segunda-feira, 21 de março de 2016

DOIS SONETOS. UM POEMA





DOIS SONETOS

        FEBRE DO AMOR


Que frio! Nada me acalma e me agito!
Febre arde e me endouda nos seus laços.
Tateio, o senso me falta e o que passo.
Um combate do amor que me abate.

Ando diferente e não sei se estou vivo.
Talvez cego pelo o que caço.
Pulso convulso e tão evasivo.
Triste íntimo de um prazer escasso.

Infindo pranto e como dói viver assim!
Voando e caindo nos sonhos ardentes!
Sem ninguém para cuidar de mim!

Quebra-me a febre e sem porto.
Afogo-me e na gênese do seu crivo.

Vivo sempre e me sinto mais morto.
                                                               
FALSIDADE


Profundo avança o clarão de um céu inseguro.
O frígido perfume que resvala o seu aroma.
E na alcova o penteador mastiga sua goma.
A olhar o amor tão doce por cima do muro.


O olhar ardente e que pouco ou nada fala.
Tantas vibrações e não sabe a quem pertence.
Quem nas dores o seu próprio amor vence?
Para não omitir felicidade a boca cala.


Ousada cortina que encobre a grande falsidade.
Véu que estala sombria na fria longa madrugada.
Longos eflúvios de amargas dilatantes lágrimas.


E vive-se ofegante na sua grande dualidade.
A correr medroso, triste e só e derrotado.


A padecer do mesmo mal de tantas almas.

UM POEMA
Abri-vos 
todas as portas dos espaços da imortalidade, e 
seus sons se deliciando com as cordas dos soluços da saudade!

Rasgando-se 
saudosamente as palpitações ágeis que geram as 
dolências dos encantos dos olhos, e que suspiram no
 vórtice das volúpias, e que são veladas pelos os anseios plangentes e delicados dos sobressaltos da ternura.

A saltitarem
 no céu que enlouquecem as águas do 
mar.

 O luar
 que esmaece e começa a cantar, e no desvario de um
 voar que desce e sobe pelo o corpo do
 verbo amar.

POIS SE DESENHA
 movimentos chocalhados e sensíveis, e que se
gravam no santuário do amor as formas dos seus risos, e com contorno cerado de um sensual erótico
 e bem criativo.

Vendavais
 de olhares e todos eles 
perceptíveis.

Suavíssimas
 pálpebras esplêndidas de um olhar doce e
forma aveludada a brincar no 
flux do luar.

O verbo 
vivo em toda a sua forma de 
amar.

 O piscar que 
se desata, e que depois cintila as centelhas da vida, firme e bem cuidado, e ainda levantado a vivenda da estrela do seu posto firme, e a sondar a flor de oferenda que vela o luar e a desejar o mar dos beijos de um outro olhar.

Que doce
 coração sutil onde o calor enamorado é lavrado
 nas flores ardentes da afeição profunda!  

E nasce 
e mora na face o espírito que abotoa no alto-relevo
 da alma os seus voos de finos cristais. 

Raro ouro de Ofir com a sua bela música cor da harmonia suprema no Réquiem do perfume se vestindo, e nos azuis das ânsias que galgam felicidades e belos sonhos.

Oh! 
O cume dos teus olhares que anseiam!
Tocar o gozo cristalino da ternura!
No brilho dos olhos estrelas passeiam!
Delineiam-se aureolados os vórtices dos ensejos!
Bando purpúreo de derramados beijos!
Estrela de desejo se despindo!
E dos lábios o mel fluindo!
Vestes prateadas ao vento subindo!
Corpos nus sorrindo!
Braços trêmulos que se abrem!

Contraídos 
trajetos os olhos fazem a
Forma de um esboço a buscar 
teu belo rosto.

Vênus chora, 
e o VERSO do amor cogita a se entregar 
aos mimos.

 O olhar
 que guarda a pérola, e entre lágrimas os soluços da ansiedade, pois a máscara guarda AS LINHAS DOS METAPOEMAS que remetem as suas ideias à posteridade poética, e que soluçam sentadas entre meia dúzia de poemas frouxos e solitários.

A composiçã
da arte que faz a Donzela com o cântico 
do seu SONHAR.

 Gentil e 
perfumada e bem deitada na brisa do seu
 luar.

 Oh! E como delira!

O bálsamo 
que ilustra os torrenciais da tua face, e cambiantes 
paisagens que purpurejam estrofes 
de um conto de amor.

Que bela
 cúpula tão alva e sensata e cheia de afagos a compreender castra e vasta os torrenciais do amor.

 E que
 no seu luar aprimora o seu gosto, e com uns punhados de derramados olhares, e que resvalam nas vibrações ardentes de um fresco gozo que estala a luz divina cascateada do brilho da vida DO SONHAR.

Oh, meu Deus! 
O que acontece com a figueira que se renova e galhos brotam?  Por que o seu verão é a minha primavera?
O que está se passando no íntimo poético?

EU SEI!





Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 21/03/2016
20:00

 O MEU SUPLÍCIO INOCENTE:

A seiva 
que se derrama na reforma da providência,
 e que essa desatina no seu 
ninho e sem ninguém para 
tocá-la.

























segunda-feira, 14 de março de 2016

AH, O AMOR...






AH, O AMOR...
ATRELADO 
no seu erotismo, e entre 
chaves de canções, e no 
caráter do seu discurso romântico um belo poema
 de estrofes suaves, e na
 sua confissão mais rica
 e íntima, a alegria 
luminosa do ar da 
solenidade dos seus olhos,
 e com o seu cheiro
 intuitivo, e na sua 
existência sensível 
com as energias de consciência única dos seus desejos, OS SEUS SABORES.


                                          
  AH, O AMOR...



Um sonho 
que cintila dentro de 
um perfume que eterniza o
 ardor do vulcão que se pendura
 nos seus afagos. 

A esfera
 dos beijos nas músicas 
que se arrastam deslumbrantes por entre os seios. 

O rosicler sereno da sua alvorada na gentil aparição sublime do seu prazer.

O alivio 
que saúda a Sacerdotisa da 
luz que veste a grande 
doçura da alma.

AH, O AMOR...

Arpejos 
tímidos e faceiros e erguidos nos seus astros os rastros dos 
laços das fantasias dos
 doces braços, e enfeitiçadas
e vastas as fragrâncias sossegadas dos altos aromas
 do encher do seu hálito.

 As 
suas flechas que pregam e inspiram e prometem
 a paz.

 Fogo que queima e que 
também ordena a vital aura
 das lágrimas saudosas
 que bombeiam risos de felicidades, e com os 
seus fios enlaçados de prosperidades nos tragos 
leves dos gestos que se 
enchem de saudades.

AH, O AMOR...

Que arde 
e pulsa... Que saltita e 
avança nos toques da vontade, nas emoções dos belos 
desejos e no sacolejo dos
 seus beijos, e nas aventuras
 dos arrepios dos calafrios
 do seu coração de aconchego, e na respiração que inflama suplícios de ternuras tão radiantes. 

A essência 
alegre da sua matéria que descamba desacordada.

E QUE ACORDA!

 A palpitar o 
seio trêmulo que enlouquece 
o jardim do leito, e que 
pede o êxtase, a plenitude,
 a magia da centelha 
inebriante da sua melodia 
que caminha pela a pele.
AH, O AMOR...

Que palpita e enche o corpo vazio.

Raio de sabores 
que eternizam em forma de louvores doces os pedaços de sentimentos, e que entorpece e desalinha, e alinha e também fascina o efervescente castelo mágico do sabor.

OLHOS ACESSOS...

 A decifrar tantas
 cores nas pupilas que se enfeitam com tanto langor.

 Detalhes
 extraordinários dos vultos que expressam os relevos de um ourives a detalhar uma flor do amor, e com o seu ouro reluzente, pensamentos que revelam o seu talhar, sereno ofício a celebrar tranquilo a opulência das paisagens vivas, estímulos intensos das suas cores exóticas que se derramam nas pálpebras, e na face, e nos aureolados seios que se engraçam com a graça, e que se acha quando no espírito o AMOR faz o seu passeio todas as tardes.

AH, O AMOR...

Vapores 
que flutuam e informam a proporção da luz que cresce, pouco a pouco, e trêmulos 
os nervos esmaecem, entontecem as serras da alma, e assim abalando o seu vértice, e vestes prateadas e com siderais cristais abrindo ânsias 
com suas visões leves, e infinitos ritos nas aladas 
asas do seu incenso 
eterno.

E chama
 e leva o barulho 
que goza do seu olhar.

 É 
de se gritar, e de se ri e 
também chorar do seu ar sempre contínuo no ágil céu do seu levar.

OH!COMO NÃO AMAR!
QUE SEDE!


Vibro Ousado! 

E como o beija-flor, e entre os condores que comportam altivos seus belos voos arrojados de longas envergaduras, e sempre a esmerilhar o zelo da beleza do seu VOAR na arena da sua singeleza.

O Colibri ama o doce
E “M” NEM PROVA.

MAS EU
 SINTO A CANÇÃO.

OUVES-ME!

 Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 14/03/2016

"Nove horas e quinze minutos dentro de uma noite lírica"

terça-feira, 1 de março de 2016

O CICLO


O CICLO 

Que abre
 as mensagens com a sua eterna piedade, e que adormece no bálsamo de um beijo, e com o seu resplendor de harmonia tão secreta.

A força
 eterna da beleza e a divina justiça na purificada sabedoria da eterna aliança que suspira pela
 A VIDA.
Eu traço o meu quadro e todos os seus atos elevados me conduzem a uma supremacia absoluta.

MESMO NO FOGO.

Um ideal soberano! 

Porque a 
cada camada de tinta eu brinco com os pensamentos, e na reflexão do meu silêncio, eis que se abre o templo dos ensinamentos, e o mago enervante que habita nos seus espaços é a consciência exata da evolução da 
felicidade.

 Porque 
no além-do-Eu o espírito é uma criança sem máculas, e com desejos a dissolver na primeira transmutação do seu arrebatamento...

O AMOR

O ciclo
 e suas quatro estações no sentimental evolutivo dos ritmos da febre universal que se chama 
amor.

As palpitações
 de um coração na sua evolução sentimental. O inverno da sua reflexão a se alegrar na claridade de uma primavera que bate à porta, e onde o inconsciente da lei do apetite do amor começa a se levantar.

Oh, meu Deus!
 A minha recepção está cheia de bajuladores a pedirem as bênçãos para a emancipação das suas vaidades!

A primeira
 via de acesso a buscar as realizações dos signos estéticos das ilustrações sensíveis, e bem roliço é o físico mitológico onde se surfa nas suas vaidades e no seu prazer absoluto de expor o modelo usado apenas na utopia.

O afogado
 berro de um arcano preste a aterrar o seu lado humano, e medroso plange o eco da sua fome, e no vergão vago dos sírios molhados por uma lágrima infame, e com os belos risos frios de um ladrão a semear o negro profundo de uma dor 
errante.

Geme
 no seu calvário o beijo, e investigado, e ainda bem delineada a sua lubrificação livre, e com o temporal das imagens intuitivas pela a sua personagem.

Interroga-me 
sobre o meu sacrifício e te falarei sobre a razão da digressão dos meus sonhos, e da sua metafísica nos viés das minhas lágrimas... 

E EU
 TE DIREI O QUE 
É O CICLO.

Porque
 equacionado o tempo está destinado à visão do seu sofrimento.

E ASSIM GERA
 o contato, e nas suas direções circunscrevem as comunicações silenciosas de uma amiga, e que mesma abstrata nas suas imagens secretas ELA obtêm os seus signos sem medidas para assim ser a voluntaria dos seus gritos de enfado, e dos atributos afetivos das suas emoções, e  também criadora originário dos levantes das suas lágrimas sem sal.

O real 
da emoção movida por memórias das verdades, e que afloram nítidas as nutrições do amor explicito, e sem a mediocridade das feridas 
falsificadas.

 Profundo e rico em cada signo do seu desenvolvimento, e envolvido pela a vontade de se doar...

O CICLO QUE  NÃO VIU.

 A extrair
 incessantes os vínculos da sua luz de fé, e nos símbolos da figuração do seu nascimento tecer o crivo das suas palavras de inteligências em todos os seus pensamentos.

PORQUE

Eu vislumbro
 o objeto extensivo e despertado a romper o  impulsionamento da sua arte na proliferação dos mistérios de um poeta com os seus coo extensivos sentimentos.

Um ponto
 diante dos olhos egoísticos e um tom laudatório do remorso que legisla a transmutação dos
 OLHARES.

 A expressarem
 uma alma malbaratada com uma grande substância, e com uma leve autonomia de se derramar na interligação marcante de um soberbo olhar de desdém.

 Porque
 se percorre toda a arquitetura, e na expressividade da sua obra se ri, talvez do mítico da sua criação e  do romper sem regras do processo dos risos em toda a sua largura.

Duros são
 os embates de um pórtico do amor com o seu processo de referências e a aceleração da fragmentação do seu romantismo, pois piegas é a crise dos seus olhos, o mover lento da sua língua e a pressão da instantaneidade do seu “torno” de raciocínios de violência da sua “prensa” a anular o uso da sua autenticidade,  e costurar os seus costumes falsos, e nos seus múltiplos quartos dos espelhos de reflexões  lança o movedor de cada um dos seus atos.

A matéria-prima
 na sua recém-descoberta de um exílio, mas não enxerga as interdições amputadas a si mesmo pela a sua ignorância.

 A beleza
 dos sabores de conexão dos abrigos, alternâncias de aromas que aos pés das paisagens dos abraços suspiram por um silêncio de andarilho íntimo e cheio de um licor transbordante.

Inseguro eu faço as minhas orações, e o claro-escuro das sensações reivindica a segurança da inocência que chora solitária.

O CICLO DA SOLIDÃO!

MAS DIGO:


"Eu não sou frívolo! 
Sou o ar supremo no fôlego da
 vontade de muitas ânsias! 

A crescer soltos
 nos cabelos perfumados.  

A calçar 
seus lábios com belos risos. 

A talar 
sua capa embebecida de afeições com os seus botões gravados com as palpitantes estrelas DA PAIXÃO"!


Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas

Brasília, 01/03/2016

Nove horas e vinte e um minutos.