quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A luz de um doce amor...






E neste teu afável olhar tremi e gelei
Aconteceu que a chuva desceu e ascendeu
Aos ares, os leves suspiros meus...!
Corei, ardi, mas nos meus olhos sustentei
A fixação de uma admiração que nasceu
Através do espelho da luz dos olhos teus
Sensível é tua grande beleza que consome
A leveza da candura que em mim se abateu
Quem és tu...? É a estrela que desceu...?
A lua que veio tocar com raios fúlgidos
É o sol que veio me aquecer doce ditoso
Trazer inspiração a imaginação do artista
Que és tu que aos olhos sensíveis do poeta
Fez-se assim um novo céu: nasceu, viveu...!


O Epílogo de uma luz...


Quando dirigimos os olhos para algo que ilumina, emitindo mais luzes dos que os nossos próprios olhos, eis que a mente toma por fixação o ponto que constrói dentro de si uma agradável sensação de bem-estar. Tornamo-nos totalmente dependente da beleza multicolorida que vêm nos feixes de fogo que saem da beleza única da luz. Assim foi a minha visão, isso porque os meus olhos se encantaram, admiraram-se da tua candura e simplicidade. Senti no teu rosto uma serena calma. Uma ingênua e doce mulher brotou na minha consciência, isso porque, senti o palpitar da tua beleza e do teu suave coração ímpar de mulher. Olhei-te e pude provar, não com a língua, mas através da minha imaginação a tua tão construtiva doçura. Um belo jardim em ti se apruma. Percebi isso e eu sei, porque ousei atrevido, sem o teu convite, penetrar reconditamente na tua bela campa. Pude senti através das minhas narinas o teu odor sensato e doce. Sentei-me ao teu lado e por momentos pude contemplar a vasta dimensão que é o teu ser. Sim! A verdade é que tive timidez, não te olhei como desejava o meu coração, mas através da tua essência, pude sentir e fazer dentro de mim a tua imagem, como tu és e como tu brilhas. Tens uma beleza que me compeliu. Ornou a minha alma, enchendo todo o espaço onde habito com os sulfúreos raios dos teus sorrisos. Ergueu-me a uma sensação que jamais poderia eu pensar. Levou-me a uma odisséia profunda, navegando por gigantescos rios do meu íntimo, descobrindo assim que basta que eu te veja durante o dia para transmitir a minha face o brilho da felicidade. Basta que os meus olhos se encontrem com a candura da tua face para que o meu coração navegue sobre espumas que exala o meu transpirar, e, caminhando na luz da luz que transborda do teu semblante tão ingênuo e doce, flutuo até tocar no arco-íris que é o teu sorriso...


Olhei-te e em mim resplandeceu a luz
Que bela face tem senhorita seduz...
Tens o cheiro incomparável da campa
Em ti tudo é perfeito, o teu sorriso
É um manjar onde brota o mel da vida
Cantarei tua face nos sonhos adormecidos
Que efervescem no palpitar da emoção
Tu és mais bela do que o próprio coração
Que dá vida e sentido a ímpar paixão
Oh! Não confunda paixão que é fogo rápido
Com o amor que vive eterno no sentido da razão

Quem eu sou?


Talvez um mero sonhador que abismado, olhando o firmamento, isso porque aqui onde habito, dentro de mim, posso ver e sentir o longo trespassar de um querer que a cada dia torna-se mais frouxo e límpido. Eu sou sulfúreo de lágrimas e risos! Sou um celeste coração que da vida tece em fio coloridos a grandeza do amor. O meu tapete ainda estar por terminar. Quero depois pintar-o, provavelmente usarei a cor dos teus lábios e a brancura dos teus dentes. Ornamentarei com fios de ouro os teus sorrisos glaciais e sensíveis, isso porque no teu rosto se percebe as meigas linhas traçadas docemente quando abre a tua boca, deixando a mostra a tua língua que balbucia risos que se transformam em frases admiráveis e cheias de encanto. No centro do meu tapete, como sou pintor, através dos reflexos que emitem a tua simplicidade, pintarei o teu rosto com as minhas lágrimas saudosas quanto em ti penso. Terei o cuidado de renovar a tua pele, dando com a luz que sai da tua simplicidade o retoque total e glacial da minha obra. Deixarei que os odores das campas e bosques permaneçam comigo porque quando eu acabar a minha obra, pedirei que o zéfiro dos odores e perfumes celestiais possa penetrar na tua carne e extasiada, emitirá onde quer que vá o cheiro que as narinas daqueles que sentem possam ser levadas a um grau espetacular do extraordinário e certamente suspirará perguntando e exclamando: " É Vênus descendo da sua concha nactarina...! É uma flor que se reveste do ouro e da prata e ainda exala um odor que faz minhas narinas mastigarem..."

E ponho a espada no fio da minha vida
Agora não, pois encontrei a minha doce amada
É ouro que embeleza a visão dos meus olhos
É diamante que reluz ao longe e seduz
Ela é linda, faz-me suar na valsa
Pousa como uma borboleta no açúcar
Os seus lábios doces é um rio
Transborda a minha mente e faz sonhar
Quem é maior entre ela e a terra
A terra! Ando sobre ela e não faz palpitar
Mas quando olhei para ti perdi-me no espreitar
E neste enlevo deixei-me por ti levar

Gostaria senhorita de olhar pela a minha fresta e penetrar na minha fantasia? Descobrir aquele que a ti escreve, sentado no seu divã, com caneta e papel que serve de consolo e amparo ao palpitar eloqüente do meu coração que, extasiado em lagrimas, dedicas a ti o escrito? Terás tu a simples curiosidade de ler-me e quando terminar formular perguntas a ti mesma tais como: "quem é ele? É verdade o que ele diz sentir por mim? E tu poderias responder a ti mesma, obtendo assim respostas concretas e conclusivas a respeito de um sentimento que permaneceu adormecido, mas que de repente eclode trazendo dúvidas ao teu coração? Eu sou moça o mais lírico dos cânticos já exaltados e cantados ao raiar da alvorada. Eu fui à tempestade que vagueava a procura de um lugar sólido, onde eu poderia soprar e a torre não pudesse cair. Assim vagueava nas asas oblíquas de uma procura que por muitos anos permaneceu como uma nódoa dentro de mim. E hoje sou astro e luz! Agora senhorita, eis que os golfões de ares gélidos que antes exprimia a minha alma se tornaram suaves e belos. Eu vi a linda chuva que emanava da tua face e pude contemplar dentro de mim a neve que descia do teu olhar, repousar-se na ponta do meu nariz, aquecendo a minha visão. Eu vi o sussurro dos teus lábios e a maestria da tua voz, e em um gozo eterno o meu peito rebentou-se em um longo eflúvio de alegria. Pude perceber que o simples fato de sentar-se ao teu lado, assentou-se também em mim, todas as manhãs, o prazer constante de compartilhar o teu respirar e as palpitações do teu coração.


Como podes me fazer balançar
Se os meus pés no chão estão firmes,
Mas basta somente um olhar para ti e
Trêmulo fico, envergonhe-me, é o amor
Que independentemente de idade faz corar
Faz-se criança, adolescente e no piscar
O coração se segura nas raízes do gostar
È tu que me enlevou a prosa e o verso
Amo-te é tão doce esse gostar
Aplumo-me e alegro-me, pois tu existes
Existindo posso ruflar as asas do sonhar


A minha dialética lírica


Poderia aqui traçar a beleza que sustenta o céu com seu colar, tecido a ouro e com suas estrelas de diamantes que resplandecem ao longínquo. Poderia olhar toda a dimensão das grandezas que foram feitas para ser admiradas e imaginadas por quais mãos foram esculpidas e talhadas tão belas obras-prima. E ainda poderia levantar os meus olhos, admirando-me e deixando os soluços entrecortar meu seio da misteriosa e bem feita existência humana, mas o que vejo e sinto, através da minha criativa imaginação é que Deus a talhou, escupiu-te com o barro inexistente hoje, dando formas e vida a um ser tão extraordinário. Minha lírica é a tua existência! A minha dialética é exaltar o teu respirar, observando assim o ruflar do teu coração, que no vai e vem de cada respirar, a tua bela boca se abre mostrando que em ti pulsa o sopro glacial da vida. Abre-te também o célebre e encantado sonho que ejacula no teu olhar! A minha dialética e poder olhar-te, mesmo sendo às escondidas, mas no silêncio também se ama e se entrega a uma vida imaginária que corta o desfiladeiro absoluto de um amor que nada pede, a não ser que o ser amado continue apenas a viver e respirar, sorvendo assim do coração daquele que a ama, um armistício de saudade e um querer constante; e este adágio de renovo, certamente sustentará a alma, fazendo com que o seu íntimo permaneça fiel as suas convicções e suas realizações futuras, mesmo que tudo isso não passe de utopia, mas sem sonhos não se vive e não há crescimento largo da paz que reina na simplicidade de um olhar. E quando se ama é impossível não tecer, com dedos do pensar, construções sólidas de uma esperança, quem sabe, não virá acontecer! Quem sabe se um dia o sol não descerá mais da sua sustentação e virá mais próximo da terra, não para queimar-nos, mas para aquecer mais aquilo que nos traz calafrios e insensatez as nossas vidas.

Olhe-me e perceba o quente e o frio
Como tremo e ardo, mas quando a vejo
Perco o siso e por mais que pelejo
Não consigo atravessar esse rio
Há nos teus olhos o encanto juvenil
Até a tua voz soa-me tão infantil
Tua boca tem o solstício, a hibernação
Um cântico celestial feito oração
Diva - Olhei-te e me perdi e me encontrei
E agora senhorita por que eu a amei?


A bela madona


Olhei-te por leves momentos. Enquanto eu pausadamente te encarava, olhando-te com meus olhos de admirações e espanto, eis que dentro de mim levantou-se e elevou-se o mar. As suas águas afogaram-me diante de tão tamanha beleza. Observei todo o azul do mar que refletia o teu rosto. Bem é verdade que nunca tinha visto o mar, mas agora eu sei que o teu semblante é mais rico do que todas as espécies de vidas que vivem nas profundezas das águas do mar. Nada se compara a minha admiração quando meus olhos denotaram em ti a extrema maestria da tua singeleza e ingenuidade. Pude perceber através da tua pele sedosa os suaves pólos que ventilavam o teu ser, deixando-a mais sustive aos meus suspiros e ao meu encanto. Apreciei-te como um artesão, pintor, escultor ou poeta, quando se admira da sua obra, colocando-a diante dos seus olhos e admirando-a. Suspirei entrecortando o meu seio e me deixei ser levado, pois naquela hora estava eu a navegar em um barco, deitado e contemplando a bela estrela que piscava no alto do firmamento, cujos raios soltavam fluxos celestiais e doces. Abismei-me, isso porque o meu coração, levado por uma grande sensação de procura, colou-se ao meu ouvido e sussurrou: "e ela..." Sim... Retruquei procurando buscar com as palpitações das minhas emoções a concretização da verdade que explodia diante de mim. "e ela..." Também confirmei com um gesto que fiz, fechando a boca que permanecia estarrecida com a leva de beleza que ornava as minhas vistas e no esforço, sem sentir, travei os meus dentes, ouvindo o seu ranger. A verdade é que pude sim, fechar as minhas pálpebras e assim como Ícaro eu também voei, cruzando oceanos, rios, montanhas e vales. Não cai, pelo contrário, voei tão alto que pude sentir escorrer dentro de mim, no meu coração, uma lágrima gratificante que fez fundir o sonho e a realidade, tornando-se assim, ambos, um só desejo e um só anseio.


Busquei essa essência nas flores
No zéfiro que soprava na campa
Sedento fiquei, mas nunca deixei
O sonho escafeder-se e encontrei
A suavidade! O amor! O beijo!
Tem-se o sabor das palpitações
Formam-se em belas ações
Cada dia levanto e por ti oro
Eu sou o amigo e não demoro
Acudir a bela cotovia que me encanta
É moça! É diva!É um canto!
A minha verdadeira única dama!


A tua face


É o prenúncio de sonhos inspirativos que eclodem no meu interior humano. Que belo são os teus olhos que me convidam a fitá-los e encenar na minha mente uma suave peça onde permaneço absorto, olhando com candura os dois rubis que incandescentes, iluminam as minhas imaginações que se amontoam, criando ao meu redor uma melodia convidativa. Sim, adoro olhar-te e tecer um esboço da tua pele, onde teu fino nariz respira o mesmo ar que eu, só que pausadamente, tu usufrui e aproveita bastante do pigmento que o vento sopra. A tua boca muito bem talhada, pequena e sensata, lembra-me o nascer da lua, entreabrindo-se suavemente para depois mostrar o brilho do seu batom, avermelhado, azul, creme, enfim, não me importa a cor das tintas que se misturam nos teus lábios, independentemente de cores, posso te afirmar: Tu ficas bem, isso porque fostes dotadas de niquices e tudo aquilo que vem a tua face: batom, pó de arroz, te digo de novo: a tua face já é uma paisagem onde ruflam as aves e respiram as flores, isso porque há nela uma riqueza veementemente que dá sustentação a todas as formas de vidas tais como: Sorriso, candura, simplicidade e acima de tudo, saudosas lágrimas de mulher que efervescidas, descamba pelas as linhas do teu rosto, fortalecendo assim a juventude miraculosa que adormecida, as vezes brota, deixando transparecer o fogo ardente que no teu seio arde e queima. A tua beleza compeliu-me e hoje me aprisiono diante de cada fechar das tuas pálpebras, isso porque, no teu piscar, eu penetro neles e fecundo nas asas dos meus pensamentos os mais tenros e audaciosos sonhos que apressadamente, espreitam-se uns sobre os outros e renascem para tornarem-se felizes e cheios de vida, com o viço eterno da inocência e o sabor da hortelã que refresca os meus lábios que tremem.
Posso aqui, olhá-la e infindamente ser inspirado por ti! Sim, suave e doce mulher...!
Posso abrir uma brecha na minha fantasia e recolocar diante do meu eu aquela que completa o meu firmamento e toda a minha existência.

E fui à batalha para vencer e fui ferido
Retornei ao meu campo onde a cotovia
Olhava-me e com seus olhos viam
O pó do sangue que no ombro escorria
Julgou-se ela ser o sangue do inimigo
Sim, é verdade e veio em mim um respingo
Uma nódoa que manchou o meu peito
Não é sangue de lutas, mas é uma ferida
Do amor que aos pouco me tem vencido
Bela cotovia canta o canto da minha amada
Aqui jaz o seu triste apaixonado
O que Romeu fez? Matou-se e não viveu
O seu amor que era proibido
Ora, que viva eu nesta triste agonia
Mas matar-me jamais, isso por que
Se eu morrer o que poderia eu viver
Se ainda do amor não usufrui seu doce
E quando a vi abri meus lábios
Para saborear-la as pálpebras fechei
Para não chorar apertei os olhos
Mas ao abri-los notei
Que havia chorado antes de vê-la
Por que em mim já existias
E no meu íntimo esse amor já vivia...


A essência que flui


Ao abrir-se um perfume, é praxe que o seu aroma, levado pelo vento, isso porque o frasco lacrado com o cheiro submerso querendo emanar-se e demonstrar o seu doce, repentinamente ele se dá conta que o pequeno orifício abriu-se, dando passagem ao seu odor que ultrapassa o seu habitat e ganha violentamente o espaço, conhecendo assim o etéreo espaço, agora maior, ele se dilata, espalhando em toda a campa o seu grácil perfume. Ora, quem tem narinas cheira a essência que antes desconhecida, traz a pele um claro odor matinal e absoluto de orvalho límpido e puro. Assim tu transcendeste toda a minha imaginação! Evaporou-te diante de mim e pude contemplar com os meus sentidos a tua singela existência. Senti através do toque, isso porque na pigmentação da minha pele se tornou visível uma pequena nódoa e quando passei a unha, criou-se uma seiva que teimava permanecer encravada em mim. A verdade é que quanto mais eu raspava a pequena mancha mais e mais ela se afogava em mim. Olhei-a e vi que escorria um gostoso líquido de cor insípida, mas reluzente, cravejada de sentimentos fecundos, querendo ganhar asas aradas e voar nos brilhos dos meus olhos e na Constancia eloqüente das batidas do meu coração. Arfou o meu coração. Aumentou-se o seu pulsar e pela primeira vez pude admirar a real grandeza de o sentimento amar. Contorci-me quando afrontado pelo o meu respirar, tornando-se mais ofegante e delirante, abasteci-me com uma grandeza de segurança, onde a minha língua procurava senti as ardências que emitia aquela linda simpatia de mulher. Abriram-se céleres portas fantasiosas na minha mente, onde tu diva, com a leveza do teu olhar e a meiguice dos teus lábios fez ultrapassarem em mim todas as formas elevadas de belezas que um dia pude sentir. A verdade moça, sempre procuro agora ir aos lugares aonde vai a tua alma. Onde quer que tenha uma pegada dos teus passos, lá estou eu a olhar e sussurrar: "como é linda...! Procuro mesmo sem tu saber, acompanhar-te e seguir-te, porque fazendo isso estarei cuidando de mim mesmo e neste cuidar senhorita, eis que se tornam admirável e sensato no meu peito a volta dos sentimentos, onde meus lábios, com marcas profundas dos dentes, feridos pela a longa espera, também anseiam provar com maestria a bela doçura dos teus lábios.



O que posso fazer é sorver teu perfume
Sonhar contigo e cuidar das tuas pétalas
Ajuntar nos ramos dos teus galhos o mel
Deixar inundar no campo teu aroma
Pois assim me banho deste açúcar
E quando tu abrir-se as tuas folhas
Os orvalhos descem suaves e molham
As raízes que te sustentam e embeleza
O viço que nos teus ramos crescem
Eu sou o sol que sempre te aquecerá

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