terça-feira, 13 de julho de 2010

A ESTRANHA FORMA DE SE AMAR


** A ESTRANHA FORMA DE SE AMAR **




E veio em mim o doce relâmpago de um desejo,

Ficar frente a frente com aquela que desconheço!

Subiu as minhas narinas o odor dos seus beijos!

Nas minhas visões vejo sempre os seus jeitos...!

Respiro o seu perfume, seu cheiro e sempre a vejo!

A sorrir com seu olhar molhando meus ensejos...!




“O que pode fazer rutilar dentro de um íntimo uma doce estrela que no seu alvor, derrama sobre os olhos de quem a contempla, sulfúreos bálsamos de encanto e glacial beleza? Como pode o coração que bate e suspira e que, pela a sua boca, faz confidências a si mesmo de uma grande emoção emitida pelo o talhar supremo e sensacional de um raio que foi emitido pelo o piscar constante da luz, cujo seus feixes multicoloridos se expandiram e penetraram através das emoções nos sentimentos humanos? É possível deixar que a imaginação se inspire apenas no longo olhar que se estende a milhões de anos luzes de distância, mas que se torna tão perto quando se abre a imaginação, permitindo assim que a sensibilidade do coração, banhado por lágrimas, criadas pelas as emoções que pulsam e logo vêm à tona quando, o enlevo se torna o possuidor de quem um dia o possuiu e teve controle dos seus afãs? Eis que perco o controle daquilo que em mim era estendido conforme o meu querer! Eis que a distância a mim foi dada e a minha caminhada é longa, logo, é preciso que eu sorva os dissabores de uma procura e o meu espírito, calado e sem metas, permanece diante de uma guilhotina bem afiada, olhando como deve ser colocado o seu pescoço para que a lâmina o decepe! Sim...! A bela estrela vai resplandecer por muitos anos e cabem a outros olhos olhá-la e sentir o seu grande momento eterno de beleza! Tenho que fechar os meus olhos e apenas admirá-la da minha forma porque, fazendo isso não correrei nenhum risco de tentar levantar minhas mãos e querer tocá-la, porque se assim eu o fizer, certamente eu me perderei, jogando-lhes aos seus pés aquilo que em mim a cada dia se torna mais cândido e celeste! Tenho receio de permanecer na sua luz, poderá também acontecer que, no meu momento de ansiedade da minha busca, eu possa tentar erguer a ela novamente meu castro olhar que quase culminou com a minha total ruína! É grandioso sentir o seu brilho, mas, existe também em mim outra forma de se amar e esta me pertence que é: “Fechar os olhos dos meus sentimentos, tornando-os cegos, porque assim, a minha alma não verá a luz, o meu coração acostumará com a escuridão e as minhas emoções não mais transmitirá a ansiedade do legado da minha miséria, que é sentir a pluralidade plumbargentífero dos corações; onde o ouro foi esvaziado e saqueado, para fazer uma paisagem vistosa somente aos seus próprios olhos, tornando-os insensíveis e mórbidos no curso das suas vidas...”




E ela veio até a mim a doce singela estrela...!

Para não amá-la das minhas visões me privei...!

Para não saboreá-la a minha boca fechei...!

Para dentro do meu casulo frio triste retornei...!



"Eis que o meu trânsito progressivo deste mundo para um outro admirável mundo mais novo se completa! O seu ciclo se formou...! Entro para o meu casulo e me completo com o sublime incenso que agora vai ser queimado! Eu vou respirar, alias, aspirar muito mais do que respirar! Vamos agora a uma espera...! Que me seja leve a nova busca da exatidão dos meus sentimentos que até agora não reencontrou a desejada face humana...!"

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