quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

VEM...







Vem...

                           Pintar 
os lábios e deixar 
os dentes furiosos.
Nos sonhos
 imensos das músicas que se prolongam à surdina os seus beijos, e dentro de um céu que confessa o seu amor ao anjo, e esse nos seus voos que se declara enamorado pela a alma que rodeia o espírito fortificado do superior doce ardor ímpar.

Nas anônimas
 ousadas fantasias que despontam já no oceano. 

extraírem do sal
 o doce, e das gargalhadas que temperam os sorrisos da inspiração, e que na passarela por onde passam seus pés, moldam-se constante o seu círculo de amor, soluçando e chamando pelos os arranjos florais da obediência das palavras que na entrega nas suas combinações, soltam-se das cores dos suspiros, e feitos tranças nas pistas arranjadas dos atos  imperam os vestígios dos seus contos de fadas, endereços de gozos nas intenções sensatas da alma que verseja enfeitiçada pelos os aromas sonantes dos aconchegos dos calorosos abraços.
Triunfal
artista a saltar na bruma que apluma o ungido do correr cingido dos sentidos, e dentro de um coração humano tão voraz.

E prostrado
na auréola da vida, e no astro de força nascente, e bem estendido pelo o interior, e assim sacudindo os vapores de ânsias e vertigens, e que se agitam na luz do espasmo que não se distancia, e que e se doam aos afagos e carícias de uma taça marcada pelos os lábios nela compreendida e desenhada.

Falo da mulher
 sensata a olhar seu espírito garboso que voa consigo e dentro de um sonho.

No luar esplêndido que brota dos olhos, dispersas e sonoras esperanças que trançam ideias de claridades nas canções das pupilas que cintilam, e assim ressoam os grandes vendavais de alegrias.

Ah, sinais intensos!
Quero me flagelar
 com as ações das tuas ânsias, lançar-me no trovejar interminável dos teus gritos rasgados, passar com o arco do amor pelo o céu do fogo das tuas promessas, erguer-me nas espumas primaveris do sol da tua lua, e entre as folhagens do ouro-oliveira dos círios dos teus olhos, e nos melaços incandescentes das polpas dos teus lábios, e por onde correm tempestades de braços atados, e onde neva estrelas nos compassos de todos os passos dos pés apaixonados, a ceifarem cânticos de fogo nas planícies do sangue, e onde os seus portões abrem as comportas das paixões, e seus celeiros se enchem de felicidades, e soa a foice que escuta o cair dos perfumes pelo o pescoço, e não saciado a boca que invade os mares impetuosos dos sonhos, e febril com traços de doces frescuras nas vozes que se permitem, tiritantes de ardências fecundam que convidam.

Desejos que se rompem,
 desprendem-se dos bulícios sagrados do coração no estridente veio da ânsia, faiscando ramos acessos de eloquentes prazeres das cúpulas de brilhos do jardim, e que estalam perfumes oníricos e com uma apatia de serem apenas fecundados.

Incompreensível criação
 simbólica de uma língua expressiva que não se cala.

 Extensos e riquíssimos detalhes que são pintados na sua face.

 A impulsionar nos modelos
a beleza artesanal da residência cristalina do clímax da paixão, e que contempla as águas de ascensão que meditam no silêncio da sua obra, e que doa o amor, e com os seus diálogos de misericórdias, serenas e lúcidas alegrias que embalam a flor mimosa, e que para flutuar libera pouco a pouco todo o seu estoque de perfumes.



Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 01/12/2016

11:56

"Por enquanto ainda 

vivo aqui..."



terça-feira, 15 de novembro de 2016

SOLIDÃO PEREGRINA





SOLIDÃO PEREGRINA


A emulação 
do crepúsculo nos olhares, e com as suas luzes em discórdias, é um consórcio das articulações doloridas em um coração, e bem onde o andamento dos seus engenhos se transforma em um motim para exasperar a grande solidão que se estende pelo o seu horizonte.

 A erigir
 excelsa a imensa angústia 
do seu olhar.


- Estou só?


Uma floresta
 de AMOR dentro de uma solidão rasgada.

 A fantasiar o peregrino que contempla do seu íntimo a ampla viagem absurda por uma 
companhia.


Como 
tudo isso me assusta!
Trêmulos ouvidos 
que não se esquivam das trapaças perambulantes de uma língua, e que esta nos discursos das suas oratórias, os conteúdos do seu testamento não têm afãs, e o ínfimo do seu medo nos viés não sólido de uma investigação é como uma visão pontiaguda, e que estreita o círculo da apatia da alma que baila em busca de paz, e mesmo sendo restringida a ela o efeito de uma salvação. 

Especular
  a potência do intelecto no enunciado da lógica do seu pensar, e assim chamar o seu quociente que designa a sua tradução para o enlaçamento da “preposição especulativo do seu hábito de tortura”.

Oh!
O ancestral 
do medo sorve a convicção da esperança em se salvar!

 E a 
física do seu natural geme sem gritos, e no entrave dos seus lábios apenas o sombrio de uma sobrevivência que não suplanta as orações da sua boca!

- EU TENHO QUE IR!

 Quem tem
 ouvidos ouça o que se encontra disponível na Quimera do espírito!

 A soluçar
 no seu mundo e removendo os seus moldes de alegrias, e tecendo as suas tristezas nos textos acrescentados da sua pouca fé, e a falsa intenção dos seus atos semeiam nas ânsias a loquaz perdição da vida, e pressionadas as lágrimas molham o pulso da dolorida existência.

Enquadrar os
 intentos de uma grande solidão, e não execrar os seus restos que se encontram encrustados nas lágrimas de devoção, e assim participar de uma tradução sedenta de esperança que se lança em uma grande salvação.

- Que restos?

A evidência
 de uma fuga que palpita dentro das pupilas do mensageiro, e assim atraindo a multiplicidade do seu isolamento, e na fecundação do seu "eu" um ínfimo a mais e bem possuidor das suas forças o toma como hóspede da sua dor.

Que grande 
plano astral! Imponderável destino que atina a influência do físico raquítico de um menino!

Universo 
post mortem de um sonho sem 
vibração!

 Personificação ativada
 pelo o medo dos carnais, e captados pelos os fantasmas da transposição do amor à alma!

Extracorpóreo 
que no seu particular suas atividades psíquicas só querem matar!

- Que restos?

Desprovida percepção
 que no seu tangível captado se acovarda do seu sensorial, e que na frequência rítmica do seu coração se esconde nos intensos abalos gerados pela a solidão, e que essa apalpa as réstias das lágrima.

 A síntese 
audíveis dos gemidos. Os sons dos pensamentos de densidades vibracionais que se arrastam presos entre os dentes. Formas vivas e tresloucadas no quociente do ente.

 Miríades de circunstâncias para ativar a enorme depressão que se faz presente.

A manifestação 
de um dogma que não alude às obras da piedade, e que não busca o esforço do amor que fora guardado no íntimo.

E quem assim me divide?
Consumido e úmido 
o coração desatina nas tristezas, e a chuva de um perfume paira no lampejo dos beijos esquecidos que não mais vêm à tona das memórias.

SÃO ECOS MÓRBIDOS!

Um ilustre ar
 que não resguarda o vivo da história. Vívido pendão de uma inglória dispersa no esquecimento do sentimento. 

A empalidecer o 
semblante súbito do âmago que murmura ressequido pelo o vento do ventre do silêncio da solidão, e que estampa os eflúvios das suas ilusões, e quando a dor se cala, mas alto fala quando se fecham os olhos.

- Cegos!

Pálida luz 
de porcelanato que vaporosamente empina siderais contornos ocultos nos vapores da boca!

E TUDO ISSO É MISTÉRIO!
 
Desoladas matrizes
 que agora se acham perambulantes nos sutis sabores das planícies das volúpias, e que adornam a vontade que se acha tão longe da sua velha casa.

- Fugir delas?

Vazados olhos 
que brotam o frescor ávido de um rio espalhado pela as suas pálpebras, e com suas pedras íngremes pelo o solo onde o amor foi plantado.

Ardor na língua 
ferida, pontiagudos licores intensos nas farpas das visagens aos pés atirados.

- Silêncio!

Ressurge o cenário
 que dantes ressequido pingava a seiva da discórdia.

Profundo deixo 
as penúrias preservadas e atônicas no dorso das minhas lágrimas.

 Atado ataúde 
nas canções feitas com o deleito soberano do amor.

 A ATINAR 
desnudo o alvejar de uma cor, e sem perscrutar onde deve o pintor a cor colar, entre lábios exatos e castos que não souberam se alinhar, e para melhor a língua dentro da boca o seu banho tomar.

Olfato com uma
 aparência atroz, e um instinto que vem na sua voz, aguçado semblante de quem toma banho e depois morre na brisa inerte bem pendente que as mãos molham.

Ah! Que belo
 rosicler da aurora no arrebol dos pensamentos leves e bem alvos!

 E no tempo 
sentido das canções sem intervalos, e que na maré dos sonhos naufragaram!

 Pois o seu
 odor noturno é uma balsa que na sua liberdade menos amor se acha. 

Uma caravela 
sem dilema que no legado da tensão do seu fluir, vagante e alto sua alma  é deserta, e bem aberta o instinto de um alabastro que perfuma à pele.

Íntima honra 
de um privilégio que caminha no êxtase da sede, e de atmosfera celeste que doura e canta o vazio que a alma não suplanta.

- Que restos?

Roça o ápice
 de um licor delicado nas cores dos lábios. Voos à deriva de uma sedução nos distúrbios dos assovios que são os provérbios dos primeiros 
versos.

Intensamente anil
 a rima do seu instinto no instante que se pinta o assento subtil do brilho que faísca, e que se alastra no arrepio da brasa, e que aquece o bafejo do hálito a arder às cinzas do seu último abraço.


Afoita fumaça 
no luzir da dor, e bem nas docas onde se encontra o espectro de um homem, e esse tinge o zunir pálido de uma sombra que sempre acompanha o cinzento dos seus passos


 Oscilantes vagos Duentes 
que permanecem entre as suas duas pernas, frias pedras que cortam o seu jeito de olhar. Um eco nascente que atina a memória presente, e nas luminárias do seu firmamento as ânsias de desejos veladas abruptamente. Ar ardente não contido no oculto presente.

Murmúrios:

- QUEM EU SOU?

E que também 
aquece e faz arder o largo eco que eriça seus desejos, e que no seu sono pousa a ardência de um beijo.

Místicas línguas 
acesas que acessam a fogueira contida no íntimo do prazer, e onde a quietude silente é destinada pela a luz velada de um ambiente que acende o ente.

Aflorado afago 
que pinta a melancolia no éter da solidão, e onde se curva o açoite que tinge o ar enregelado do hálito de anseios, e que alternam as volúpias que somente passeiam.

Vontades indômitas 
de muitas faces e nomes! Coletivas trapaças das paisagens dos medos que cortam os seios! Esparso do que eu o sou, e entre as folhagens dos receios.

O medo nas escavações
 do "eu" com suas diversas camadas de paradigma. Instigantes mecanismos de fugas a procura dos restos que na sua grande solidão se esconde.

Suspiros úmidos
 a se estenderem no assoalho da madrugada, e fresco é o frasco chuvada dos maduros sussurros a caírem desgarrados da sua morada.

 Aparência que
 perscruta o instinto das ondas dos significados de um rosto assim tão desfigurado.

Efeitos e disposições 
de uma subjetividade dos pensamentos em uma consciência sensata, e onde o seu exterior e interior não vive a falsidade, e o seu ritmo conciso é um musical de sons alegres que sempre vêm do coração, impetuosa maré que responde aos ecos solitários e sombrios de uma grande fonte que não para de jorrar o seu leite e mel.

Oh, inanimado 
vácuo que esvazia e desmorona a onda do mar do amor! A causa mortis de uma bebida que palpita e que fere o noturno poema da amizade! A traçar suas linhas estraçalhadas sobre a pele de espanto do anacoreta que chora tanto!

Remontar o modelo 
da congruência do fio da honestidade, e bem na matriz do seu horizonte ser a verdade, e sem temáticas que o leve ao desespero, e assim emergir na síntese da ética, e não ser o suspeito dos crimes sincronizados dentro de uma alma em desespero.


Oh! Quem rastreará
 a coagulação de uma crítica que não fora amputada a inocente
 criatura? 

Áreas de catástrofe 
na cartilha da vida, e que soberbamente traça o seu comprimento enorme de maldade, e na espuma misteriosa dos seus lábios se afunda achatado a base de um corpo tão machucado.

Porque sombreada 
é a cauda da solidão. Infrutífero e mergulhado labor que no seu silêncio selvagem agita o ventre do amor.

Oh! Desembrulha-se
 secretamente e branca a violeta da sua sensual dança, e que olhos fixos se afirmam na soberba do espaço da sua nudez, e que avança e depois escorrega na embandeirada falsa alegria do sabor, e como fluem os dias que bailam no desespero do seu cântico!


As luzes das
 cascatas do sofrimento apupam os delicados sonhos que esmaecem lânguidos, e o rochedo da sua morada leva o artifício da loucura ao coração. E estridente e frágil é a febre que embala a nervosa graça do fado.

Oh! Quantas vozes
 juntam não gritam pela a 
liberdade!

 A audição 
que não percebe a fruição de uma inteligência!

E como é estranho
 o mergulho das lagrimas pelo o interior humano!

A festa da água 
em sal que congela o espetáculo da juventude do espírito, e que aclama por um protótipo da verdade, e que não seja desviado nele os traços sublimes das sensíveis leis nas suas emoções de contornos, e bem salientes e castras aos primeiros toques de unhas ordenamento pintada e bem desenhada. 

Quão grandes as
 saliências medíocre de um tato que não controla a sua visão fomenta, e que não cose o corte dos 
seus dentes.

O meu desenho
 me consola e a privacidade das suas figuras me remete as maquiagens sensatas de uma nova loucura.

 O ilusionismo de um pigmento aplicado na tela da vida, e ainda cheia de retoques borrados, e que não seca a sua gordura na pele.

Túmulos mitógrafos
 celebram os seus lendários heróis, e imemorial foi o lançamento do veneno mítico na grande solidão dos olhares poéticos, e que desterrado, eis que o poeta na sua maior invenção bebe um punhado insensato da miséria que entorpece o seu coração.

Os fragmentos
 de todos os seus desenhos são anedotas, paradigmas e epitáfios solitários integrados na figura recôndita de um "Aedo" totalmente abandonado.

Permeados de lendas
 o esgotamento, e que tece os laços dos olhares sob a pirâmide de um "eu" introspectivo, e bem centralizado na fobia do seu medo.

Olhar ao redor 
e não estranhar o vazio de um isolamento que desembrulha o vácuo absoluto de um silêncio, e que reina na subjetividade da alma, flagelado no labirinto das deambulações que se arrastam na alienação curiosa, e para a execução de identificação que o louco jamais ficará só.

Deslizar nas 
fendas de uma solidão, e ser o seu espectador, e assim ocupar o lugar da sua inscrição que é tomado por uma ânsia de loucura, e a debulhar entre os dedos os seus quadros escuros, e com um perfil de fingimento, tensos braços a enlaçarem as dores pintadas pelos os desejos de separações, e assim na sua dourada pintura entrar por definitivo na sua moldura.

- Que restos?

Ah!
 Críticas mescladas da infame hipocrisia humana!

Ingresso definido
 para a perdição da matéria!

Onde está
 o teu entusiasmo? Por que esgota o teu produto? E as tuas sobras são cores negativas e E MAL descritivas das fatiadas ALMAS soberbas de tamanho gigante?

 Porque o móbile 
da sua memória são folhas sem correções, e o retrato da sua composição apenas croquis das mortes nauseabundas?

Despojados termos
 de uma solicitação que não aborda o norteado pensamento de uma glória incandescente, e que habita na didática do fruto da paixão.

Complexa ciência 
dentro de um terreno que não procria os extraídos sorrisos das fantasias. Umedecida superfície que banha a língua de alegria.
Unir-se aos
 objetos que se consomem com as lágrimas, e separar a emoção de uma paixão vil e nociva, e desfazer dos seus materiais, e na potência que liga luz e sombra, ocultar-se dos seus tombos que rolam, e que depois enrolam, e assim espalhando e chorando a falsidade da junção de duas bocas profanas.

- A minha?

- É SANTA!É SANTA!

Delírios de
 fantasias indecifráveis e dançantes! Ritmos da ordem nas músicas momentâneos de volúpias e todas elas espontâneas!

Benevolente 
no apogeu das inclinações de tensões, e no aperto dos volumes do seu nepotismo.

Que espetáculo
 magnífico! Onde vive a visitante da minha exposição? Os afrescos das viagens dos pensamentos ardentes, E BEM quando timidamente se lançavam na sua pura inocência a semear o amor ausente?  

Propagam os 
fios dos pensamentos sombrios, e os ecos das suas memórias destrói tudo aquilo que o meu coração constrói, e as suas recordações não são cúmplices na minha vida, pois as suas pegadas sumiram da minha existência.

- Preciso ir?

Imprimir a 
história da minha solidão, e no emaranhado da minha agonia me perder dentro do seu tempo, e ardente será a chuva do seu silêncio a resvalar dentro da minha alma a sua outra face.

Que belo 
pragmático tribuno de um tributo cheio de dramas! Voos intensos com alaridos que abalam os sentidos da existência! Um solo de abutre no porvir ensanguentado do duelo do pulso contra a sua própria mão! 
 
A substância 
expressiva é a especulação absoluta de um pensamento que não combate a matéria, e que arrasta a sua vontade para o cio da alma.

O crivo da 
doutrina do arrependimento foge, e as ranhuras das suas figuras esconde a percepção dos relevos e sulcos das suas superfícies.

O seu mundo me
 provoca as dores, e o engano do seu doce me leva a perdição, e a identificação das suas luzes me cega à visão, e contrito, invisível e sensível o povo que vive dentro de mim consome as minhas carnes.

E NADA DISSO É ESTRANHO!

   A cerração dos dedos me comprime, e a distância do meu olhar se torna imprecisa, e quem em mim acenderá a fonte da vontade?

 A praia, o frio e somente uma única verdade:

- A solidão me mata!

Pois não mais
 sou anônimo e nem imaginário nos seus braços! Sou coágulo de silêncio orvalhado, e bem dentro de uma fresta inóspita, e diante de uma visão apocalíptica com a sua grande fome.
 
A angústia carrega mágoas que
 salpicam seus soluços, e a solidão  entristece o abrigo que existe para a salvação do corpo.

Arregalados olhos
 embaraçosos nos pensamentos agitados, mas tão solitários. A tecerem os estalos dos apupos carregados de coro de migalhas. Caos com forma de face e a esfacelar o mundo que sustenta meus pés.


Esfaqueiam-se
 os sons na esfacelada voz sobrecarregada de tropeços, e com um coro de falsos aplausos para atiçar as melodias que aos tapas arrancam as palavras inocentes.
Cálculos 
inusitados nas raízes NUAS das profecias de uma solidão.

 Os seus códigos 
compiladores das bestas do seu bel-prazer a se alinharem exaltando o "deus" favorito da sua indiferença!

 Os movimentos 
dos seus anéis de ouro a enfeitarem as fases da sua Vênus para a eterna vaidade.

 Manchas nas clarezas
 das pupilas como se fosse um pêndulo a balançar o seu egoísmo e elevar a sua vaidade!

Perturbação provocada
 por um riso sarcástico, e com o seu diágrafo ferido, elevado a milhões de potências desvairadas!

- E os restos?

Hipócrita é a participação
 dos sinais sem juízos, e onde se desaparecem dos seus vocabulários solitários a gratidão, e onde reina o contorno das suas músicas de sons fúnebres, as sombras das suas angústias e as cores frias do mármore dos seus corações.

Ó poema consolador
 sem formas para assim causar vibrações! 

Pradaria gloriosa 
do deslumbramento onde o moço concentrado na fulva madrugada paradisíaca tanto chora inquieto!

Permeado de conversações
 monótonas e endereçados adereços.

- ONDE ESTOU?

Esgotam-me
 as tintas... As notas que eu 
pinto.

Etéreas 
gotas que mancham as cores que se evaporam.

E bem 
dentro do seio ardente gritos dilatantes moram.

E dentro 
deste imenso labirinto morre meu instinto.

Há acordes
 por acaso nos meus 
alaridos?

Delírios nas
 sensações inebriadas e 
comovidas?

Há na minha
 saliva fresca o seu doce
 diluído?

Pálpebras
 que se olham tão descaídas.

Algazarras
 simultâneas com clamores muitas vezes excessivas.

Cavalgar
 rodeado de metáforas, e na proporção dos seus símbolos, e na direção da sua linguagem construir o instintivo das belas ideias, e que rodeiam os desvios da gagueira de uma boca.

Oh, recordação destacável!
 Imagem com vagas para os efeitos das mentiras!

 Onde estarão os teus restos?

Devolva-me o potencial do meu evocativo e unge a revelação do meu último suspiro!

Não empobreça 
a emoção verdadeira com os movimentos da sua natureza. A nova perspectiva de o seu real ser retocado por irradiações, e que revela à percepção dos doces nutrientes das virtudes sugestivas, e as afinidades de todos os seus poemas.
  
Ouvir o 
indivisível com a sua lógica solitária e suas “Coisas exteriores”, e com o inesperado que não traduz as suas palavras, e que essas soam amarradas, e com as suas depressões exorbitantes a instigarem e se arrastarem suas epidemias que se espalham avassaladoras e silenciosas, e assim sai se arraigando e acelerada a peste fértil que dissemina o fôlego da vida.

Embrear e assossegar
 as informações sobrecarregadas das mil solidões, e não acolher no seu psicológico o infame da sua ruptura na alma humana.

- Mas eu a amo!
Ah, solidão da alma!
 Dilacerante e tão desesperada!

Imensamente 
um universo fora do seu cosmo! 


Endereço os
 desdobramentos da angústia aos instrumentos de convecção da grande solidão. As suas ações frias, e às vezes, congeladas, e ainda bem acometidas por tristezas no plano particular da profundeza de um coração.

O artista no 
seu maior e belo processo. A arte e a obra na fabricação e depois a transformação

 DA SUA METAMORFOSE.

 E o poeta
 no seu sonambulismo deslocável e a morrer aos poucos e tonto.  

A angústia não cala 
e os seus rabiscos mergulham embriagados no silêncio da sua existência.

 Apologias entre grafias e fobias sem carismas, e a anatomia tão vazia de um sonho que não assovia os delírios das suas carícias. Visão de um apogeu, entretanto tudo isso é simplesmente utopia.

EU NÃO EXISTO!

A transição para uma habitação desumana é como uma rotação de senso de eventos gravitacionais, e que não criam a evolução do seu universo.

 Uma carga 
exausta às costas de quem é tão leve!

 Porque se adentra no semblante e dele se retira o mito do seu decoro, e o invisível se torna visível aos olhos do mármore que se esconde, e BEM às costas do amigo que se julga fiel.


- Estou só?

O meu guia
 está cego e a modalidade da sua coerência é possuir apenas a dispersão das verdades, e os empenhos dos seus propósitos são perseguidos pelos os disparates profanos da sua loucura, e o seu projeto final é o seu rico acervo da sua solidão, e essa se pendura nas estantes dos seus olhos, e que depois se arrasta no movediço coração que não é estrangeiro as lágrimas.

Venerado preceito
 de uma prescrição com seus olhos bifrontes, e que na vereda da salvação leva o amigo ao outro lado do seu acaso, e que na diretriz sem edificação venera o estranho do entremeio da vida-e-morte, e onde as páginas do seu juízo é uma voz coletiva de indagações dos monstros e fantasmas a ecoarem na reconstrução do humano.
 
A quem se 
revela o verbo da consciência? 

O céu da essência
 que abre o sangue fértil de um coração não doente?

Cinde-se e suga
os ares a espera solitária da dor.

 Mares infinitos...

Astros sem rastros e fôlegos mórbidos, e onde cintila a fulgência de um odor.

Despertar recôndito 
de um imenso pavor. 

Trajetória de uma falsa luz onde se esconde o clamor, e assim afundando o arraial das festas nas lendas de quem chora por amor. 

- Estou só?

Pois a alavanca não levanta os espinhos que se afundam na carne, e não escava o mal que brota incessante, e só desbarranca a constância da vontade, e que medrosa encerra dentro de si o seu grande medo.

Ah, rogativo!

- Cadê o brilho 
que acalma e corta sem empecilhos os cedros da injustiça?

 E que derrubam aos golpes as tristezas da alma?

O ouro da lenda
 gentil do meu arco-íris que enriquecem todas as minhas fantasias?

Oh!
 Eu era apenas um menino cheio de inocências!

O deslumbrante jardim onde o peregrino, o monge e o solitário oram no seu chão sagrado?

 A circularem 
nos odores do seu perfume o seu manto. 

O impulso do ponto
 de descanso que instila o silêncio a se abrir em um cântico.

 O fustigar dos
 suspiros que em chamas se consomem de amor.

Refugiar-se e aprimorar,
 e sempre em exercício, a superfície dos olhares para que não escapem deles a serenidade e a ponderação de uma alma lavrada, e na misericórdia absoluta da
 sua labuta vencer o mal.

- Eu ainda 
julgo que vivo está o meu
 sussurro.

A solidão me mata!

O ÚLTIMO DA MINHA EXISTÊNCIA.


Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas

Brasília, 15/11/2016
21:38


Feriado de terça-feira 
frio e triste e ainda 
cheio de lágrimas.



E eu me calo diante de uma profecia que tonteia meu coração. Nada mais direi e nem dirigirei um só olhar. Porque meus olhos estão bêbados e a vontade que golpeia meu ser se esvai sem a justiça divina que tanto anseia minha alma.


E eis que malbaratado e dentro de um bergantim  navegarei, e bem  no silêncio da ignoração dos olhares humano.

E SEM REMO. DEVO IR.