terça-feira, 17 de agosto de 2010

AH! FILHO MEU!

AH! FILHO MEU!

Filho por que desfolhou dos meus olhos a dor!
Roubou-me a admiração dos teus belos anos!
Causou em mim estragos profundos e danos!
Matando-te, fazendo teu amor um impostor!

Que ganhas se o teu corpo funde em prazer?
É emoção insana de um buscar constante...!
O prazer que nos sobe a carne é cortante!
Só nos levam as lágrimas vis de um alcácer!

Por que em ti esta mudança rápida profana?
Tua inocência ainda sonha e tanto canta...!
Por um amor no teu seio a suspirar diáfana!

Saia das tuas trevas e não te escondas tanto!
A claridade da luz nos torna doces humanos...!
Não deixes quebrar do amor o seu belo encanto!


Como pode um coração que diz que ama...?
Entregar-se as volúpias de um prazer insano!
Acaba-se o sonho é o prazer que inflama...!
A boca, sufocando o espírito que aclama...!
A beleza se perde entre um prazer de um beijo!
Só há fogo e mentira na tal inocência humana!
Fundem-se corpos, criam-se lavras profanas...!
E sempre dizemos: “meu amor ainda te amo!”
Tornamos mentirosos, violando segredos guardados!
Perdemos nossa identidade e neste letal engano...!
Perdemo-nos dos lindos vindouros dourados anos!


Oh! Inefáveis são os suspiros de espantos...!





Filho meu...! Qual é o tamanho do teu coração...? Por que ele a todas correspondem e nunca se inflama...! Guarde o teu verdadeiro amor para ofertar aquela que te sensibilizará, levando as palpitações doces e serenas do teu espírito! Por que, filho meu! Por que teima em fazer insinuações ao teu coração...? Hoje eu te vi e ouvi a tua nova causa! Será o mesmo amor que te adormeceu por alguns dias, e, quando acordou, eis que um levante de emoções insensíveis se tornaram pulsantes de novo neste teu disfarce que me parece agora será constante? Eu te levei a conhecer a minha fonte e dela eu te servi, entretanto, o menino cresceu e agora segue na sua independência! Por que filho meu não me escutas...? Por que não me olha, fitando assim, aquilo que fui e o que fiz deste o teu nascimento até a tua presente mocidade? Canso a minha língua a procura de colocar em ti entendimento e beleza e tu, ansiando descobri apenas os inconfundíveis males que assuam os sentimentos humanos! Moço, filho da minha alma e doçura loquaz dos meus olhos! Apruma-te e seguem os meus preceitos e meus argumentos...! Arranca este teu frio coração, insensível a beleza da afeição profunda, e leva-o ao desconhecido abismo e atira-o longe de ti! O que fazes filho meu...? Vislumbra-te de novo outro jardim, onde começa a brotar uma doce flor! Vai tu filho meu desfolhá-la assim como fizestes com a tua primeira flor? Qual artimanha usará o teu coração para prender a bela cotovia que te olha? Usarão a tua língua os mesmos argumentos profanos que levará a prisão da futura cotovia que te olha...! Ah! Filho meu! Muito estou triste e decepcionado contigo! A tua profanação viola o direito do coração feminino que sonha e que enaltece a visão de um suspiro de mulher...! Como podes de novo filho meu, levantar a tua ira e os teus sentimentos levianos contra a exatidão da beleza que flui na sua jornada, entre o suspirar e a conclusão, ela apenas quer a felicidade!
Ah! Filho meu...! Muito me entristeço em saber que o teu caminho é de egoísmo e insensibilidade! Muito padeço pela a tua constante revoluções sentimentais pobres e vazias...! Não quero que seja igual a mim, mas pelo menos me tome o respeito que jaz nos meus olhos pelo o “amor humano”! Isso que fazes não veio de mim e nem te passei pelo o meu sangue e sim, nasceu porque o teu prazer está nas paixões desvaliadas e loucas, e elas, não te ofertará no teu futuro, o descanso da tua alma que muito vai te cobrar isso porque; dentro de ti não haverá paz e nem valores humanos!

Ele é tão lindo, puxa...! Por que viola a flor da formosura dos teus belos ascendentes anos? Por que toma apenas para os teus olhos, embelezando-os, mas te esqueces de levar ao teu coração a rica constelação de um amor que paira diante de ti e grita por socorro! Ah! Doce pélago da minha alma! Filho dos meus angustiantes dissabores! Olhe para quilo que estar sobreposto diante dos teus olhos e nos teus lábios! Experimente a verdadeira sensação que permanece oculta! Não beba a promiscuidade que só vai enaltecer as tuas carnes e teus olhos cheios de desejos...!

E tu podes caminhar nos desejos profundos...!
Nos suspiros que se exalam neste mundo...!
Buscar tuas sensações em toques imundos!
Filho meu! Nunca em ti a campa vai florescer!
Teus belos sentimentos não vão renascerem!
E, deste néctar teu espírito não vai conhecer...!

Desperta-te, ó belo tesouro que no seio bate! Desperta e traz a este ingênuo coração a santidade e a beleza que não mais existe no espírito humano! Cava no seio um esconderijo profundo, onde as deidades deste mundo não possam alcançar com suas garras afiadas, destroçando assim, as fontes sublimes e cândidas que não mais habita no coração do homem! Oh! Abre nos seus olhos um canal de visibilidade exata, onde o mal não possa penetrar, nem os pensamentos turvos fazer a sua morada! Cria e se eleve em um superior grau imenso a sua forma de ver e julgar! Vem habitar e tecer fios de sedas brilhosos na mente, porque assim, ao seu piscar, ele saberá como caminhar e não se desviar da sua existência! Florescei e nele rutilai os dons celestes e ingênuos do seu coração que agora, quer conhecer a sua instabilidade e o seu pecado imundo...! Olhai-o porquê ainda é tempo de perfumes nos campos! Pássaros que cantam atinadamente! Flores que se entreabrem jorrando o seu néctar! E acima de tudo, o coração que ainda sonha e suspira por um amor justo e sem máculas...! Abri-vos os vossos lábios e deixe a mostra o pólen dos nossos desejos...! É ainda e será o doce AMOR...!

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