domingo, 28 de fevereiro de 2010

A sede


O que faz um coração que, extasiado pela a angústia se deixa ser levado como um barco a deriva, no alto mar do desespero, fechar-se por completo, não deixando uma só brecha, apagando de si mesmo a última réstia de luz que existe? Como pode os olhos cheios de lágrimas buscarem freneticamente desta vida a razão do seu sustento? Eis que olhando os passos que foram dados, sinto-me que caminhei demais e tudo aquilo que fiz não foi válido na minha vida. Admirei-me da grande luz que se formou diante dos meus olhos quando, meus sentimentos, palpitando como um coração ingénuo, doce e sonhador, quiseram sim, tocar com leveza, a simplicidade, a doçura e a maestria sincera de um amor que aos meus olhos, apesar de não terem visto a beleza que eclode deste a minha infância, sempre sonhara e sonhando, criou-se na minha mente que existiria sim, mesmo que demore um rio de felicidade que um dia ainda vai se derramar no meu ego, levando-me a um grau absoluto de êxtase completo e límpido. A verdade, quando se sonha com um amor claro e cândido, o coração na sua simplicidade, tende a cada dia mais ansiar demasiadamente e, quando o cheiro desta suave essência demora a nos chegar as narinas, sentimos-nos um vazio onde nada preenche o vácuo deixado pela a vontade de se conhecer e se viver um imenso e celeste amor.

A beleza dos sentimentos humanos...




Levanto os meus olhos e que bela e suave lembrança me eleva e sustenta a alma...!Quão sensível é olhar-te e poder imaginar que através dos teus doce olhos posso ultrapassar o espelho imaginário que te sustenta...! Posso ser refletido pela luz que dá brilho constante a candura do teu olhar...! Sim, o espelho que me invade traz o aroma que tresloucados, com as essências de odores variados que habitam no campo, impregna-me com o hálito glacial e cheio de encanto...! Espelho não é aquele que me vejo, mas sim, aquele que na dimensão do seu brilho nítido me revela quem és tu e o que dentro de ti efervesce...! Espelho é aquele que posso ver instantemente o néctar que desliza suavemente da minha memória, quando, olhando-te, posso sentir dentro de mim a tua bela face, cuja face é semelhante o ouro que nele rodeia o brilho incomparável da tua formosura e da tua elegância...! Sim, porque sinto colidir em mim, não o meu coração, mas um outro novo coração que, suspirando, exalando os seus ais celestiais, totalmente entregue ao fluir da doçura do mel, eis que solta a sua força descomunal e radiante, invadindo,assim como as abelhas faz à sua festa ao redor do açúcar, faz-me renascer em novo coração, uma cândida e celeste matrimonial de beleza...! Abri-me, ó suave manhã! Porque eu sei que a minha alma se sente a cada dia mais renovada, cheia de canto, onde a expressão dos meus sentimentos tornam-se únicos e verdadeiros...! Ah, ó raio que no seu estrondo ilumina toda a campa onde habita meu coração, trazei-me à porta da minha fantasia aquela bela diva por quem tresloucado e cheia de vinco, embeba-se o meu Espírito...! Ó graciosa cotovia que canta sobre os galhos do meu jardim, aguça o teu cantar e faz com que o vento transmita a ela o frémito amor que tanto enche meu coração...! Ó grande céu azul...! És tu que transborda os olhos de quem te olha, reluz sobre o espelho da alma feminina que tanto eleva meu coração...! Sim, faz gotejar em mim o viço de um amor sem fim...! Faz ascender em mim todos os tipos de vidas...! Eleva-me a um grande e imenso penhasco, onde de lá posso vê-la, sentindo o gozo de uma lágrima de contentamento que incendeia-me a uma grande vontade...! Ah, aguças-me todos os meus sentidos e que possa eu ver através do toque e sentir através dos meus olhos...! Celebras comigo, ó vento...! Faz a festa em mim...! Unge-me com a essência desconhecida que meus olhos nunca tenham sentidos...! Abre-me as veias e, levado pela corrente sanguínea, a bela imagem da mulher que tanto ativa meus sinais vitais de vida possa crescer e efervescer, como um vulcão em lavras, fazendo com que explodam em gozos eternos os meus sorrisos...! Que o vendaval que em mim reside possa arrastar como um tufão de violenta força os sentimentos que, à porta do meu coração, possas extravasar toda a sabedoria tenra da minha doçura...! Arrebate-me, ó luz...! Atravessa a magia dos meus sonhos e enriquece a minha suavidade...! Pluma-te, ó sol da noite...! Reflete em mim o brilho que se reluz nas águas dos rios e mares...! Atravessa sem fronteira a grande dimensão que existe entre a emoção de uma lágrima e a certeza de um amor verdadeiro...! Reflete em mim a face daquela que tanto busco! Faz desta busca uma procura concreta e cheia de mestria...!Leva-me ao santuário exato de um amor que na sua simplicidade, torna-se belo o correr e o fluir do rio que ardentemente corre no meu interior...! Ah! chuva que cai sobre toda a terra...! Molha-me com as gotículas de águas purificadas, fazendo assim que a árida terra que venha habitar em mim possa florescer, nascendo as mais variadas espécies de plantas, flores e frutos...! Vem, ó gotícula da alvorada...! Vem com toda a tua formosura e destreza e faz com que o suave perfume tome todo o meu ser, embebedando toda a minha alma...! Grande és tu, ó suave lembrança...! Porque contigo elevo os meus olhos e posso tocar em toda as tuas formas com a leveza dos sentimentos humanos...! Ah, inspiração...! Inspirada é a doçura da tua face e cada linha que marca o teu rosto...! Sigo cada curva do teu corpo, pois elas trazem a minha mente lembranças que transmitem aos meus sorrisos a felicidade duradouro das minhas emoções...! Ah, sigo a fitar na bela estrada imaginária a musa que transpira um aroma glacial e belo...! Acordo, ó bela mulher...! Acordo e contemplo toda a tua forma e gestos!
Todo o teu semblante fito e eis que caio diante de ti, porque já não tenho forças para permanecer diante ao teu manjar e teu doce...! Que bela mulher respira em ti...! Que louca beleza me faz olhar-te e desejar que meus pensamentos possam lançar voos no infinito eterno da minha imaginação...! Ah, cara mulher ímpar dos meus suspiros e da minha toda existência...! Não vejo em toda a terra, céu e universo nada que se compara a tua beleza...! Procuro conhecer tudo e todas as coisas que conheço até agora e nada, nada que meus olhos possam ver, nada que meu coração possa sentir, com todos os aromas que se exalas na terra, te digo, mulher única que completa não só a mim, mas toda a dimensão terrestre: Tu és imortal a toda beleza...! Tu és aos meus olhos maior do que a imensa dimensão de um infinito sem fim...! Tu és todo o formato da terra e toda a sua profundidade...! Resplandece em mim a imensa constelação, porque vejo em ti o próprio universo com o seu céu, sua lua, seu sol, suas estrelas e todos os planetas, quer seja os que se conhecem, quer seja os que ainda vão ser reconhecidos até o fim de toda a raça humana...! Tu celebra com o teu respirar o teu pulsar toda e as fantasias que reconditamente no meu peito se ocultam. Celebro com jubilo a tua tamanha e colossal imensidão...!És tu que faz jorrar no meu interior, as variadas fontes sublimes de águas cristalinas de uma pureza e alvura que os meus olhos não consegue contemplá-los, sem colocar um óculos, pois emitem tanto brilho que o próprio sol já reconheceu a tua grandeza...! Doce é o silvestre açúcar que escorre pelos teus lábios...! Ah, que saliva perfumosa e caudalosa...! Comparo as espumas flutuantes que deslizam sobre o rio que descamba em uma imensa e bela cachoeira...! Que andar mais Aprumado tens...! Tu não andas mas sim flutuas...! Como se fosse uma nuvem que silenciosamente muda de posição sem fazer um leve ruído...! E os teus olhos...! Meu Deus...! Com que talento posso falar deles....! Ah, totalmente entregue a eles me encontro...! Diante dele eu jorro como se fosse uma fonte cheia de atrativos para chamar a tua atenção...! Ufa...! Perco o meu siso e todo o meu rumo, porque as duas estrelas que iluminam a tua face e cujo nome são "olhos" incendeias-me como um fogo que corta o meu corpo e minha imaginação...! Ah, dádiva é cada olhar que a ti dirijo...! Como podes tu na tua real singeleza me consumir a ponto de eclodir uma fogueira que queima o meu pensar...! Que bela mulher...! Como podes um coração se entregar a tamanho ardor da matutina brisa...! Eu morro e ardo-me quando estou ao teu lado e sem tu perceber, ouso tocá-te e silenciosamente penetrar na ardência do teu mundo...! Atrevo-me, desculpai-me...! Desculpai-me porque eu te crio e criando-te posso entrar, penetrar e permanecer no raiar do teu sorriso...! Vês como estou diante da tua imagem, porque quando em ti penso, eis que trespasso, viajo em um trem que segue uma linha imaginária e sem fim, porque o fim, linda mulher, está muito além de tudo aquilo que penso e sinto, quando, sem tu perceber, invado a tua casa, abro a tua porta e sem a tua permissão, permaneço saboreando o frescor da tua extraordinária beleza angelical...! Fecho meus olhos quando diante de ti estou saboreando cada piscar das tuas pálpebras, cada som que eclode dos teus lábios saboreio e como...! Até parece que a comida dos deuses esta à minha frente e com o mastigar lento, devoro cada sussurrar, cada palpitar do teu coração...! Como eu quero...! Sim, sorver das tuas narinas o sopro que em ti formou e te fez não senhora do mundo, mas sim, a dona exemplar e verdadeira de toda a plataforma do meu ser...! Ah! como ando nesta estrada segura e cheia de luz...! Como fito os teus passos e a tua trilha...! Bela donzela...! Cheia de virtudes e dona de mim...! Aproximo-me do calor que emana do teu corpo...! E como bate meu coração na ardência quando o teu hálito me procura...! Quero sentir a mesma luz que te ilumina...! Dividir contigo todas as tuas tristezas e alegrias fazendo delas não somente minhas, mas sim, a própria razão do meu ser e do meu viver...! E que delícia, porque estou sentado à frente do meu pensar e posso sim, fazer acreditar que contigo estou, e a cada sensação que sinto eu vivo, porque vivendo, tenho a certeza absoluta que o amor imenso que por ti sinto cresce e se renova, assim como as flores e folhas...! Cada sensação que invade os meus pensamentos são novas e cheias de riquezas, onde diamante e ouro não são capaz de desviar a minha atenção...! Ah, pode cair um temporal, mas não sairei da chuva que agora me invade...! Sinto frio e meu corpo treme quando sentado, junto a ti, na imaginação dos meus pensamentos, te digo: "Eu te amo...!" Ufa...! Há raios e trovões...! Há gelo e fogo...! E percebo, sim, percebo que dentro de mim começa a jorrar um rio, onde descalço as minhas sandálias, tiro a minha roupa e na inocência das minhas palavras, mergulho de uma altura imensa para ir até a profundidade do teu amor...! Sim, e quando volto a tona, na superfície do teu olhar, eis que me deparo com uma louca e grande vontade de afogá-me eternamente no oceano que corre no teu subterrâneo...! E como te procuro...! Como longe eu vou, isso porque eu sonho demais...! Te caço e a procuro constantemente. Onde há existência de vida humana lá estou, porque eu gosto de me lançar e buscar aquela que sempre será atrativo dos meus olhos...! E como confesso,porque em ti encontrei a fonte sublime onde a minha alma sempre tem prazer em permanecer...! Ah, se tu pudesse, olhar-me com a tua candura, a tua simplicidade de mulher, saberá que o amor que a ti dedico só difere uma coisa dos outros e é: " Eu te vejo não com os olhos, mas sim, com a niquice e o mimo poético de um coração extremamente entregue ao seu verdadeiro amor...!" Ah, agora visito o monte olímpico...! E com os pés no pico mais alto da terra, eis que ti vejo e sinto o afeto em mim, pois o vento rouba o teu cheiro e traz até as minhas narinas, o suave frescor da tua juventude e do teu amor...! Observo do alto do monte a tua imensa constelação, cheia de estrelas, cada uma mais radiante e brilhosa...! Sulfúreos de lágrimas meus olhos choram, pois contemplando a tua beleza, todo o meu ser esvai-se como fosse uma imensa gota de orvalho, quando o sol, com toda a sua amplitude, seus raios quentes e ardentes, suga-a mas deixa uma leve nódoa de saudade...! Eis que aqui permaneço, sentado em uma pedra que me serve de amparo, pois a minha eloquência se dirige a tua existência...! Contemplo com olhos radiantes, pois deles saem um luz que a tudo vêem e sentem quando a tua presença é a constância dos meus sonhos...! Ah, no dorso dos meus pensamentos, a galope sobre uma cela de ouro, segura-te as pérolas do meu pensar. Eis que flutua, pois os ventos do sul e norte, leste e oeste traz até a mim lembranças tuas! Sim, e nesta saudade que invade-me , nestas doces saudades que transborda o espaço onde se refugia a minha alma, a minha boca começa a falar de ti ao meu coração, e que, ouvindo o clamor da tua alma, ajoelho-me, parece que balbucio uma frase, onde toda a vida do universo, aguça seus ouvidos: Parece-me que abri a fantasia do meu coração e deixei que minha boca soasse apenas: "Eu te amo...!" E quando saiu o ar, sobrecarregados pelo o hálito, onde ardia nele a essência que habita em ti, eis que os meus olhos se fecharam, e por leves momentos, contemplo toda a grandeza que existe sobre toda a face da Terra! Visito-te carregados por asas indomadas, o velho firmamento, a sua vasta área sem fim...! Sim, deixei que fosse levados os meus sonhos que habitam acima de nós, e eu vi a face dos que me contemplavam, torcendo e ansiando que eu encontrasse a tão buscada felicidade...! Ah, pareces-me que as belas ondas do mar me visita...! Sinto o azul dos teus olhos, alias, sempre me deixaram abismado porque neles há sim, uma tenra alvura, um frescor nítido e suave e por eles, encantou-se o meu coração, porque eles refletem a grandeza que sinto quando os vejo...! Como queima-me o belo pulsar do teu coração...! Cada gestos teu me leva a um estágio imenso de sedução, porque tu és sim uma bela diva, onde repousam meus olhares. Onde o encanto do teu semblante alegra-me e por toda a eternidade quero permanecer contigo, nem que seja para olhar-te, encará-la de uma forma definitiva e eloquente. E como ferve a suavidade das expressões de cada sulco que te marca a face...! Como arde a quentura do teu olhar e o pulsar das tuas pálpebras...! Como desejo tocá-la e ser levado por um leve momento a um estágio eterno de emoção...! A verdade diva é que a sede que se formou em mim é maior do que o deserto. É maior do que toda a água que existe nos oceanos... São muitos os oceanos, entretanto, são tão pequenos quando choro de saudades de ti...! Sim, porque azuis também são as minhas lágrimas...! Frias e quentes são: as tristezas da tua ausência e quente as emoções que saem do meu íntimo e fluem na pele...! Ah diva...! Quero compor para ti canções que exalta o meu amor e as minhas sensações...! Quero metrificar os versos que a ti são dirigidos,com suas rimas ricas, sua cadência ritmada, cheias de harmonia que quando soarem aos teus ouvidos, saberão eles que o céu te levou e, exposta tu, sentada em um trono celestial, anjos tocam com pureza a sensibilidade dos teus ouvidos...! Anjos celebram a tua candura e toda a tua beleza, porque assim como um anjo, posso não voar, mas posso sim, fretar contigo e te propiciar através das palavras um colossal castelo de sonho imutáveis e sensações jamais percebidas e desejadas por ti...! Eu preciso dizer "Eu te amo mesmo." E tu já sabe que não há disfarce na minha face,há sim, verdade que já não consigo disfaçar...! Sim, porque dentro dos meus olhos já se ler e já se sente o universo com seus astros e estrelas, cercando a beleza do amor que por ti me envolve...! Te digo, com a saliva que lubrifica à minha língua, com os meus dentes, pois eles impedem que as minhas frases saiam tortas e viciosas, te digo: " Eu a amo..." Assim, com uma linguagem culta e dos letrados. Como pede a norma culta da língua portuguesa e posso dizer até mais, isso porque em mim, o mais sobrepõe-se ao conhecimento que invento para sustentar o que me sustenta, para embelezar o que em mim reina, através da tua agravada beleza...! Sim, porque eu sonho demais e longe vou, isso porque o teu frescor inspira-me a voar perdidamente sobre o manto dos meus sonhos e voando, sou ousado em invadir o teu sono e ali permanecer, velando-te, guardando-te dos ferozes algozes desta vida...! Ah, enquanto aqui permaneço, olhando a tua beleza, eis que o silêncio vem e de uma forma tão sutil, eis que paro ouvir o próprio silêncio e o que chega a minha mente é que entro na tua intimidade e acredite: posso sim abrir teu coração, e colocar em ti cada gotejar dos teus suspiros, cada emoção que eu sinto, posso sim, pelo menos repassar aos teus olhos pois deles dependo e eles me sustentam, isso porque elas vêm de ti e assim sendo,eu sei que elas; elas ascende em toda suavidade o quanto és bela...! Ah, como o meu peito se extravasa em um grito...! Como em mim faz-se campas e campos...! Porque agora sinto até o borbulhar da cachoeira que corre em ti...! Sinto e celebro majestoso, cada franzir da pele da tua face, sim, porque com ele também quero envelhecer-me e junto a ti, provar das mesmas sensações que escondidamente se disfarçam e em ti dormem...! Como anseio incendiar o fogo que em ti se abrasa...! Como desejo do fundo da minha alma e de todas as minhas sensações ficar junto a ti...! Ah, eu e você...! Apenas eu sou quem te aclama e por ti darei tudo aquilo que satisfará o teu corpo...! Eu e você, simplesmente existe um em dois, mas como sou o mais ousado, fico fitando um enorme amor que se enraíza e tende a crescer,florescendo assim belos frutos vistosos aos olhos humano...! Ah, como eu quero abrir o meu peito, expor os meus sentimentos ao vento, isso porque eu sei que explodirá em mim,uma cadência cheia de ritmos a bailar, flutuar na leveza do zéfiro...! Eu quero sim, atrever-me a olhá-la e decidir: "É essa que me faz flutuar sobre as nuvens, criando na minha mente um arco-íris multicolorido totalmente brilhante...!" Eu penetro no teu mundo e lá brinco como se fosse uma criança ingénua. Um leve menino sem malícia e sem timidez. Eu brinco sim, faço das minhas emoções um lindo castelo onde te guardo como donzela. Em cada sala desta imensa mansão há uma paisagem, onde se reflete a tua face e por onde quer que eu ande neste castelo, posso ter a certeza que sempre a encontrarei, sempre me depararei com o teu semblante angelical e suave...! O castelo é a casa dos meus sentimentos e o que dele emana e vive é a causa de toda a minha existência. Sim, porque quando lá estou, posso respirar a corrente de ar sempre passa pelas minhas narinas e sempre vem surdamente com o teu aroma e a tua simplicidade de mulher...!Ora, levanto a minha cabeça, inclino-me, olho com doçura e com pensamentos que brotam do meu saudoso "eu" em direção do campo, onde há uma bela rosa, onde borboletas brincam ao seu redor e parece-me que fala uma linguagem universal e dizem:"A rosa gotejam o mel, vou ser a primeira a sorver a sua primícia, porque ela me convida a saborear em suas pétalas o aroma único que ejacula da sua beleza..." O sol é testemunho que permaneço fitando aquela linda paisagem e junto a mim, a água que escorrem pelos meus olhos, formam-se uma fonte que deliciamente vaga a procura de uma fenda, onde ela pode descambar-se e correr ligeiramente, molhando as minhas lembranças...! Sim,porque eu aqui contemplo a aureolo que sobreposta a tua cabeça, emana um raio de luz, cujo feixe, clareá-me, expondo assim a bela fantasia que pisca no meu céu sentimental...! O fogo reluz e as suas faíscas se abrasam a procura de combustível que possa aumentar a sua intensidade...! Torna-se uma fagulha que percorre a vasta dimensão dos meus doces sentimentos...! Arde e queima-me o coração, mas fico na esperança que a mesma fagulha possa penetrar na tua alma e transmitir o mesmo calor que no ardor do seu correr, deixará seu rastro, sua cicatriz enterrada na minha carne e na minha alma.E abro por fim os meus lábios, é verdade que ainda não disse tudo aquilo que queria dizer. Não falei ainda aquilo que dorme no meu peito e no seu sonambulismo,sempre se levanta e sai a procura da bela fonte, pois a sedenta sede tem ressecado a sua língua e sua boca. A verdade é que eu ainda não falei da onda que envolta do meu coração, faz com que ele navegue a esmo no mar da minha dor...! Apenas falei da tua incomparável beleza, pois ela tem me levado a um estágio compulsivo de choro e intenso pensar...! Mas eu, olhando agora a grande dimensão do mar, pois eu sei que ele não me pertence, mas posso sim, admirar-me com o seu grande mistério e sua vasta área sem fim,e se eu quiser, ainda posso lavar nas suas águas salgadas, assim como são também as minhas lágrimas, as feridas que brotam de um amor que no silêncio, vagueia com seus leves passos, amedrontado, não com a sua beleza, mas sim, com um possível desencontro de uma alma apaixonada que só, suspira, exalando na noite ensolarada um pedido de auxílio, como se fosse o sopro existêncial do qual ele precisa para respirar e trespassar a largos passos os dissabores que tanto me amedronta...! Ufa...! Assim respira a minha alma e chora também...! Ah...! Assim também meu pensar procura...! Ó cérebre porta imaginária...! Abre-me, porque abrindo todas as minhas janelas poderei ver o passar da linda matutina e doce brisa...! Abre-me todos os meus compartimentos, e deixai ser exposto ao sol a umidade que esfria tudo aquilo que sinto e vivo...! Abre-me a lucidez e torna sóbrio o meu amor e deixai que eu possa viver um eternamente amor eterno...! Faz em mim a sombra onde repousrá o guerreiro depois de uma longa batalha, cansado, descansará sentado na relva ainda umedecida pelos orvalhos que caem suavemente, como se fossem plumas de uma ave que no alto céu, se desgarrou e suavemente, cai, traçando uma bela parabólica, porque o vento assim a dirige e assim também a leva, flutuando sorrateiramente...! Sim, porque eu sou apenas uma partícula que desesperadamente vagueia voluntariamente, em busca de uma terra onde posso encontrar o vento. Onde posso libertar meus ais e meus queixumes...! Onde posso descansar livree solto, olhando firme uma bela nódoa de lágrima nas minhas pálpebras...! Ah, como tenho saudade...! Parece-me que ela fere e ferindo-me começo a soltar nas flores que me cerca uma lembrança de ti, acredite, eis que liberto um aroma e cheiro com os meus ingredientes que emanam das flores, sim, porque delas foram arrancados o suave perfume que encobre teu corpo, teu hálito e, impgregnado agora com todo esse bálsamo, cercado por essa ardência transparente e doce, - pois posso vê-la, - isso porque o aroma agora tem forma e vida, e vivendo, ressuscitam nos meus olhos uma imensa constelação de radiantes estrelas, creia: eu choro e rio, porque já não consigo controlar as ondas violentas do mar que se faz constante, e, agora, arrasta-me para o centro da sua força e poder, - bem é verdade que eu quero sim, - ser devastado por essa força que tem o poder de domínio em meu ser. Essa força que na constância sempre está presente nas minhas tristezas e alegrias. Sim, a força reside e mora e já conhece a mim, isso porque também já não consigo disfaçar a minha tamanha necessidade de carência humana. A força que me eleva, ora, derruba-me, é a mesma que quando, levanto meus pensamentos a um grau imenso, ela vem e fortalece-me, criando assim, no íntimo do meu ser uma alegria que permanece, nem que seja por leves momentos, nem que seja por leves instantes, nem que seja por décimos de pequenininhos segundos! Eu vivo e respiro tudo aquilo que é concreto e ímpar e que definitivamente alojou-se de uma forma ingênua na bela visão do meu amor...! Vê-te exposta ao vento, acompanhar-te com o meu olhar de candura e seguir todos os teus passos...! Eu estarei talhando o teu futuro, pintando com desenhos criativos e cheio de alegria as paredes do corredor da tua vida, porque não a quero que chore e nem se desespere. Cobrirei o sol para não expôr tanto a tua pele, mas deixarei que um leve raio de quentura possa penetrar em ti, iluminado assim os teus sorrisos...! Abrirei fendas e vales para que passe graciosa e bela...! Serei não somente a ponte do rio, mas sim, o próprio rio para te ver refletida nas minhas águas...! Eu serei a tua sombra, o eco dos teus passos e a terra que tu pisa...! Serei canto e verso...! Reverso e verso das coisas que vêm na tua vida e das coisas que já se passaram...! Serei grito e silêncio...! Amor e paz...!Serei acima de tudo o teu amigo, aquele que sempre te seguirá quer seja durante o sopro da tua existência, quer seja nas entrelinhas açucaladas dos teus doces pensamentos...! Seguirei constantimente a tua vida. Irei a um monte e de lá estarei a olhá-la com olhos abrasivos e cheios de contentamentos...! Acompanharei cada jesto teu pois me valerá como sinais e qualquer movimento que se forme nos teus membro, correrei ligeiramente, como um atroz animal veloz e irei ao teu socorro, auxiliando-te...! Beberei e sorverei em um cálice de ouro e pérola o sabor que estala os meus lábios quando em ti sorvo toda a tua doçura e candura...! Sim, sempre estarei no meu rio subterrâneo a cultivar a tua essência e o teu frescor que resvala e faz tremer todo o meu corpo...! Eu sou não o primeiro dos teus amores mas sou o único que a ti dedica o primeiro e verdadeiro amor...! Eu sou aquele que a rodeia e que faz vibrar os sonhos que ejaculam de uma cascata que submersa, tenta eclodir e vim a tona,e com toda a sua ampleitude e força, quer jorrar seguidamente para molhar e fazer florescer um grande amor doce e eterno...! Eu sou a primícia das delícias que habita o interior humano e dela eu vivo como também respiro...! Abre-te os ouvidos e ouça-me...! Ouça aquilo que os teus ouvidos não ouviram e nem a tua língua teve o gosto de saborear...! Abre-te a mente e deixe o sonho que sonhas buscar descanso e refrigelo...! Abre-te ligeiramente e não olhe por frestas,pois os orifícios são pequenos e teus olhos não perceberão a grande beleza que se forma na bela campa que te convida a viver um sonho inesquecível...! Sonhe...! Sonhe e sinta que baila no vento uma inspiração, e o zéfiro, faz curvas nos teus cabelos, parece que brinca contigo...! Estoure cada borbulhar das emoções que em ti se forma e deixe que elas possam eloqüentes e mimosas, fazer de ti uma explosão multicoloridas, com feixes de luzes que te reguardará de toda sorte de tristezas...! Faz nascer em ti a cadência e a imaginação harmônica que pulsa nas letras de uma canção idealizada e composta por um talentoso espírito...! Seguirei firme nesta estrada sempre a cultivar os teus encantos, a tua doçura e o teu olhar que sempre enlaçou os meus. Acreditarei que o amanhã virá, trazendo no seu dorso, um raiar imenso de felicidade, isso porque eu sonho e sonhando tenho a certeza que vou poder respirar por um tempo, mas se o sonho não vier, através da minha vontade e do meu querer, pegarei os meus pensamentos, os belos momentos ansiáveis do meu viver, sim, depositarei diante do meu olhar, sedento de esperança, viverei ansiando nunca me despertar, não quero tornar lúcido aos olhos humano, uma essência que grandementeme sustenta e me faz respirar, mesmo que solitariamente...! Tu és uma face sempre contínua a cercar toda a minha vida, meus sonhos e pensamentos...! Tu és a maior de toda a beleza que meus olhos já contemplaram...! E lanço os meus gritos porque o peso da minha voz quebra a barreira do som, atravessando rio e mares, quebrando montanhas, dilacerando estrelas que caem com o efeito ardente. Abala o sol e a lua que se fundem em partículas incandescentes a percorrer um espaço totalmente abismado pelo o poder da minha voz...! Fervem as grandes geléias,já não existe pólo norte ou sul, apenas uma devassidão deixado por uma voz que viaja derramando imensas gotas de lágrimas quentes que emanam do prazer, da sua grandeza inconstante que é o amor....! E como posso aguçar os meus olhos, fitar a graça dos teus lábios. Oi, acorda porque estou a porta, ouves-me e atende-me porque meus lábios treme! Meu coração está desesperado! O que faço para fugir desta semente que a cada instante se multiplica? Ei! Vem como o vento! Sopra nas minhas narinas, por favor, eis me aqui defronte de ti! Vem com o teu perfume, incendeia-me, abrasa-me, estou totalmente tomado pela a niquice dos teus olhos! Os teus cabelos esvoam-se na minha fronte. A minha alma tem sede e eu quero permanecer contigo. Só mais uma vez, sim, por favor! A ardente febre me consome e eu não tenho a onde ir! Até meus pensamentos se aglomeram na minha consciência e eu perdido não tenho mais condição de permanecer diante do teu semblante. Vem como a noite, seja confidente da minha dor! Ah, como reina em mim esse amor que me consome...!Pareces-me que já se faz noite. Já não vejo no firmamento as suaves e doces estrelas que antes piscavam! Chove torrenciamente aqui dentro de mim. O frio me invade e aos poucos o órgão que sente as emoções procura o brilho dos meus olhos para se aquecer. O céu antes azul agora reflete uma paisagem mórbida e lânguida. As trevas permanecem diante dos meus olhos. Procuro inclinar-me, fitar com olhos lânguidos e bêbados o tênue fio que me sustenta. O Tênue finito fio de vida que ainda insiste a suspirar...! Céus...!Como pode uma partícula emitir com forças extrema um "ai" de desespero...! Sim, é tempo ainda de suspiros e lágrimas ardentes...! É tempo ainda de olha o meu interior e deixar que ele navegue na superfície do mar como se fosse espumas flutuantes a seguir o rumo desconhecido na esperança de uma suave amanhã...! É tempo de olhar a minha face e atraves de um leve sorriso, quem sabe...! Voltar a sonhar...!

Quem sou eu?


Quem sou eu? Sombras e ecos do passado!
Uma nódoa solitária de uma longa miragem!
Prenúncio inusitado de uma árdua paisagem!
Lágrimas e dores de um letal veneno estado!



Quem sou eu? A venda preta do disfarce!
Raios e trovões sobre um céu dilacerado!
Dores silenciosas no coração mascarado!
Não sou o que diz a minha escondida face!



Quem é a sombra que domina meus passos?
A intrépida figura que sempre me arrasta!
Envolvendo-me nos seus sufocantes laços!



Quem sou eu? Lágrimas e chuva de um amor!
Uma dolorida saudade que me devasta!
Um coração que em si plantou a própria dor!

sábado, 27 de fevereiro de 2010

A dor ( em memória à minha mãe)


- Bom dia, dor! - Disse eu a minha alma. A verdade é que ela veio rápida, com suas garras afiadas e sem permissão entrou no meu olhar. Os meus olhos parece-me que começaram a criar uma dura amargura. Ela chegou de um modo tão silencioso que não me foi possível ouvi o ruído dos seus passos. Foi tão fria e insensata que eu não consegui saber o porquê que ela silenciosamente veio como uma ladrã, saqueou à minha casa e roubou o meu espírito...! - bom dia, dor...! Seja bem vinda...! Entra-te no meu coração e deixa transparecer no meu olhar à minha amargura e à minha tristeza. Faz-te a tua morada e permanece até o cair da última folha deste verão...! Abraça-me com os teus atrativos, isso porque começa a brotar em mim a chuva do teu inverno...! Vem, ó dor...! Sim, porque talvez até em ti posso buscar o meu consolo e despir a minha vergonha, à minha fantasia que é uma mentira...! Vem, isso porque eu sinto que em mim há um doce olhar que tanto te fascina. Toma-me e faz-me navegar neste teu leito absurdo e cheio de desvios erróneos...! Ah! Levarei como presente a ti as minhas lágrimas e o meu sofrimento, não quero compaixão de ti e nem a tua piedade, isso porque em ti não existe: és dor e dor será, portanto, não cabe a ti padecer junto comigo e com aquilo que sinto. Leva-me, ó dor...! Leva-me no dorso da tua imaginação e do teu mundo mesquinho, cheio de incertezas futuras e sem o doce aroma de um suspiro...! Suspende-me diante dos teus olhos e ria do que eu sinto...! Ria-te, ó dor...! Por que em ti não há compaixão e tu não se sujeita a um riso de alegria de uma vida...! Mata aquilo que por muito tempo permaneceu dentro de mim...! Pisoteia-me com o teu chicote áspero e frio...! Faça com que o brilho do meu olhar possa se perder, não permitindo que eu possa ver dentro do meu refúgio o socorro da minha busca...! Ah! Começa a cair a primeira neve deste inverno...! Como são brancas e suaves...! Adormeço diante da minha incerteza e dos meus sonhos...! Suspiros...! refúgios de um ser que sente e ainda vive...! A terra e o céu parecem que não se comovem com a nódoa que manchou a minha alma...! Nem céu e nem terra se compadecem com o meu pranto, mas parece-me que é tempo de chorar, ri e sonhar...! Há ainda uma ténue busca, mesmo que meus olhos possam denotar apenas uma réstia de amargura...! Que deidade fizestes tu comigo, ó grilhão soberbo de amargura...! Arrancastes-me a primícia do meu jardim, e nem deixastes que ela pudesse dá-me pelo menos um leve "adeus". Como podes fazer esta destruição dentro de mim, sabendo que sou fraco e não tenho ânimo e nem coragem para te enfrentar...! Como podes roubar do meu campo a essência que encantava as minhas narinas e o meu ser...! Como pode na minha fragilidade e na minha inocência destruir a árvore que me servia de sombra...! Como podes impedir à minha caminhada rumo à minha montanha, pois era de lá onde vinha a minha segurança e minha força futura...! Roubaste-me o meu último suspiro e agoraas minhas lágrimas brotam ininterruptamente das minhas pálpebras...! Levaste o cantar doce que saboreava a criança e agora, ela não pode mais ouvir aqueles suaves acordes que cantava a cotovia na sua campa...! Ah! O que queres tu mais comigo? Sim, talvez tocar-me mais forte porque assim tu ó dor, sentirá em mim o prenúncio de uma morte...! E tu matastes-me com a tua insensibilidade e a tua falta de misericórdia...! Queimou-me com a força do teu fogo e dentro de mim já não há a gotejante cachoeira que tanto fluía na minha vida...! Tiraste de mim a rosa onde eu, borboletas e as abelhas sempre fazíamos festa ao redor do néctar...! Já não posso visitar mais à minha bela campa onde habitava o meu jardim...! Perdi-me no labirinto que criastes ao meu redor e tu não se compadeceu de mim e nem das minhas lágrimas...! Sim, não há em ti a graça, o ímpeto verdadeiro de uma alma agraciada com sentimentos humanos...! Isolaste-me e tapaste a minha fonte, onde sempre ia eu beber a água cristalina...! Elevou aos meus olhos a amargura e tristeza, e tu não se compadeceu de mim...! Que faço, ó dor! Ficarei a te fitar, buscando na minha consciência a causa de grande desumanidade por tua parte...! Que mísero é o teu olhar e teu jeito! Que maldade tamanha habita em ti? E como te contenta em fazer mal absoluto a uma vida que respira...! Qual é a tua paga? Qual é a tua alegria? Sim, talvez seja porque na dor te sinta colossal e sábia...! Que sabedoria pode existir na maldade e no perder de uma vida? Tu o sabe de mim...! Sabe o quanto canto olhando o reflexo do sentimento humano...! Tens inveja da minha inocência e do meu pensar...! Queres destruir-me porque assim te fortalece e te enriqueces...! Devasta-me com a tua constância força bruta não permitindo que eu possa ainda respirar o ar do armistício do meu sorriso! Ah! O que mais poderá tu fazer diante de mim? Poderá tu roubar-me também a vida? Isso tu não queres! Sim, porque queres ver à minha carne queimar sobre o teu altar de sacrifício! Pega-me então, e,com o teu cutelo, oferece-me em sacrifício a tua loucura e ao teu prazer! Leva-me ao teu monte e decepa os meus órgãos e as minhas carnes oferece aos abutres do teu criatório! Não te apiede porque nos meus lábios sempre fluirá risos de felicidades e isso te irritará! Sim, comigo permane agora e por um bom tempo eu sei que me seguirá, mas farei de conta que não a vejo mesmo sentindo nos meus ombros o pesar da tua cruz...!



A dor






É tu que nesta insensibilidade sem nome

Vem me olhar fretando os meus passos

É tu que sobre o véu negro dos teus laços

Quer envolver-me no veneno letal infame






É tu que me sustenta a um sórdido estágio

A uma loucura imensa perdida sem rastro

Tu que agora é minha estrela e meu astro

Seguirei na vida com mais esse presságio






É tu o princípio da causa mórbida que passo

A febre ardente que no meu seio enlaça

E neste abismo profundo eu não transpasso






Ingrata! Vil! Infame! Oh! é grande a tua dor!

Perdido estou pois sempre me caça,

Mas posso me salvar pela inocência do amor!

Eu





Por que em mim o diluvio arrasa...!

Queimam-se gelos, é tempestade!

Faz-se ausente à minha metade,

As lágrimas frias vêm e me abrasa!




Por que em mim há tanta água?

Vento e furação me devasta!

No meu peito a dor nefasta!

Esvazia o fogo causando mágoa!




O que há em mim? O que eu faço?

Fogo e frio é a única lágrima!

No espelho procuro e não me acho!




Por que são vazios os meus passos...?

Já não sustenta mais minha alma!

Não há vestígios dos meus rastros...!

Tempestade


E lá vem de novo a velha tempestade
Levando a emoção que se levanta
No meu seio, a alma bastante tonta
Cai no precipício da minha ansiedade



E funde-se a ilusão e lágrimas, levanto
Aos gritos vis que me leva ao espanto
Dilacera-me o caminhar do pranto
Na face deixo marca do dor que planto



Ela vem sorridente e causa-me piedade
Deixo-me de novo cair nesta vil cilada
Sopro a doce saudade que eleva a alma



Ah! O meu sonho também perde e arde
Caio de novo na tua artimanha armada
Perdendo-me no frescor de uma lágrima

O alimento


Já sinto no vento a tua grande essência
Desenho a tua imagem que contemplo
Tua suave candura é um belo exemplo
O amor que aspiro na minha inocência



Sinto na pelo o teu macio doce frescor
Elevo-te a um absoluto grau supremo
Por ti parece que grito e tanto gemo
Saboreando as lembranças deste amor



Já te olho com meu olhar tão diferente
Não tenho dúvidas deste amor que sinto
Deste refúgio que agora é meu sustento



Agora sei que esse amor me faz crente
Não há dúvidas deste belo sentimento
Esse amor que por ti sinto é o alimento

Gaguejo


Ufa! Como Durmo e sonho e sempre a vejo,
Nos lábios, um toque, um leve beijo,
Escondido nos meus olhos o desejo,
Tremo, calafrio, avanço! Como gaguejo!




Tento tocar a tua mão, mas a tua luva
Não permite sentir teus suaves dedos
Nestes vai e vem ocultam-se segredos
Na claridade do sol cai-se a fina chuva



Como anseio vencer esse grande medo,
Olhar-te e na alma senti toda certeza,
Que lutarei para usufruir deste teu beijo!




Tão doce será o mel dos lábios, e cedo...!
Bem cedo ainda estarei contigo, alteza...!
Colhendo os teus perfumes que almejo...!

À luz da ramparina


Já chega às narinas o teu doce odor.
O teu cheiro invade todo meu ser.
A suave bela estrela do meu viver.
Raios coloridos e límpidos do amor!

Senhora a ti elevo o meu ocioso olhar
Enamoro-me pelos teus encantos
Exalto-a em majestosos cantos
Olhando-a meu anseio é te tocar...!

Diva, em ti há vestígio açucarado,
Um caminho que me leva além,
Sonho que me deixa tão enamorado!

E quero exaltar-te, concha néctarina!
Vénus que nas noites sempre vem,
A velar-me a luz ténue da lamparina!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O frasco







Abre-te os verdes dos teus olhos,
Arranca a tampa do meu suspiro
Olhe que no interior do vidro molha
O meu cheiro ardente que explode
Tira o rótulo e guarda-o é meu perfume
Tem a cor dos teus olhos é lume...!
Aspire-o e feche teus olhos bêbados
Extasiados pela à minha procura
Não é o cheiro que palpita teu coração
E sim, a lembrança quando pensa em mim
Quem eu sou...? Assim perguntas a ti:
“- Eu sou a porta do teu belo jardim...!”


Dádiva assim está meu coração em relação a ti...! Isto por que ganhastes à minha confiança, plantando com a tua suavidade e sinceridade na minha alma as verdades que tanto me encantam. Levantou dentro de mim um belo olhar de admiração por esse ser que longínquo respira e vive. Tomou em tuas mãos o meu espírito e o fecundou com o doce do seu olhar e o buscar incessante da sua procura. Alegrou-me, fazendo com que eu pudesse confiar, isto é, voltar a confiar nesta geração humana, na qual, há muito tempo tinha se esvaído de mim. Dádiva é algo que se aprofunda nos sentimentos humanos, fazendo com que os nossos olhares se tornem meigos, resplandecendo nas pupilas, brilhando na retina uma admiração sensata e única. Faz correr nos lábios o néctar que se misturando a saliva, explode em uma doçura onde nem o mel das abelhas se compara ao seu gosto e o seu doce supremo. Eis que em mim também foi magnânimo o andar dos teus suspiros e os abafantes ais que jorraram da tua boca. Calei-me quando no primeiro dia pedistes com os teus lábios, com doçura extrema à minha companhia; e eu, levado por uma sensibilidade; compadeci-me, não por piedade, mas sim, admiração por uma voz que soava como em busca de socorro, e de repente, vi-me envolvido pela a luz que iluminavam as verdades que pulsavam dos teus lábios, e repentinamente, deixou-me ser seduzido por ti e pela a tua busca frenética.


Não chore porque pego tuas lágrimas
Farei uma lembrança para a posteridade
Cravarei no meu seio a doce saudade
Inebrio-me, mas ao teu lado resplandeço
Eu sonho e tremo, mas também cresço
Se tu quiseres sentir o meu cheiro
Pegue o algodão e embebeda-o
Na essência que nas tuas mãos chegou
Pois diante de ti eu sempre estou
O frasco é teu e seu conteúdo é uma fresta
Da tua mente e quando triste se encontrar
Eu sou e sempre serei, podes me buscar
No perfume sempre que ao teu corpo tocar


A essência...



Deves perceber que dentro do frasco há um líquido. Abra a sua tampa e leve as tuas narinas. Foi feito com ingredientes sensíveis ao odor humano. Colhido em um belo campo, onde jazem todos os tipos de flores multi coloridas e puras. A verdade, para se sentir o seu cheiro é preciso, através do orifício, do gargalo do frasco, destampar, abrir a barreira que o impede de fluir. Faça isso, porque assim como o perfume, abre-te e te deixes saltar nesta dimensão que trilham teus passos, isso porque há em ti vida. Abre-te, deixando exalar o perfume ímpar que brota da tua alma. Deixe que ele corra como um oceano, infindável aos olhos humanos. Não prive do cheiro doce, silvestre que habita em ti. Há uma essência em ti e ela é viva e eficaz. Abre-te, arrancando assim aquilo que te prende de ascender. Deixe correr a simplicidade, a candura e o doce ingénuo que palpita no teu seio de mulher. Tome em tuas mãos aquilo que habita na campa do teu íntimo, fortalecendo-te e criando assim raízes para a tua sustentação.


Cheire o odor que o vento espalha
Sinta-te rejuvenescida e mais mulher
No teu dorso fecunda a estrela d alva
A aurora seduz teus olhos verdes
Até eu fui tragado pela a tua beleza
Agora eu a chamarei de minha alteza
É sonho que vagueia e no peito
Resvala a gotícula deste frasco que a ti enviei
Eu também senhorita tenho o meu segredo
Mas abre-te a tampa e a ti direi...
O segredo... O segredo... É o teu cheiro...
Que dos teus belos e doces olhos roubei...



O cheiro...



Deves saber que, quando se abre o coração e se olha o cheiro que pairou nas nossas narinas, sentimos os pulmões livres, como se respirassem um ar celestial e doce. O odor penetra na mente, descendo até ao coração que embevecido pelo o cheiro, pede que os nossos olhos se fechem, criando assim na nossa mente uma bela constelação de emoções, sonhos e prazeres que vivificam os sentimentos frágeis, fazendo com que eles ressuscitem bravamente ao calor do contacto do odor. A verdade, os olhos que verem a passagem do estado líquido ao gasoso, são os olhos de uma imaginação que, agraciada pela a necessidade de conhecer a felicidade, se fundem em visões alucinantes, transmitindo assim a visão ao coração. O toque sutil de uma essência que trenspassa as nossas narinas elevam-se dentro da gente gigantesca montanhas absolutas de um querer que abrasivo, tornam-se as nossas emoções sensíveis a um odor que faz criar no íntimo, um belo circo, onde toda a lona cobre o sonho que efervesce no peito. Abrimos os nossos olhos e sentimos que a ansiedade torna-se absoluta, envolvendo com mestria o querer de um coração que, sutilmente, anseia perder-se em um longo eflúvio de risos matutinos e ingénuos...!



Descem em chuva os pensamentos que soam
Na imaginação criativa de um poeta
É ouro...! É pérola...! É incenso que sobe,
Um agradável aroma que se descobre
Nasce no olhar e como pomba celeste voa
No célere céu das lágrimas que descem
Descem e sobem e neste movimento eterno
Sempre em nós a estação é de inverno
Que belas flores enfeitam o amor que sente
Um oásis se forma na frente da gente
É amor...! – Diz o poeta na sua procura,
É o sentimento ímpar da nossa formosura...!



A saudade.



Arranca-te do teu jardim o meu perfume
Banha o teu corpo, a tua pele sentirá
Jamais ela se esquecerá da suave nódoa
Da marca de um perfume que eu usar
Lembre-se que o cheiro nunca acabará
A tua mente extasiada sentira a falta
Se, por acaso um dia tu dele separar-se
Beba e sinta na língua o gosto do vinho
Jamais esquecerás tu o longo caminho
De sempre com o perfume te banhar...



Quando se gosta de um perfume, jamais esqueceremos o seu odor. Queremos descobrir a sua fórmula com os seus ingredientes ricos em cheiro e prazer. O perfume que invade as narinas, sempre deixa uma marca profunda na mente, ora, procurando os pensamentos o cheiro doce que antes invadia a sua alma e não o encontrando, eis que se levanta no ego uma sensação de busca. Atiramos-nos, Desvairadamente a cata das flores para fazemos o cheiro que nos causa dependência. Temos a sede que absorta, permanece criando um carrossel de sabores ao redor da pele. Levantamos os olhos tentando observar, atentamente, uma leve presença, apenas uma gotícula do bálsamo que tanto fecunda e faz o espírito alegrar-se, saltitando no azul de um mar que nasce e corre lá no mais profundo e absoluto interior da gente. É tão suave quando se abre um frasco, cujo odor nos faz passear através de um simples fechar de olhos, explodindo assim em gozo as sensações que invadem o grande firmamento que edifica os sentimentos. É delirante suprir a carência de um coração que abandonado ao relento, de repente, abrem-se as emoções, causando uma tempestade de prazer que faz gotejar os olhos que silenciosos, procuram apenas acreditar que a beleza começa a se formar, enquanto corre um zéfiro frio e suave no nosso campo, no interior humano começa a se formar as primeiras nuvens para depois, com um novamente fechar de pálpebras fazer trovejar e chover lá nas profundezas de um sentimento que bate e vive no seio da gente.



Criam-se perfumes com bálsamo do amor
Cabe colocar uma porção sutil ao coração
Quando se gosta do cheiro o amor se e busca
A sua fórmula, a sua essência sua paixão
Assim é uma amizade quando se gosta
Traça-se nos olhos uma bela admiração
Eu e tu somos aos nossos olhos a razão
Que se fundem do amor à afeição...!
O ferreiro molda à aliança da união
Sempre se olha e se admira quando a emoção
Conquista os olhos de um coração...!




Falei a ti, cara senhorita de um aroma em cujo frasco contém gotículas de essências criadas por mãos humanas. Há sim, outro odor genuíno e puro, castro e suaves onde mãos dos seres mortais não são capazes de criar. O odor que me refiro, é o cheiro, quando se gosta, entregando-se assim, a outra pessoa com incansável admiração. É provável que o líquido que corra através do amor, quando se nutre algum tipo de sentimento a outro coração; fundem-se: um sereno e doce, o outro: amável e suave. Eis que ambos, em uma bela fusão, tal como se fosse o ouro macedónico e o diamante persiano, agrupam-se, mistura-se, transformando ambos em um encantado, revoado sonho que no alto da sua prosperidade, permanece sobrevoando o espírito majestoso que assentado, sobre as asas do pensar, saboreia com um grande mar nos lábios, a chegada explosiva do amor.
Há sim, quando se gosta, um cheiro que trespassa as nossas narinas, mesmo quando se está ausente do calor que nos faz tanto bem; mas também, há de sabermos que pelo menos o respirar, o exalar de uma vida, de uma estrela resplandecendo ao longe dos nossos olhos, é um belo motivo de admirá-la e querer tocar-lhe toda a sua amplitude. É um belo sonho imaginar qual a beleza que ostenta no seu brilho e ansiar, para nós, toda a sua doçura e o seu brilho que na constância do seu piscar, remete a nossa criativa imaginação sensata uma leve vontade de desejá-la.



Mas cadê o frasco que foi esquecido
O grande segurador do nosso perfume
O vidro transparente igual à mente
O que seguro o calor, o cheiro e lume...
A causa da evaporação que sustenta
É o interior de um frasco sem valor
Todos querem sorver da essência o odor
Esquecemos o frasco que o sabor
Segura no seu interior o sonho do amor...



E tu bem sabes, ó sensível mulher...! Sabeis sim, que apesar de não conhecê-la e não saber detalhes da tua vida e tua lida neste imenso campo de batalha que se chama vida e sabeis que eu sem o teu conhecimento e sem a tua autorização, levanto a ti grandes clamores de felicidade...! Sim, bela manhã que resplandece...! Ao raiar do sol, até o repouso do grande astro que sustenta em si forças e poderes...! Até as madrugadas quando a ti crio constelações de aspirações a tua vida. Torço e torcerei pela a tua existência. Aprenderei cada dia mais com o abrir dos teus olhos quando, na tua cama anseia a tua alma entrar e penetrar em lugares altos e majestosos. Tu sabes, ó bela campa que sustenta as minhas pegadas...! Sabeis nestes escritos que a ti dedico com extremo carinho toda à minha admiração e afeição pela a tua amizade e pelo teu carinho. Tens paciência com o amigo que desconheces e que longínquo tece a ti comentários solúveis e concretos do teu ser. Eu sou o frasco que remete as tuas narinas o doce sabor de um perfume que exalas diante dos teus olhos, criando assim borbulha de desejos aos teus lábios e sonhos grandiosos ao teu coração...! Eu sou apenas uma passagem para a tua criativa imaginação, rica em essência e rápida no agir. O frasco contém além do cheiro que certamente impregnado ficará por toda a tua vida, a morada da tua procura e o asilo das palpitações que moram e gotejam na flor do teu viver. Doce e querida amiga, assim eu expresso a ti, com letras que saltam diante dos meus olhos a tua existência e tudo aquilo que fecundastes na minha vida. Saúdo-a com formas varonis, cada transpirar da tua vida...! Eu sou o vidro que deixa transparecer, no reflexo do seu espelho, a tua sensibilidade e toda a tua força interior que brilha e ascende o fogo que caminha na trilha do teu destino...!



E assim vai-se a pluma ao vento
Molham as flores ao relento
Espantamos quando achamos o tesouro
Será bela Madona que é de ouro...?
Duvidamos... E não cremos...
Mas existem sim pessoas solidárias
Eu a guardo sim no meu peito
Esse é o meu maior tesouro
Prata, bronze ou até mesmo o ouro
Não reluz quando se ama o outro



Eu falo de ti, isso porque eu a acho que é uma mulher sensata. Uma mulher onde a vida abnegou-lhe os sonhos mais sensatos e castos. Há uma batalha que se desenrola na tua vida, mas isso vem provar que é uma diva forte, onde no seio, certamente se fundirá a grande vontade de ascender, em um crescimento colossal e magistral, isso porque ainda permanece no recôndito da tua vida, transcender e conhecer as formas da felicidade que ainda faz suspirar e tremer o teu seio; quando os teus pensamentos, voando aligeiro, sentem a necessidade de fazer arfar os desejos do teu coração. Há ainda a calma do teu olhar, complacente a tudo, um belo olhar de quem nada pede, mas no fundo, traça diante das imagens do teu afã, a bela misericórdia de um grito que não foi solto, mas no silêncio, o teu pulsar, o teu imaginar, elevam-se na tua face e, balbuciando frases leves e frouxas, penetra nos teus suspiros o raiar da paz que tanto ansiastes a chegar...



E lá vem nas lágrimas o sonho
Levando-me ao êxtase da utopia
Ando e sei que não estou sozinho
Cerca-me o vento onde se rodopia
A fragrância inocente que banha
A mátria do espírito da verdade
Eu sei que deste a pequena idade
Sempre sonhei e hoje satisfaço
As pegadas dos meus leves passos
Eu sei quem eu sou; mesmo descalços
Moldo meus sonhos e sou eu que faço...
Por que eu sou o autor...














Áspide é teu beijo


Ah! Já se faz um século que não a vejo
Isso é bom para minha vida e desejo
Pois o áspide venenoso é o teu beijo
Fugir da tua saliva é o que mais almejo!

Há mistérios nestes teus olhos imundos
Nesta boca que exala teus queixumes
Há uns odores dos teus vis perfumes
Sustentando os prazeres dos vagabundos

Anda a correr em busca da tua perdição
Névoa – que cai sobre a terra e afunda
Astro – que leva o pó na cauda da ilusão

É tu a grande ilusão da minha paixão
Pecado que no meu seio abunda
Imagem concebida pela minha visão

A insensata


Desvairada, insensato segue o teu rumo
A dilacerar teu próprio coração imundo
Mistura-te com as dores afias do mundo
Perde-te cega e só com a fumaça do fumo

Pérfida! Assim é a tua vida vil e errante
Anjo que caiu do céu e agora na terra
Tenta levar os seres a pecar nesta era
Perder-se do caminho da vida abundante

Em ti se desfaz sonhos e respirar profundo
Contigo seguem os perdidos nesta afronta
Isolam-se vidas sem forças e sem inocência

Mas já se vem o dia do teu frio julgamento
Pois tu pagarás com sangue a tua conta
Não foste nem fria e quente nesta existência!

Coração impuro


Ouço a tua voz a soar na campa escura
Arranca e rasga o véu do teu disfarce
Recôndito, perdido na tua doce face
Está o caminho que me leva a loucura!

Sóbrio é teu coração que nunca busca
Os atrativos de um sentimento puro
Em ti se arrasta um espírito impuro
Perde-se em ti uma ausente procura!

Anda á esmo no tempo sem prumo e rumo
Quem é tu néscia que nada sussurra?
Perde-se nos prazeres da noite imunda!

E andas entediada contaminando, é sumo!
Nódoas de um grito que perdida urra
Nas profundezas das armadilhas te afunda!

Doce amada


Simplesmente, maravilhosa...!
A ti dirijo meus pensamentos e louvo-a com uma imensa doçura e sede...! Agradeço a ti, cara amada...! Pois assim a chamarei a partir de agora...! Isso porque tu fitaste com os teus convidativos olhos a tristeza que há em mim, e rompendo o teu silêncio, pude ouvir a tua suave voz, entre cortando a imensidão solitária de um "eu" aflito...! Rompo também o meu silêncio para te dizer que és bela e graciosa aos meus olhos...! Deus a ungiu com lindos atrativos e beleza, pois agora, rompem-se diante de mim o teu doce, magistral e encantador sorriso...!A tua imensa e pura companhia...! Obrigado, minha cara diva...! Obrigado por aguçar os teus ouvidos...! Obrigado por sussurrar enquanto lia a minha carta...! És maravilhosa e doce...! Não há no céu constelação mais brilhosa do que teu coração, pois agora, neste momento, quanto a ti escrevo, posso vê-la, e vendo-a, posso sentir em meu coração, invadindo a minha alma e todo o suspiro da vida que ainda habita em mim: - o teu doce perfume...! - Que essência tu usa...? Como é bom te olhar, e face a face poder te dizer o que sinto...! Como é esplêndido tê-la como amada...! Respiro e silencio diante de ti a minha boca, pois em mim, os pensamentos falam candura e beleza, quer seja da mulher, quer seja da amada...! Obrigado, ó doce vento...! Pois sinto o frio que invade-me quando contigo permaneço...! Obrigado,incomparável e grandiosa mulher por ouvir-me...! Obrigado, minha doce diva Lua pelo teu entendimento e por tua amizade...! Obrigado por estender as tuas mãos a um coração que tanto anseia amar-te...! Obrigado pelos momentos da tua agradável companhia, isso porque quando contigo estou, tudo ao meu redor voa, já não consigo olhar e me aperceber do céu, apenas o que sinto é o vento trazendo as minhas narinas o aroma doce, encantador de uma eloquente mulher...! Obrigado, por vê as lágrimas que saíram dos meus olhos, fazia tempo que elas queriam ascender e, não conseguindo permanecer inerte, e diante da mulher amada, de repente, brotaram como se fossem a chuva leve e fina, quando levemente, na primavera, cai suavemente em cada pétala das flores, mostrando assim depois o seu viço e a sua formosura...! "Eu a amo, deste o primeiro momento e será eterno, até o fechar das minhas pálpebras e o cair do meu último suspiro...! Até o fim do meu olhar que certamente será teu...!”

Amor silencioso


Sabe tu que sob o céu e sobre a terra permanecem ineptos, deitados sobre uma areia escaldante os sonhos recônditos de um coração, que,apesar de bater e sentir emoções, vive absorto, olhando o além de uma odisseia sem volta...! Sabe tu que no mais íntimo dos corações,guardados, ocultos de olhares curiosos, segredos que até a própria alma duvidas...! E tu sabes que no fundo de um olhar, às vezes, a maioria das vezes, resplandecem palavras que ao olho nu nunca se consegue decifrar...! E tu sabes ainda que durante todo o pensar de uma doce consciência sempre habita um ser supremo, no qual é dona das nossas emoções...! Que monumento está situado diante dos teus olhos! Uma obra-prima que tento deslaçar, pois às vezes sinto até vergonha de expressar...! E tu és capaz de subir ao alto, dirigir a tua vista e tentar decifrar o que existe do outro lado da minha imaginação...! Poderias tu dirigir além da eternidade, rebuscar na alma que ao longe sussurra e murmura frases que ouvidos humanos não serão capazes de distinguir...! Ah...! Tu poderias sim, e como podes...! Criar e recriar um som, e, através deste som, poderias tu seguir uma trilha, uma vereda porque assim sendo, tu descobrirá segredos que aos teus olhos e coração desconhecem....!E os meus segredos...! Posso compartilhar contigo...! Posso arrancar da minha alma coisas que aos teus ouvidos soam indiferentes...! Que me adiantaria saquear do céu às estrelas, se tu não as receberias como presente...! Como poderia eu roubar o ar, o fogo e o tempo, se tu ignoraria a minha destreza e ousadia...! Que poderia eu fazer para tentar arrancar de ti uma expressão de suavidade da tua face...! Eu sei cara amiga, o meu destino, ou sina, pois assim é mais poético e gostam os poetas de usar tal expressão. É permanecer fitando, olhando um nítido céu azul, mas tenho medo que esse mesmo céu descampe-se sobre a fragilidade das minhas ilusões...! E agora, o que faço eu para esquecer a minha primeira anónima...! A que tens os olhos de ressaca, oblíquo e dissimulado...! Como faço para tentar extrair o fogo que ferve no meu interior...! Ardo e gemo nesta minha eloquência desvairada...! Observo o correr desforrado de um gélido ar que percorre um caminho solitário...! Tento erguer-me e de soslaio, fito uma paisagem cândida e celeste, mas ao mesmo tempo, tenho medo de seguir avante, pois temo o que me espera no além...! Ah! Como poderia eu rebuscar um sentimento que a mim é proibido...! Como posso sorver as gotículas de risos da minha boca, se quando começo a ri, tremo e grito com medo que esse mesmo sentimento, (pobre coitado de mim...!) possa enraizar, efervescer e criar raízes que me deixará enormes marcas...! Levanto-me, e eis que os meus olhos sempre contemplam a tua paisagem...! Sempre visito o teu jardim, as vezes permaneço calado, apenas fitando teu semblante gracioso e belo, outras vezes, tento soluçar algo que aos meus ouvidos são incorrigíveis, mas ao meu coração, são palavras que emanam e têm sentidos exatos, cuja exatidão, é a expressão máxima de quem é humano, e de quem verdadeiramente ama e sente...! Mas aqui termina a minha principal narrativa, não o conteúdo em si, pois esse habitará e sempre florescerá quando a matutina brisa entrar pela a fresta do meu coração e permanecer, ainda que seja por leves minutos, ela ardentemente me trará de ti saudosas lembranças...! E eis minha cara que também começará a gradual renovação de um novo homem, do seu trânsito progressivo de um novo sentimento para uma nova afeição. Sei que nada me será dado gratuitamente e que para isso, tenho sim que fazer uma grande façanha futura para encobrir o meu temor presente. E como sempre diz o poeta: "Que a paz me venha breve e que seja longa a minha espera, e se, pelo menos puder respirar meu coração, exalando o último prenúncio de um amor, pelo menos viverei com a certeza que
sorverei, ainda que seja breve, os ténues dissabores
de uma espera infinita ,no qual aos meus olhos apenas restará: lágrimas e saudades...!”

A minha mãe


Há de sentir, ó mãe dos meus suspiros!
Que existe uma ruptura no meu seio
Perdi minha sede, ó Deus como é tarde!
Consertar meus ais e meus devaneios!

A flor dorme exposta a chuva e ao vento
As pétalas são levadas no frio da noite
Vem uma chuva, é meu triste açoite
Acusar-me pelo meu afio pensamento!

É impuro o pulsar de um coração inapto
Que pena causa-nos a face tão chorosa
Por que de ti, ó espinhosa vil feia rosa,
Colhi teus espinhos nas lágrimas do rosto

Vamos filho já se faz tarde e a bela campina,
Chama meu corpo a repousar dormindo,
Vem querido, olha o que vem surgindo...
A devastação de um sonho meigo de menina!

Ergo minha voz a um imenso nível profundo:
Acorda mãe! Acorda porque tenho fome...!
Maldito me foi o mundo e sempre infame,
Desperta mãe e que abismo separa o mundo?

Já vai cedo? Permanece a minha sombra
Não vês que a saudade já me devora
Por favor, não se vá tão cedo senhora,
O martírio deste pesadelo me assombra!

Desce o teu véu e beija-me meu molhado rosto,
Não te esconda, fugindo do meu doce amor.
Senhora! Diva ! Amo-te e não deixe a dor,
O fruto do pensar do meu pensamento imuto!

Como caminham meus ecos angustiantes.
Gritos lancinantes que voam ao vento.
Acorda poeta frio que chora ao relento,
Morreu e não retornam amores dormentes!

Ah! Que suavidade é a expressão do teu rosto.
Tua face permanece no meu seio sem alento.
Morreu a flor que alimentava meu sustento,
Descansa no túmulo do meu triste pensamento

Que suavidade! Que magnífico é teu aroma!
Alimentaste-me com teu doce seco leite,
Ascendeste a minha sina e meu deleite,
Foi amar-te! A minha sina pega-a e toma!

Escondem na noite as visões profanas.
Meu íntimo é uma cova sem nome.
Ergo-me! Olho o fantasma que some,
Mas retorna, aclamando pelo o nome!

Quantas dores permanecem recônditas!
No sofrido coração que tanto ama.
Que covil! Que vil! Quem me chama!
Serpentes venenosas! Quem me afronta?

Lá vem o lúgubre me assustar a alma.
Terrível ser que ainda me sustenta.
Vem e devagar silenciosamente entra,
Explora a fraqueza, roubando a calma!

Que visões são estas que me entristece.
A um grau extasiado de amargura.
Onde está a minha triste sepultura?
Que malbaratadas teias meu seio tece!

Foi-te com o semblante tão entristecido,
Já não há mais a emoção que me ilumina.
O velho peito que agora ruge e assassina.
O sonho que permanece só e adormecido!

Ah! Como dorme na campa a flor solitária!
A suspirar melancólica e só nesta vida.
Há uma nódoa de lágrima fria despendida,
Da pétala que agora chora no meu vazio.

Não te isole, ó cântico da minha alvorada!
Sempre será aos meus olhos atrativos.
Meus sentimentos são teus e cativos,
Exalará seus odores pela a tua suave vida!

Tão grande é a solidão da campa fria!
Não há vida que suspira nesta montanha!
Tudo aqui é bem insensato e estranho,
O vento traz aroma da triste melancolia!

Como arde e queima esse sentimento!
Corre silenciosamente atroz no vento!
Só há dor, tristeza, medo e lamento.
Uma lascívia habitando e efervescendo!

Tão imenso é esse passear na gente.
A nódoa de dor e descontentamento.
Diga-me o que é esse sentimento?
Maltratando o coração frio e inocente!

Meus sonhos se perderam metrapilhos.
Matando o interior que sempre ausente.
Perdeu-se no joio a ingénua semente,
Sufocada morreu entre feios espinhos!

E subo a montanha da minha triste dor.
Meu Deus! Eu sou quem? Quem sou?
Onde permaneço e fico! Onde estou?
Quem de mim roubou, matou meu amor?

O amor de uma mulher...








O amor ígneo...! O amor desdenhoso...!
É eflúvio de lágrimas lograr teu rosto,
É dá queixumes...! É ficar ansioso...!
Nos louvores, inflama na boca o gosto!

Estorva no coração a dor, desvanecem,
As flores, o riso suave divino da alegria
As trêmulas figuras: fúria e dor descem
Para taparem a límpida bela luz do dia!

Cândido! O pólen do beijo inflama,
No coração a ânsia de quem ama,
Explode a clemência de uma chama!

O amor no coração ingênuo é sabido,
Que entregando o amor a quem se ama,
Corre grande risco de se ficar perdido!



Este soneto que fiz alguns anos atrás, como o título já diz: “O amor “foi criado pela necessidade que havia dentro do meu peito. Escrevo sobre o amor, não que tu não saibas o que significa, pelo contrário, se o teu coração, essa pequena válvula, que se alimenta de emoções, foi visitado por algo celeste, certamente brilhou nos teus olhos a candura e o renascimento da alma, jogando-a sobre fortes impulsos que fluíram quando tu sem se aperceber, chegaste diante da fonte e fostes arrebatadas; levada a um lugar que antes desejava o teu coração! Subistes degraus com a suavidade dos teus passos e aconteceu que a grandeza superiora que é o amor, ejaculou-se, em forma de essência genuína e suave as tuas narinas, prendendo-a em uma cucurbitácea em forma de jaula, mas uma prisão, onde os teus sentimentos sentiram-se seguros e fortes, isso porque tu ascendeste os limites colossais imaginários de um a afeição bela e afável. Acredito que se encantastes isso porque senhorita, tu fostes cercadas por formas indescritíveis da tua beleza e grandeza de mulher. Aguçastes os teus olhos enquanto as tuas narinas procuravam o odor que eclodia diante de ti, é claro, sentindo-te curiosa, foi atrás deste doce aroma, isso porque também, as palavras que foram proferidas deram a segurança que tanto buscava a tua alma; e nesta constancia, neste vai-e-vem, bastou um rodopio do teu corpo para perceber que alguém te encantara ...!


Como nasceu?


Talvez pela a atenção que a ti foi dada. Alguém em ti jogou as sementes, e eis que, encontrando a terra fértil, molhada e exposta aos raios do sol, frutificou-se a pequena semente, e eis que se formou uma bela sombra, e tu, cansada, deprimida, perdida, eis que olhando a bela sombra, parou e descansou. Isso porque também, tu recebeste atenção que a ti é devida. Sentiu-se totalmente cobiçada por um ser que desconhecia, mas esse ser, aos poucos, mexendo com a tua sensibilidade, mergulhou profundamente dentro de ti, é verdade que nesta tua tão grande solidão, pois o teu coração sempre sonhara entregar-se ao ímpar e único amor. Sim, derramastes pelos sons das palavras que sensibilizaram o teu aguçar feminino e neste toque, começou fluir em ti a grande e incalculável frouxar de admiração por mim. Por alguém que ousou levar-te ao conhecimento da tua própria razão, cuja razão, sensível dentro deste teu coração de mulher, sentiu-se a vontade diante de mim, e neste pequeno espaço de tempo, com o acordar das tuas faculdades mentais e o querer de amar e ser amada, eis que de repente, viste-te totalmente entregue a um sentimento que evoluiu, deixando dentro de ti marcas profundas de um “Eu te amo...”
E eu, o que penso...?

Sou o vento que vagueia no tempo
A fumaça que entra buraco adentra
Tufões de “ais” líricos eu sou o outro
Poeta que fez uma odisséia no tempo...

Sou como o vinho suave ao conhecedor,
Como o amor que tanto seduz a gente,
Sou não mais que repentinamente,
Os tributos sagrados do alegre amor...

Sou o que sou... Eu sou também gente,
Do teu coração vivo e ardente,
Sou o amor ausente que ele sente...

Sou os suspiros que tua boca exala,
O som do teu ouvido ausente,
Da tua boca minha língua fala...

Ah...! Quem não gostaria de ser amado? Quem não gostaria de ver e sentir, o doce sabor de uma grandeza que corre ejaculando suavemente nos olhos celestes de uma beleza infinda?Quem não gostaria de ser aperceber e ter domínio de asas que levam ao conhecimento da beleza límpida e viva? Claro que eu gostei sim, porque negar o fato de ser amado e saber que no zéfiro posso conhecer, através dele variados perfumes de suavidade que emana no simples pensar de um amor que a mim é dedicado? Mas preocupo-me. Isso porque senhorita, quando se ama e não se é correspondido, faz nascerem no olhar, gotas de lágrimas angustiantes e faz pulsar ferroso um coração que se emaranha de um querer devasto e cheio de insensatez! Preocupe-me, isso porque eu sei que têm em ti grandiosos sentimentos, e que deve ser colocado diante de um monumento que dê sustentação aos teus ideais e a tua sensibilidade! Dói-me saber que dentro deste casulo, começam a visitar as tristezas de um amor que podes deixar-te cicatrizes profundas, causando danos aos teus sonhos que permaneceram abismados, fitando um pôr de sol que possivelmente não verão os teus olhos...!
Admiro-te pela a tua destreza e coragem e não posso incriminá-la, isso porque temos corações e nós não os dirigimos, pelo contrário, por eles somos guiados, nos levam às vezes onde queremos e outras vezes onde não desejamos...!


O que fazer...?

Sorver dentro do peito esse amor que certamente te cobrará possessões futuras...? O que devemos fazer, eu e você, para acalentar e não fazer com que a tristeza possa invadi-la, causando em ti uma decepção profunda...? Senhorita, a verdade queria sim que me amasse, mas um amor que pudesse te arrancar suspiros poéticos e verdadeiros quando, assentada frente a mim, pudéssemos olhar um ao outro, fitar-nos em um laço profundo de amizade, isso faria com que eu não me cobrasse pelo o fato da dedicação do teu amor a mim, e certamente não cobraria da minha consciência a acusação de não poder amá-la, porque assim sendo, certamente poderia eu sim, levantar os meus olhos e pronunciar diante de ti sons de uma amizade verdadeira e celeste.

E agora...?

A verdade senhorita, queria agradecê-la pelo o fogo que eivou de mim e em ti habita. Mas a verdade também tem que ser dita e escrita. Tu não podes amar-me sem uma base sólida? Esse amor que sentes comparo a uma mão que tenta segurar o vento, no qual, ele nos foge pelas frestas dos dedos, sentimos apenas que se esvai e não conseguimos segurá-lo por completo. Acalma-te e tenta apenas sorver a beleza que sente, coloca-o, esse sentimento dentro deste teu íntimo de mulher, fortalecendo-te e te tornando mais rica, quer seja em essência genuína sentimentais, quer seja na força que fortaleça todos os teus sonhos que permanecem ainda sonhando com a felicidade eterna...

Mas cabe aqui uma bela consideração a respeito dos teus sentimentos e de tudo aquilo que sentes, a saber: “É que ainda vive e vivendo, dentro da tua alma jorra um belo manancial, uma fonte que corre descambada, dando vida todas às formas de vidas que nas margens do rio vivem e cujas vidas são: a tua emoção, a tua alegria e o prazer inconfundível de querer nascer, agora com ímpeto e toda intensidade do teu coração de mulher...”

Deixo a ti a minha sincera admiração e posso te afirmar ainda que essa bela mulher, essa linda diva, quer apenas o poder de ousar, redescobrir em si, a grandeza das batidas de um coração que sonha, pulsa, bate, fazendo com que os teus olhinhos brilhem a procura da límpida essência que a deixa totalmente em êxtase, fazendo assim o coração, subir a tua garganta, querendo gritar:” Estou viva e desejo apenas amar e ser amada...” Sou mulher e quero ascender, conhecer com a minha alma as visões terrenas e angelicais do prazer do amor e saborear com os meus lábios todas as formas de doçuras que eu possa imaginá-las...

Certamente o estudo do teu sentimento humano não acaba aqui, pelo contrário, começamos apenas, isso significa que, enquanto a tua face ainda denotar o brilho do amor, teremos sim, muitos argumentos para plantar em ti a divina providência desta tua bela razão...

Poema de amizade


Encontrei um belo tesouro que guardo
Não é feito de ouro e nem prata
Não há colar de pérola que pague
O que no neu seio tenho guardado

É maior que o céu terra e mar
Tem sabor celeste do manjar dos anjos
É um sentimento em belos arranjos
Nas doces visões de um belo olhar

Guardo-o no meu peito meu alimento
A extrema voraz ansiedade de ofertar
Com paciência a ti quero oferecer
O bálsamo que fará eu e você crescer

E vibro em saber que flutua o teu ser
Há ainda de no teu campo florescer
A mulher que aos olhares vai tecer
A simplicidade de quem ainda vai viver.