quarta-feira, 30 de junho de 2010

AMOR INFANTIL


-- REFLEXOS DE UM AMOR INFANTIL --


Tenho um belo amigo aqui na minha cidade. Um dia. Enquanto estávamos papeando sobre política – Ufa – ele me fez uma confidência sobre um problema que estava enfrentando com a sua filha.

- Eu não consigo entender Alberto, - começou ele fumando seu cigarro e tomando a sua cerveja – a causa das lágrimas que sempre vejo ela derramar. Já a chamei para uma conversa e ela não me disse o que realmente estava acontecendo. Disse apenas que o relacionamento com o Eduardo estava chegando ao fim. Disse-lhe que se aquele namoro estava trazendo infelicidade, era preferível que se terminasse, afinal, aos dezessetes anos é uma idade onde se delicia e que deveria rir e não chorar.

Pedi-lhe que me desse

oportunidade de escrever para a sua filha, pois eu conhecia o Eduardo, namorado da Andressa, sua filha e via boas qualidades naquele garoto, mas não esqueço o seu espanto quando falei:

- Posso escrever uma carta para a tua filha Andressa?

- O que...? - retrucou-me veemente com a voz grossa e espantada.

- Sossega-te..!. – acalmei-lhe com o meu olhar, enquanto passava a mão pelos meus lábios, deixando soltar um leve sorriso de desdém pela a sua insinuação maldosa. - Eu quero apenas ajudá-lá e também a ti, só assim foge do teu semblante a preocupação com a tua filha – continuei - pois eu sei que eles estão passando por um momento ruim, e ainda mais, ambos com dezessete anos precisa de ajuda, como tu conheces-me e sabes que gosto de escrever, principalmente na salvação de um amor, permita que eu escreva uma carta para a tua filha, exaltando a beleza e grandeza do amor que começa a despontar no seu coração.

Ele me olhou, tomou mais um copo de cerveja, logo depois tragou o seu cigarro, soltando à fumaça na minha cara e disse:

- Bem, vamos então tentar salvar este amor...

A verdade, o ano passado, Andressa me mandou uma bela camisa de seda no meu aniversário. Julguei que fui agraciado com seu presente por ter despontando nela a tamanha solidez de um amor que, até ontem, estava resplandecendo como o sol a pino nas tardes escaldantes...! Que sejam felizes e isso porque eles merecem e também a sua posteridade...




Tenho observado do alto da minha montanha o abrir de uma essência! Um amor que poderia trazer ao teu coração e ao coração da pessoa amada refrigelos e refúgios de felicidades, mas pelo que me parece, arde nos olhos o sofrimento e a eloqüência insensata de dois corações que abruptamente se agridem, causando assim danos lastimáveis tanto a tua alma como a alma do teu amado. Sofridos constrangimentos impuros de dores que avassalam a ambos os corações que, silenciosamente, morrem ao ouvirem tórridas palavras de dor, causando até ao meu espírito, que embora ausente uma leva de mágoas e por conseqüente aqui estou, não para tomar partido na tua vida e na vida daquele que os teus lábios dizem amá-lo, mas sim, para tentar dirigir os teus passos, fazendo assim que o teu coração não venha trilhar um sórdido caminho de infelicidade suprema e caótica, onde o próprio coração não deseja caminhar...



Poderia chamá-la aqui e agora de uma criança amiga, isso porque certamente eu já faço parte desta tua família, pois tenho teu pai como amigo; mas quero ter também a tua amizade e o cuidado de ver nos teus belos lábios, risos constantes de felicidades! Quero vê-la fluir nos mais doces sonhos sublimes e cândidos! Não quero perceber na tua face qualquer curva sinuosa de infelicidade, pelo contrário, quero se assim me permitir, poder compartilhar contigo os sulfúreos róseos de doces encantos que vão alimentar, quer seja os teus lábios, quer seja a tua alma...!



Moça do céu! Não quero a tua confidência e nem o teu olhar de censura, o que quero é que tu e o teu namorado façais uma reflexão e busquem um com o outro onde foi recolocado o sonho que se alimenta de paz e amor! Apruma-te e junto com o teu namorado, busquem criar dentro dos seus belos jardins a doce concepção inseparável de um sonho que batem e suspira em busca de um ar puro e saudável. Olha e cuida dos teus lábios, isso porque a tua boca certamente freará as tuas palavras. Ergue-te e faça uma auto-analise do velho sentimento que quer transbordar a tua face e trazer paz ao teu e ao outro coração...!



Puxa! Dois adolescentes que se amam!

Poderiam pintar junto o arco-íris,

Mudar as suas cores sem brigas,

Um e o outro sem machucar as feridas,

São dois pássaros que juntos...

Um poderia guiar o outro...

Entretanto, o que fazem? Se afundam...!

Em lágrimas que do seio abundam..!

Atenta-te porque juntos faz-se fortes,

Um com o outro colhendo juntos...!



Pode moça Andressa o beija-flor sorver o néctar de uma flor sem saborear a sua doçura e o seu encanto? Pode a chuva cair sobre as pétalas das flores e não deixá-las mais fortes e rejuvenescidas? Sim, pode...! Para isso terá a flor que se abrir por completo ao beija-flor, entregar-se com volúpia e amor ao toque suave e meigo do pássaro. Assim também como pode a flor permitir que os orvalhos de uma chuva venham regar-lhes as suas pétalas e folhas, deixando-a assim forte e bela ao bico do beija-flor e aos raios solares de um sol que se levanta para aquecer a rosa que antes molhada, levanta-se mais firme e cândida, traçando dentro de si mesma, um Oasis de beleza que se apruma aos olhares celestes do belo mancebo que se entrega a sensata beleza que prendem os seus inconfundíveis sentimentos humanos.



É porque Andressa no coração se levanta o monumento!

De um amor recém-nascido e que a toda à prova,

Tem-se que passar por vales e fendas, mas depois...

Encontra-se uma terra firme de duras rochas,

Onde os casais festejarão as duras provas..

Onde um com o outro entre risos e lágrimas,

Dedicar-se-ão corpos e almas entrelaçados,

Em um só grande coração suave e enamorado...!

.

Moça tente olhar pela a luz que sobressai dos teus olhos e se aperceba que o sentimento para nascer é um pouco demorado, e, quando nasce é belo e traz riqueza a alma, fazendo o coração pulsar e pular alegremente no seio da gente. Corre, fazendo-se risos no interior, inundando o ego, levando os sonhos a se deslizarem suavemente na nossa imaginação sublime. E, para se matar um sentimento rico em essência basta um olhar de desdém. Levanta-te um belo monumento a esse amor que se desenha na tua juventude e crie um pedestal diante dos teus olhos e exalta-te as cores que emanam dele, isso porque, perceberão as tuas sensações, a grandeza límpida de uma pureza, que poderá transcender no teu peito todas as formas de belezas jamais vista ou sentida, isso porque, o teu coração anseia viver um sonho de mulher e se tu quiseres, apruma as tuas asas e se lance no vôo majestoso.




Nascem estrelas que caem como suspiros!

No coração de quem ama se ascendem,

Todas as formas de um crescimento.

Portanto deixai crescer em ti a essência,

Que fortalecerá os teus sentimentos!




Levante os teus olhos e deixe que eles procurem em uma dimensão mais sublime a força que te impedirá das queixas e brigas com o teu amado. Dedique-se com estrema grandeza a uma busca sensata dos sentimentos que eclodem verdadeiros e fieis dentro de ti. Torne-se uma bela mulher madura e sensata, não deixando que o ciúme, raiva e intrigas possam desviar do teu coração o grande rio que corre em busca da felicidade. Abre os teus lábios e deixe que eles possam sussurrar aos teus ouvidos um apelo dócil, onde os sonhos possam ganhar asas e no azul do céu, levantarem, explodindo assim em um gozo eterno de felicidade. Cresça Andressa, isso porque também nos campos e bosques crescem as flores e frutos e perceba que eles ficam maduros e independentes. Trace dentro do teu eu adolescente de mulher um caminho e percorra, fazendo uma odisséia, assim descobrirá que a mulher que respira também aspira viver um belo sonho eterno de felicidade.




Puxa... Quanta beleza jorra dos lábios que tremem!

É a sede sedenta que vem e consome a gente!

Ergue-te e segue um belo caminho, pois ciente...

Tu e teu amado andareis e não temerão...

As afrontas que surgiram, não sucumbirão...

E vencerá os dois infantis e apaixonados corações!




Levanta-te, ó belo raio que surge diante dos olhos daquele que te ama...! Entrega-te a esse frescor cândido e cheio de suavidade espontâneo que brota da tua alma. Entrelace a tua candura e a tua simplicidade naquele que faz o teu coração transpirar, levando-te a conhecer belos monumentos que fantasia a tua mente. Ergue dentro de ti um simples raiar de doçura que brota da tua imaginação fértil quando ao lado do teu amado a tua pele sua e te faz passar pela a trilha imaginária que se sustenta nos teus olhos e no teu pulsar. Levanta-te, ó moça e sinta que dentro de ti os uivos prazerosos convidam-a a viver uma inesquecível eterna história de amor. Não peleje e nem se deixe se afrontar pela a inveja angustiante daqueles que anseia viver o que vive tu e o teu amado. Entrega-te a uma candura verdadeira e sem mágoas, fazendo assim que tu e o teu amado possais um com o outro ri na simplicidade real de um amor castro e doce. Há em ti um belo reflexo solúvel de uma diva que sonha trilhar sobre o caminho da fidelidade, portanto, não deixe que a tua colega ou amiga possa um dia olhar-te e fazer argumentos ciumentos sobre ti e o teu amado. Apruma os teus pés sobre as rochas, isso porque virão os ventos do sul, leste, oeste e norte e certamente, se tu não estiver com os pés fincados sobre a dura rochas, sucumbirá, trazendo assim aos teus olhos lágrimas de infelicidades. Olhe a bela campa que se forma. Tome as mãos do teu amado e junto, caminhe um sendo as lágrimas e risos do outro, porque assim, o teu coração buscará no atrativo dos teus olhos a firmeza que te levará e sustentará no terrível temporal que se formará.




Mas eu creio que esse belo amor nasceu

Isso porque teus olhos encontraram os dele

Eu sei que em ti bate uma alma vistosa,

Um perfume...! Um odor...! Uma meiga rosa...!

Eu sei por que teu riso agora é do outro...

E o outro riso se formará numa linda história...

Criando assim a fusão do odor e da rosa...

A ALMA NUA...


A ALMA NUA

-- ANNA –


“E senti quando meus olhos se abriram e pude contemplar através do meu coração,

A “luz dos olhos de Anna que se arriaram; deixando assim, que eu sentisse no facho da sua claridade as suas nódoas de vileza...”





Eu vi a nudez exposta de uma alma em toda a sua amplitude e em cujo corpo, feriu-se e fundiu-se a sua forma, o seu elemento mais rico e derivante. Eis que fitei toda a sua nudez! Vi todos os sinais do seu corpo, com ungüentos feitos a base de mentiras e profanas entregas de amores enlouquecidos! Cegou-me o entendimento, mas pude me render à verdade que eclodia dentro de mim, agarrando as minhas pálpebras para que os meus olhos não se fechassem e ao mesmo tempo, acariciava o meu coração para quando as lágrimas eclodissem, pudessem descer de uma forma confortante, causando assim menos danos a “ADMIRAÇÃO E O AMOR” que, naquele momento, estáticos,

Entreolhavam-se abismados, fundidos em uma “DECEPÇÃO que bailava à frente e em todo o seu esplendor e o seu mau gosto insano., mas que trazia aos seus lábios gosto e sabor por ver tombar diante de si a “ADMIRAÇÃO E O AMOR” que por muito tempo, permaneceram acesos e admiravelmente expostos na retina, que jogava o seu gosto nas delícias dos odores das visões e nos reflexos, que eram sempre constante, quando a memória ativava o coração; buscando assim, as palpitações que fluíram e inundavam, como se fosse o mar com suas aguais azuis e misteriosas a descambar sem controle, mas deixando a sua trilha, onde com os meus pés eu o seguia e sempre o reencontraria à minha espera, sorrindo e já com seus afáveis braços sedosos para acalentar em mim a sua própria admiração e o amor...!

Fundiu-se aquela alma nua e exposta diante de mim, onde os seus olhos já não resplandeciam a mesma candura de antes...! Isolou-se dela o espírito de afeição profunda que tanto a sustentava e por séculos, já que o meu amor em dias tornou-se velho e sem o doce adágio que falam as bocas: “EU TE AMO” havia eu caminhado erradamente sobre o engano e que, naquele momento, sorvi nos meus olhos o tênue ar da verdade que abria o meu entendimento! Tão profano também fui, ao dedicar à pureza sublime e sensata, o líquido raro e extremoso que a mim fora dado para fazer dele uma prece magistral e bela, capaz de sensibilizar os corações de melancólicos e fazer tremer também a potestade, causando assim a divindade ao poder supremo. Fazer grandes tempestades no seio dos oceanos, expondo suas águas como lágrimas de admiração e louvor a este tão sublime amor. Fui profano por violar a minha própria beleza e depositar erradamente em mãos iníquas e sem dons de zelo. Abri a minha célere porta do meu espírito e deixei que ali permanecesse um sórdido e avassalador tirano inimigo do meu éden...

Que belo espírito me elevará agora e me sustentará diante da incerteza que agora tenho do sentimento amar? Devo abri-me...? Expor o enlevo dos meus olhos diante de uma nova paisagem e, se suas sombras, ao cair da tarde, - quando o vento sopra como um convite e as flores recolhem suas pétalas, mas antes deixam impregnada a noite com os seus aromas variados e doces - forem negras e propensas a um novo dilúvio? Devo ainda persistir a espera de um milagres? Foi-se a primeira pomba, depois retornou, e, agora quer exílio na própria terra que sempre a acolheu. Mas a terra se feriu e um abismo se formou e eu não devo saltar porque não medi a sua profundidade e pelo que agora me consta, se eu cair, nunca mais vou me levantar...!

Eu vi a nudez de uma alma e que agora, o seu corpo é exposto diante de mim, como um convite profano da sua própria sustentação e elevação da sua riqueza mesquinha. Eis que a alma nua torna-se doce e angelical e por incrível que pareça, eu tenho sede em perde-me! Mas, Se agora eu me perder, nunca mais vou encontrar o homem que sou hoje. E perdendo este homem não serei mais eu, e sim, apenas o que se deixa na superfície da água, uma pedra, quando atirada, faz-se um pequeno círculo, e aos poucos, torna-se grande, para depois desaparecer no silêncio das águas...!

OH! NEVER MORE...!

OH! NEVER MORE...!

terça-feira, 29 de junho de 2010

QUEM ME PERDEU...


-- FOI O AMOR QUEM ME PERDEU --



Chegou ao meu coração, envolto em acordes suave e bem harmonizado, um som ritmado e bem cadenciado. Uma amiga me enviou e eu não o conhecia esse belo propulsado e elevado fluir e, quando eu a ouvir, tive a sensação de quem me perdeu foi o próprio amor, porque ele, o amor, se tivesse tocado o meu espírito ele veria e sentiria o balançar do oceano, a fusão do céu e da terra e nesta explosão, viveria o próprio amor no seu amor e a sua total independência absoluto do seu efêmero gozo! Viveria a sua prosperidade, fazendo que a sua posteridade jamais pudesse esquecer os labores viçosos e eloqüentes que abastece o seu fluir, entretanto, a mim foi postergado o caminhar solúvel deste sentimento nas entrelinhas do meu desejo e da minha paz! Absconso foi o trilhar solitário desta alma que tentou sorver o fluído substancial ao seu sustento e a sua fome. O amor retirou de mim a gota angelical que estava a cair, sobre as sucintas emoções que, como pétalas esparsas, todas abertas, como um arco gigantesco, estava prestes a receber no seu íntimo o profundo borbulho; a mistura da sensação e da emoção que, juntas, se aprofundam e sorvem o raiar emotivo de um “ai” que alojado dentro da imensa constelação de uma sede, procura apenas uma brecha para ruflar as suas asas e voar em seu olhar que é dirigido, em cada gesto e cada pulsar que se estende no vasto perfume que eclode de um necessidade de se perder e também de se achar, fazendo assim, se perder para se reencontrar e neste dois estágio se ganha, porque se perdendo no amor se encontra o seu doce sabor e, reencontrando esta essência, se perde no seu labirinto e nos seus mistérios e nesta perdição se eleva o espírito no seu achar que saboreia o palpitar, o mexer no peito de um órgão sensível e tão multicolorido em suas emoções concretas e absolutas.

Assim o amor me perdeu...! Um dia ele fechará os seus olhos e em suas visões virá a galope o seu remorso como se fosse uma torrente chuva a inundar a sua consciência, devastando assim diante dos seus olhos a sua própria beleza. Virá em cada noite, quando o amor foi beijado e sentido; ele sentirá que está incompleto porque ele me perdeu e o meu perfume não subirá em suas narinas e nem seus lábios sentirão o temer inocente da sua inocência e todas as declarações que serão entregue ao amor não serão completas, isso porque ele me perdeu...! Não haverá mais o suave odor que tanto o fazia suspirar e completar em si o seu circulo de vida! Fechará sobre si todas as luzes que resplandeciam e trazia viço e rubor tímido ao seu sentir, isso porque o amor me perdeu...! Assim o amor me perdeu...! E chorará o amor envolto a sua grande tristeza e não terá mais as lembranças aplausíveis ao seu gozo e só, incompleto, andará a procura em saber por que ele me perdeu...! Sim, e por toda a eternidade vagará o amor, fazendo instigações a si porque ele me perdeu...! Andará entre os abrolhos e até sentirá de vez em quando a emoção que um dia esteve com ele, isso porque ele havia me achado, e, neste propulsar constante, quem sabe ele saberá por que me perdeu, e quando ele rebuscar a sua luz, brilhará nos seus olhos que ele tem que me experimentar, fazendo com que isso ele também se perca para se achar...!




- SONETO -



E assim o amor me perdeu de um jeito ingênuo

Não conheceu em mim toda a sua forma plena

Uma alma sensível, suave, lírio branco açucena

Os sons inexprimíveis e com destreza estrénuo


O amor me perdeu e por um deslize extremo

Não fecundou em si a própria beleza suprema

Perdeu-se na espiga da aromática alfazema

Não sentiu odor com o incenso do turícremo


Quem foi que se perdeu? Foi a própria essência

Que não bebeu a minha candura incandescente

E não sentiu o doce da minha grande inocência


Ela foi-se árida sem sorver de mim a eloqüência

Não sentiu nos seus lábios o ardor que transcende

Todos os limites; para isso não existe abstinência

domingo, 27 de junho de 2010

O PERGAMINHO DE MITVISKY


A MITVISKY

(Um poema para o Alberto)


E eis que o meu clamor se tornou fecundo...! Abriu-se a célere porta dos céus e desceu um belo anjo...! Celestial e belo na sua forma glacial e, nos seus lábios macios e tenros; trazia um rolo, como um pergaminho, bem enrolado, onde piscava ligeiramente, como um farol a sinalizar o seu viajante. Chegou-se até a mim de forma eloqüente e radiante. Olhou-me e silenciosamente, levantou as suas asas, deixando-as abertas como se fosse uma maneira de exaltação a algo que eu desconhecia; isso porque eu era um simples mortal e não era digno de admiração, porque em mim habita o pecado!Permaneceu por cerca, - nas minhas contas um minuto - diante de mim; foi quando soou ao alto uma trombeta e pude contemplar outro anjo que descia no dorso de um cavalo branco, também arado assim como ele, ruflando suas enormes asas. Aproximou-se e disse com a sua voz que soava como o fluir dos rios e o sussurrar dos zéfiros quando batem suavemente nas flores, retirando assim delas o seu perfume e o seu pólen, impregnando toda a lucidez de um espírito majestoso e doce que, se por acaso, encontrasse-se ele ali, repousando e sonhando no seu leito afável. “- eis que em ti foi feito a tua vontade...! O que os teus olhos vêem nos lábios daquele anjo é um mel celestial, onde mãos não podem tocá-lo porque a sua pureza é genuína...! É mais precioso do que o ouro, rubi, pérolas ou diamante! Não há em todo o canto deste universo um incenso mais completo em seu odor e na sua riqueza de perfumes! Nem a mirra do oriente e nem todos os odores que foram criados por mãos humanas se compara ao seu sabor e ao seu cheiro! A verdade o anjo que vês te saúda e te contempla, não a tua forma, porque não és digno, mas sim, a grandeza do teu amor que, como um vapor em bálsamo, subir a todas as nossas narinas e encantou os nossos corações que se emocionaram com a sublime supremacia castra e pura do teu amor reto e verdadeiro nunca visto dentro de um coração humano e só sentido por nós, porquanto, em ti há sinceridade e beleza exemplar que assim como nós, em ti habita e efervesce ricamente! O pergaminho é uma carta que a ti viemos trazer, em resposta ao teu grande amor! A bela que tanto canta nas tuas odes harmônicas se abasteceu e se glorificou pela a sensatez única do amor que a ela é dedicado por ti! Eis que sentindo-se amada, resolveu a ti escrever para demonstrar que tem sim, uma admiração loquaz e serena pela a sensibilidade aguçada que emana da profusão do teu amor e dos teus cânticos sublimes! De repente, um arco-íris se formou. O vento soprou levemente nos lábios do anjo que estava com o pergaminho e, flutuando, já abrindo-se em forma de um livro, pude ver, escrito a ouro, diante dos meus olhos, a bela grafia angelical, com letras que emitiam brilho intenso. Voltou o anjo a falar.”- Cada emitir de luz que piscava, quando vinha o pergaminho nos lábios do anjo, é porque ela também suspira por ti e em ti também ver a doce ingenuidade do teu amor e já começa a despertar nela a grande admiração e o pulsar constante quando dela tu se ausenta, e, olhando a tua face e como conheço o teu coração, não faz um minuto que estamos. Há dias que estamos neste banquete, e isso porque fazemos um altar de admiração ao genuíno amor que transcende os limites do coração humano...! “Quão doce é saber que aquela por quem suspiro já me olha com uma forma mais doce e sensível...!”



DIVERSIDADE DO AMOR



E vistes em mim um ser esquisito e masculino!!!!!

Mas, que importa um aspecto, um sexo, ser menina ou menino?

Eu sou o mais puro amor aqui a se retratar...

E, como o amor, eu só quero amar e deixar me amar!!!!!!!!!!!!

Se em tua lira, me permites a presença...

Se dói em ti, a imensidão de uma ausência!

Ah...estou eu aqui para acalentar os teus medos e anseios...

És um ser amado...querido... e por isso...tens aconchego aqui neste colo...

Deita a cabeça bem junto aos meus seios....

Sim... sou o amor nas suas mais variadas formas!!!!

Percebes em mim, as diferentes visões??

Ah! ... Sou a doçura, a meiguice, o carinho...

Mas trago em mim, raios , tempestades, tufões!!!!

Bem sei que pensas que o amor é poesia , lirismo!!!

Sim!... Estás certo! Isso também, por que não?

Mas ando entre venturas, amantes... agonizante ou em ebulição...

Sempre presente, posso ser alegre, triste ou esquisito...

Mas... sou o amor.... sou esperança... sou paixão!!!

sábado, 26 de junho de 2010

Eu sou


Mitvisky

Hoje despertei; alías, fui despertado sorvendo ainda nos lábios o mel que jorrou das tuas pétalas, onde escorriam sobre a macieza da tua pele uma tamanha saudade, porque enquanto dormia, parece-me que o céu me visitou e com anjos, querubins e serafins, eis que fizeram na minha casa a nossa festa! Um belo anjo, com um diadema em suas mãos, olhou-me e lançou sobre mim o seu círculo, fiquei aprisionado, envolto a um arco, onde dele emanava um perfume sedoso e suave. Contemplei-me dentro daquele círculo e a minha vontade era nunca mais sair, isso porque, permanecendo dentro dele, eu via aos meus pés uma mulher, como em forma de deusa, deixando seu incenso rodear todo aquele círculo, enquanto isso dizia: com a sua voz como fossem plumas de um cetim tão precioso a cair no meu coração - “vida eterna ao nosso amor...” E eu vi, quando no meu espírito foi feito uma incisão, colocando dentro de mim o teu espírito, enquanto anjos celebravam com hinos maravilhosos, com suas harpas celestiais cantavam:”- exaltaremos com hinos de louvores e admirações este dois corações que se amam eternamente...” Bem é verdade que acordei com o coração saltitando no meu seio, e pensei: “- foi apenas um sonho...” Mas, quando virei a minha cabeça,tentando dar a ela mais conforto, eis que no meu quarto, exposta sobre à minha cama, um belo caderno e uma caneta a minha espera, onde estava grafado um M bem grande e, ligeiramente em ti pensei e este pensar fez com que a inspiração se apoderasse de mim e para ti voltei o meu olhar suavemente, saboreando na língua, o belo sabor de uma noite esplendida... Tomará a Deus que se repita, porque assim terei a tua inocência e a minha inspiração... Até breve e cuida dos teus chocolates, pois isso muito me preocupa a ausência dos mesmos... ! Até breve....!



SONETO


Sou o vento que vagueia sem contratempo,

A fumaça que entra por buracos adentro.

Sons de ais líricos, eu sou aquele outro...

O poeta que fez uma odisséia no tempo!


Sou o bom vinho suave ao seu conhecedor,

Como o sublime amor que seduz a gente,

Assim o sou, não mais do que de repente,

Os tributos sagrados do teu jubiloso amor!


Eu sou o que sou...! Eu também sou gente!

Do teu coração límpido; vivo e ardente...

Eu sou o belo amor que tanto ele sente...!


Eu sou os suspiros que a tua boca exala!

Os sons dos teus belos ouvidos ausentes!

Da tua bela face os meus lábios falam...!