segunda-feira, 19 de julho de 2010

O BEIJO


--- O BEIJO ---






Ah! Que inefável! Que maravilhoso!
Bate o meu seio doce e tão ditoso...
Sorver dos teus lábios a viva forma;
O próprio espírito que na sua calma,
Tece um mar de desejos que afloura!
Um bater do coração a toda hora...
Escorre o mel na orla do teu vestido;
Impregnando o aguçar do meu sentido,
Tão doces são os teus belos jeitos....
Onde tremo e cada vez mais desejo!
Erguer-te ao sabor esplendido de um beijo;
Deixando-te frágil e o teu belo olhar aceso!



"Eu fechei tudo aquilo que em mim fazia impedir de saborear o doce de um beijo...!"


“Eu senti um enorme frio quando meus lábios se uniram aos delas...! Eu senti um calor maior quando, unidos os meus lábios ao dela, em pouquíssimos segundos, nas estrelinhas do meu pensamento, pude contemplar a sua forma em bolas de fogos que palpitava no meu coração, queimando sem deixar marcas à minha pele que se contorcia e gritava palavras inefáveis, cujos significados meus ouvidos desconheciam, mas à minha língua traduzia ao meu espírito o quão é maravilhoso é deixar ser levado por uma sensação, onde o agente com o seu paciente, se fundem em risos e lágrimas...!”




Fez-se um enorme silêncio dentro de mim...! A delícia se derramou e como uma fogo de altas labaredas, eis que me tragou, e com o seu ardor que naquele momento me devastava alucinadamente, queimando as minhas sensações que, quando mais elas ardiam, expostas em um altar, onde se fazem os sacrifícios, eram devoradas pelo o calor do fogo que ali me possuía, levando-me as escadas desconhecidas de um céu que agora me sustentava e as suas estrelas piscavam incansavelmente, uma a uma, até se formarem, juntas, dentro de mim um sabor que efervescia até aquele momento o meu coração desconhecia completamente, e subitamente, as estrelas se tornaram um mar de sentimentos, onde meu corpo, deitado em suas delícias, levado pela a imaginação criativa no espaço de um beijar, traçava sensivelmente, o frescor admirável e afável que se esconde quando, os lábios se encontram com outros lábios, e os dois, juntos, se completam, fazendo assim que as bocas nada sussurrem e nem murmurem, mas, atado nos pensamentos, nascem a criativa fantasia que percorre no seu interior a doce maestria incandescente e pausada sensação de um incomparável beijo...!



Uniram-se assim os meus lábios a outros lábios...! O seu açúcar estava cristalizado e aromatizado, com gosto célebre de um bálsamo genuíno e loquaz. Senti que os meus braços subiram subitamente, a procura de um ramo onde eu pudesse dar sustentação o gosto que percorria em meu ser, tornando-me fraco em forças, mas forte em segurança e prazer. Uniram-se duas almas que entrelaçados, sorviam o vindouro gozo que estava penetrando em nossos espíritos, onde uma flecha bem direcionada alcançou o seu alvo e sondou um grito de gozo que foi despertado quando a luz de um farol que briha nas noites, direcionando o barco na água, iluminou-se no túnel de uma ânsia majestosa! Fomos usados como abrigo celestial pelo o ardor eloqüente do ingrediente tirado de um doce beijo!




E eis que te saudaram os meus lábios...!
Sorvendo de ti o aroma sensato do teu beijo!
Os teus lábios ali expostos como um aviso:
Vem, ó amado! Vem buscar o teu sustento!
Pois eu sou o teu maior e superior alimento!
Cola os teus lábios aos meus e nesta sede...
Vem saciar em mim o que as almas pedem,
O bálsamo das delícias que os olhos cedem...!




E eis que, deixando as brechas dos meus olhos acesos, em uma ânsia louco de um desejo, vi na sua face a tamanha providência que em mim se formara, fazendo se assim, que os meus argumentos naquela hora, calados, mas, foram traduzidos em sussurros imortais, onde nada falei apenas fiz insinuações com a minha mente soberana que fluiu naquela hora: “ Céus...! Que delícia tocar a sensibilidade da mulher amada...!” E eu, permaneci depois por muito tempo passando a língua nos meus lábios; saboreando o verdadeiro prazer do doce que exala dos lábios quando verdadeiramente se ama e o seu batom ainda está exposto na minha face, onde meus lábios tentam alcançar com a língua o seu cheiro e o seu novamente gosto...!




Que belo e suave é a razão de quem ama!
Os argumentos se tornam tão infantis...!
Perderam-se como crianças quando a dama;
Afoga-nos com o seu amor cor de anil...!
É loquaz o seu caminhar no sangue febril!
Até no seu pensar nos causam arrepios...!

Um comentário:

  1. Parabéns poeta!!! Nesses dois últimos ensaios... paixão e vida parecem aquecer o seu íntimo..!!!!!

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