segunda-feira, 1 de abril de 2019

POEMA EM PROSA: A MUSA




POEMA EM PROSA
 A MUSA

O visível da sua excelência
é uma região extensa onde os elevados dispersos da sua beleza reúnem no meu olhar um ponto de vista essencial para a minha sobrevivência.

O topos
privilegiado da extensão profundo do seu olhar enigmático com os seus significados não se esgotam, e onde se desdobra a sensibilidade radiante do estado da sua graça, e bem no campo consciente da fundação dos seus sentidos elevados.

 Que belo fenômeno
 de renascimento! Onde o grão da sua beleza ascende nos olhos à luz da eloquência, e assim transpassando o deslocamento dos lábios que se agitam no seu memorial de risos, e onde invoca a saudade que mergulha na densidade da felicidade.

- E como se grita!  


Pois o brilho 
transparente, e com a sua sonora gargalhada que aflora dos lábios atenuam as batidas de um coração que somente em ti pensa. Doce ambiente de sons sobre a irradiação silente que transmuda a minha face. E MUDOS DE ESPANTOS os olhos que musicalmente na tenra vibração da tua fala enamorados se acham.


Oh! Que belo acúmulo
 de transmissão de efervescência sentimental a florescer expressiva nas inovações dos sorrisos! Transições das anexações dos calafrios no aumento das batidas do coração!


- É AMOR?


Amplio meu repertório 
musical com o seu vocabulário cheio de eu te amo”. Isso porque a cor do teu perfume tremula diante dos meus olhos, e a harmonia extrema da luz que brinca pela a tua face ativa a minha curiosidade, e na transição dos eventos dos seus sentidos enlaço a minha vontade com frenéticos alaridos das fantasias que afloram a ventania quando em mim roça o teu vestido.
  
O estado da minha alma 
quando te vê enfatiza o campo visual que se eleva em ti. E no invólucro do meu interior vejo diante de mim a salvaguarda da reabilitação dos meus olhares. Um panorama que introduz o sensorial perceptivo do alinhamento dos meus olhos para não deixar escapar um só bater de pálpebras. Isso porque você tem em mim um conjunto de quadros onde se aprecia o fluir da nova respiração.

Assim encho os
 olhos de brilho, e o seu cordão umbilical se liga aos meus sorrisos. Pois a EPISTEMOLOGIA ROMÂNTICA conduz o seu corolário a suspirar à luz da sua paixão.  
Coletânea teórica cheia de entusiasmo,
 e que nas nuanças das suas inquietações o Bardo debate a sua beleza fecunda. As entidades das suas percepções rodopiam em transe. É assim que percebe seus pês no seu território, e no método da análise do bater do seu coração, eis que o seu inconsciente se desperta e se liga a fenomenologia do AMOR.
    
Fixar meus olhos 
no seu corpus poético e nas indagações dos meus pensamentos assim determinar a parte da sua paisagem que me completa. 
Um mundo sagrado 
com a sua alquimia sensata onde sua identidade sobrenatural 
preenche cada momento da existência.

Grafar no pélago da alma 
a subjetividade. A alteridade que na interpelação sempre grita pelo o teu nome. Porque irredutíveis os pensamentos sempre te procura e o elementar da sua dialética é dizer: eu te amo! 

Porque também inacabado 
se encontra o primeiro sonho que sonhei quando te vi, e o impulso deste meu desassossego causa tensão nos meus desejos sempre que te vê. E na abertura do preâmbulo do meu poema sempre te chama pelo o
 teu primeiro nome:

ANGIE!
A GRÁCIL TE ACOMPANHA!

 E subtraído de mim 
arranco cada parte das minhas visões.

 Aquém e além... 

E os grandes fundamentos 
de raciocínios em mim sem a tua existência perde a razão. Porque profundo dentro de mim é a estância de uma espera que na reflexão do seu juízo sempre chama pelo o teu segundo nome:

 ÂNGELUS!

O corte em mim está sem interrupção,
 e sem distração, e sempre quando te vejo desbloqueio o meu coração, e assim sustento a suspensão de não vislumbrar em ti esse amor ardente, e assim alimento o meu âmago, e com a imersão do meu fôlego enamorado, e acompanho o bater, o ardor e a razão sensível de amá-la até a justaposição da TERRA E CÉU.

Porque EU AMO
 o infinito e o possível do seu impossível. E sempre avanço na construção do seu fluxo na regulação do seu inexprimível. Assim sendo o possível da sua consciência sempre tem coerência e teor do verdadeiro AMOR. E eu sou a sua obra que se entrega no articulador da sua criação.

- Não entendestes? Então somente me ame!

Porque em mim se alocam as multiplicidades
 dos sentidos que em cada uma das suas peculiaridades criam línguas, visões e audições, e onde oscila a tensão materializada do sonho que na ocorrência do seu salto sempre se depara diante de ti, e onde o dinamismo incontido da sua alegria somente ri quando te encontra. 

Porque a tua sedução
 é perfeita e real. E na captura da sua dinâmica eu sempre me perco a olhar as tuas belas pupilas verdes, e onde essa paisagem plausível e apreensível fragmenta a totalidade do meu EU, e que dispersos nos golpes do amor se encontra totalmente enamorado por ti.

SERÁ AMOR?



Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas


Brasília, 01/03/2019 

20:00