sexta-feira, 3 de setembro de 2010

-- O DESCANSO --

Quem é que procurou e nunca obteve...?
O gosto do sabor de um sonho, o desejo...!
A delícia que é exposta na relíquia dos olhos!
A dimensão profunda de um espírito ansioso!
Que se enamora por uma pomba forasteira!
E que no seu seio tornou-se a primeira...!
A luz que com seus raios quebrou o seu silêncio!
Com o seu toque despertou no poeta o ensejo!
De sorver a saliva que vem como premio no beijo!




A ti belo amigo, pois no meu silêncio, onde as dores trespassavam o meu espírito, eis que tu se levantaste e vieste até a mim e juntos bebemos as lágrimas, sendo tu testemunha do meu grande juramento, e o meu segredo estará em boas mãos, porque a tua carne se contorce com o meu tormento e os teus lábios estremecem com a minha busca sem fim e sem preceitos! É verdade que muito procurei, mas eu tenho que calar os sonhos que fumegam e o coração que anseia! Eu tenho que levantar agora diante de mim o silêncio e permanecer nele até que a última réstia de desejo que há em mim possa se afugentar e procurar outro abrigo! Tenho que pausar tudo aquilo que, aos doze anos de idade a criança começou a cultivar! Lembro-me da minha fuga, quando, meus olhos cansados e atônicos, observaram as primeiras dores que saíram da alma humana para um espírito infantil! É tempo de procura! É tempo de sentar e olhar tudo aquilo que foi reservado ao meu coração, onde a esperança por muito tempo permaneceu em mim, mas que hoje, eis que o cansaço da longa espera já não mais suporta os enfados daquilo que não mais existe! Morreram! Sucumbiram-se as primícias dos ”ais” que agora soam angustiantes e sem brilhos colossais!

Reservo-me, ó doce amigo! Reservo-me agora o meu tempo! Ele será trilhado e bem trabalhado, assim como o ouro nas mãos de um ourives! Farei agora, diante de mim, coisas impossíveis! Arrastarei para o meu interior a capa que me foi doada para estancar o sangue das minhas feridas! O meu unguento será mais eficaz e veloz! O tempo certamente se aprofundará diante dos meus olhos e eu meu doce amigo, terei um tempo extra para aliviar aquilo que me causa dor e tristeza! A evasão de tudo aquilo que estar alojado no meu eu, eis que eclodirá e saberei como conduzir aquilo que foi o sustento da minha alma e enlevo dos meus olhos! É preciso que se pernoite, sentindo o frescor do vento bater na face, causando assim um refrigero dos lábios que soltam palavras doloridas!

Sentarei a sombra do pinheiro muito amigo!
Ao frescor da inocência que brinca comigo!
Voltarei aos belos sonhos porque eu contigo...!
Vencerei todos os meus maiores inimigos...!

Passarei aninhar o belo sorriso que se escondia dos meus lábios porque tinha pudor e medo de se expor! Não haverá mais a rotina de uma busca celestial, porque o homem dormirá e enquanto ele permanecer no seu sono profundo, eis que chorará a terra com grandes chuvas e inundações! Não haverá mais nos campos o mexer das flores e relvas, porque o vento ficará preso e imóvel em uma masmorra! Eu vou silenciar o que e faz o meu grito ascender em forma de desespero! Vou dar um tempo ao meu tempo que tanto demora chegar! E, quem sabe! Quem sabe se o meu tempo estiver dentro do tempo que é lento e voraz eu ainda possa esperar não na contagem do tempo e sim, do meu próprio tempo! Eu vou até o fim e por causa da necessidade do meu coração não medirei esforços para conseguir se sobressair dos limites que o tempo me impõe!

E aqui morre o vermelho que não é tinta!
O coração que chora com a dor não extinta!
Mas são lágrimas doces, puras e tão limpas!
Sou eu quem as derramas, mas quem pinta?
É sim, a própria vida que descamba aflita...!

Obrigado Raskinov por ouvi-me e sempre permanecer presente nas minhas dores! Quero também te agradecer pela força e dedicação, porque tens me ajudado na minha obra e sempre vem me corrigi quanto à vivacidade da personagem! Certamente busquei os teus conselhos e as tuas palavras de sabedoria e, quando for dada por completa a obra, certamente será o primeiro a saborear, mas o prefácio, como homenagem a ti, será exposto uma dedicatória ao homem e também ao amigo!

Eia! Tenho que ir porque agora voltaremos para a filosofia e a artes dos pensadores! A minha retórica estar a minha espera e a todos deixo a paz que é sonhada e difícil o seu buscar concreto! Que a vida me seja leve e menos profana! Vamos à outra história que permanece inerte quanto à sensibilidade humana! Até breve..!

Brasília,03 de setembro de 2010




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