terça-feira, 24 de agosto de 2010

O DESEJO DE AMAR...!


É apenas a minha única forma: o desejo de amar...!

E, quando vi a nova luz, eu quis pegá-la!
E neste toque ela fugiu pelos meus dedos!
A minha mão ainda ousou pegá-la outra vez!
Mas, eu tive medo e de novo veio o receio!
Se amanhã a luz diante de mim esmaecer!
Terei eu novamente a força de acendê-la?


Um olhar no paraíso! Abriram-se novamente os meus olhos e a minha visão como um facho rápido cruzou-se e voltou para o retorno de uma luz que ali, defronte de mim, começou a jogar o seu límpido e matutino raio sobre o meu coração que, silenciosamente, retornou a bater de forma ansiosa e esplêndida! Houve ruídos que se espalhou por todo o meu corpo! O meu olhar se prostrou em dádivas as minhas preces que tanto voaram ao relento da minha procura! Houve uma grande invasão dos púlpitos risos que me alouram nos lábios, causando assim rejuvenescimento da minha vontade que tanto esperou o retorno do sabor que há muito tempo havia desaparecido dos meus lábios e da ardência inocente que tanto suspirava o meu espírito! Um olhar se formou e pude perceber e sentir e nesta percepção, voltei a sonhar e neste sentir, eis que voltei a viver e ter no meu seio, os sonhos prazerosos que sonham as donzelas em vivê-los: a eterna fantasia transformada em realidade da tal e tão buscada felicidade!

É apenas a minha única forma: o desejo de amar...!


Sim! Ele Estar presente na vontade que se expressa apenas com um simples olhar! Assim eu olhei e olho a sua reluzente e vitalícia fonte de entretimento ao coração que tanto rebusca depois de uma dor o seu promissor descanso, refúgio do seu tão retirante dissabor, mas sempre procurador e desbaratador de si mesmo! É preciso olhar as últimas gotas de lágrimas que me afluíram às pálpebras! Tenho que cuidar da minha visão e não mais buscar o licor que pede a minha necessidade de ser soberano e perfeito, quando perdidamente se entrega a um belo raiar de ansiedade! Eu procuro não mais a busca do meu refúgio, e sim, apenas um lugar onde posso sentar-me, dirigir os meus pensamentos e perguntar a sombra que me serve de consolo, a causa do nascimento e do apagar da claridade que um dia se fez em mim! Até busquei sanar o misterioso cair de uma nova flor que ficou suspensa diante dos meus olhos, mas, eis que se levantaram os terríveis farpões com suas pontas agudas e cortantes! Eu tentei refazer aquilo que um dia me foi destruído! Eu também voltei a sonhar e desejar que o belo caminho da minha tão sonhada felicidade estivesse retornando, com suas curvas não mais sinuosas e a sua terra propensa a uma boa colheita, onde eu poderia plantar a posteridade do meu amor, regando sobre ele o meu próprio futuro que agora me parece incerto e mórbido!

É apenas a minha única forma: o desejo de amar...!

E ele nasce! Assim como nascem as vidas que pulsam e correm sobre a terra árida ou úmida! Assim nasce o amor, sereno e tão cheio de sonhos! Multiplicam-se o amor do próprio amor, porque, quando se ama a divisão do amor continua tendo a mesma forma e a mesma vontade de se doar! Eis que são plantados a cada suspirar no coração do amor a sua tamanha eloquência! O belo solstício do meu sol aconteceu! Afastei-me por um período da minha vontade e permaneci estacionado, apenas fitando o meu desejo de amar! Eu suportei na minha pele as marcas profundas de um retorno porque eu queria recomeçar outra vez! Sim! Eu queria pelo menos tentar abraçar com os meus soluços suaves à candura e doçura de um sentimento que é essencial à existência humana!

É apenas uma forma: o desejo de amar...!

Ascendeu em mim e pude outra vez, por momentos, voltar a sonhar com a sua formosura! Eu voltei a sentir o correr de uma vasta luz que fecundou e iluminou momentâneo o sonho que se enraizara dentro do meu espírito! Eu tremi quando me soou aos ouvidos: “ Eu voltei por que sou o amor” Sim! Eu pude sonhar e idealizar um novo mundo admirável, onde se suscitam o amor humano apenas pelo o olhar celestial de paz! Fez-se a águia o seu retorno e diante de mim pousou, com suas asas elevadas e muito me fitou! A bela águia que tanto um dia esperei para vê-la, onde passei noites e mais noites na ansiedade de querer tocá-la! Onde estendi o meu tapete para que ela se sentisse amada e querida! Sim! Lá estava a doce águia, com suas penas brilhantes. Fitou-me e permaneceu por um tempo ao meu lado e eu não tive como segurá-la, porque, o amor nascia apenas por uma parte e é preciso da outra para se fazer um todo! É impossível esvaziar as gotículas de lágrimas daquele que padece na dor imensa de uma ferida!
É apenas a minha única forma: o desejo de amar...!
Assim como se perde uma lágrima na dor de uma separação, eis que outra nasce mais forte e mais sustive a emoções profundas! Perdem-se lágrimas, mas nos amanhãs, elas reaparecem mais doces e afáveis ao coração humano que muito, antes debatido e triste, se levanta propenso a uma luta pela a busca agora sem limites pela a sua sonhada felicidade e eu, fiquei atônico porque em mim, eis que o rio começou a correr. O céu se abriu e pude sentir no meu corpo a chuva que inundou os meus suspiros que gritavam e pulavam na sua festa dizendo: ele chegou! Ele chegou! Sim...! Havia chegado o dono e senhor de todo o entendimento secular! Chegou assim como chega aos campos o sol que na sua ousadia, pelo o alvorecer, rouba o orvalho das pétalas das flores que a noite cospe, deixando apenas uma nódoa como marca da sua visita! Ele chegou como chega o primeiro respirar da criança quando é tirada das entranhas da sua mãe e exposta ao seu novo mundo! Ele chegou assim como chega aos teus lábios o teu primeiro beijo e o teu primeiro amor! Assim chegou o senhor e dono de todas as minhas faculdades mentais!

É apenas a minha única forma: o desejo de amar...!

O céu da minha terra se curva! As águas do meu grande lago se avivam e ondas são criadas! Os monumentos da minha cidade choram por que o grande vendaval paira sobre a grande sede de amar! Devo-me entregar a luxúria incandescente de uma espera que, veio e abruptamente, separou-se de novo a minha fiel e construtivo imaginar soberano? Eis que aqui onde permaneço não mais há uma tênue esperança que possa trazer louvor a minha alma! O meu povo chora! O meu campo já não mais existe e a bela cotovia que sempre pairava no pedestal da minha alegria ruflou as suas asas e partiu! O vento já não mais traz das campas o suave odor das flores que gotejam o seu viço ardente e doce!

É apenas a minha única forma: o desejo de amar...!

Olho-me! Percorro o meu corpo para saber se ainda há calor! Algo permanece com suas súplicas ecoando dentro de mim, como um último apelo de esperança! Sinto o pequeno barulho, um sussurro que se levanta e silenciosamente me implora com a sua voz tão triste: O que fez de mim? Por que não me deu a razão ímpar de mim tornar doce e ingênuo? Descem também as minhas primeiras lágrimas e em um grito de desespero, levanto a minha voz e soluço: Ah! Perdoai-me por não te levar ao teu conhecimento a supremacia celestial da beleza do amor! Eu falhei contigo e mórbido também estou por não te oferecer à única razão concreta da existência que é o amor! Perdoai-me por que também ser a minha forma de amar contraditória ao conhecimento da emoção humana! Eu apenas vivo pela a beleza que se esconde em outro esconderijo, mas eu a encontrarei porque esta é a minha única forma de amar...! O impossível virá por que nascerá uma dádiva que estar à espreita e tanto soluça pela a inocência e pureza da minha única forma de amar...!





Nenhum comentário:

Postar um comentário