sexta-feira, 16 de julho de 2010

O ESPELHO



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O ESPELHO
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Ele viu na sua visão a doce e bela sina:
Um delicioso sonho meigo de menino!
Fez-se a doçura nos seus ardentes lábios,
Que tanto tremiam e sempre é bem-vindo!
Que bela profusão: inocência e sonho...!
Na sua fusão levanta-se o singelo amor...!
Um grito genuíno de afago e esplendor;
A se espalhar no corpo sarando a dor,
Que maravilha se assim em todos fossem!
Jogadas as crescentes sementes do amor!







Na penumbra dos reflexos que são emitidos por uma justaposição, dois seres, um, ao fundo, como se estivesse preso por uma moldura e um vidro já bem usado, riscado, mas é perceptível aos olhos que fita aquela outra imagem. O outro, angustiado, sobrecarregado pelo os odores insensatos que pulsam diante da sua visão embaçada a espera que a delícias dos seus sentimentos possam subir as suas narinas como um sublime perfume, despertando-o a saltar do seu trampolim para um rio, onde as espumas flutuantes o esperam, para acalentar do seu seio a sagacidade elegante, majestoso e reluzente, a sua própria beleza que adormecida, eis que pretende romper do seu peito e transpassar-lhe do seu mundo imaginário para fazer-lhe diante da sua calma a doce mistura radiante do seu puro amor que, Incansavelmente a súplica pelo o frouxo e límpido brilhar de uma só lágrima.
ONDE O PODERÁ TER PERDIDO A SUA CALMA? ONDE FICOU PRESA A SUA VIDA QUE TANTO SONHARÁ? PODERÁ RENASCER DIANTE DAS SUAS PRÓPRIAS ACUSAÇÕES QUE TUDO PODERIA SER DIFERENTE? O QUE FOI FEITA DA SUA PROCURA E A SUA ESPERA QUE SEMPRE TARDA A CHEGADA? E AGORA, AINDA LHE É POSSÍVEL QUE SUAS FERIDAS POSSAM SER CURADAS, FAZENDO QUE A SUA ALMA POSSA SE ESTABELECER DENTRO DO SEU CORPO, LEVANDO-O AO SEU CASTELO DE ORNAMENTAÇÕES DESEJADAS E SÍMPLICES?

Ele olha a sua própria imagem e através dela, emitida pelo o reflexo aquele espelho, ele percebe que envelhecera na sua busca, mas que amadureceu na sua espera. Um pequeno sinal nasceu-lhe na sua face, tocou-o levemente com o seu dedo, onde transpirou o viver de toda a sua existência...! Olhou suavemente todas as marcas que apareceram em seu belo rosto e repentinamente, veio-lhe aos seus lábios um gostoso ardor, isso porque, ele estava ainda lá, respirando e isso significava que o seu coração ainda batia dentro do seu peito, fazendo suspirar o seu espírito exemplar. Eis que as suas lembranças começaram a pulsar na sua mente e foi quando, silenciosamente, saltou-lhe diante dos seus olhos uma gota do seu sentimento, e docilmente diante da sua face, ele, contemplou aquela gotícula pura e celestial que anda fazia com que o seu coração sonhasse. Viu em sua forma desajeitada, mas simples e cândida que ela lhe pedia socorro, uma fonte onde podia rebuscar, mesmo depois de tanto tempo a sua forma enseada e sublime. A sua saliva mergulhou profundamente através das suas emoções no seu mais profundo íntimo. Levantou-se o seu desejar e dentro de si, aprumaram-se todas as suas aspirações, no qual o cercava e o convidava e mergulhar demoradamente nas profundezas ingênuas do seu doce.

Olhou-se e cada toque sensível do seu dedo na sua face, eis que se despertou...! Arriaram as portas da sua visão e ele pode contemplar o seu futuro...! Abriram-se as cadeias que o prendiam e com as suas pequenas asas ele pode sutilmente lançar-se em um vôo e lá do alto, onde toda a sua visão percorria com o seu andar suave a bela campa que estava escondida no seu eu...! Eis que acordaram do seu mundo recôndito os dormentes desejos e os ingênuos sonhos... Ele podia agora, rasgar em um grito o silêncio que tanto o prendera. Podia lançar o seu olhar de luz para toda aquela escuridão que por muito tempo o levou a pernoitar, sobre lágrimas dilaceradas e sem vidas...! As portas de aços se romperam, o metal foi fundido e transformado em orvalho de esperança. As comportas do seu céu abriram e caiu sobre ele um tipo de maná que a sua boca abocanhava ligeiramente e quando o bálsamo desta comida descia por completo até ao seu estômago, em êxtase, pousou na sua doce ingenuidade o fretar da esperança que o olhava levemente e ele, subitamente tomou o seu desejo e o recolocou no seu espírito...

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