sexta-feira, 9 de julho de 2010

POR QUE TANTO AMOR...?


VISÕES


--- POR QUE TANTO AMOR...? ---

I capítulo




Pedir a um amigo que digitasse e me enviasse por email o primeiro capítulo de um ensaio por nome ”Visões”. Isso porque estou tão atarefado que pouco tempo me resta, possivelmente vou ter que dividir até o ar que sorvo: pela manhã respiro e pela tarde suspiro! O “coitadinho,” não que aqui o termo grafado signifique “pobre diabo”, mas sim, “fiel amigo e escudeiro Sancho pança “ atenciosamente me atendeu na sua simplicidade Às vezes me pergunto se foi gentileza ou por que... Bem, quanto à suspensão da minha idéia nos pontinhos expostos lá em cima, é preferível que eu acredito que foi sim, gentileza e prazer por me ter com amigo e não interesse... – dizem que dinheiro compra tudo e até as pessoas vem e se entregam de graça – Vamos então a primeira parte do ensaio “por que tanto amor assim...?”







E veio até a mim, com o seu rosto a resplandecer e a sua aureola que emitia uma luz, mostrando assim em mim os meus pecados.

- Por que te afliges a alma? Ouvi os teus clamores e aqui venho para te acalentar! Erguer-te diante de mim, pois a ti mostrarei a ansiedade que busca para responder as tuas perguntas...!

- Sou eu digno da tua presença, pois sou pecador e a ti ainda não levantei uma verdadeira adoração! Disse...

- Sim, - o retrucou – é verdade...! Mas também é verdade que eu vi o desespero da tua procura e o cansar das tuas perguntas sem respostas! Eis que aqui estou para te mostrar às respostas que os teus olhos não vêem e o teu coração já não consegue acreditar na possibilidade que o que vive e respira não é fruto teu e sim, de mãos celestes; que em ti foi colocados para assim, fecundar dentro dos nossos olhos a bela grandeza de ver em ti a nossa semelhança e ao mesmo tempo sentirmos o gozo de te apontar diante do nosso concílio e dizer: “estão a ver a criatura que criamo, pois ela é capaz de amar e sentir o mesmo amor que nela foi postado por nós.

- Por que tanto amo assim? Perguntei ao mesmo tempo em que mordiscava meus lábios com a minha língua.

- Sentes tu a dor quando mordes os teus lábios? Ferem-te eles com os teus dentes? Perguntou-me ele ao mesmo tempo em que eu escondia a língua, ficando apenas as marcas nos lábios, continuou ele, resplandecendo no seu olhar um leve sorriso angelical.

- Julgas que aquilo que está em ti a clamar pelo o brilho que resplandece a escuridão, te causando assim, uma longa espera, na qual te sentes impaciente e cheios de dúvidas! Observe que os lírios do campo, as flores além de algo belo exalam seus perfumes e sempre esperam que alguém ou mesmo uma borboleta, uma abelha venha e prove do seu mel. As estrelas são sustentadas lá no firmamento, emitem o seu brilho, e a lua, em toda a sua singela beleza, às vezes altas, às vezes tornam-se tão baixas que é quase possível tocá-la! O sol astro rei de toda a constelação, imenso pelo o seu tamanho é superior o tamanho da terra! O mar, com suas águas azuis e cheio de mistérios e belezas! Todos eles são belos e não chamam por olhares que os façam se sentirem egoísta e prepotente!

- Mas eu só quero amar...! Disse.

- Sim, - continuou ele - Se todas essas grandezas que a ti revelei, tivessem um coração humano, certamente eles cobrariam também o seu quinhão! O maior amor está naquele que espera! Naquela que sabe que basta um olhar para se ter o gozo de uma busca! O teu amor apenas se restringe ao teu egoísmo e a tua sede de se mostrar amado! O amor único é aquele que na sua procura não sussurra, não grita e nem arde, apenas vive a sua espera, sonhando o que fazer e como receber em si esse belo sentimento! O amor que te enche e peito, o qual o julga ser maior do que os outros te torna pequeno e insensato, isso porque constrói dentro de ti uma grandeza que só tu achas que tens! O amor é compreensivo até na sua ausência! O amor não confunde e nem trava dentro do íntimo, sentimento profanos e mesquinhos! Faça uma auto-analise do teu sentimento e busque o sossego na tua procura! Não irrite a ti mesmo, isso porque, fazendo assim, eis que um dia chegará, depois de longa espera o teu momento, enquanto isso faça um belo monumento a este amor, porque se ele for realmente como dizes ser, ele esperará, mesmo que leves séculos e séculos um dia se postarão diante de ti e será sustentado e erguido diante da tua beleza! Não te julgues que é em ti que está todo o maior amor do mundo! O maio amor do mundo está naquele que sabe esperar; naquele que nada fala, apenas observa o cair da chuva, ansiando que a sua terra fique mais firme, onde se poderão produzir belos frutos; quanto mais cai a chuva, mas ele deseja que assim caia, porque um dia, quando cessar as águas, a sua terra estará firme e rica em ingredientes.!

- Queria amar, assim me dizes...! Ora, qual a oração solitária que não deseja saltar o seu imaginário, transportar todo seu limite de lucidez, eleva o seu coração a um sonho que tanto acende o desejo da sua mente, trazendo assim aos seus olhos a esperança de um viver, pelo qual tanto anseia e se sonha! Deves amar e saber que existe também; também uma espera: toda a terra pela a chuva, as flores pelo o seu outono, onde elas se mostram mais lindas e frescas, e até o respirar precisa do seu tempo, assim como o piscar dos olhos, porque, se eles piscarem sem intervalos de tempo, de tornará cego e isso te proporcionará a uma imagem opaca e sem brilho...!

- Por que aquilo que estar em mim, assim julga o meu eu, é tão diferente das outras pessoas, quer dizer, parece que amo mais...? – Perguntei.

- Ora, era assim que deveria ser! Era assim que os seres deveriam amar, e demais...! Amar demais não traz a loucura e nem o ciúmes; pelo contrario, amar menos aí sim, traz ciúmes, dissabores e impaciência! Quanto a ti, que dizes amar demais, continue a amar demais, porque eu sei que amas e também sei que este teu amor nasceu porque foi posto o fogo sensato da razão suprema e em ti situa-se o olhar humano do teu coração pleno e sábio, pois tu tens o gosto e o prazer de não vulgarizar o teu amor, tornando-te diferente, e essa diferença deveria amá-la, porque ela está exposta no teu espírito e te pertence, portanto, anima-te e sinta a tua diferença do teu ser na indiferença que nos outro tu ver! Há uma barreira no teu olhar porque se tu dizes que ama diferente então deve ter a paciência da vinda daquilo que o teu coração possa também sentir a diferença! Não te entregues a acusações ardentes contra o teu amor, virá em breve, mas para isso deves continuar a ser diferente para quando, aquilo que for diferente chegar, tu possa sentir o seu gosto e aí verá que vale apenas esperar o complemento exato do teu ser, que o sustentará e o elevará na tua diferença...!

- Amar demais só nos torna diferentes, - continuou ele - Para se ter esta diferença no amor é preciso não somente amar, mas sim, saber que o outro coração também sente as mesmas dores e que devemos ter o cuidar e o zelar dele como a nós pertencestes! Eu sei que ama demais e também sei que há uma profusão de amor e bondade no teu íntimo! Sei que o teu amor é pacato em bondade e benignidade! Posso te olhar e expor diante de ti a grandeza inocente que vive no teu coração sempre a te espreitar...! A verdade, assim tu nasceu e fostes dotados de sublimes sentimentos, onde a tua candura e o frouxo perfume onde foram depositados são mais propensos a se infiltrar dentro do próprio ar, tornando-o assim mais propicio as narinas humanas! O amor que em foi postado na tua alma, é mais cândido do que os sonhos de uma menina e mais puro do que a inocência! É verdade que às vezes, no teu desespero, isola-te a procura do silêncio, onde tu e ele, juntos, compartilham, ele te traz os prazeres dos teus sonhos enquanto tu leva a ela a tua agonizante espera!

- Então devo amar assim? – Perguntei

- Sim...! - Respondeu ele e depois continuou.

- Deves amar com toda a intensidade, isso porque com a mesma vontade e riqueza que anseia, deves entregar-te com a mesma medida que pesa os teus sentimentos. É verdade que ama torrencialmente e deve ofertar este amor à cândida razão da incomparável pureza genuína, que exposta dentro do teu ego, eis que ela se sente como única, é um grito soberano pela a límpida gotícula que oscila verdadeiramente, onde as trevas, apesar de querer afugentar a viva chama que resplandece ingênua e cândida na sua morada!

- E se eu me feri neste amor ardente? Perguntei interrompendo.

- Sim! – Disse ele. Pode acontecer que, entregando o coração, expondo-o a mostra, não de outro sentimento, mas sim, da vaidade humana, pode sim, feri não só o teu coração como a tua alma! Mas deve amar ardentemente, ingenuamente e docemente, mesmo que o outro ser não tenha sentimentos semelhantes aos teus, poderá sim, sentir que em ti se torna grande a imensa doçura da tua alma por não ser correspondido pelo o peso contrário daquilo que não esta em ti!. Deverá se sentir soberano, isso porque, mesmo que venham as dores saberás que no teu seio arde um tempo que é diferente da época, ou seja, em ti se fará tempo, onde sempre brotará espécies raras e tão genuínas! Um tempo onde não cessará o teu crescimento, que sempre será contínuo e exemplar Um tempo que nunca findará e o seu crescimento se expandirá por toda a vasta campina do teu olhar! O tempo sempre levará a admiração da tua imensa procriação secular da tua beleza que incessantemente não pára de frutificar, enraizando assim, no solo do teu ser, a supremacia eloqüente e absoluta de um ser fecundo e simplesmente, admirável. Quanto à época, refiro aos sentimentos que se entregam a volúpia insana de um fluir que a todos correspondem e nunca se inflama! A época está dentro daqueles que insanos no seu vulgar amor, abrem-lhe a sua cova, joga a sua alma e prateia solitariamente na sua arrogância, engana a si mesmo, entretanto, permanecem da sua torre semelhante as suas pedras! A época quando vem, eis que tens bons frutos bem vistosos aos olhos, mas acabam-se o doce do açúcar, a chuva não mais vem, e como os frutos de épocas, acabam-se, esperando que na próxima época venham de novos os frutos e depois acabam e assim, sucessivamente vivem. Ora, corpos se perdem e se isolam na falsidade das palavras que voam a procura das suas satisfações pessoais. Do que adianta usar a técnica da mentira para se usufruir a promíscua de uma loucura? Como se deves usar de artimanhas insondáveis e insanas só para se ter um refluxo de prazer, assim como o mar vai e volta, mas na sua ida remover a areia da praia, assim é a deidade que se oculta na mente ufana, se entrega para buscar o seu prazer e depois, já satisfeito, fica fitando o tamanho rombo causado pelo o ir e vim das suas mentiras, tornando-se assim propenso a uma chaga cancerosa e cheia de veneno!

- Ora, – continuo ao fazer uma pequena pausa para respirar. Olhou para o céu da noite onde passava correndo uma estrela que certamente caiu-se no mar.

- Quando se ama está em jogo à dor que pode vim, envolvida em uma decepção. Onde feridas podem brotar, causando assim danos que às vezes chegam tão alarmantes que sucumbe e priva o amor de novamente se arriscar! Não se pode ficar fora deste risco, ele é soberano em todas as formas de se dar. Quando ruflam os tambores no seio, saudando a chegada de um olhar digno de púlpito, se apregoa também os terríveis dissabores que virão, é preciso que se ame e sofra! É preciso aprender com os erros que traçam nossos próprios pés! A entrega do amor, impulsionada também pelo o desejo do coração,

Tende a se erguer ou permanecer exposta ao fracasso de uma busca! E quanto a ti e a tua bela forma de amar, deve seguir a trilha d a tua procura, porque promissoramente poderá ascender à busca calma da segurança que aspira aos teus sonhos! Dedica-te e se pelo o amor foi abandonado, jogado ao extremo absurdo de uma negação, ainda te restará saudosamente sorver de ti os perfumosos ares únicos que estão aglomerados na sua mente, fazendo assim que a tua diferença seja a diferença não expostas na face dos outros. E quando refletir a doce ingenuidade de um amor que veio ao teu peito; saberá que predomina sob toda o esperar da tua procura, o singular amor! Deve abastecer-te a olhar do contrário inverso que não vêem os outros olhos, isso porque a luz que vem do teu coração te revela o fluxo contínuo da cicatriz profunda que em ti foi posta! A cicatriz que permanece em ti nunca vai ser evaporada, a tendência é que a cada dia, com o levantar de cada manhã, a pureza do teu coração e o fluído que escorre nos teus lábios, aumentando assim cada vez mais a tua inocência, não vai nunca parar de correr, sempre vai se estender até o reencontro do teu amor a sensibilidade plena de uma mulher que a ti ofertará e sentirá gozo de um amor verdadeiro e único! Deve saber também olhar a constância da tua busca, não se entregar a vãs volúpias, onde o afã predomina nos seres, ou seja, carne para a carne e o espírito para chorar a sua entrega no pudor, ocupando assim o vazio do seu viver em orgias dilacerantes, onde o prazer se torna mais agregado a um falso amor...!

O vento predominava. Parecia que ia chover e por um momento tive a sensação de chuva dentro de mim, onde a brisa, com mãos tão suaves, balançava no meu íntimo, uma gota de sentimentos que a minha vontade acabara de criar. Olhei a vasta campa onde as flores se contorciam com a sua suavidade e desejei extrair-lhe o néctar para sentir o seu doce, alimentando assim o frescor dos meus olhos que gotejavam a inocência e por um momento, no abri e piscar das minhas pálpebras, pude contemplar a bela cachoeira que efervescia no meu interior. Uma nódoa de desejo de levantou no meu querer e com um suspiro fiz com que ele atravessasse a minha alma, repousando como um bálsamo, amenizando assim, o semblante cândido de uma busca que não se sossegará até encontrar o seu descanso e a sua forma plena de se doar. Aquele ser permanecia diante de mim. Estanquei uma lágrima que começará a fluir e no meu silêncio, ele com a sua voz doce recomeçou. Encostou bem perto a sua face das minhas narinas e disse:

- Gosto de sentir pulsar em ti a radiante estrela de todo o sempre! Em ti foi formado a grande emancipação do amor e para que ele sobrevivesse, tinha que ser colado em ti, porque a tua forma de amar eis que os anjos celebram, e cantam louvores majestosos e te tens como um ser digno de admiração! Foi lançado sobre ti a glacial forma única de se amar e este amor, onde murmuram as águas que enaltece o seu fluir! Onde contam as aves todas juntas procurando a sua real beleza! Montanhas são atiradas e derrubadas porque o que está dentro do teu ser sucumbe todas as outras formas de vidas! Cantam os ventos do sul, norte, leste e oeste, levando no seu dorso o teu aroma, onde se prostram a terra e o céu celebrando a radiante luz que emana da grandiosidade dos teus sentimentos. Eis que em ti se faz a constelação exemplar de um amor celeste que soa aos olhares humanos como uma utopia, e eles se perdem, desacreditando na sua própria beleza! Ama porque está no murmúrio da tua alma e no silêncio genuíno do teu olhar aquilo que só tu ver, e esta visão, sobrecarregadas de essências que se

explode quando, o teu coração, emudecido e tresloucado, sente no ar o odor daquilo que não foi sentido e ele tem a necessidade de tocar, isso porque ele sabe que existe, baste que se levante os lábio, deixe-os tocar na imensa crosta do desejo que se oculta no breve olhar! Há o mais sublime dos ungüentos, porque ele, quando ativado pelo o teu querer se expande, trazendo a ti unicamente a cura de todos os males e estar naquele que ama e tu, meu caro amigo, apronta-te porque virá o mundo contigo celebrar a tua tamanha constelação...

O tempo passa, mas o teu amor ficará como a reconstituição do próprio amor que foi negado pelo o coração! Os teus lábios falam da sensibilidade imensa, enquanto bocam exaltam a perdição do amor, a tua, pelo contrário, emudece, saboreando a delicia do esplêndido amor que é desconhecido a sociedade...

- A minha forma de amar, de viver uma longa espera, dedicando-me a um sentimento que me dói, isso porque sinto que em mim, não que exista tanto amor como me falastes, mas sinto que no meu peito há uma necessidade constante de abastecer a milha alma na forma de amar além do meu entendimento, causando assim uma pureza que sempre sinto quando meus olhos tremem aos primeiros suspiros de uma calma que me adormece o meu pensar, molhando o meu sonho que se torna cada dia mais puro e sublime... – Disse-lhe enquanto pensava na estrela que momento antes acabara de cair no mar.

- Acredita que as estrelas caem no mar? Perguntou-me. Adivinhando aquilo que eu pensava. Tentei dizer algo quando ele pausadamente sussurrou para si mesmo:

- A pureza de um amor...! È possível sim que a estrela tenha caído no mar! È possível sim que ela esteja atônica no seu caminhar e para buscar o seu refrigero, ela resolveu tomar o seu banho, mas nunca vai apagar o seu brilho porque ela é uma estrela, assim como nunca será esquecida eis que a ti presto louvor porque assim como ela, brilha também na pureza do amor, e, enquanto assento-me aqui para te falar da tua maior virtude, sensata e plena, onde desconheço qualquer coração que seja semelhante ao teu, na forma eloqüente de amar. Respirarei um pouco do teu ar porque tenho que me abastecer da tua grandiosidade e tão imensa profusão de sonhos e belezas. A beleza do teu amor será exposta diante de ti e esta sensação, agora será entregue ao seu único dono, submisso na forma singular do amor.

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