sexta-feira, 1 de maio de 2015





POEMA
Buscar o escondido
 e pela a sua 
brecha.

Sorver o êxito de toda a sua
 formosura.

Ouvir dentro da alma a sua bela 
pintura.

Completar 
o que falta ao outro... 
E depois cravar
 a sua flecha.

SER POMBA

 OU CISNE

 A alma tem a sua
 insigne.

Um 
sinal de aventura que atina
 os braços.

Um 
assento para um operário que
 amassa o barro.

E seu desejo nele se 
tinge.

Por que
 vaga é a alma que mitiga 
no arrebol.

E que
 só repousa adormecida
entre os faróis de uma
 dor.

E entre
 feixes de queixumes e 
rol.

Sua pomba foge 
enlouquecida.

E seu
 cisne vegeta no seu 
amor.

Assim por longos
 tempos se esvaiu e
 sinistro.

Das 
esplêndidas flores o seu maior 
artista.

Sobre 
as margens dos seus sons o 
pianista.

Do 
seu alabastro o seu viço não mais 
ministra.

Pois 
o abrigo da angústia da sua alma 
respira.

A flor 
que enfeitiça ceifada a sua face de 
dor.

Entre
 as mil chagas do seu
 amor.

Aumenta
 cada vez mais sua 
ira.

E assim
 vem um cárcere
 vertido.

Um
 espinho no coração 
enrustido.

Arfando
 fugitivo do seu 
sonho.

Consome-se
 o perfume que bafeja
 sem nome.

O QUE
 IMPORTA NA PELE
 É SEU SABOR 
DESCONHECIDO.

Mesmo
 sendo fugaz e tã
bisonho.

Vaporoso proscrito!

 Anjo de olhar tristonho!

A olhar
 do seu céu o infinito
 profano!

Retumbante
 solavanco que vai 
cavando.

O estridor
 de um aço no seu
 sonho.
Vertigem
 que fumega veloz fogo das
 entranhas.

Na
 corrente da alma um a um se 
disponha.

Loquaz
 e voraz sua lágrima 
apanha.

Disfarçadas
 vêm à tona todas suas
 façanhas.

Bramindo
 o sol da inocência a paixão 
afunda.

Bufando
 febril vibração sinistra 
corre.

No 
vale da alma dos tuneis 
bramidos.

Rígido
 acorda e se agita o berro que
 fecunda.

Ébrios
 desejos no céu da boca que 
morre.

E nunca
 suprida pelos os desejos
 oprimidos.

Cândida
 harmonia de um colar e seus
 beijos.

Quentes
 fantasias que nos seus 
lampejos.

Despejos, ensejos e cortejos!

Das carícias intimas aos seus 
gracejos!

Lírica 
é a natureza do teu encanto que
 verdeja.

Emanações
 de risos que se explodem
 acessos.

A buscar
nas asas aligeiros e 
dispersos.

As 
delícias de um beijo que 
sobeja!

Migalhas
 são atiradas nas preces dos 
lábios.

Que
 para viverem se mordem por
 inteiro.

Nas
 brumas do frio de um corpo em
 devaneio.

São
 anseios de um provérbio que nos seus
 rateios...

Satíricos, descritivos, alcoviteiros e
 forasteiros.

Guloseima 
de uma ilusão que se parte ao 
meio.
O ocaso
 se esquiva e no seu vazio brilham 
estrelas!

A tempestade
 dos delírios ouvem seu próprio 
eco.

Ecléticos
 pandarecos brincam com seu
 boneco.

Loucas
 mãos vazias que não se fecham.
 vê-las?

Sugam fabulosos os mamilos o 
osso.

Os
 veios de um metal que não é
 ouro.

Um mal que se cria
 duradouro.

E que 
se orna dos pés ao
 pescoço.

Omisso
 e condensado feito chuva 
cobiçoso.

Estranho
 sol que se põe entre os
 olhos.

Miragens de um luar 
maravilhoso.

É 
um bulício de um sonho
 doutro...

Perfumes cravados entre 
abrolhos.

Sem a mistura do licor do 
outro.

A frieza 
de um réptil que desliza 
recôndito.


desenrolar suas picadas 
enamoradas.

Beijos antes suaves... E hoje 
envenenados.

Contraditos
 de créditos para um súdito
 aflito.

Inóspito
 é seu iodo que aflora a 
nódoa.

Chilrando
 com o seu porte a
 morte.


omitir as juras do moço sem 
sorte.

Luxenta lua que se 
atordoa.

Força
 fluente com sua comitiva 
torta.

 Infinda dor que mata e 
come.

Prende 
sorrateiro o coração do 
homem.

E vem e bate a minha 
porta.

Sussurra aos ouvidos seu
 nome:
Eu santo e tu lobisomem!
Gozar
 infindo a dor no calabouço do
 amor.

E do seu mel colher tão
 cedo...

Um 
órfão a achar seu doce 
azedo.


se lambuzar em todo o seu 
sabor.

Escutar 
a doçura dolente e seu brilho
 ausente.

Aliciante ao ouvir sua voz 
monótona.

E se quer por inteira ser sua 
dona.

Viver 
seu licor inconsequente e
 ardente.

Toda
 noite pálido espero, e desperto
o espanto sentido no peito das 
dores.

Onde estar o meu amor?


converso em pranto e
 levanto.

As
 festas dos outros tantos 
amores.

E no
 suor da flor só sinto 
dor!
Pois o sangue 
se verga agoureiro a marchar
 estrelas.

Mesmo assim... Adoro vê-las!

Alabastro
 derramado e por mãos 
manejadas.


Arrastando
 o vento o elmo do
 agoureiro.

As
 mãos que emborca o amor de 
outrora.


grasnar pela a afeição da sua
 senhora.

Pois
 a audácia faz o gosto do 
artista.


realidade e o sonho no
 preceito.

Olhe o meu manuscrito!

Pois
 nele tem a sutil armadilha do teu
 vestido.

As manipulações
 cronológicas do teu perfume 
na minha pele enrustidos.

Não tem visto?

O sintagma
 enfatizado dos teus risos nos meus
 escritos?

Oh! Terra mítica e lendária! 

Pois a memória transporta os artífices 
das fantasias no sol0 dos pensamentos, e
 alado...
 O soldador sela as asas entrelaçadas
 de seus relatos e faz acordar cintilante o gerador
 de vigor dos pedaços das suas luzes, e que
 enchem sem medidas a alma que por ti tanta 
canta.

Ó advento da sede!
 Olhe pelos os meus
 cântaros, pois todos se encontram 
secos!

Nutre-se
 e também se escreve a memória com 
os murmúrios não percebíveis da íntima 
fantasia de arguto 
olhar. 

E nessa travessia... 

Quer seja tristeza ou 
alegria!


 Morre-se 
ou se renasce aos pouco a cada 
dia! 

E EU MORRO POR 
INTEIRO!


Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 01/05/2015
11:13

'Todos só me pagam pelas as metades..."
UFA!
"Eternamente Só"