sábado, 27 de fevereiro de 2010

Eu





Por que em mim o diluvio arrasa...!

Queimam-se gelos, é tempestade!

Faz-se ausente à minha metade,

As lágrimas frias vêm e me abrasa!




Por que em mim há tanta água?

Vento e furação me devasta!

No meu peito a dor nefasta!

Esvazia o fogo causando mágoa!




O que há em mim? O que eu faço?

Fogo e frio é a única lágrima!

No espelho procuro e não me acho!




Por que são vazios os meus passos...?

Já não sustenta mais minha alma!

Não há vestígios dos meus rastros...!

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