domingo, 31 de outubro de 2010

VOCÊ

aguia-voando_2         E tu, como a águia, sobrevoou todo o meu céu, e eu…! Eis que pairei-me diante a tua ousadia e a tua profunda beleza! Encantei-me e fui arrebatado pelos os teus dons e a tua niquice que permanecerá eternamente no meu olhar, porque… porque eu te vi voar e vi também o teu cântico e  que agora faz parte de mim; e os meus ouvidos… sempre ouvirá a tua música ritmada e cheia de sossego! Abristes as tuas asas  e rompestes todos os desígnios do meu conhecimento e contigo, perdi o meu medo  e voamos juntos de mãos dadas no infinito dos sonhos…! E foi tão bom e diferente porque... hoje eu sinto saudade...!livro
                                                                 O livro foi editado e no mexer de cada folha, eu  ia descobrindo um novo sabor da tua fantasia nele expressado; rico na sua delícia e delirante no seu odor! Eu toquei cada página e os meus dedos ficaram  impregnados pela a vontade que sempre se levantou dentro de mim! E, quando caiu a primeira chuva eu vi ela deslizar na tua pele, ativando em mim, o belo ardor dos meus olhos a saltitarem cheios de amor por ti...!
duas-flores

“ A saudade e a poética lírica são águas emanadas de várias fontes subterrâneas, mas só de uma essência e suavidade! Tomá-las –ireis e farei delas agradáveis ao meu paladar, remodelando assim o meu coração e o meu espírito que  espera! Eu bebi e pude sentir na minha língua como é profundo o seu sabor, porque até hoje delírio quando em ti penso…!
solidao


Como doi a lembrança e fere tanto… Em mim este pensar é constante… Os passeios já não me trás  acalanto… Já não mais sou aquele que era antes…Como a tua ausência me seca o pranto… - Peito…! Por que em mim te doi tanto? A perda daquela que foi à minha amante? E este pulsar agora se torna mais delirante?

 imagesCA7TRUC9Inegável e minuciosa e profunda das línguas estranhas é a minha! Já não mais vejo à minha insígnia imperial! Sou um pássaro molhado, com medo da chuva, enternecido, e a minha transição é ineficaz e não há assiduidade e suavidade nos voos, porque às minhas asas já não obedecem aos meus comandos! Que belos pares de olhos viçosos e convidativo me cercam à mente? Parece-me que há neles a exortação aos meus suspiros que emitem ecos angustiantes! Às minhas primeiras saudações vêm quando acordo e emano os primeiros sussurros! É como se um profeta estivesse todas as manhãs ao lado do meu leito, acordando-me e a exortar com as suas deleitosas palavras, dizendo: “- Vinde a mim os que
têm sede e cansaço...!”
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 Descubro os subúrbios de uma saudade, onde caminho agora para o meu choro! Os olhos da minha alma estão úmidos de comoção! Tento frear as rédeas do meus olhos, mas vem a tua presença e aí me frouxa a trava das minhas pálpebras, onde vazam águas salgadas! Ah…! A minha recôndita paixão não se desvia dos meus suspiros frios e indialogável, que se forma no meu ínfimo! Eu paro diante ao teu frescor e vem a memória o teu suave refúgio e com olhos investigativo enveredo pelos os caminhos da minha inglória!
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 Há um enigma da última flor do Lácio! A saudade é um líquido que me cai à face, mistura-se com à minha saliva e me causa dor! O mar estar agora dentro de mim! Onde estar à alma ávida para que eu possa saborear a sua grandeza? A minha homenagem é quando danço, porque atiro aos meus próprios pés, flores de pétalas perfumosas para aliviar o meu temor! Causa-me danos irreparáveis a tua ausência e o meu canto já não mais tem a expressão máxima do seu alimento, que é o “ AMOR...!”
                           
 “ Fui poeta, sonhei e amei na vida…!”  ( Álvares de Azevedo )



"São 19:51  e publicarei este último suspiro, porque tenho que me arrumar... sairei e ficarei alguns dias ( vinte ou mais dias ), colhendo trabalho e também fragrementos para â minha obra... Vamos ao descanso e trabalho..."

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

VOCÊ NÃO ESTAR SÓ


Há uma procura no teu doce olhar...
Onde teus lábios sentem o gosto.
Há em ti imenso profundo gozo,
De ver teu coração outra vez amar...
                     VOCÊ NÃO ESTAR SÓ...
Quebram-se sonhos, mas novos castelos se levantam...


        Fostes feridas por aquele, o qual a tua alma amou tanto...
Entregou o teu coração e depois ele a ti o devolveu sagrando...
Ferido, triste e neles teus sentimentos os sonhos não mais plantam...


Entregastes o teu amor na esperança de viver um sublime canto...
Um brilho que no espírito se aloca e quer viver o seu instante...
Sonhastes em usufruir apenas aquilo que é do coração humano...
Entretanto, chorastes causando na face o receio e o seu espanto...


Às vezes não acreditas que acabou o amor, foi-se a esperança...  
Olhando-te as lágrimas que descem pela a tua face, foi desumano...
Roubar de ti aquele amor  eloquente do teu sonho de criança...


Mas, levanta-te assim como o sol que continua sempre grande...
E sempre se recolhe, mas retorna com seus raios sobre o oceano...
Um espelho que refletem os seus reflexos mais fortes e radiantes...


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           Um cântico a teu espírito Vida! Por que assim tu viestes até a mim! Que seja este odor conhecedor da tua natureza humana e possa trazer refrigero os tormentos que te aflige! Que seja feito na tua alma um sulco, onde deslizará um grito eloquente a mulher predominante que agora será arrebata pelos os seus instintos e levada a presença soberana dos seus afãs! E tu não estar só! Por que os teus pés podem sentir as marcas das pedras e o teu coração, ainda pode acolher o teu corpo ardente que pula, quando se entrega as novas sensações! E o rio estar a tua espera e sente a necessidade do teu corpo! Lava-te e te unge porque o sol em ti se levanta e quer fazer arder a tua sensibilidade!

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UM CÂNTICO A VIDA 
           Uma dor solitária te invade como se fosse um véu a cobrir o teu rosto, enquanto as tuas pálpebras caem e uma névoa escorre pela a tua face, entretanto, tu não estar só, apesar de passar a tua língua pelo os lábios secos e chorar profundamente, ansiando que venha em ti a conclusão do teu círculo!  lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll
     Arde em ti a tua espera? No teu semblante se esconde as contradições e definições que te faz  gelar e nos teus momentos inesperados, os teus olhos conseguem se aperceberem da tua angústia, começando assim,  o abalo no teu coração: o temer do teu corredor escuro e ignóbil! E o teu coração reage de forma lenta e inexorável ao mundo das tuas emoções! Teme-te, porque as explicações que são levantadas pela a tua boca, são incertas e de longa espera! O que fazer para se tornar realidade a tua   vontade de amar? Os sentidos são reações confusas e assustam as respostas e nem sempre elas vêm e as consequências da ausência do verdadeiro amor que ainda sonha, pode ser inimiga da tua própria  existência que muito viverá angustiada neste ardor constante...!
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Este será o teu cântico, ó vida! Abre a tua sustentabilidade e deixe que os sons rítmicos do teu coração penetre no teus dissabores! Abre a célebre porta do teu coração e lá deixeis que flutue o  novo ardente sonho! Abre o teu espelho e olha a  nova mulher que goteja o esplendor da renascida aurora! Acalenta o teu espírito que fecunda a tua graça e os teus mimos! Ergue os teus pés a uma proporção que eles te faça flutuar; arrancando assim dos teus lábios o gosto que continha nos teus primeiros beijos e nas tuas emoções, que ingênuas... derramaram as primeiras e também lágrimas dentro do teu infinito céu celestial! Sustenta o teu prazer nas renovadas chuvas que estão por vim e delas, permita que o seu bálsamo possa novamente levantar diante dos teus olhos a grande mulher que um dia habitou em ti! Arranque das flores as ardências e os odores que foram roubados da tua face! A borboleta é ousada e sempre vagueia atrás da essência incrida! Ouse, ó vida! Ouse misturar a tua saliva com os orvalhos jubilosos que permanecem expostos na tua fantasia, despindo assim, os teus desejos e criando ensejos profundos ao teu espírito de mulher!    lllllllllllllllllllllllllllllllll

Curve o teu corpo, estira os teus braços e com leveza deixe agir a profunda simpatia dos teus risos harmoniosos e acompanhe com a tua voz o murmurante e leve perpassar da tua sombra sobre a superfície dos seus pensamentos! Converta o teu coração as indiferenças dos que são contrários a tua razão e a tua existência!VOCÊ NÃO ESTAR SÓ... Eis o meu cântico a ti, ó vida!

      lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll   Ergue
as tuas mãos macias, semelhante às espumas flutuantes; pega os sons do meu cântico que navega no vento; jogando os teus suspiros na brisa! Recoloca nos teus lábios, silenciando a tua dor, trazendo mais alívio ao teu ser! Canta com os teus lábios, porque toda a terra derramará lágrimas enternecidas! Não será mais íngreme o teu caminho! Ergue a tua voz em desafio e deixa correr em ti o amor, porque dentro do teu arfar há violência e gritos famintos por amor! Por que em ti não mais voltará à insuficiência! Chore, ó vida! Chore por que as tuas lágrimas levarão a tua angustia com as nódoas da tua dor disfarçadas em risos! Articule a tua língua e deixe que ela saia, porque sentirá não mais o amargo que te devora! Não receie nada por ti! A ausência e fuga do amor não abalará a firmeza dos teus pés! Não Te deixes intimidar pela a angústia da separação! A luz da eternidade da tua espera já se faz uma nova aurora! Deixe agora te fascinar! Permaneça imóvel, olhando a luz do teu luar que cintila nos teus olhos, depois te atira, esgotando as tuas forças e Coloque a venda nos teus olhos que são enganadores e com os teus pensamentos, deixe que eles se tornem à luz do teu entendimento, porque o seu clarão iluminará os teus passos, e,
deixe que as lágrimas... de súbito, ocupem o seu lugar no teu ínfimo!
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  Ó espírito brilhante que habita no seio da vontade! Espírito que compreende melhor os desígnios! Modifica-te com moderação e pouco esforço, acalmando assim as tempestades da alma da Vida! Dirige os teus olhares para o seu íntimo,  realizar-se assim, os desígnios dos afetos desta excelente sonhadora, fazendo com que ela experimente, a plenitude do seu renascido coração! Deixe tombar no seu íntimo o sol fascinante, dissipando assim a sua fadiga! Caia de joelhos diante da elevação desta mulher e da sua suscetibilidade o raiar do brilho nítido da sua visão! Há uma briosa mulher incitada nos seus instintos! Abra o seu coração e conquiste para sempre a liberdade! Lança o teu desconhecido prazer, proporcionando ao seu espírito o seu regresso ao vasto mundo das suas aspirações! Não há vestígio que subsiste quando o coração na sua magnificência se levanta cheio de esperança, fortalecendo as folhas de uma alma! Abra a tua boca, ó doce espírito! E com a tua mão, retire do seu esconderijo a língua desta bela Vida!  Deixai que ela possa beber até a última gota celestial do teu vinho, cheio de ingredientes viçosos e fortificantes, porque teu o cálice espera e estar transbordante!
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Ah! Prostarei-me e diante da tua lira afogarei as minhas lágrima em socorro pela a vida! Expressarei-me com sinais aos arquejantes sussuros dos meus lábios!  Por que o meu coração  muito se compadece e derrama o seu clamor! Há em mim grande alaridos de vozes que se levantam em clemência a ti, ó vida! Derramarei o meu oléo e ungirei os meus lábios para que eles profetizem o teu retorno ao jardim! Eu peço pela a vida, ó vida! 
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Ó doce Vida! Serás sacudida por súbitos tremores e pelas as vagas procelosas que viajarão de volta e de novo ao teu espírito que um dia foi renunciado, mas que se rasgará outra vez em ti; partilhando contigo as delicias que um dia foram cativos à tua língua! E o teu suplicio, misturará ao teu coração, sublegendo em ti o tempestuoso gosto da tua boca!
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Oh! Como a tua razão atribui a ti a embriaguez do teu olhar e toda a sua intensidade ardentes e esplendidas! Abre o teu espelho e passa-te para o outro lado, porque exposta aos olhos, eles conhecerão os teus desejos e teus anseios que se elevam, suspirandos dentro de ti! Formula pergunta a ti mesma, porque obterá a tua identificação e saberá que já nascestes com o teu ar apaixonado e o teu talento é que ainda será amada! Os teus anseios serão assaltados por sonhos e emoções radiantes! Deixe o vento dos teus suspiros agitar as folhagens à luz do sol, transparecendo neles um novo recomeço! O secreto desejo do teu coração será arrebatado! Ah! doce súplica! Vem com a tua deliciosa sede fazer bater os seios que palpitam silenciosamente sem inspiração e sem rumo!
llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll                                                                   

Ah! A tensão em ti é constante! Lateja no teu espírito com abrupta violência, retirando o teu fôlego, revolvendo a tua paz! Mas ainda resplandece a tua voz no inesgotável mar da tua paciência! E o que é ainda invisível ao teu coração será delirante diante dos teus olhos quando, o abrir da tua fantasia  se deixar ser levada pelos os teus devaneios!llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll
Ó doce e célebre manjar que goteja! Ó bálsamo dos ingredientes que são expostos no banquete dos anjos! Ó incenso que transcede pelo o seu cheiro a volúpia da renovação da carne! Vem... Vem como se fosse um unguento, misturados em sonhos celestiais e faz penetra nos olhos que se fecham e no coração que se abre! Faz a tua ardência, deixando correr o rio que se adormece! Deixai que os sons das palpitações e dos desejos possam transformarem-se em guloseimas angelicais, renovando assim o seu prazer e a sua vitalidade! 
       Eis o meu cântico, Ó vida! Arranquei-o do fundo da minha alma e expus a minha nudez e o meu desejo! Agora vem e cobre-me também com as vestes da tua sedução, porque eu também tenho ensejos e segredos que dormem encravados no meu viver!

                   " Eu tenho o sol e a lua e sou enamorado
Sou maior do que aqueles que dizem que tem tudo,
mas eles não tem nada...
Eu tenho o campo como ardor e sou apaixonado
Sou maior do que aqueles que dizem amar e não falam nada..."

sábado, 23 de outubro de 2010

SE EU PUDESSE VOAR...

SE EU PUDESSE VOAR....





     Ah! Eu penetraria na ardência dos teus lábios e no frenesi dos teus arquejantes suspiros que transfiguram no teu olhar a sua voluptuosidade e o seu ardor! O teu mel fresco me banham aos lábios e seu gosto me leva ao delírio! O meu leito estar ensopado do teu perfume! Um ardor súbito me faz estremecer, quando o fogo do teu olhar cresce impetuoso, envolvente e vem ímpeto, com clarões e lampejos, invadindo o meu subterrâneo, onde brotam vapores intermináveis de gotículas de lágrimas que me fluem aos olhos, quando, sutilmente te imagino, fazendo com que a auréola da tua passagem no meu olhar me calem os lábios, os sons, deixando-os, expostos a unção da tua saliva e o toque da tua língua no criador sensível das minhas emoções que batem, suspiram e querem se entregar ao gozo viçoso dos teus arfantes delírios!     
SE EU PUDESSE VOAR....

Nos seios palpitantes dos teus delírios que te arrabe e nunca são freados pelo o ardor da tua imaginação! Que são constantes e sem intervalos do pulsar do teu coração que se abre, enaltecem e faz bater as tuas pálpebras que se fecham e se abrem a espera do sabor! Que aclama, gritando na tua pele, pulsando nos teus lábios  e se derramando na constelaçao do teu desejo, que inerte, ainda suspende a tua extrovertida lúcidez, causando vulúpias incomparavéis ao teu espírito que flutua nas fértis emoções que ainda te veste e sedentas são incontroláveis e paira diante do teu prazer!

                                    SE  EU PUDESSE VOAR....
  Eu te arrebataria porque à minha alma deste que a viu arde em chamas e intenso lampejos de admiração, encontrando em ti o brilho significativo ao meu espírito que antes se contorcia pela a vertigem das alturas e dos insondáveis abismos e que hoje, vendo-te com a tua formosura, sendo este o enlevo dos seus olhos, quietudes do seu coração e atrativos dos seus pensamento! O meu espírito, antes frágil, tem agora o desejo intenso e devorador de penetrar na tua alma; nas profundezas intensas com desnorteantes expressividades e elevadas clemências do seu amor, incitando assim, o fluir torrente da fonte do meu coração, onde não me será inaudível o correr do teu suor pela a tua pele, vislumbrando assim, o vento que faz redemoinho no teu íntimo, desviando o teu perfume e penetrando no meu olfato e não será apaziguável o meu ser que tombará por turbilhões de emoções violetas, sons inexprimíveis e desesperados que sussurram nas palpitações; criando assim, também estímulos a minha imaginação e aos meus sonhos!
  Serão irremissíveis se eles não derramarem o seu viço e a sua constante essência nos meus lábios!

           Beijar-te-ia com a brecha visível da minha fantasia aberta diante dos teus olhos, para que me penetre com o teu olhar cortante e, com o teu silêncio, através dos corredores das tuas sensações e pelo o sopro do teu respirar, absorveria vida e nesta intolerável e indizível agitação do teu espirito, encontraria alívio, e o fogo não mais seria desconhecido aos teus lábios e nem a tua língua, porque os teus movimentos não mais seriam infatigáveis, portanto, não permaneceria nos mesmos lugares de antes e sim, exerceria em ti influências benéfica na qual, a tua alma te usararia como trono sublime do seu descanso e sombra das suas inquetações deliciosas!


Eu sou o flébil raio que se desviou do seio dos meus sorrisos e penetrou na tua alma. Fazendo submergi em ti uma infinidades de sentimentos que nunca vistes e quanto ri afogo-me em um mar de  volúpias como se eu estivesse no festim das minhas núpcias.

Lançar-me-irei dentro do teu íntimo, sou um beija-flor em fuga...
Buscarei tua simplicidade exposta em uma bela flor formosa...
Eu te farei a mais sublime, a mais perfeita e também ditosa..
Serei o teu bálsamo que se derramará em forma de uma leve chuva....
  Lançaria sobre ti minhas asas e te arrebataria...

Te ergueria para o alto, teus olhos se abririam...
Vendo as luzes das emoções que palpitariam...
Com tímido gozo tua alma à minha se renderia...
Infindáveis são áureos os gritos que ecoam...
Sons inenarráveis da fantasia que brota...
Na lembrança suscita aquela bela garota...
E na minha pele e no coração gemidos soam...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

         INDAGAÇÕES

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     LEVANTA-SE NO SEIO A NECESSIDADE DE QUEM TANTO AMA...
OS DESEJOS QUE PULSAM ARDENTES  COM AS SUAS INQUIETAÇÕES...
SE ELEVAM, MULTIPLICANDO-SE OS  RUÍDOS DE UMA BOCA QUE CHAMA..
E O CORPO NA SUA FEBRE E
ARDÊNCIA FAZ SÚPLICAS AS SUAS EMOÇÕES...
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 Há confusões implícitas nos meus sentimentos, isso porque, o meu espírito crítico se levanta e tenta desbaratar diante dos meus olhos os infortúnios que me cercam, isso porque, sinto que a minha figura solitária e irascível se prende em um círculo interminável e também inconfiável aos meus olhos, não explicáveis; irredutíveis  assim são as sensações do meu coração, que cobra com extremo apetite as peregrinações que faço dentro de mim, onde fios de condução percorrem do meu abstrato ao intuitivo da minha razão , tentando elucidar o porquê que o domínio absoluto de um amor não voltará mais a triunfar em mim, unificando assim, à minha procura com o seu encontro...!
Como é possível à alma caminhar em suspiros e bocejos, sem equilíbrios dos seus desejos, nos afãs suaves de um doce amor?
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 Há nele algo que suscita a vontade de gritar! Os meus gritos eu os pintos em grandes afrescos, através de esboços grotescos! Enfastio-me das profundidades do meu ser, onde não mais habita a luz e nem leva fogo para os meus lábios! Exorto a mim mesmo a permanecer fiel aos meus sentimentos que são menosprezados pelos os moribundos que se acham sábios, mas são eles mesmos envenenados e castigados pela a sua própria ruína, com a prostituição de si mesmo, levando os seus sonhos a crucificação! Exerce no limite do meu espírito uma ascendência intolerante e mórbida de um afeto sem lucidez, cego e sem entusiasmo, mas o alvitre do meu coração é que este belo propulsor da beleza que se desflorou, ainda espera sem vícios e por mais que esta inundação tente cegar o meu entendimento, ela jamais será capaz de se apropriar daquilo que cresce no seu esconderijo, mesmo no meio dos abrolhoso e do joio que se levantam, tentando sufocar a suavidade e ingenuidade do meu olhar! A pureza é a única forma da minha sobrevivência e, enquanto os meus olhos, mesmo nas lágrimas, poderem exercerem em mim o fascínio de uma essência gotejante e sublime, eu me levantarei e permanecerei a espera da minha própria vida...!  Por que é assim que permaneço vivo e assim permanecerei, acontecendo ou não a vinda de um outro espírito, tenho que ornar-me, submetendo-me à minha própria razão: " nem céu, mar e terra, não se compara com a suprema ímpar beleza do verdadeiro amor humano...!"  Afinal, eles não têm a delícia e sabor, e se os têm, guardá-os só para aos olhos dos que são enganadores...!
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    Inquietações se elevam e são indefinidas, transmitindo ao meu coração estarrecimento profundamente sombreados, exprimindo assombrações e indefiníveis volúpias profundas, rompendo-se a cada instante o rugir súbito, onde se vive entre a lucidez e a loucura, uma espécie de transe profundo, agregados por fantasmas que vociferam com seus sórdidos lábios, tornando-se aspectos assustadores de um terrível pesadelo!


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  Mergulho nas profundezas da minha alma humana, o quarto esconso me olha com reentrância para o meu íntimo, mas permaneço às margens do meu silêncio que, na sua vigília, torna-me inacessíveis os meus movimentos, estreitando também assim a minha convivência com ele. Mas, olhando-me com olhos bem suaves e cândidos, tenho a sensação que às minhas indagações um dia se romperão, trazendo a mim, a forma do seu corpo e o seu disfarce, que muito pernoitam e agitam o meu ser.   


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As minhas indagações são argumentos que na abundância das minhas dúvidas me inquietam! Ora, nascem as dúvidas, porque até agora não consegui enxergar e entender o porquê da longa demora do meu encontro com o meu sonho;  tornando-me um ser imutável e imperecível, quanto ao amor ímpar! Acho que dentro da alma humana não mais poderá abundar as sensações louváveis e sedativos. Aquelas que causam delírios e frêmitos gozos, trazendo lucidez e sonhos ao coração que anseia sorver o líquido da ejaculação magestoja de um fruto que de intocável, passa a ser tocável e sentido na sua grandeza e no seu delirante sabor!

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              Não consigo proporcionar as etéreos recreações sustáveis ao meu espírito, porque já não consigo observar o límpido orvalho que tanto desejou a minha língua, pois os atos que são visíveis aos meus olhos não são agradáveis às minhas palpitações! Estou inelerente a sentimentos profanos!  Estou sensível ao afeto que explode, como as bolinhas de sabão, na qual, o seu pipocar nos refrigera a pele!  llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll     
     Como tenho a grande vontade de expôs os meus ouvidos as verdades! Abrir a minha boca e mesmo no seu amargo, sentir o fluxo das indagações que me inquietam e me consome! Responde-me, ó celebre luz que não se deixa esconder! Responde-me, porque não há o fluir da realidade que palpita e deseja o meu percursor, que é a minha sede exposta a uma espera infindável? Eu tenho que abrir uma janela na parede da minha realidade, assim poderei sorver  e respirar o ar agradável! É preciso que eu caminhe a esmo a procura das minhas indagações que se debatem feridas e sem respostas dentro do meu espírito que é tão meticuloso, mas cheio de afabilidade...!
llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll           SONETO
Quem me dera! Olhar-te e não sentir  lamento...
Erguer o meu coração que se debate na ausência...
Dos ingênuos calafrios que suspira a inocência,
De atrever e deles viver, retirando o meu sustento...

Quem dera! Respirar-te causando o renascimento...
De um espírito que se debate em febre ardente...
Sentir o perfume que o coração não mais sente...
Entregar-me as suas volúpias com meu juramento...

Assim não mais viveria nesta louca ardência...
Ouvindo ecos de um desejo que repetidamente...
Cobra dos meus lábios a sua abstinência...

Toma a vida sobre outra vida a sua providência?
Com o bálsamo que tanto espero ardentemente,
Não violaria  meus dons com sua brutal violência!








 

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

BATE CORAÇÃO...!

BATE CORAÇÃO...!



Bate coração...! Bate no teu esconderijo, juntando aquilo que estar esparso e alça com as tuas deleitosas mãos; inundando de uma serenidade maravilhosa e fazendo flutuar o mundo de beleza em toda a sua plenitude; mostrando aos olhos um grande universo escondido; um céu infinito e que se faz voar, arrebatando os desígnios ardentes; desfalecendo-se assim as forças de um espírito que se entrega a divina existência e aos frescos dos gemidos inexprimíveis que habitam alojados nas sensações da tua própria pele!
     Bate coração...! Bate pingando gotas de ouros pela a tua superfície trémula ao som de uma música; tornando-te visível ao teu sabor, alcançando as alturas, nas quais, as delícias das tuas ansiedades serão reencontradas na fonte do teu prazer! Tornando para ti mesmo um inabalável privilégio com honras inenarrável, testemunhando com a tua voz a fiéis ouvidos, porque o teu fluído é misterioso, energético, uma grande avassaladora força que arrasta para dentro de ti uma magnitude de pensamentos que aos olhos se prende e se rende e em êxtase o espírito se desfalece, caindo assim por terra as lágrimas que se convalescem...!


   Bate coração...! Arroga-te o direito de conceder, de atribuir a honra, a glória e o louvor as tuas inquietações que são estágios misteriosos e têm a natureza do infinito e dos leitos exíguos que extenuados, se aninham nos teus impulsos múltiplos e imutáveis...!


Bate coração...! Gritando, gemendo, pedindo!

Implorando, sentindo, sorvendo e sonhando!
Bate! Eleva-te, sobe-te mesmo e te faz soberano nos átrios do teu céu radiante! 
Bate e estremece os estreitos desígnio de um amor sublime!
Acorda e preenche o espírito que flutua e no amor caminha!
Mexe e levanta o mistério que no peito sozinho se aninha!
Faz chover e soar no íntimo a flor que vive e o vime!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

DESEJO E ESPERA


DESEJO E ESPERA

Batem à porta! Abri-a! Entre amor tão diferente!
Somente em mim penetra a tua ardência sem fim!
Contudo eu em ti vivo e tu não vives mais em mim!
Usufrui-te e não permites que beba a tua essência!


Lança sobre o meu seio a espera e quando chega!
Só uma parte vive, permanece no seu puro deleito!
Arranca-me suspiros do meu atordoado doce peito!
Privando a delícia dos suaves meus primeiros beijos!






     Oh! Como podes um bom coração, semelhante à imagem do seu criador, assegurar-lhe dentro de si mesmo, ao seu espírito indisposto que se convalesce de uma longa e grave enfermidade, sentindo-se a cada dia inquietações e perturbações, causando assim, calafrios e indisposição a sua existência? Como pode o mesmo coração emergir, recolocar de novo as suas narinas na superfície das águas, tentando retirar o seu oxigênio do ar, se, o mesmo mar que antes fora tão calmo e sereno, agora lhe aplaca com tempestade, fazendo com que o líquido que pulsa, subsuma-se e dele é retirado o seu sopro de vida? Como podes a alma entrar, sendo ela um reduzido e pequenininho astro, na sombra de outro, em principio de eclipse, estando ela sobreposta ao outro, Ora, não haverá o seu descanso, porque a sombra será tão minúscula que não trará refrigero ao seu suor! Há um espetáculo prolongado onde procuro alcançá-lo com a minha língua, entretanto, não encontro o remédio universal para frear a minha angústia e tristeza que é o amor simples, mas tão complexo em sua forma...!


    É uma inconstância! É uma agitação perpétua que nasce e resplandece na face transfigurada do meu ser humano que ama; onde lhe recai aos olhos, uma agitação estéril, não encontrando uma saída, porque, ele não é capaz de mandar e também obedecer a sua paixão, entregando-se as indiferenças de uma nova procura, e ele, fica paralisado entre as ruínas dos seus desejos!

     Assim espera o meu coração que ama! Assim sonha também ele, tentando enraizar, confessar a si mesmo as razões que o prende na sua paixão, asfixiando a esperança que ainda podia ser liberta, tentando assim um novo voo, entretanto, a sua alma indecisa malogra na desolação da sua libertação, prologando assim, a sua ansiedade que, com os seus olhos fatigados pelo o ruge aspecto, procura a saída da árida terra que morre, mas tenta sobreviver-se, arrancando para isso, uma vida que sirva de excremento para a sua produção...!


     Assim estar meu coração que ama, emitindo clamores furiosos! Não consegue satisfazer e acessar os objetivos dos seus desejos e uma angústia se expande por todo o meu viver! Sou afetado por uma melancolia, onde com o meu olhar auspicioso observo a geração humana, transcendendo-se em ignóbil e vã crença se perde! O meu coração estar sendo privado e inerente estar à beleza do amor diante de mim, portanto, deixando-me já vazio a frente de uma espera que nunca chega! Eu estou livre e não pertenço a quem quer que seja, receio que seja a impossibilidade da minha sina de possuir desejos tão ardentes e eloquentes! Parece-me que bebo e beberei até a última gota da cicuta que o destino me reserva! A minha fantasia é assídua e se ocupa em chamar de volta as emoções e sensações, tornando-se agora insuportável o meu presente e certamente o meu futuro! As inquietações, os pressentimentos, as lágrimas e os apertos do coração me levam a me meter dentro de mim mesmo, levando assim, o fechamento e a morte angustiante dos meus desejos! Perambulando vagueio; onde céu, terra e todo o seu poder estão envoltos a mim, apenas para causar ainda mais abalo, gerando assim um mostro que me segue e tenta desbaratar a última gota do orvalho límpido e sedoso que emite luz, portanto, não estou cego...! 


Eu bebo e degusto com a minha língua o teu vinho e a tua essência me será como arma voluptuosa, onde a morte dos meus sentimentos será exposta, levados ao mercado da miséria para servir de punição a quem tanto amou! Por que, ó vida! Os teus vínculos para comigo são vulneráveis e os teus desejos são vacilantes e inconstantes!

Oh...! Profundezas das razões! Que forma tem o amor que se aloja no coração! Incorpórea será...? Ou as suas partículas são mortas e não retém nelas o seu brilho e a sua suavidade? Corpóreo é a minha forma e até os meus gritos são visíveis aos olhos! Oh! Por que se torna pesado a carga que fora amputado ao meu espírito que se ajoelha, porque, insuportável é o seu peso, tornando-me um pedaço de homem, onde os impulsos se tornam insolentes, escarnecedor e aniquilador da sede da minha vontade de amar! Onde agora eu encontrarei a vida? Estou preparado para amar e também morrer, porque, quando se quer amar deve também se preparar para a morte! Ah! Como tenho a vontade de flutuar neste oceano de perfume que me vem as narinas! Que belo santuário celestial produz o meu coração quando, extasiado, se entrega a este elevado paraíso monumental! Será que me torno um insano a procura do sabor que aqui não mais floresce e nem dá os seus frutos? Deparo-me com os estreitos limites que são confiscados, ainda quando paro por um instante, tentando esperar aquilo que deseja o coração e anseia a boa alma! Ah! Coloca pelo menos, no sonho que se levantará, quando eu repousar meu corpo cansado no meu leito, a esperança de que um dia eu possa pelo menos sentir o gosto propusor e elevado nos meus lábios que secos e mórbidos, permanecem em constante delírios e anseios...! Deixe que o céu desça sobre
mim, arrebatando à minha alma a um sonho que permanece exposto,e, na sua inocência, acredita ainda que é possível voar e alcançar limites
que ultrapassam o conhecimento do entendimento
humano! Assim deseja o meu coração e assim também espera a vontade de amar!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

OS SONS

                                           OS  SONS
Respire e se deixe traduzir em ti o bom do som...!

Habite no seu cheiro e traduza seu odor e sabor...!
Faça a tua procura, trilhando no labor do amor...!
Aumente a tua voz mais um semitom e um tom...!
Sonhe! A escala cromática te espera e vem e gela...!
A música dos belos arranjos dos acordes e acorde...!
Levante os teus pés frios e voe e na doce ode pode...!
Sentir a clave de sol e o sol da primavera que é bela...!


     Tudo que vive e respira emitem sons e ruídos! Mas, inconfundíveis são os acordes da harmonia do coração, quando, no seu silêncio, emite sussurros...! Ah! Incomparável e belo é o amor que é tocado, Quando surge no fundo da alma humana o encanto, proporcionando que a sensação percorra o caminho do corpo, elevando-se o pensamento para aquilo que se ama, deleitando-se o espírito com o prazer que nele habita! Que belo som nos cerca? O som do bater do coração, quando estamos expostos a uma elevação do amor sublime amor! Perto e olhando a pessoa que no fita e nos leva a um rio de prazer! O barulho do fechar das pálpebras e até mesmo o silêncio brota o seu ruído! É assim quando aguço os meus ouvidos e ouço os sons que jorram dos acordes bem construídos e do agrupamento da escala harmônica.
Um belo dia tive o prazer de conhecer a métrica de um som, onde o seu chie chiar, parecia-me que batia nas paredes do meu íntimo! Ora, eu podia sentir a maré subindo e, na sua volta, retirava do meu coração o seu deleito e a sua magnitude separação angelical, isto é, aquela por quem tanto se prostrava o meu coração! E por incrível que parece, mesmo sem o meu enlevo, aprofundava-se em mim o maior desejo de dedicar-me a preencher a vaga sussurrante que me foi roubada! O vazio nunca prevaleceu sobre mim, porque,

Ativo no meu ser a cabível propulsão de um ardor e percorro por entre as veias o buscar e o usufruir, porque, eu sei que nada me será negado e também não terei as críticas ou a proibição do meu andar solitário entre a grandeza do meu viver. E devo ainda jogar no poço dos desejos à minha moedinha da esperança, porque, assim sendo, quem sabe, o céu se ariará e trará aos meus pés a bela musa inspiradora e soberana dos meus alentos!
    Absconde-se no silêncio, o coração quando, elevado pela a sensação de buscar a sua concretização nos sabores que saltitam de um límpido e cortante amor, a sua purificação e acima de tudo, o seu belo e grácil renascimento, isso porque, é o coração que comanda. A estrutura óssea dá sustentação ao corpo humano e a emoção é levada por pequenos orifícios desconhecidos que perambula no interior e faz brotar a vida, nascendo assim nos olhos, a lubrificação e a certeza de que o sonho foi invasor dos sentimentos.

Há sim a causa que goteja em pequenas partículas, como átomos invisíveis aos olhos , mas bem sentido pelo o tremer do corpo e pelos os batimentos elevados e profundos do coração lírico.
Eu fecho os meus olhos e deixo que a música bem harmonizada e com o seu toque sútil possa florescer e depois exalar através da minha vontade o belo prazer de buscar aquela que freia e causa espanto ao meu olhar! Aquela que encobre a visão do meu entendimento e faz tremer a razão do meu ser! Aquela que enrosca no meu âmago a sua sublime e eloquente doçura!

     Eis que me perco! Mas perdendo-me neste raiar de formosura, também me encontro e dentro deste sabor viajo compenetrado e entregue a sua timidez e realeza! Silencio-me e fico aplumado, porque, a colossal emoção me visita e faz bem ao meu espírito que emudecido, apenas torce para que este sonho nunca acabe!


               Que pulse os lábios! Que efervesça o íntimo! Que se faça chuva de emoção e beleza cândida! Mas, deixe que o chie chiar da alma que canta e que suspira em toda a sua formosura volte a bater e viver em ti! Deixe que o som seja penetrante e te faça  sentir ímpar e belo! Arremessa em ti a ascensão da beleza dos sentimentos humanos e deixe fecundar as raízes do futuro e magnífico esplendor da tua sagacidade! Por que será lauto o estender em ti do céu que só espera pela a liberação da tua vontade! Articule a tua língua pela a soberania da clareza e não a permita que possa burlar da tua boca a verdade! Deixe haurir a poética e a métrica que se disfarça de sons para exaltar e construir o amor eterno!
     Oh, Milla! Há um som nos teus lábios que eu não consigo traduzi-lo! Há canções nos teus olhos e a tua boca faz confidência dela a mim, entretanto, não consigo agrupá-las em fileiras para descobrir a elevação do seu tom e qual é a nota natural que entona o teu espírito de mulher! Há um desencontro dos acordes que flutuam diante dos meus olhos! Ah, Milla! Se tu soubesse que o maior dos sons harmônico e perfeito, bem construído e harmonizado é o bater sustível do meu coração que na sua escala, harmoniza-se com o doce sublime do amor e a majestade eloquente da tua perfeita existência!  Ó milla! É exclamativo e apelativo, o clamor que sente à minha alma, por saber que entre tu e eu, há uma nota caída e nós nos olhamos na tentativa de saber quem vai pegá-la...! E o meu coração bateu e bate, quando meus ouvidos ouviram e ainda ouvem a tua voz e..., quando silencio o meu coração, ela flui dos meus próprios lábios em forma de adoração a ti...!