domingo, 29 de agosto de 2010

SILÊNCIO E LÁGRIMAS


E como doi a ausência de quem tanto se ama!
O seu olhar sempre se vem, é como a chama!

No saudoso seio a dor estoura e se inflama!

No pensamento uma voz doce leve se levanta!

Relembro os últimos momentos e a minha voz!

Grita como se fosse a própria pele...!

Do cobertor que escondia quem eramos nós!


E chora o meu corpo na ausência do teu perfume!

Do jeito como pronunciava meus lábios teu nome!

Do teu hálito vaporoso, quente como se fosse lume!

E se faz dentro de mim o teu silêncio...!

Há uma nódoa ainda do teu sentimento!

Encrustado na minha fuga que não venço!

E o rio corre a afogar aquilo que só se sente!

Quando não há mais forças dentro da gente!

E as lembranças sempre se faz presente!













Faz-se silêncio e uma gota de lágrima cai!
Me desperto e vejo que estou só nesta vida!
A bela cotovia no alto do céu no seu voo vai!
Flutuando nos seus sonhos leves e doces ais!



"Tenho sede e os meus lábios padecem secos e febris!
E o meu coração mina a água da saudade!...!


Fazem-se alguns dias que a bela cotovia já não canta mais no galho da árvore do meu jardim! As árvores tornam-se estéreis e, se por acaso, vem-se alguns frutos: são amargos e sem o licor da vitamina que sustenta a sua doçura! O riacho corre sem emitir o seu bater e os seus sussurros! As flores já não mais se abrem, deixando a mostra o seu esplendor e a sua formosura! A relva pede socorro e a chuva tarda em chegar! Já não mais há em todo o campo as borboletas multicoloridas que outrora, flutuavam no vento em sua canção nectarina! O beija-flor, assustado, apenas tenta se lançar em um voo, mas, faminto pelo o açúcar e sem forças, bate as suas asas contra o vento, mas, sem vigor que vinha do bálsamo do néctar que jorrava das flores, debate-se e cai, prostrando diante da grande seca que habita no meu campo!
Olho a grande seca e devo permanecer calado porque, até os acordes harmoniosos fugira da imaginação do poeta e o seu peito, já não mais emana o ardor porque a espera se faz longa e é impossível beber a água que agora é insípida deste meu seco jardim...!

Quanta secura vem do sol da tua lembrança!
Do ardor da tua presença em toda minha vida!
Não me mandastes as flores da tua despedida!
E aqui me encontro abatido e triste na vida!
Nem um verso de amizade saiu dos teus lábios!
Não raiou em tua face a doce e meiga saudade!
Só eu que morri e nesta minha incrível pluaridade!
Padeço por amar-te nesta triste e grande realidade!




quinta-feira, 26 de agosto de 2010

É BOM PERMANECER CONTIGO...!




Como foi...! E é bom permanecer contigo...!

Que delícia! Sorver a tua graciosidade!
Os teus mimos, teu aconchego e o teu afago!
Hoje solitário e nesta minha distante cidade!
Já não há mais o vento que sopra tua afabilidade!
Que bom foi olhar a tua mais doce face!
Toda menina e mulher e tão cheia da divina graça!
Sento-me diante da minha lembrança e revivo a cada
momento passado o poder magistral que me encantou e por alguns dias pude voltar novamente a sonhar! Sim! Eu sonhei, porque dentro de mim a válvula retornou a bombear o sangue que permanecia deslizando nas veias pausadamente! Foi um despertar soberano porque em mim, eis que o meu coração se encantou, achando que o circulo da sua espera tivesse chegado ao fim! Muito fui agraciado pela a sua companhia fresca e jovial! Estive diante dela por tão pouco tempo, mas parece-me que já a conhecia deste a fundação do meu mundo! Eu abri os meus lábios e diante dela fiz as minhas confidências que, como a grandeza e profundeza do oceano, invadiu o meu íntimo, fazendo flutuar por ela o meu barco, com velas de aspirações e desejos que pairavam sobre a minha cabeça, e, ao olhar da lua, que sorria para a grandiosidade do meu amor! Eu me abasteci de todas as frases que jorraram dos seus doces lábios! Voltei desta minha peleja ansioso para conhecê-la, porque ela, em pouco tempo, penetrou em mim; fazendo com que eu sentisse a sua própria pele! Eu depois de muito tempo voltei novamente a sorrir e como uma criança ingênua dispôs a sua frente a minha infantilidade nas palavras que a ela foram dedicadas! Tornei-me tão infantil que, relembrando-me agora me escapa risos, não de censura e sim, por ver que na doce ingenuidade se pode abastecer a necessidade do retorno da nossa inocência! Os meus risos agora flutuam diante de mim e posso sentir atravessado na minha garganta outro riso de amargura, este de adulto, complicado e tão dilacerante! Outro riso que me leva ao desatino do desespero, onde ele se funde como um sarcasmo, porque, eu não posso chorar senão manchará todo o papel que me serve de consolo e esconderijo, causando assim a perda do meu refúgio!

Eu estive contigo! Eu pude sentir através das tuas palavras a tua doce candura e o teu brilhar constante! Eu tornei-me pela primeira vez um meigo menino; cheios de sonhos multicoloridos e cheio de açúcar! Coloquei na minha boca o teu bombom, enquanto na outra segurava o teu pirulito em forma de prazer e candura! Eu me deliciei com a tua forma de ser e, por um momento, também acreditei na ciência que tanto falam os cientistas: “os opostos se atraem...!” Eu fiz dentro de mim um pasto rico e abundante porque, lá sempre eu ia buscar a tua meiga face e o teu viço que brotava, efervescia e ornava todo o meu jardim! Eu falei também de alguns sonhos meus e, quando no meu íntimo cresceu a necessidade de contar toda a minha vida, eis que uma bela garra, de unhas tão afiadas, atravessou meu coração! Eu me virei apressadamente! Não! Não são apenas as crianças que choram enquanto dormem! Não são os anciãos que gritam na sua dor! A mulher que levanta um clamor de amargura no seu parto! Os moços que também amam se desesperam e choram acordados! Eu me virei e vi que uma gota de lágrima me servia ainda de esperança porque, eis que aquilo que estava adormecido em mim despertará com força e vigor para a luz da minha realidade...!

Fiz e desfiz diante de ti sonhos e fantasias...!
O meu doce espírito contigo se esbaldava e sorria!
Solrac...! Qual labirinto perdeu a minha vida?
O perfume agora me soa triste nas noites frias!
Ah! Sobrou a alma um medo, profundo suspiro!
Já não mais há encanto nestes meus dias!
Apenas uma réstia da malbaratada porfia!
Agora diante de mim: eu cego às dores afiam...!

E, daquele belo oásis tirei por longas noites adentro o meu sustento e a minha divina providência! Mas, eis que algo ficará encrustado na minha memória: ”O fel que chego a senti e que, portanto, foi imputado a mim, negando ao meu espírito a transpassar dos limites celestiais, e, os meus lábios: não mais sentirá a doçura de um renascer soberano de um sentimento, porque, amedrontados, não mais falarão e nem sussurrarão, apenas um ao outro se apertarão, lembrando-se da proibição que a eles foram impostos e da violação profana de um rico amor humano...!”

Já se faz frio e o meu corpo não mais suporta!
O eflúvio de lágrimas que vêm à minha porta!
Permanecem estáticos os suspiros mórbidos!
Preciso sair! Ar...! Luz...! Quem me abre a porta...?

“ Uma rosa não foi ofertada...!
Caneta e papel: Saudades...!
Dois corpos: apenas um doado...!
O outro: não ganhado! "
( SOLRAC )














quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pedro Abrunhosa - Beijo




O que se sente quando os olhos se fecham?
O correr da essência é uma alígera flecha!
A propulsar com o combústivel do olhar o alvo!
É tocada pelo a sútil delícia da saliva!
Que se mistura ao sentir de um desejo!
Fundem-se fantasias e criam novos ansejos!
Apenas pelo o toque dos lábios que sente o beijo!
Fecham-se entendimentos apenas o prazer se funde!
Nas carícias dos corpos que unidos tremem...!
Como suspira a corça por água e eles desejos!
Mantêm o calor dos seus corpos sempre acesos...!






O SABOR DE UM BEIJO...!


Que grandioso mel é servido na sua pureza para aquele que sonha e tanto deseja se deliciar com o sabor de um beijo? Ah! Inebrias-me, por que sussurram e gotejam os meus lábios pelo o teu frescor e pela a tua forma incriada! Batem na pele dos meus lábios a tua sensibilidade e o teu prazer! Arde e gela nos meus pensamentos um licor magistral e soberano! Vem, ó cândido e desconhecido sabor sem igual! Vem sobre os meus lábios e se misturam aos meus sonhos e desejos! Funde-te em mim a tua delícia e o teu ardor sem igual! Penetra na ardência do teu sabor e me passa aquilo que só em ti habita e vive! Traz contigo o teu belo e fresco silêncio, por que, quando os meus lábios se unirem aos teus, eu pararei o mundo e a ti demonstrarei um campo visionário de prazer e doçura eternas! Deixe-me viver, agregado no teu sabor e assim, no mínimo intervalo do teu sabor, eu me prostrarei e viverei contigo o maior e admirável gosto que se coloca ao redor de um beijo! Unge a mim com a tua saliva, cervando-me com os teus poderes colossais e doces! Faz em mim a tua conquista por que eu diante de ti quebrarei os misterios que se oculta no prazer de um suave beijo! Vem assim como vem até a mim os meus pensamentos que sentem agora a necessidade do teu bálsamo e do teu grande e único sabor! Fechem os meus lábios, deixando apenas um pouco livre a minha língua para sentir o teu mel e o teu maior esplendor porque eu balbuciarei o teu nome doce e celeste! Convida o pássaro que canta, o moço que espera e o ancião que recorda para ser testemunhos da nossa união! O pássaro cantará a nossa marcha nupcial! O moço esperará na sua juventude que a nossa a história possa ser absoluta para ser contada e também vivida por ele e o ancião nunca esquecerá da fusão completa e feliz do nosso amor! Levanta-me e diante do teu altar fundiremos o deseejo que se elavam nas bocas que sussurram e muitos anseiam o sabor de um beijo! Faz com que eu possa sentir o mistério do teu ingrediente que ainda não foi descoberto e como elixir, torna a minha retribuição como a fonte de revusvenecimento da tua mesma delícia!Vem, porque os teu sons já se faz presente e os meus lábios tremem e sentem que tem que vencer o seu longo caminho! Eu não posso ocultar de ti que as minhas lágrimas anseiam pela a tua delícia e no meu seio já crescem as primeiras flores que serão ofertadas ao teu sabor! Vem, eleva-me aos teus braços e neles afogarei a minha tão suave procura...!

Vem, por que em mim só há espera!
Vem e se desfaz em mim o teu riso!
Cria no meu campo a tua primavera!
Vem, eu estou portanto a tua espera!
Deixe que eu me esconda dentro de ti!
As minhas doces lágrimas te celebrará!
Como testemunha do meu grande amor...!
Vem unir os meus lábios ao teu sabor...!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

O DESEJO DE AMAR...!


É apenas a minha única forma: o desejo de amar...!

E, quando vi a nova luz, eu quis pegá-la!
E neste toque ela fugiu pelos meus dedos!
A minha mão ainda ousou pegá-la outra vez!
Mas, eu tive medo e de novo veio o receio!
Se amanhã a luz diante de mim esmaecer!
Terei eu novamente a força de acendê-la?


Um olhar no paraíso! Abriram-se novamente os meus olhos e a minha visão como um facho rápido cruzou-se e voltou para o retorno de uma luz que ali, defronte de mim, começou a jogar o seu límpido e matutino raio sobre o meu coração que, silenciosamente, retornou a bater de forma ansiosa e esplêndida! Houve ruídos que se espalhou por todo o meu corpo! O meu olhar se prostrou em dádivas as minhas preces que tanto voaram ao relento da minha procura! Houve uma grande invasão dos púlpitos risos que me alouram nos lábios, causando assim rejuvenescimento da minha vontade que tanto esperou o retorno do sabor que há muito tempo havia desaparecido dos meus lábios e da ardência inocente que tanto suspirava o meu espírito! Um olhar se formou e pude perceber e sentir e nesta percepção, voltei a sonhar e neste sentir, eis que voltei a viver e ter no meu seio, os sonhos prazerosos que sonham as donzelas em vivê-los: a eterna fantasia transformada em realidade da tal e tão buscada felicidade!

É apenas a minha única forma: o desejo de amar...!


Sim! Ele Estar presente na vontade que se expressa apenas com um simples olhar! Assim eu olhei e olho a sua reluzente e vitalícia fonte de entretimento ao coração que tanto rebusca depois de uma dor o seu promissor descanso, refúgio do seu tão retirante dissabor, mas sempre procurador e desbaratador de si mesmo! É preciso olhar as últimas gotas de lágrimas que me afluíram às pálpebras! Tenho que cuidar da minha visão e não mais buscar o licor que pede a minha necessidade de ser soberano e perfeito, quando perdidamente se entrega a um belo raiar de ansiedade! Eu procuro não mais a busca do meu refúgio, e sim, apenas um lugar onde posso sentar-me, dirigir os meus pensamentos e perguntar a sombra que me serve de consolo, a causa do nascimento e do apagar da claridade que um dia se fez em mim! Até busquei sanar o misterioso cair de uma nova flor que ficou suspensa diante dos meus olhos, mas, eis que se levantaram os terríveis farpões com suas pontas agudas e cortantes! Eu tentei refazer aquilo que um dia me foi destruído! Eu também voltei a sonhar e desejar que o belo caminho da minha tão sonhada felicidade estivesse retornando, com suas curvas não mais sinuosas e a sua terra propensa a uma boa colheita, onde eu poderia plantar a posteridade do meu amor, regando sobre ele o meu próprio futuro que agora me parece incerto e mórbido!

É apenas a minha única forma: o desejo de amar...!

E ele nasce! Assim como nascem as vidas que pulsam e correm sobre a terra árida ou úmida! Assim nasce o amor, sereno e tão cheio de sonhos! Multiplicam-se o amor do próprio amor, porque, quando se ama a divisão do amor continua tendo a mesma forma e a mesma vontade de se doar! Eis que são plantados a cada suspirar no coração do amor a sua tamanha eloquência! O belo solstício do meu sol aconteceu! Afastei-me por um período da minha vontade e permaneci estacionado, apenas fitando o meu desejo de amar! Eu suportei na minha pele as marcas profundas de um retorno porque eu queria recomeçar outra vez! Sim! Eu queria pelo menos tentar abraçar com os meus soluços suaves à candura e doçura de um sentimento que é essencial à existência humana!

É apenas uma forma: o desejo de amar...!

Ascendeu em mim e pude outra vez, por momentos, voltar a sonhar com a sua formosura! Eu voltei a sentir o correr de uma vasta luz que fecundou e iluminou momentâneo o sonho que se enraizara dentro do meu espírito! Eu tremi quando me soou aos ouvidos: “ Eu voltei por que sou o amor” Sim! Eu pude sonhar e idealizar um novo mundo admirável, onde se suscitam o amor humano apenas pelo o olhar celestial de paz! Fez-se a águia o seu retorno e diante de mim pousou, com suas asas elevadas e muito me fitou! A bela águia que tanto um dia esperei para vê-la, onde passei noites e mais noites na ansiedade de querer tocá-la! Onde estendi o meu tapete para que ela se sentisse amada e querida! Sim! Lá estava a doce águia, com suas penas brilhantes. Fitou-me e permaneceu por um tempo ao meu lado e eu não tive como segurá-la, porque, o amor nascia apenas por uma parte e é preciso da outra para se fazer um todo! É impossível esvaziar as gotículas de lágrimas daquele que padece na dor imensa de uma ferida!
É apenas a minha única forma: o desejo de amar...!
Assim como se perde uma lágrima na dor de uma separação, eis que outra nasce mais forte e mais sustive a emoções profundas! Perdem-se lágrimas, mas nos amanhãs, elas reaparecem mais doces e afáveis ao coração humano que muito, antes debatido e triste, se levanta propenso a uma luta pela a busca agora sem limites pela a sua sonhada felicidade e eu, fiquei atônico porque em mim, eis que o rio começou a correr. O céu se abriu e pude sentir no meu corpo a chuva que inundou os meus suspiros que gritavam e pulavam na sua festa dizendo: ele chegou! Ele chegou! Sim...! Havia chegado o dono e senhor de todo o entendimento secular! Chegou assim como chega aos campos o sol que na sua ousadia, pelo o alvorecer, rouba o orvalho das pétalas das flores que a noite cospe, deixando apenas uma nódoa como marca da sua visita! Ele chegou como chega o primeiro respirar da criança quando é tirada das entranhas da sua mãe e exposta ao seu novo mundo! Ele chegou assim como chega aos teus lábios o teu primeiro beijo e o teu primeiro amor! Assim chegou o senhor e dono de todas as minhas faculdades mentais!

É apenas a minha única forma: o desejo de amar...!

O céu da minha terra se curva! As águas do meu grande lago se avivam e ondas são criadas! Os monumentos da minha cidade choram por que o grande vendaval paira sobre a grande sede de amar! Devo-me entregar a luxúria incandescente de uma espera que, veio e abruptamente, separou-se de novo a minha fiel e construtivo imaginar soberano? Eis que aqui onde permaneço não mais há uma tênue esperança que possa trazer louvor a minha alma! O meu povo chora! O meu campo já não mais existe e a bela cotovia que sempre pairava no pedestal da minha alegria ruflou as suas asas e partiu! O vento já não mais traz das campas o suave odor das flores que gotejam o seu viço ardente e doce!

É apenas a minha única forma: o desejo de amar...!

Olho-me! Percorro o meu corpo para saber se ainda há calor! Algo permanece com suas súplicas ecoando dentro de mim, como um último apelo de esperança! Sinto o pequeno barulho, um sussurro que se levanta e silenciosamente me implora com a sua voz tão triste: O que fez de mim? Por que não me deu a razão ímpar de mim tornar doce e ingênuo? Descem também as minhas primeiras lágrimas e em um grito de desespero, levanto a minha voz e soluço: Ah! Perdoai-me por não te levar ao teu conhecimento a supremacia celestial da beleza do amor! Eu falhei contigo e mórbido também estou por não te oferecer à única razão concreta da existência que é o amor! Perdoai-me por que também ser a minha forma de amar contraditória ao conhecimento da emoção humana! Eu apenas vivo pela a beleza que se esconde em outro esconderijo, mas eu a encontrarei porque esta é a minha única forma de amar...! O impossível virá por que nascerá uma dádiva que estar à espreita e tanto soluça pela a inocência e pureza da minha única forma de amar...!





sábado, 21 de agosto de 2010


O ADEUS

--- 20 DE AGOSTO DE 2010 ---


Adeus! Adeus! Ó meu extremoso doce abrigo!
Deixo-te a suspirar com imensas dores...!
Pois em mim morreu a visão do meu amor!
Cego foi e em mim já não cabe à fantasia...!
Fiz-te o mais doce enlevo na pureza dos amores!
Mas cego eu caminhava e lírico triste eu seguia...!
Caminhando em busca da exaltação da mentira!
Eu...! Que em odes de ouro por ti me vesti...!
A tua própria dor compartilhou e também sentiu!
Que exaltação a ti fez e quando na tua grande dor!
Com mimos como a mãe com o seu pequenininho!
Cravejei em minhas carnes os teus próprios espinhos...!
E tu simplesmente a mim mostrou o teu falso amor...!


A data! A data é a minha passagem...!
A contagem regressiva para esquecer,
É a forma de se poder agradecer...!
E, novamente por se retonar a viver...!



Olhei-a e ela continuava sempre a mesma!
Nenhuma mudança no coração enfermo!
Fitei-a e disse-lhe um eternamente adeus...!

É verdade que ainda existia em mim uma réstia de desejo a escorrer pela a vontade dos meus olhos e pela buscar constante do meu coração que, sem controle, sempre saia em busca daquela paisagem, onde o meu espírito muito ansiou descansar e permanecer ao seu lado por período indeterminado; isso por que, ela me fazia bem e tinha domínio em toda a minha matéria. A proporção do meu amor crescia à medida que os meus olhos olhava-a por longas horas e quando, retornava eu a minha casa, ela sempre estava presente; talvez eu não soubesse como controlar aquela ânsia de um fogo que nascera naquele dia, profano aos meus sentimentos, mas doce à loucura Humana, e pela a primeira vez, subiu por dentro de mim, encrustou e depois cresceu, e, por fim, reinou por vários períodos da minha existência, levando-me, ora a sonhar, ora a senti raiva de mim mesmo, porque eu não tinha forças de me libertar daquilo que seria a minha ruína e a minha própria morte sentimental que até hoje, padece fitando uma procura que nunca acontecerá. Morreu, envolvidos em desejos recônditos os doces “ais” de um espírito procurador de dons celestiais onde o seu afável odor já não mais arde e aonde a cotovia não mais vem para a galha gotejante de uma espera e, se vem à languidez do seu olhar; não mais fita os dons celestes de uma alma pura que sem mácula, já não mais cabe olhar a nódoa do pecado que sai da face daquela que sempre fora a doce cotovia e, quando ela tenta me encarar, seus olhos abaixam-se, talvez se acusando por ter sido tão arrogante e cruel.

Assim que deitei o meu olhar sobre o seu rosto penetrei por toda a sua alma passada e vindoura. O seu presente é de uma inerente mudança irracional. A sua metamorfose é encoberta pelas as mentiras que fluem rápidas, causando assim um contraste desumano, onde a bela face de anjo, submisso às realidades concretas da vida, arranca, de quem não a conhece, um desejo de piedade e clamor para se ajudar aquele ser em cuja cabeça, a sua aréola foi quebrada e dilacerada! Os olhos de quem a vê são induzidos ao delírio e, se por acaso, uma alma ajudadora se aproximar e se compadecer aquele ser, certamente morrerá e nunca mais terá a divina paz...!

Arranquei por definitivo do meu coração todas as formas de sentimentos que nutri e que, por muito tempo dediquei de uma forma única, isso porque eu me sentia bem leve, voando no dorso de um sonho que sempre se agregava no meu pensar. Já não mais me permito a sonhos e nem ilusões que possam se alocar no meu espírito agradável e doce...! A verdade parece-me que depois de muito andar sobre abrolhos, eis que descobri em mim a grande sagacidade ímpar de um sentimento, onde eu fui escolhido a ser o seu templo e o seu grande percussor de beleza! Acordei ou fui acordado pelo o próprio amor que não mais suportou a migalha indócil que brotava de uma fonte insana e sem enlevo. A minha alma cantou na sua libertação e, com a candura e alegria de quem morto estava, pelo o seu renascer, eis que percebendo que o seu coração voltara a bater, muito o meu espírito se alegrou...! Alegrou-se a tal ponto que a supremacia dos céus e o poder que sustenta a terra vieram até a mim e se colocou a disposição se, por acaso, eu precisasse de forças extras, eles me dariam, isso porque, tanto eles quanto a mim, já não mais cabiam gozo de efêmeros prazeres porque, o espírito morto tinha ressuscito e resistido à enfadonha batalha onde, muitos se perdem para nunca mais se encontrarem...!

Sim...! Eis que pego a boa obra do meu belo amigo solrac, em cujo pseudônimo esconde a sua forma rica da exaltação dos sentimentos humanos e, vem a minha mente, o seu belo gaguejo da sua busca, intitulada na sua obra filosófica “Os Males do Mundo.” “Oh! Tão infindável é a procura de quem não busca e se sente derrotado! Eis que a porta da fantasia foi aberta e o espírito padece pela a falta do entendimento e da procura daquilo que o torna vazio e sem riqueza própria! Abri-vos os vossos olhos e celebrai comigo o reencontro da delícia que nos levará a constante gozo de felicidade exemplar...! Abri-vos a tua boca e sussurrem com os teus lábios porque, mesmo nos leves ruídos é possível te encontrar! Não deixe que a porta volte novamente a se fechar, isso acontecendo, não mais existirá o reencontro do teu espírito com a tua grande aspiração e sede que é: encher o teu ser com aquilo que ainda não estar completo em ti, deixe que se cumpra em ti o círculo que falta e o teu vazio não mais existirá e nem fará que se percam as emoções que vivem e que os teus olhos esperam...! Abri-vos os olhos porque é chegada a grande hora e o que te falta será achado! O amor ainda invadirá teu coração e tu ainda saberás que é possível beber da água que tanto te causa sede, mas antes, ache-te e não se perda novamente...!”

E disse adeus e retornei a minha morada!
Mais cheio porque me achei o belo condutor...!
Do sentimento que se denomina amor...!
Por que assim o amor é simples e eu o sou...!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

AH! FILHO MEU!

AH! FILHO MEU!

Filho por que desfolhou dos meus olhos a dor!
Roubou-me a admiração dos teus belos anos!
Causou em mim estragos profundos e danos!
Matando-te, fazendo teu amor um impostor!

Que ganhas se o teu corpo funde em prazer?
É emoção insana de um buscar constante...!
O prazer que nos sobe a carne é cortante!
Só nos levam as lágrimas vis de um alcácer!

Por que em ti esta mudança rápida profana?
Tua inocência ainda sonha e tanto canta...!
Por um amor no teu seio a suspirar diáfana!

Saia das tuas trevas e não te escondas tanto!
A claridade da luz nos torna doces humanos...!
Não deixes quebrar do amor o seu belo encanto!


Como pode um coração que diz que ama...?
Entregar-se as volúpias de um prazer insano!
Acaba-se o sonho é o prazer que inflama...!
A boca, sufocando o espírito que aclama...!
A beleza se perde entre um prazer de um beijo!
Só há fogo e mentira na tal inocência humana!
Fundem-se corpos, criam-se lavras profanas...!
E sempre dizemos: “meu amor ainda te amo!”
Tornamos mentirosos, violando segredos guardados!
Perdemos nossa identidade e neste letal engano...!
Perdemo-nos dos lindos vindouros dourados anos!


Oh! Inefáveis são os suspiros de espantos...!





Filho meu...! Qual é o tamanho do teu coração...? Por que ele a todas correspondem e nunca se inflama...! Guarde o teu verdadeiro amor para ofertar aquela que te sensibilizará, levando as palpitações doces e serenas do teu espírito! Por que, filho meu! Por que teima em fazer insinuações ao teu coração...? Hoje eu te vi e ouvi a tua nova causa! Será o mesmo amor que te adormeceu por alguns dias, e, quando acordou, eis que um levante de emoções insensíveis se tornaram pulsantes de novo neste teu disfarce que me parece agora será constante? Eu te levei a conhecer a minha fonte e dela eu te servi, entretanto, o menino cresceu e agora segue na sua independência! Por que filho meu não me escutas...? Por que não me olha, fitando assim, aquilo que fui e o que fiz deste o teu nascimento até a tua presente mocidade? Canso a minha língua a procura de colocar em ti entendimento e beleza e tu, ansiando descobri apenas os inconfundíveis males que assuam os sentimentos humanos! Moço, filho da minha alma e doçura loquaz dos meus olhos! Apruma-te e seguem os meus preceitos e meus argumentos...! Arranca este teu frio coração, insensível a beleza da afeição profunda, e leva-o ao desconhecido abismo e atira-o longe de ti! O que fazes filho meu...? Vislumbra-te de novo outro jardim, onde começa a brotar uma doce flor! Vai tu filho meu desfolhá-la assim como fizestes com a tua primeira flor? Qual artimanha usará o teu coração para prender a bela cotovia que te olha? Usarão a tua língua os mesmos argumentos profanos que levará a prisão da futura cotovia que te olha...! Ah! Filho meu! Muito estou triste e decepcionado contigo! A tua profanação viola o direito do coração feminino que sonha e que enaltece a visão de um suspiro de mulher...! Como podes de novo filho meu, levantar a tua ira e os teus sentimentos levianos contra a exatidão da beleza que flui na sua jornada, entre o suspirar e a conclusão, ela apenas quer a felicidade!
Ah! Filho meu...! Muito me entristeço em saber que o teu caminho é de egoísmo e insensibilidade! Muito padeço pela a tua constante revoluções sentimentais pobres e vazias...! Não quero que seja igual a mim, mas pelo menos me tome o respeito que jaz nos meus olhos pelo o “amor humano”! Isso que fazes não veio de mim e nem te passei pelo o meu sangue e sim, nasceu porque o teu prazer está nas paixões desvaliadas e loucas, e elas, não te ofertará no teu futuro, o descanso da tua alma que muito vai te cobrar isso porque; dentro de ti não haverá paz e nem valores humanos!

Ele é tão lindo, puxa...! Por que viola a flor da formosura dos teus belos ascendentes anos? Por que toma apenas para os teus olhos, embelezando-os, mas te esqueces de levar ao teu coração a rica constelação de um amor que paira diante de ti e grita por socorro! Ah! Doce pélago da minha alma! Filho dos meus angustiantes dissabores! Olhe para quilo que estar sobreposto diante dos teus olhos e nos teus lábios! Experimente a verdadeira sensação que permanece oculta! Não beba a promiscuidade que só vai enaltecer as tuas carnes e teus olhos cheios de desejos...!

E tu podes caminhar nos desejos profundos...!
Nos suspiros que se exalam neste mundo...!
Buscar tuas sensações em toques imundos!
Filho meu! Nunca em ti a campa vai florescer!
Teus belos sentimentos não vão renascerem!
E, deste néctar teu espírito não vai conhecer...!

Desperta-te, ó belo tesouro que no seio bate! Desperta e traz a este ingênuo coração a santidade e a beleza que não mais existe no espírito humano! Cava no seio um esconderijo profundo, onde as deidades deste mundo não possam alcançar com suas garras afiadas, destroçando assim, as fontes sublimes e cândidas que não mais habita no coração do homem! Oh! Abre nos seus olhos um canal de visibilidade exata, onde o mal não possa penetrar, nem os pensamentos turvos fazer a sua morada! Cria e se eleve em um superior grau imenso a sua forma de ver e julgar! Vem habitar e tecer fios de sedas brilhosos na mente, porque assim, ao seu piscar, ele saberá como caminhar e não se desviar da sua existência! Florescei e nele rutilai os dons celestes e ingênuos do seu coração que agora, quer conhecer a sua instabilidade e o seu pecado imundo...! Olhai-o porquê ainda é tempo de perfumes nos campos! Pássaros que cantam atinadamente! Flores que se entreabrem jorrando o seu néctar! E acima de tudo, o coração que ainda sonha e suspira por um amor justo e sem máculas...! Abri-vos os vossos lábios e deixe a mostra o pólen dos nossos desejos...! É ainda e será o doce AMOR...!

sábado, 14 de agosto de 2010

NÃO SE MATA COVARDE





>> NÃO SE MATA COVARDE <<


- Trouxe...? – Perguntei-lhe já assentado na beira do cai do rio que corria silenciosamente com as suas águas turvas. O concreto duro que eu permanecia sentado era quente e fazia suar a minha calça jean que havia comprado um dia antes da minha amargura.
- Sim...! Disse ela me mostrando um embrulho com um papel surrado e manchado por tanto manusear as suas mãos.
Olhei-a e pude perceber que tremia. Achei que tivesse bebido alguma dose de álcool. Os seus lábios estavam ressecados. No canto inferior direito do seu lábio, uma pequena mancha do seu batom avermelhado, já desgastado pela a sua saliva que grossa naquele momento, se engasgara quando falei.
- Estar pronta?
Ele me olhou com os seus olhos onde começaram lacrimejar lágrimas. Pude perceber que apertava os seus lindos e brancos dentes contra os seus lábios, ora o inferior, ora o superior, deixando neles uma profunda marca de dentes começando assim a sangrar. Passou o dorso da sua mão na boca, olhou-me e saudosamente perguntou:
- É preciso fazer isso? Não tem como buscar outra solução para o teu caso?
Olhei-a de novo para o seu semblante que permanecia diante de mim, onde eu já podia perceber o medo a tomar conta do seu coração. Virei-me, baixando a minha cabeça, olhando a água do rio que corria. Por um momento pensei em desistir, mas o silêncio das águas turvas que corriam muito me encorajou. Fechei os meus olhos e revivi em questão de segundo toda uma vida que perdida, não sabia buscar solução. Pensei: Aqui será bom porque assim como o meu corpo é putrificado pelos os males do mundo, eis que a água suja não se importará de levar sobre elas o sangue pegajoso de uma criatura.
- Tudo bem, pode fazer o favor...!
Senti na minha nuca o frio daquele metal...! A verdade eu estava com medo. Eu não queria viver, mas também não queria morrer. Perguntei:
- É uma sete meia cinco?
- Sim! Faz diferença, vai morrer mesmo...! – Respondeu ela com a sua voz tremula e sem vida.
Não fazia diferença...! O propósito da minha pergunta era que um dia conheci uma 765 e muito me apaixonara por ela. Sempre achei linda com o seu belo pente, onde se alojava o chumbo que poderia roubar uma vida. Teve época que eu quisera possui uma, mas tinha medo da minha inconstância pela a minha vida.
Eu senti naquele momento já pressentia um cheiro futrico de sangue a se misturar no perfume que sairia do corpo da minha executora. Por um momento pensei em desistir e lutar pela a minha existência. Mas, o som do meu desespero e a angústia dos meus dias fortalece a minha vontade, e por fim, disse-lhe:
- Pode apertar o gatinho e...
O tiro sou seco! Senti algo que caia na minha cabeça e começou a escorrer pelo o meu rosto, sentindo assim a minha língua o gosto do sal que se confugiu com o gosto também do sal das minhas lágrimas. De repente, vi apenas o vulto de um corpo que despencou do cais, de uma altura de mais ou menos vinte metros; caindo nas águas imundas do rio que corria silenciosamente. A arma caiu ao meu lado, enquanto percebi um pequeno papel ainda descer lentamente e cai a minha frente.
Pequei-o. Eram apenas quatro frases endereçadas a mim, onde se lia: “NÃO SE MATA COVARDE...!”
Permaneci olhando aquele corpo que seguia boiando para depois sumir naquelas águas profundas. Não entendi o porquê que a minha executora agira assim. Mas, ainda esta noite, assim que eu chegar a minha casa, trocar esta roupa suja de sangue, eu buscarei a causa do seu desespero...! E por um bom tempo fiquei naquele cais onde, respirei e voltei de novo para a vida...! Não se mata covarde...! Buscarei o que se oculta nestas frases porque, sempre as lembrarei de... E, pelo que já me consta agora, sinto um calafrio quando a minha memória ler as últimas quatro frases de um adágio da boca que se emudeceu e cujo segredo também eu não saberei...! Vamos à vida agora...!


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

PARA A GAROTA 24



----- PARA A GAROTA 24 -----

E se tu soubesses como dói a saudade...!
A lembrança dos teus olhos que se faz constante!
Se tu soubesse que cada pulsar de um instante...!
Revive o meu gracioso coração que chora tanto!
Sinto a tua sensação a pulsar no meu semblante!
Correr nas minhas veias o teu próprio sangue...!
Serás que não percebes e nem sente que te amo tanto!
São flores de pétalas em forma de poema esparsas...!
Eu semeio os meus sonhos e com os teus eu planto!
No jardim dos meus olhos e nesta imensa constância!
Nunca esqueço o teu sorriso suave, doce e santo...!


Oh! Assim como a corça anseia por água,
Por ti sente sede o meu coração...!

Saudades...! Eu não posso traduzi-la, mas posso senti-la no fechar das minhas pálpebras e no abrir da minha boca...!Quem me dera...! Esta noite e como Romeu apaixonado invadir a tua casa, abrir a porta do teu quarto e lá entrar e permanecer, mesmo que seja por leves minutos...! Eu sei que tu saíste a passeio! Talvez saísse a cavalo branco com os teus sonhos disfarçados de arco-íris, cruzando as tuas vistas e trazendo palpitações tresloucadas as tuas sensações! Sim...! Eu poderia vasculhar cada centímetro, cada palmo da tua concha nectarina, em busca do teu elixir que me causa grande enlevo e penetra na minha carne...! Poderia tocar no teu batom...! Ah! Diz-me qual é a tua cor e o teu gosto! Framboesa...? Morango...! Será...! Mas que importa! O que importa é que estarei no teu aconchego, onde tu diriges todas as formas dos teus desejos! Onde solta os teus pensamentos, e eles, sobrevoando em cima se ti, porque certamente deitada, olhando e se deliciando com o brincar constante da tua meiguice e da tua grande ingenuidade...! Quem me dera...! Tocar sutilmente nas tuas roupas que veste a tua nudez e te conduz a uma diva sensata e meiga que és...! Sim...! Sorverei pelo o tecido que envolve o teu corpo o teu cheiro que permanece lá, como se estivesse a minha espera! Olharei o teu espelho porque ele ainda reflete a tua doce face e a tua suavidade...! Deitarei na tua cama, deixarei o meu corpo nu para que ele se revesta com a fragrância que foi derramada pelo o teu corpo quando, na noite anterior, a tua pele foi tomada por um banho celestial, onde as espumas variadas e doces fizeram subir a tua delícia ao prazer de quem vê-la e a contempla no teu palácio celestial...! Tocarei no esmalte que cobre as tuas unhas porque ele tem a cor e a beleza dos teus lábios, um vermelho reluzente que faz palpitar os meus lábios, encrustando no meu corpo a sensação loquaz de beijá-la e poder flutuar na maciez dos teus sussurros e dos teus gaguejos de felicidades...! Visitarei cada espaço que pisas os teus pés...! Vou penetrar na tua intimidade e dela arrancar os teus mais profundos e íntimos segredos...! Eu saberei as cores dos teus sapatos...! Sapatos...! Ah! Dizei-me, ó doce e mais sublime das mulheres, onde perdestes o teu sapato...! Eu vou procurá-lo! Eu vou encontrá-lo! Por que eu quero te calçar assim como fizera o amado com Cinderela! Misturarei no teu perfume, o predileto dos teus olhos e do teu espírito, a minha essência, porque, misturadas, elas criarão uma fusão única, onde a tua pele e a minha também não mais se afastarão do calor e doçura dos corações que, unidos pela a profusão, levantarão um clamor de companheirismos que jamais um ou o outro se permitirá a sua separação...! Que delícia e ouvir aqui, no teu palácio a tua voz que ainda estar presa, porque ela me soa aos ouvidos e posso até ouvi-la cantar a tua canção onde tu sentes a paz e a calma que se entrelaçam no teu pensar, trazendo assim, a tua alma, o
som de salvação...! Permita-me porque agora eu irei às tuas coisas mais íntimas, não que eu quero profanar os meus ricos sentimentos e sim, apenas viver, porque agora, eis que me visita uma gotícula de lagrima...! É a saudade que chegou e eu sinto que ela me trouxe de ti, a minha memória, os sonhos que sonho e permanecem a tua espera...! Entrarei no teu banheiro não para ver o teu corpo nu, exposto a um ensejo profano, mas sim...! Para sentir o teu corpo nas delícias das águas que caem sobre ti e sentir o comportamento da própria água, porque se ela ousar contra ti, eu me levantarei e clamarei...! Eu serei o teu próprio banho porque nos meus olhos e em minhas mãos correm apenas a inocência da simplicidade...! Eu serei o teu levantar e todo o correr dos teus dias...! Estarei contigo e cuidarei para que o teu andar seja reto e exemplar...! Assim eu o sou e assim eu serei isso porque és tu quem me faz assim...! És tu quem muda o curso do meu rio e toda a forma do meu pensar...! És tu aquela que me completa, onde o meu todo não existiria sem a tua parte...! Assim serei...! Eu sou toda a parte de ti que habita em mim, porque o meu todo também vive e mora em ti...!

Sim! Estou dentro do teu esconderijo e quando eu sair ficará vestígios do meu ser e, quando tu, abrir a tua porta, sentirá no teu palacete que um intruso entrou, mas nada roubou, apenas deixou exposto aos teus olhos e na tua concha nectarina um coração que perdidamente por ti se enamorou...! Um néctar correrá junto com o meu cheiro e tu, silenciosamente saberá, quem foi aquele que por ti se apaixonou, porque, os teus pensamentos logo se abrirão e levará ao teu coração a imagem daquele que um dia tu também sonhaste...! Eu serei para sempre as primícias profundas do teu saudoso e verdadeiro amor...!

E abro a porta do teu quarto e saio...!
Mas, o meu cuidar lá ficará para sempre!
Por que eu sou teus passos o teu olhar...!
Sou a tua terra e todo o teu firmamento...!
O sorriso que brota nos lábios inocentemente!
Os desejos sublimes dos teus sonhos ardentes!
Imagine quem eu sou...! Sou o amor que sentes...!
A tua companhia para todo o teu presente...!



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

A CRIANÇA



--------------- A CRIANÇA ---------------
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Vem...! Vem ó doce e extremosa criança!
Vem tornar em mim a inocência do meu riso!
Deixai que contigo plante a nova esperança!
Dá-me os raios da tua doçura e tua inocência!
Elevai-me ao teu mundo que se abre na simplicidade!
Do teu olhar até o teu choro me causa inveja...!
Porque choras, mas a dor não te invade...
Sacia-me, ó doce menino! Sacia-me esta noite!
Quero a tua candura e a tua calma que são soberanos...!
Fazei com que eu esqueça as dores que este ano
Aprofundaram-se, levando todas as minhas esperanças...!
Vem, ó doce ingenuidade se formar em mim...!
Um eterno arco-íris sem dimensão e sem fim...!
Porque hoje não mais creio no pote de ouro...!
Mas ainda há uma voz que angustiante...!
Apenas sonha e espera uma nova aurora...!
Vem doce criança e assim me faz novo...!
Vem deixar em mim aquele tesouro de ouro!
Que perdi quando me tornei desumano...!





Ele chegou tão metrapilhado! Sentou-se como de costume, sobre aquela pedra onde fazia as suas confidências para o silêncio e naquele dia, ele soluçava ardentemente e as primeiras lágrimas rolarem do seu rosto. Permaneceu inerte por muito tempo, olhando uma pequena criança que brincava ao doce sabor do vento e sobre ela, os seus olhos se fartavam e se engrandeciam, porque ele podia absorver através das suas narinas o cheiro que levava o vento da inocência que saltitava e brincava diante de si. Olhou a brincadeira daquele pequeno ser que brincava e ria...! Ele sentiu através da face radiante a contemplação que se formava na inocente criatura que, submisso a sua própria ingenuidade, pulava e dançava ao mesmo tempo em que o cajado servia como um cavalo que rompia na sua imaginação o seu rico mundo de sonhos e prazer...!

Lá estava ele a correr no seu cavalo imaginário! Na sela do seu animal uma coroa que emanava um incenso celestial, onde os anjos o rodeavam e sorviam a magnitude sublime de um ardor que brotava de um coração ingênuo e doce! Certamente aquela criança esperava o seu crescimento no futuro...! Sim...! Menino não se deixe crescer e não participe deste mundo ignóbil onde as folhas da tua árvore cairão diante dos teus olhos, causando assim grande angústia dos teus sentimentos que abruptos, causarão nas tuas pálpebras lágrimas que se efervescerão na tua face e no seu correr, pelo o teu rosto, saberá tu que o crescimento trará a angustia dos teus dias e a saudade da tua inocência...! Plante mas não permita que cresça a tua árvore do mal, mas se assim mesmo, tu querendo que ela cresça, cuida-te porque ela dará frutos e às vezes são amargos...! Vem à praga e devora a sua beleza e a sua formosura...! Retira o seu açúcar e coloca um áspide fel onde trava a língua e a saliva espuma futrica, causando assim, uma ferida no teu espírito e esta ferida crescerá e tomara conta de todo o teu corpo...! Por favor! Não cresça! Não te permita, porque a tua curiosidade é grande e a tua vontade se faz presente...! Não doce menino! Não busque conhecer aquilo que nos arrebate a alma a um desígnio profanos dos nossos próprios sentimentos...! Ó Grande cuidador da nossa geração! Tomai conta da nossa candura e da nossa inocência...! Ó grande guardador das nossas dores! Sustentai aos olhares do menino a sua curiosidade e o seu prazer, mas sem se tornar homem vil e insensato...!

Não queira de ti perder o teu doce...!
Os teus encantos e belas fantasias...!
A tua inocência é a tua maior riqueza!
Não confie em beleza de um homem...!
Ele morreu no dia do seu crescimento...!
E nunca mais ao céu ele ascendeu...!
Toma-te o teu maior prazer e tua riqueza!
Será criança rei e menino vossa doce alteza...!

Ele corria no seu cavalo...! Fez uma curva diante de mim e de repente parou. Olhou-me e disse:
- Quer dar uma volta no meu cavalo?
Olhei aquela face sorridente e rica em ingenuidade e disse-lhe com lágrimas nos olhos.
- Não...! Eu também já tive um cavalo igualzinho ao seu...! Galopei muito. Estou apenas a te olhar como é bom cavaleiro...!
- Eu sou...! – retrucou – Mas mamãe me disse que eu tenho que crescer para comprar um cavalo de verdade! Vamos dragão...! Upa...! Upa...! E saiu galopando no seu sonho...!

Ah! Como tive ímpeto de lhe falar...! Não doce criança! Não troque o teu cavalo pelo o outro que disse a tua mãe! Permaneça sobre esta montaria suprema e cândida! Por que tu crescerás e sentirás a falta do teu cavalo! Por que eu aqui, enquanto te sigo com o meu olhar, cada passo teu, eis que explode a inveja da tua santidade e da tua benevolência...! Assim como tu, ó doce criança...! Eu também pensava assim...! Colocaram no meu coração que se tornar homem é doce e elegante...! Oh! Quando tomei no meu coração as palavras que me foram ditas, eis que fui à busca das riquezas e nelas me perdi...! Não deixes o teu cavalo, porque assim como eu, sentirás falta da tua doce brincadeira! Ó grandes profundidades das riquezas! Ó imenso olhar celestial! Cuida que seja plantado um jardim aonde a profanação das loucuras humanas nunca cheguem perto da sua beleza! Florescei as flores angelicais que, na sua doçura, embeleza toda a campa serena de um espírito! Oh! Fazei o teu concerto ímpar de beleza com o coração humano, porque assim sendo, a tua aliança permanecerá como um círculo; impedindo que a inocência se afaste e abandone o seu lugar santo! Apressa-te porque eu posso ofertar a ti o meu sacrifício, despindo-me também da minha falsidade e do meu pecado! Abre-te as portas da tua sabedoria e deixai que eu possa, pelo menos, dar uma última chance a mim mesmo! Cuidai de mim e faz com que eu possa retornar a montar no meu cavalo e ser dirigido pelas as tuas rédeas...! Cansei-me da minha própria dependência e quero ser dependente da tua ingenuidade e do teu espírito que reflete a luz límpida de um coração que nunca foi exposto à insanidade profunda!

Eu troquei o meu cavalo pelo o conhecimento humano
Fico a olhar o meu futuro e eis que me tornei homem!
Formou-se e mim os ardores que não mais somem...!
Na minha face há o frio que consome e não mata a fome!
Da criança que um fático dia quis ser também homem!

‘Sim...! Na sua grande ignorância o homem acha que o seu crescimento é espetáculo ao seu espírito que, angustiado, quer retornar a sua antiga casa: a inocência dos olhos ingênuos de uma criança que apenas ri quando descobre o seu próprio riso...!”








segunda-feira, 9 de agosto de 2010

AMOR ADOLESCENTE

AO DUDU E DRESSA





- Existe amor entre dois corações de quinze anos...? -

Quantas noite dos três meses,
Chorei por toda a eternidade...!



Acompanhei nesta minha longa viagem dois seres que, ao raiar do abrir do primeiro afeto se encontraram e entre as suas bocas foram feitos declarações constante de amor...! Ouvi isso porque permaneci por muito tempo a observar o comportamento dos dois belos jovens, onde das suas faces brilhou o viço do seu primeiro beijo e também o falar das suas primeiras declarações amorosas! Pude perceber assim que os seus olhares se cruzaram, um fogo que ligeiramente nasceu e na sua inocência, eu, ali, parado, olhando o colar dos seus lábios que um ao outro, uniram-se e se fundiu em uma esperança que pude também sentir e ao mesmo tempo, tecia dentro de mim, sérias considerações concretas e singelas do meu consentimento e também na esperança que aquele tão novo sublime amor pudesse decolar e traçar dentro daquelas duas almas um bem-estar, isso porque, um tendo o outro, caberia que, enchendo os seus olhos com o soltar da faísca dos seus olhares apaixonados, entreguem a um frouxar delirante e eloquente, poderiam ambos, juntos, fitar o brilho que estava nascendo e soltar os seus fúlgidos raios no desejo do seu falar; colorindo assim as belas frases que sairiam dos seus lábios como: eu te amo e vou te amar para sempre...!
Muito torci e também vibrei quando vi nos seus lábios, assim que se desligaram um do outro, a vontade loquaz de um jovem homem, que ali, naquele momento se formará...! Pude perceber, através das batidas do seu coração, onde a pulsação era visível e constante, que ele tinha sorvido as primeiras gotículas radiantes da também primeira chuva que começara a cair no seu interior e vi sim, quando ele abriu a boca para respirar, voltando o ar para os seus pulmões e novamente já restabelecido, sorveu de novo o doce efêmero sabor que palpitava nos lábios do seu primeiro amor...!



Oh! Assim os olhos verem...!

Assim eu não quero mais crer...!


Muita veze eu ouvia quando ela ligava, ele rapidamente atendia e com uma voz suave, melosa e cheia de acordes criativos respondia com tal doçura que muito me fez pensar e vibrar também por acompanhar o surgimento de um facho de luz, onde o seu brilho se fazia cândido e sereno! Era o sorriso dele de límpida e total brancura, onde não se encontrava na sua face nódoa nenhuma de tristeza, pelo contrário! Estava sempre a sorrir, era como se dissesse: eu também amo...!
Sus...! Pulei muito na minha também constante alegria, isso porque, como também no meu primeiro amor, não fui tão feliz, sem contar que, foi mais um pesadelo; e o coração, que nunca foi retribuído pela a dádiva, tem sede de querer viver, se não...
Pelo menos torcer e isso faz com que voltamos a sonhar novamente...! Mas eu bebia e sorvia no meu seio o seu desejo e o seu ardor!
Fazia votos que aqueles dois lindos jovens pudessem completar em sim, alma e espírito! Amor e carinho! Fogo e eternidade!

Existe amor no coração em que cedo dorme
Na boca que se abriu ao contato do primeiro ardor
Existe amor na primeira paixão que se formou
Por que então naquela hora o silêncio brotou?
E ele, o amor assim como nós também se transformou...
Explodiram as mentiras...! Duas não mais inocentes bocas!
Emudecido...! Pasmado fitei dentro de mim o pavor...!
Por que só eu sonhei e até agora de mim roubaram o meu doce e maior amor...?



Ela lá estava silenciosa, olhando a face do seu jovem amado. Dentro da sua alma o fogo brotava! Meu Deus! Quantas declarações supérfluas ela deixou escapar dos seus lábios! O amor...! Ela na sua inocência e também no louco ardor de amar e ser amada, ela matou o seu próprio amor...! Seus olhos fitavam a face daquele que um dia nos seus braços também sussurrou e fez as mesmas declarações mentirosas! Ele também matou o seu amor...! Dois jovens que tinha um rico futuro promissor eis que se agrediram porque começaram a fazer parte do convidativo mundo de mágoas...! Eu torci e por muitos dias chorei porque, ali, olhando os dois juvenis corações, eis que me aprofundei dentro de mim mesmo e fui buscar, com a candura inocente de uma criança, as lembranças que dá cor e sentido a razão concreta de uma existência! Lá também eu estava e vi quando o amor, no seu mais espetacular ardor e prazer, foi jogado a esmo diante da ignorância dos olhos que buscam apenas a sua própria contemplação...!

Doce menina eu vi na tua face a dor...!
Vi as tuas lágrimas a rolarem silenciosas,
Vi e também senti quando tu dengosa,
Perdeu a tua cor e tua calma graciosa...!
Púrpura é minha alma que na visão...!
Debateu-se na dor do teu coração...!
Eu também vivi e muito sofri e cantei!
E por ti e por ele e por mim também chorei...!
Chamei-o para uma conversa e também por curiosidade. Perguntei-lhe a causa do rompimento daquele amor que estava tão doce e sereno. Ele me olhou e disse:

-- Ah! Acabou...!

Ora, havia três meses de namoro, será que deu para sentir o seu doce? E as frases que foram ditas: “EU TE AMO” “VOCÉ É A MINHA VIDA”. Bem, mas o que mais me doeu é que aquele menino não representa bem no seu interior a maravilha do seu pai...! Eu o conheço muito e também muito o admiro...! Bem, aqui fica o resto dos restos ou a súplica das súplicas, a saber: “Que aquela pequena criatura se tornará adulta e assim como nós, também adultos, simplesmente mentimos...!”
E o amor, antes de nascer já tem o seu epitáfio no nosso próprio coração! Dura somente até sumir o desejo e explodir nos olhares uma outra procura...!












sábado, 7 de agosto de 2010

O PERDÃO


--- O PERDÃO --------------------------------



E eu na minha grande sagacidade tão bruta!
Feri-a e ferindo feri também eu a mim...!
Chorei com o mesmo coração que feri...!
Tudo eu senti porque sou ela e ela vive em mim!
Com a dor que veio eu também sofri sem fim!
Ah! Eu posso sofrer por ti com o meu coração!
Guarda o teu e com o meu eu choro por ti...!
Sofrerei, mas, por favor, deixe que eu pago...
Com a maior dor do que a tua que chorou por mim...!



Perdoai-me, Ó doce anjo...! Perdoai porque inefável é a tua doce companhia e o teu abri viçoso quando abre a tua boca e deixa flui ricas palavras em ingredientes construtivos e sinceros...! Perdoai, porque na minha extrema loucura não pude perceber que arranquei o teu brioso coração e o expus ao ridículo do meu sarcasmo e trouxe até mesmo confusão a ti pelo que sinto...! Arranquei o teu suspiro de admiração, causando a decepção que logo te rodeou, fazendo com que as tuas lágrimas descessem e eu, não me contendo, continuei a te ofender longamente...! Posso roubar toda a beleza do céu, dos campos e das vidas do universo, recolocar diante de ti, pedindo o teu perdão, é... Eu bem sei que isso não vai consertar o brilho da tua doçura e a sensatez do teu olhar sobre mim, mas... Ó castra lua! Quero mudar como assim tu mudas no teu firmamento! Quero andar assim como tu andas, do sul ao norte e do leste ao oeste! Sempre a refleti os teus graciosos raios exemplares! Não quero que se sinta ferida, deixai-me arrancar o espinho que a minha mão insana colocou no âmago do teu suspiro! Deixai que eu possa replantar, na cicatriz que se formará na tua pele a minha árvore de admiração e extrema suavidade que sinto por ti! Por favor, ó doce lua! Ensinas-me a viver contigo porque tu és tão grande e eu sou tão pequenininho! Eleva-me pelo menos ao sabor da tua forma e a delícia do teu ser! Ensinas-me a usar as palavras sinceras e doces para não mais te causar o afastamento do teu doce pulsar! Deixai que eu possa chorar diante de ti, clamando, porque as minhas lágrimas também contém sal...! Só quero que veja um coração pulsando, é a sua forma de pedir mil perdões pelo o que fez o meu mau espírito! Eu ouço, lembras...! Quando juntos o teu som que tem o sabor e a tua candura sempre vem bailando no vento, como um corcel arado com seus acordes onde, lembras! Nós voamos! Tu com o teu poder arrebatou-me a um passeio celestial e eu, na forma de um anjo, pude perceber, lá do alto do céu, que a tua sinceridade e a tua realidade para comigo é tão soberana!

Uma lágrima as pálpebras me inunda! Um suspiro no meu seio treme ainda! É a mesma lágrima que emanou de ti, causando um rompimento do teu admirar! Ó doce lua! Ó extremoso anjo que me visita e ouves os meus “ais” angustiados! Perdoai-me...! Eu só tenho as palavras que ingiro nos teus olhos e no teu coração o meu pedido de desculpas! Ó doce raiar da matutina brisa que enlaça toda a formosura do meu campo...! Por acaso, existem outras formas de pedir perdão sem usar as frases? Se sim...! Ensina-me qual é essa tão eloquente forma, porque, aprendendo, eu me recoloco a tua disposição e faço pela a tua maneira que será exposta diante de mim! Existe, ó doce lua! Se sim...! Mostra-me, porque eu estou também ferido e sangrando muito, a minha ferida, na qual, também se tornou a tua! Exponha-me pelo o teu conhecimento e a tua sabedoria qual é a nova essência que posso derramar na dor que causei, trazendo assim, alivio para os dois espíritos que se machucaram! Recoloca-me sobre a razão dos teus argumentos e providencia nos meus lábios a tua divina providência, propiciando a mim o novo conhecimento concreto do êxtase do unguento que sara e nos retorna novamente a vida...!

Eu ainda ouço só e no silêncio o barulho da tua lágrima quando caiu...! Efervesceu dentro do meu rio e com as minhas águas ela não se misturou! Eu vi que ela nadava sobre as minhas águas, afastando-se, não havendo a sua mistura...! Ela flutuava abismada, espantada, e, no seu correr, chegou-se a margem do meu campo, olhou-me e sussurrou “ – que decepção...” Eu ouvi a sua voz e, de repente, o meu rio parou, olho-me, acusando por ter sido eu um monstro e disse –“ O que fizestes...? A gotícula de lágrima não quer mais navegar comigo, porque me afastou dela? Por que não mediu o espaço da tua língua e não usou a tua sabedoria? E tu, julgas ser sábio e não sabes preservar aquela que por ti tem admiração...! Eis que a margem do meu rio não brotará mais as flores e o meu leito secará e não existirá mais vidas...!

Perdoai-me porque hoje o meu dia é obscuro e sem a tua luz não haverá mais paz no meu olhar e nem beleza no meu amor que não se cansa de admirá-la! Revela-te a mim, basta um olhar...! Encara-me de novo...! Visita-me, baste que hoje, tu ó doce lua! Nada fale, mas me solta aquele sorriso que estar estampado na paisagem que me serve de consolo...! Baste sorri para mim, entenderei que estarei perdoado e eu voltarei a cavalgar no teu dorso, cuja sela, resplandece as tuas verdades...! Oh! Doce luz que emana de ti! Dá-me a oportunidade de novamente permanecer contigo e sem mágoas e ressentimentos, voltaremos a nos olhar com extrema admiração um pelo o outro, porque, é essa a minha e a tua riqueza...! Nós somos a diferença que se cruzou e agora perguntamos a nos mesmo, como extasiados um pelo o outro pelo o seu existir: “ELES EXISTEM...” “EU E TU EXISTIMOS E ISSO AGORA NÃO É MAIS UM SONHO VAZIO...!”

O POETA CHOROU...!

domingo, 1 de agosto de 2010

A ESTRELA QUE DESCEU E VEIO NAMORAR COMIGO




A ESTRELA QUE DESCEU E VEIO NAMORAR COMIGO


E eu vi a doce e suave estrela...!
Quando mais vejo e como desejo vê-la...!
O seu calor e a sua suave doce luz...
Tudo que há nela simplesmente me seduz...!

Sim...! Em um destes dias, dos sete que se compõem a semana, eis que quando olhei para o horizonte de um céu estrelado, tive um ímpeto desejo na minha alma: alcançar com as minhas mãos a doce estrela que sempre brilha todas as noites diante dos meus olhos...! Levantei a minha cabeça, olhei neste dia, isso porque, houve uma separação de um leve momento entre mim e ela...! Havíamos entrado em contradição por uma simples bobagem...! Ficamos a nos olhar...! Ela, apesar de silenciosa me fitava, jogando o seu brilho sobre o meu ser, como se estivesse me pedindo desculpas...! Eu, também silencioso, Meditei por um momento, rebusquei no pélago do meu espírito a sua ardência e o seu viver matinal! Coloquei as duas mãos diante dos meus olhos, como uma súplica, perguntando-me o que tinha eu feito para entristecer a minha amada estrela! Pausei no meu coração as últimas noites quando, sempre abríamos as portas celestes dos nossos olhos, agraciando-se cada um com a extrema companhia doce um do outro...! E na nossa discussão, houve separação do céu e terra...! Ela, no alto do seu firmamento me fitava com a sua meiguice e exemplar beleza...! Eu, com os meus pés não mais firme na terra; pois tremulo, como uma folha quando é tocada pelo o vento e na sua sensibilidade, balança toda a sua estrutura, permanecendo a fitar e rebuscar aquilo que fizera com que a minha estrela se esvaísse diante dos meus olhos...! Depois de alguns minutos, abri a minha boca e sussurrei, como um pedido de perdão:

- Deixe que eu te veja...!

Deixai vim até a mim o teu mais doce brilho...!
Pois com ele me alimento todos os meus dias,
Um dia sem a tua presença me causa triste dor...!
A mim já não pertenço, mas sei ainda quem sou...!
Eu sou a partícula doce que vive somente por ti...!
O perfume que se dissipa, mas o cheiro te testifica!
Eu sou o próprio argumento da razão, o sabor...!
Das delícias de quem vive um grande suave amor...!





Ela meditou por leves segundo, mas percebi que no seu coração o brilho retornou mais forte e intenso...! A sua doçura voltou a resplandecer, deixando a mostra, ao lado dos meus ouvidos, a sua palpitação eloquente do seu rio que corriam suavemente, e ela, a estrela, eu vi, quando ela calou-se, emudeceu-se, mas, quando ascendeu de novo, eu vi a sua formosura e o seu viço, e pela a sua boca, escorrendo nos seus lábios, a eterna forma sublime e grácil do seu doce olhar...!

- Espera...! – disse ela.

Sim, eu esperei e na sua bela metamorfose...!
Vi-a se transformar na via láctea luminosa!
E mais doce e ingênua e simplesmente ditosa...!
Jogou diante de mim umas das suas pétalas, a rosa...!
Deixou aos meus olhos sua paisagem formosa...!
A sua face todos os dias vejo emplacando meu desejo
Eu até posso...! Meu Deus...! Eu sempre a beijo...!

E, nesta minha espera, ela ousada, jogou-se aos meus pés a sua imagem serena! Fez-se uma cópia de si mesma e me deu como presente! A sua imagem e também a mesma sua semelhança...! E o seu calor, a sua luz, em qualquer hora, até na luz do claro dia, ela esta sobreposta diante dos meus olhos e posso vê-la e até mesmo tocá-la na sua forma...! Deixou-me também o segredo do seu som, a sua bela música que é cantada pelos os seus lábios em cujo acordes eu muito me deleito à luz dos meus expostos sentimentos que agraciados, sentem o licor do bálsamo da sua formosura e o doce ímpar da sua saliva que sempre me molha o canto dos meus lábios, criando assim, um frescor de desejo e vontade de sempre querer amá-la hoje e também por toda eternidade...!
E hoje tenho na minha pele a sua ardência...!
Um desejo me vem sempre aos lábios!
A fusão do meu olhar com a sua face...!
Enamora-me cada vez e sempre mais...!
Céus...! Por ela chorarei cantando...!
Morrerei no calor dos seus braços sorrindo...!
E para sempre sonharei feito um menino...!