quinta-feira, 16 de setembro de 2010



OS SONHOS DE SOLRAC



Foi-se a minha primeira pomba e hoje forasteiro!



Não mais retornei aos meus doces pombais!



Afadigado solto ao vento meus angustiantes ais!



Ela foi a primeira mas será também a derradeira!



E eu nunca mais voltarei aos meus pombais!



Um dia ela cansada, abatida voltará! Mas não pousará mais nos meus umbrais...!



" Eu estive olhando a imensa dimensão que se formou quando os meus lábios,

sentindo o ferro do fogo incasdecente, eu fui marcado e com um sinal, eis que

abriram-se as minhas carnes e a terra conheceu o sabor do meu sangue, onde

ela própria cobriu com o seu barro mais árida para não soltar o seu cheiro ao vento,

porque, não deveria existir mais do que uma essência única e singela! Assim ela me fez
para sentir por todos, aquilo que os seus corações não mais sentem..." "O AMOR'





Quem te ungiu com o óleo da justiça?
Sobrepostas estão em ti as doces velas!
Que queimam e o seu fogo nunca se apaga!
Iluminando a vida que sai dos teus castiçais!
Quem te colocou acima de todos os outros!
Pois até a diferença se nota no teu falar!
Há uma só forma no teu coração de amar!
E tu velejas nesta realidade onde a fonte!
Aclama pelo o desejo da ordem de se gostar!
Só tu ascendes e faz a natureza chorar!
Com a divina candura de um teu simples olhar!
Quem te fez assim, tão grande!
Elevou-te as serras, montes e montanhas!
Tu para eles se torna um ser estranho!
Mas essa é a tua bela forma de se doar!







Atrevo-me, ó castro amigo! Atrevo-me a quebrar o teu silêncio e expor a maestria grácil e loquaz dos teus primeiros e eternos sonhos! Atrevo-me porque eu sei o quanto em ti explode a necessidade voraz de pisar os teus pés nas plumas alvas das aves da terra e também sei que os invólucros da flor das gramíneas estão suspirando pelo o calor do teu sol e pelo o bálsamo das tuas lágrimas! Atrevo-me porque também eis que se levanta o meu admirar e a minha constante amizade pelo o amigo! E também, pelo o outro lado da minha alma, aquele lado onde ela tem prazer e sonhos delirantes, também muito anseia a se derramar com a tua beleza e o teu pulsar constante que causa a luz nos meus olhos e o sussurrar alegre do meu coração!
E como o ferreiro que trabalha o ferro no fogo, o talhará agora com o mesmo fogo, só que sagrado, a grandeza exemplar do teu olhar que não se cansa de procurar ainda nesta existência a lírica extremosa e santa! Sacrificarei as minhas lágrimas diante de ti, porque sei o quanto tens padecido nesta tua inconstância, onde a tua busca se torna uma masmorra, padecendo assim o belo homem que Deus ornou em ti! Quero com exatidão, com a leveza de uma folha quando levemente cai do seu galho, elevar-te ao sabor supremo do meu orgulho! Sim! Há em mim um orgulho por fazer parte do teu campo e contigo conviver! Admiro-me também da tua amizade sincera e doce! Eu tenho que abrir os meus lábios e sorver de ti o teu sabor e o teu manjar que sempre é servido! Por que a minha caravana seguirá com ouro e mirra para ofertar a ti e estes belos presentes que são em memória a tua sabedoria e o teu colosso amor! E, nesta mesma terra, levantarei um monumento a tua grandeza onde todos que por aqui passar, saberá que no seio do universo suspira e respira a graciosidade de um bom espírito humano!
E que espírito! Quem foi que te vestiu e te ornou com caríssimas jóias e vestimentas radiantes! Quem foi que te colocou como cabeça da nossa terra e geração futura? Por que a tua cisterna não seca e o teu campo não morre! O teu jardim floresce e cheira a incenso celestial e puro! A tua arca é de ouro com brilhantes trazidos do oriente e na tua cabeça estar colocada o reflexo da sabedoria e o prazer da alegria! Quão solúveis são as frases que brotam do oásis da tua alma! Como são infindáveis os teus pensamentos e instrutivos a alma humana! Como explode em ti os raios gotejantes de ensinos e cuidar pelo o zelo dos sentimentos alheios; são como se fossem os teus, onde tu pole cada um diante de ti, limpando-os, tornando eles assim, transparentes e cheios de brilhos! Incendeia nos teus olhos a sensibilidade e quando eles percebem que os corações, aqueles que te cercam se entristecem, eis que tu levantas dentro de ti, silenciosamente o teu clamor e se derrama aos pés da piedade, implorando que a vida não lhes imputem o amargo e o dissabor do seu gosto!
E eu quando te vi ousei no meu olhar!
Dentro do teu mundo lá penetrar!
Andei colhendo os teus doces perfumes!
Purificados pelo bálsamo do lume!
Mais doce do que a tua presença!
Não há mel e nem elixir e nem crença!
Apaixonei-me pelo simples modo do teu falar!
E contigo todos os dias como desejo estar!
Oh! Deixai-me te ver, te sentir e te tocar...!
E neste toque, o teu lindo amor exaltar!
Permita-me eu por ti me enamorar...!
Assim como corta aligeiro no céu o relâmpago, trazendo um clarão por extenso em toda a terra, eis que em ti, basta um leve sorriso para te ganhar a tua admiração e o pulsar dos teus olhos que não se cansa de nos fitar! Conceda-me, caro solrac! Conceda que eu possa dividir contigo o meu dia e deixes que eu sonhe...! Que eu sonhe...! E não permita que acorde em mim o belo resplandecer da tua alegria e constante odor!
Onde estar suspenso o jardim de Nabucodonosor? Certamente não diante dos olhos, porque agora não mais existe, entretanto, o teu jardim é maior do que o dele, porque em ti vive, tornando-se assim o teu paraíso! O maior dos conquistadores, Alexandre, o grande, certamente se renderia a ti, porque a tua espada tem o aço do conhecimento que não é humano e o brilho genuíno da glacial candura dos anjos! A tua presença é como se fosse o rugir do leão como também o olhar do cordeiro! Há mansidão e atrativo coloquial em todo o teu ser! E eu, estando contigo! - Sinto-me seguro no teu abrigo, onde as tuas palavras me sustentam e me causam a alegria que foi esquecida pelo o coração humano...!

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