sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O amor de uma mulher...








O amor ígneo...! O amor desdenhoso...!
É eflúvio de lágrimas lograr teu rosto,
É dá queixumes...! É ficar ansioso...!
Nos louvores, inflama na boca o gosto!

Estorva no coração a dor, desvanecem,
As flores, o riso suave divino da alegria
As trêmulas figuras: fúria e dor descem
Para taparem a límpida bela luz do dia!

Cândido! O pólen do beijo inflama,
No coração a ânsia de quem ama,
Explode a clemência de uma chama!

O amor no coração ingênuo é sabido,
Que entregando o amor a quem se ama,
Corre grande risco de se ficar perdido!



Este soneto que fiz alguns anos atrás, como o título já diz: “O amor “foi criado pela necessidade que havia dentro do meu peito. Escrevo sobre o amor, não que tu não saibas o que significa, pelo contrário, se o teu coração, essa pequena válvula, que se alimenta de emoções, foi visitado por algo celeste, certamente brilhou nos teus olhos a candura e o renascimento da alma, jogando-a sobre fortes impulsos que fluíram quando tu sem se aperceber, chegaste diante da fonte e fostes arrebatadas; levada a um lugar que antes desejava o teu coração! Subistes degraus com a suavidade dos teus passos e aconteceu que a grandeza superiora que é o amor, ejaculou-se, em forma de essência genuína e suave as tuas narinas, prendendo-a em uma cucurbitácea em forma de jaula, mas uma prisão, onde os teus sentimentos sentiram-se seguros e fortes, isso porque tu ascendeste os limites colossais imaginários de um a afeição bela e afável. Acredito que se encantastes isso porque senhorita, tu fostes cercadas por formas indescritíveis da tua beleza e grandeza de mulher. Aguçastes os teus olhos enquanto as tuas narinas procuravam o odor que eclodia diante de ti, é claro, sentindo-te curiosa, foi atrás deste doce aroma, isso porque também, as palavras que foram proferidas deram a segurança que tanto buscava a tua alma; e nesta constancia, neste vai-e-vem, bastou um rodopio do teu corpo para perceber que alguém te encantara ...!


Como nasceu?


Talvez pela a atenção que a ti foi dada. Alguém em ti jogou as sementes, e eis que, encontrando a terra fértil, molhada e exposta aos raios do sol, frutificou-se a pequena semente, e eis que se formou uma bela sombra, e tu, cansada, deprimida, perdida, eis que olhando a bela sombra, parou e descansou. Isso porque também, tu recebeste atenção que a ti é devida. Sentiu-se totalmente cobiçada por um ser que desconhecia, mas esse ser, aos poucos, mexendo com a tua sensibilidade, mergulhou profundamente dentro de ti, é verdade que nesta tua tão grande solidão, pois o teu coração sempre sonhara entregar-se ao ímpar e único amor. Sim, derramastes pelos sons das palavras que sensibilizaram o teu aguçar feminino e neste toque, começou fluir em ti a grande e incalculável frouxar de admiração por mim. Por alguém que ousou levar-te ao conhecimento da tua própria razão, cuja razão, sensível dentro deste teu coração de mulher, sentiu-se a vontade diante de mim, e neste pequeno espaço de tempo, com o acordar das tuas faculdades mentais e o querer de amar e ser amada, eis que de repente, viste-te totalmente entregue a um sentimento que evoluiu, deixando dentro de ti marcas profundas de um “Eu te amo...”
E eu, o que penso...?

Sou o vento que vagueia no tempo
A fumaça que entra buraco adentra
Tufões de “ais” líricos eu sou o outro
Poeta que fez uma odisséia no tempo...

Sou como o vinho suave ao conhecedor,
Como o amor que tanto seduz a gente,
Sou não mais que repentinamente,
Os tributos sagrados do alegre amor...

Sou o que sou... Eu sou também gente,
Do teu coração vivo e ardente,
Sou o amor ausente que ele sente...

Sou os suspiros que tua boca exala,
O som do teu ouvido ausente,
Da tua boca minha língua fala...

Ah...! Quem não gostaria de ser amado? Quem não gostaria de ver e sentir, o doce sabor de uma grandeza que corre ejaculando suavemente nos olhos celestes de uma beleza infinda?Quem não gostaria de ser aperceber e ter domínio de asas que levam ao conhecimento da beleza límpida e viva? Claro que eu gostei sim, porque negar o fato de ser amado e saber que no zéfiro posso conhecer, através dele variados perfumes de suavidade que emana no simples pensar de um amor que a mim é dedicado? Mas preocupo-me. Isso porque senhorita, quando se ama e não se é correspondido, faz nascerem no olhar, gotas de lágrimas angustiantes e faz pulsar ferroso um coração que se emaranha de um querer devasto e cheio de insensatez! Preocupe-me, isso porque eu sei que têm em ti grandiosos sentimentos, e que deve ser colocado diante de um monumento que dê sustentação aos teus ideais e a tua sensibilidade! Dói-me saber que dentro deste casulo, começam a visitar as tristezas de um amor que podes deixar-te cicatrizes profundas, causando danos aos teus sonhos que permaneceram abismados, fitando um pôr de sol que possivelmente não verão os teus olhos...!
Admiro-te pela a tua destreza e coragem e não posso incriminá-la, isso porque temos corações e nós não os dirigimos, pelo contrário, por eles somos guiados, nos levam às vezes onde queremos e outras vezes onde não desejamos...!


O que fazer...?

Sorver dentro do peito esse amor que certamente te cobrará possessões futuras...? O que devemos fazer, eu e você, para acalentar e não fazer com que a tristeza possa invadi-la, causando em ti uma decepção profunda...? Senhorita, a verdade queria sim que me amasse, mas um amor que pudesse te arrancar suspiros poéticos e verdadeiros quando, assentada frente a mim, pudéssemos olhar um ao outro, fitar-nos em um laço profundo de amizade, isso faria com que eu não me cobrasse pelo o fato da dedicação do teu amor a mim, e certamente não cobraria da minha consciência a acusação de não poder amá-la, porque assim sendo, certamente poderia eu sim, levantar os meus olhos e pronunciar diante de ti sons de uma amizade verdadeira e celeste.

E agora...?

A verdade senhorita, queria agradecê-la pelo o fogo que eivou de mim e em ti habita. Mas a verdade também tem que ser dita e escrita. Tu não podes amar-me sem uma base sólida? Esse amor que sentes comparo a uma mão que tenta segurar o vento, no qual, ele nos foge pelas frestas dos dedos, sentimos apenas que se esvai e não conseguimos segurá-lo por completo. Acalma-te e tenta apenas sorver a beleza que sente, coloca-o, esse sentimento dentro deste teu íntimo de mulher, fortalecendo-te e te tornando mais rica, quer seja em essência genuína sentimentais, quer seja na força que fortaleça todos os teus sonhos que permanecem ainda sonhando com a felicidade eterna...

Mas cabe aqui uma bela consideração a respeito dos teus sentimentos e de tudo aquilo que sentes, a saber: “É que ainda vive e vivendo, dentro da tua alma jorra um belo manancial, uma fonte que corre descambada, dando vida todas às formas de vidas que nas margens do rio vivem e cujas vidas são: a tua emoção, a tua alegria e o prazer inconfundível de querer nascer, agora com ímpeto e toda intensidade do teu coração de mulher...”

Deixo a ti a minha sincera admiração e posso te afirmar ainda que essa bela mulher, essa linda diva, quer apenas o poder de ousar, redescobrir em si, a grandeza das batidas de um coração que sonha, pulsa, bate, fazendo com que os teus olhinhos brilhem a procura da límpida essência que a deixa totalmente em êxtase, fazendo assim o coração, subir a tua garganta, querendo gritar:” Estou viva e desejo apenas amar e ser amada...” Sou mulher e quero ascender, conhecer com a minha alma as visões terrenas e angelicais do prazer do amor e saborear com os meus lábios todas as formas de doçuras que eu possa imaginá-las...

Certamente o estudo do teu sentimento humano não acaba aqui, pelo contrário, começamos apenas, isso significa que, enquanto a tua face ainda denotar o brilho do amor, teremos sim, muitos argumentos para plantar em ti a divina providência desta tua bela razão...

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