sábado, 7 de agosto de 2010

O PERDÃO


--- O PERDÃO --------------------------------



E eu na minha grande sagacidade tão bruta!
Feri-a e ferindo feri também eu a mim...!
Chorei com o mesmo coração que feri...!
Tudo eu senti porque sou ela e ela vive em mim!
Com a dor que veio eu também sofri sem fim!
Ah! Eu posso sofrer por ti com o meu coração!
Guarda o teu e com o meu eu choro por ti...!
Sofrerei, mas, por favor, deixe que eu pago...
Com a maior dor do que a tua que chorou por mim...!



Perdoai-me, Ó doce anjo...! Perdoai porque inefável é a tua doce companhia e o teu abri viçoso quando abre a tua boca e deixa flui ricas palavras em ingredientes construtivos e sinceros...! Perdoai, porque na minha extrema loucura não pude perceber que arranquei o teu brioso coração e o expus ao ridículo do meu sarcasmo e trouxe até mesmo confusão a ti pelo que sinto...! Arranquei o teu suspiro de admiração, causando a decepção que logo te rodeou, fazendo com que as tuas lágrimas descessem e eu, não me contendo, continuei a te ofender longamente...! Posso roubar toda a beleza do céu, dos campos e das vidas do universo, recolocar diante de ti, pedindo o teu perdão, é... Eu bem sei que isso não vai consertar o brilho da tua doçura e a sensatez do teu olhar sobre mim, mas... Ó castra lua! Quero mudar como assim tu mudas no teu firmamento! Quero andar assim como tu andas, do sul ao norte e do leste ao oeste! Sempre a refleti os teus graciosos raios exemplares! Não quero que se sinta ferida, deixai-me arrancar o espinho que a minha mão insana colocou no âmago do teu suspiro! Deixai que eu possa replantar, na cicatriz que se formará na tua pele a minha árvore de admiração e extrema suavidade que sinto por ti! Por favor, ó doce lua! Ensinas-me a viver contigo porque tu és tão grande e eu sou tão pequenininho! Eleva-me pelo menos ao sabor da tua forma e a delícia do teu ser! Ensinas-me a usar as palavras sinceras e doces para não mais te causar o afastamento do teu doce pulsar! Deixai que eu possa chorar diante de ti, clamando, porque as minhas lágrimas também contém sal...! Só quero que veja um coração pulsando, é a sua forma de pedir mil perdões pelo o que fez o meu mau espírito! Eu ouço, lembras...! Quando juntos o teu som que tem o sabor e a tua candura sempre vem bailando no vento, como um corcel arado com seus acordes onde, lembras! Nós voamos! Tu com o teu poder arrebatou-me a um passeio celestial e eu, na forma de um anjo, pude perceber, lá do alto do céu, que a tua sinceridade e a tua realidade para comigo é tão soberana!

Uma lágrima as pálpebras me inunda! Um suspiro no meu seio treme ainda! É a mesma lágrima que emanou de ti, causando um rompimento do teu admirar! Ó doce lua! Ó extremoso anjo que me visita e ouves os meus “ais” angustiados! Perdoai-me...! Eu só tenho as palavras que ingiro nos teus olhos e no teu coração o meu pedido de desculpas! Ó doce raiar da matutina brisa que enlaça toda a formosura do meu campo...! Por acaso, existem outras formas de pedir perdão sem usar as frases? Se sim...! Ensina-me qual é essa tão eloquente forma, porque, aprendendo, eu me recoloco a tua disposição e faço pela a tua maneira que será exposta diante de mim! Existe, ó doce lua! Se sim...! Mostra-me, porque eu estou também ferido e sangrando muito, a minha ferida, na qual, também se tornou a tua! Exponha-me pelo o teu conhecimento e a tua sabedoria qual é a nova essência que posso derramar na dor que causei, trazendo assim, alivio para os dois espíritos que se machucaram! Recoloca-me sobre a razão dos teus argumentos e providencia nos meus lábios a tua divina providência, propiciando a mim o novo conhecimento concreto do êxtase do unguento que sara e nos retorna novamente a vida...!

Eu ainda ouço só e no silêncio o barulho da tua lágrima quando caiu...! Efervesceu dentro do meu rio e com as minhas águas ela não se misturou! Eu vi que ela nadava sobre as minhas águas, afastando-se, não havendo a sua mistura...! Ela flutuava abismada, espantada, e, no seu correr, chegou-se a margem do meu campo, olhou-me e sussurrou “ – que decepção...” Eu ouvi a sua voz e, de repente, o meu rio parou, olho-me, acusando por ter sido eu um monstro e disse –“ O que fizestes...? A gotícula de lágrima não quer mais navegar comigo, porque me afastou dela? Por que não mediu o espaço da tua língua e não usou a tua sabedoria? E tu, julgas ser sábio e não sabes preservar aquela que por ti tem admiração...! Eis que a margem do meu rio não brotará mais as flores e o meu leito secará e não existirá mais vidas...!

Perdoai-me porque hoje o meu dia é obscuro e sem a tua luz não haverá mais paz no meu olhar e nem beleza no meu amor que não se cansa de admirá-la! Revela-te a mim, basta um olhar...! Encara-me de novo...! Visita-me, baste que hoje, tu ó doce lua! Nada fale, mas me solta aquele sorriso que estar estampado na paisagem que me serve de consolo...! Baste sorri para mim, entenderei que estarei perdoado e eu voltarei a cavalgar no teu dorso, cuja sela, resplandece as tuas verdades...! Oh! Doce luz que emana de ti! Dá-me a oportunidade de novamente permanecer contigo e sem mágoas e ressentimentos, voltaremos a nos olhar com extrema admiração um pelo o outro, porque, é essa a minha e a tua riqueza...! Nós somos a diferença que se cruzou e agora perguntamos a nos mesmo, como extasiados um pelo o outro pelo o seu existir: “ELES EXISTEM...” “EU E TU EXISTIMOS E ISSO AGORA NÃO É MAIS UM SONHO VAZIO...!”

O POETA CHOROU...!

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