



"Eis que o meu trânsito progressivo deste mundo para um outro admirável mundo mais novo se completa! O seu ciclo se formou...! Entro para o meu casulo e me completo com o sublime incenso que agora vai ser queimado! Eu vou respirar, alias, aspirar muito mais do que respirar! Vamos agora a uma espera...! Que me seja leve a nova busca da exatidão dos meus sentimentos que até agora não reencontrou a desejada face humana...!"

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A MÁSCARA


A MÁSCARA




Alguns anos atrás eu conheci uma bela amiga! Estava sempre a sorri, mostrando o alvor dos seus dentes bem tratados e o seu rico batom importado. Encantei-me da sua beleza extrema e logo subiu aos meus olhos uma profunda admiração por ela. Comecei a tecer com ela uma amizade, isso porque também eu sempre gostava de permanecer ao seu lado, sentia-me muito agraciado e também, por vaidade, queria passar aos homens que me rodeava a inveja por andar ao lado de uma linda mulher.


Com o passar dos dias, eis que já estava fletando com ela! Comprei vários perfumes e todos os dias eu mandava uma cesta de café da manhã junto com buque, ora de rosas, oras de orquídeas e junto, um perfume de sabor diferente, suave e doce e por fim, ela já não suportando as minhas investidas resolveu assim, também a fletar comigo.


Claro que me senti radiante! Sempre deixava pulsar no meu rosto, diante dos amigos a sensação que eu era feliz e eles não! Sempre a levava nos grandes eventos da alta sociedade e tinha enorme prazer de desfilar com ela. Comprei anéis de brilhantes, pulseiras que mandava buscar, especialmente para ela na Europa. Presenteava sempre com os melhores presentes, sempre caro, porque assim faria que aos seus olhos e principalmente ao seu coração, - assim pensava eu -uma bela forma de prendê-la e sempre tê-la comigo; disposta a me seguir e satisfazer assim em mim o meu egoísmo e a sensação estranha que eu era amado.


Este amor durou cerca de um ano e meio, Justamente o mesmo tempo que duraram os meus últimos centavos e quando percebi, já estava totalmente arruinado financeiramente e moralmente e ela, percebendo que a minha gorda conta bancária já não tinha mais a vitalidade de antes, pois ela se esvaiu a tal ponto que tomara até a minha casa, financiada por uma financeira, cujo nome era: “leva e trás” bem irônico.


Fui morar na casa de um amigo de favor. Era um pequeno quarto, construído de tábua, quanto ventava, alias, era quase toda a noite, onde eu padecia muito pelo o frio. Foi tanto que um dia peguei uma gripe tão forte e dela me veio uma pneumonia bastante aguda, onde agravou mais o meu ser esquelético! A comida vinha quando sobrava, isto é, quando o cachorro comia e não queria mais , mas mesmo assim me sentia feliz em ter pelo menos as migalhas.


A verdade, a vida é tão estranha como esquisita! É muito interessante, isso porque, em suas curvas tortas e alucinantes, nem sempre sabemos o que vai acontecer no amanhã! É impossível que nada aconteça e com o passar dos dias, para minha felicidade, aos pouco, voltei de novo para cima, onde arrota a sociedade podre em seu poder, e eis que, novamente estava com um rico “dinheirinho”, fazendo assim, que eu voltasse novamente a ser macho e homem.


Vou resumir a minha história, pois tenho medo de gastar o meu dinheiro com tintas e papéis. Sempre tremo quando relembro daquele cachorro e do seu rosnar quando lá eu ia saquear o seu resto de comida, era um pit bull danado de feio por nome de “gigante”. Nunca esqueço. Eu sempre ficava a espreita, quando ele ia fazer xixi, subindo a perna, eu vap...! Corria e pegava sua comida. Ele não conseguia me pegar... Era deficiente de uma perna e cotô, quase não tinha rabo, por isso não se equilibrava como os carros de formula um que tem grande estabilidade nas pistas e por fim, cego de um olho, era de pobre o cachorro, estava mais para “pitiho bur“ do que um pit bul.


Eu tinha tanto medo de voltar a pobresa – com s mesmo, pois ela é tão sinuosa – que eu só comia nestes restaurantes populares de “1 real” e ainda pedia desconto! Fui buscar juá no quintal do meu vizinho – matei a árvore dela de tanto roubar suas folhas – para escovar meus dentes! Estes eu cuidava muito bem...! Uma vez por ano na chamada ação global do sesi e rede globo pelo menos a aplicação do flúor era garantida! Tomava banho com um diabo de sabão caseiro que um amigo sempre me mandava, - eu desconfiava que ele quisesse me comprar com o seu sabão, ou seja, com o olho no meu dinheiro - arrancava meu couro, mas eu insistia com o danado de cheiro horrível, pelo menos era gorduroso e assim, eu já economizava no creme de pele! Mas eu o achava até bonzinho, era dois em um, servia como repelente para as muriçocas enquanto eu dormia a noite e também como repelente para o afastamento dos colegas, só assim não freqüentava a minha casa e nem me pedia dinheiro emprestado.


Bem, Em uma desta sarcástica irônica peça do destino, um dia, enquanto estava eu a passeio em um shopping, eis que ouço uma voz feminina, doce e suave a qual, já me era familiar.


- Albertus...! Albertus...! – aqui coloco meu quase nome com medo de um processo, de repente usando José, Joaquim, ou outros nomes, podem não gostar e aí to ferrado! Pelo menos acho que eu não vou me processar, ou vou...?


Meu coração disparou quando me virei e a vi...! É ela...! Sussurrou meu coração. É Ela a minha eterna apaixonada! Estava lá com um largo sorriso e como sempre o seu perfume. Abraçou-me ao mesmo tempo em que instigava:


- Que bom ter reconquistado toda a tua fortuna...


Meu Deus – pensei comigo – As mulheres tem um faro bem aguçado quando se trata de dinheiro.


- Olha... – continuou ela – É muito bom te rever! Foi de novo o destino que fez com que cruzamos de novo! Estou sem namorado e fui convidada para uma festa a fantasia, topa ir comigo? Perguntou sorrindo, emitindo nos lábios uma doçura e um encanto, parecia que jorrava mel! Continuou:


- Já havia comprado a fantasia do meu ex – elas nunca falam o nome, mas durante a noite tem sonhos eróticos com os antigos namorados – Olha aqui em minhas mãos...!


Estava ela segurando dois pacotes bem embrulhados e foi logo repassando um para mim assim como o endereço e a hora do tal baile.


- Este é a tua fantasia, nem precisa comprar! Vou te esperar ansiosamente meu querido – disse ela antes da partida.


Chegou o dia do tal baile! Eu ainda não tinha resolvido a ir a esta festa, sem contar por que significava, quem sabe, retorno aos braços da mulher que me deixou sem um vintém. Comeu tudo que ela meu, jogando-me na sarjeta.


Peguei a fantasia que ela me dera e me vesti. Enquanto fui dar um retoque no meu espelho. A verdade, a fantasia ela de palhaço com uma máscara que beirava ao ridículo, parecia que estava sempre a ri da face que ela encobria, mas fui ao tal baile e...


Resumindo:

Reatamos o nosso ex- findado namoro! Quebrei de novo! Ela me deixou por outro e junto levou o meu dinheiro. Retornei para o “gigante” aquele pit bull


torto, assim que para lá voltei, ele estava bem gordo! Mas graça a Deus que pude pelo menos agraciar com os meus olhos e os meus lábios a bela generosidade do meu amigo e eu não sei se ele é burro ou louc!. De qualquer forma se não fossem essas mulheres... Ah! Mulheres! Pelo menos ainda estou com a máscara guardada comigo. Sempre a pego no meu saco, foi o que sobrou... Olho-a e vejo o riso de escárnio que emana dela. Ora, bolas! Parece que ri de mim...!Tanta economia que fiz e deu no que deu..! Mulheres...! Mulher nunca mais, até enquanto eu não me estabilizar de novo.



Conclusão:

“Cuidado quando a tua mulher disser: “eu te amo...” Ela pode ter outro na mente: “o dinheiro.