segunda-feira, 9 de agosto de 2010

AMOR ADOLESCENTE

AO DUDU E DRESSA





- Existe amor entre dois corações de quinze anos...? -

Quantas noite dos três meses,
Chorei por toda a eternidade...!



Acompanhei nesta minha longa viagem dois seres que, ao raiar do abrir do primeiro afeto se encontraram e entre as suas bocas foram feitos declarações constante de amor...! Ouvi isso porque permaneci por muito tempo a observar o comportamento dos dois belos jovens, onde das suas faces brilhou o viço do seu primeiro beijo e também o falar das suas primeiras declarações amorosas! Pude perceber assim que os seus olhares se cruzaram, um fogo que ligeiramente nasceu e na sua inocência, eu, ali, parado, olhando o colar dos seus lábios que um ao outro, uniram-se e se fundiu em uma esperança que pude também sentir e ao mesmo tempo, tecia dentro de mim, sérias considerações concretas e singelas do meu consentimento e também na esperança que aquele tão novo sublime amor pudesse decolar e traçar dentro daquelas duas almas um bem-estar, isso porque, um tendo o outro, caberia que, enchendo os seus olhos com o soltar da faísca dos seus olhares apaixonados, entreguem a um frouxar delirante e eloquente, poderiam ambos, juntos, fitar o brilho que estava nascendo e soltar os seus fúlgidos raios no desejo do seu falar; colorindo assim as belas frases que sairiam dos seus lábios como: eu te amo e vou te amar para sempre...!
Muito torci e também vibrei quando vi nos seus lábios, assim que se desligaram um do outro, a vontade loquaz de um jovem homem, que ali, naquele momento se formará...! Pude perceber, através das batidas do seu coração, onde a pulsação era visível e constante, que ele tinha sorvido as primeiras gotículas radiantes da também primeira chuva que começara a cair no seu interior e vi sim, quando ele abriu a boca para respirar, voltando o ar para os seus pulmões e novamente já restabelecido, sorveu de novo o doce efêmero sabor que palpitava nos lábios do seu primeiro amor...!



Oh! Assim os olhos verem...!

Assim eu não quero mais crer...!


Muita veze eu ouvia quando ela ligava, ele rapidamente atendia e com uma voz suave, melosa e cheia de acordes criativos respondia com tal doçura que muito me fez pensar e vibrar também por acompanhar o surgimento de um facho de luz, onde o seu brilho se fazia cândido e sereno! Era o sorriso dele de límpida e total brancura, onde não se encontrava na sua face nódoa nenhuma de tristeza, pelo contrário! Estava sempre a sorrir, era como se dissesse: eu também amo...!
Sus...! Pulei muito na minha também constante alegria, isso porque, como também no meu primeiro amor, não fui tão feliz, sem contar que, foi mais um pesadelo; e o coração, que nunca foi retribuído pela a dádiva, tem sede de querer viver, se não...
Pelo menos torcer e isso faz com que voltamos a sonhar novamente...! Mas eu bebia e sorvia no meu seio o seu desejo e o seu ardor!
Fazia votos que aqueles dois lindos jovens pudessem completar em sim, alma e espírito! Amor e carinho! Fogo e eternidade!

Existe amor no coração em que cedo dorme
Na boca que se abriu ao contato do primeiro ardor
Existe amor na primeira paixão que se formou
Por que então naquela hora o silêncio brotou?
E ele, o amor assim como nós também se transformou...
Explodiram as mentiras...! Duas não mais inocentes bocas!
Emudecido...! Pasmado fitei dentro de mim o pavor...!
Por que só eu sonhei e até agora de mim roubaram o meu doce e maior amor...?



Ela lá estava silenciosa, olhando a face do seu jovem amado. Dentro da sua alma o fogo brotava! Meu Deus! Quantas declarações supérfluas ela deixou escapar dos seus lábios! O amor...! Ela na sua inocência e também no louco ardor de amar e ser amada, ela matou o seu próprio amor...! Seus olhos fitavam a face daquele que um dia nos seus braços também sussurrou e fez as mesmas declarações mentirosas! Ele também matou o seu amor...! Dois jovens que tinha um rico futuro promissor eis que se agrediram porque começaram a fazer parte do convidativo mundo de mágoas...! Eu torci e por muitos dias chorei porque, ali, olhando os dois juvenis corações, eis que me aprofundei dentro de mim mesmo e fui buscar, com a candura inocente de uma criança, as lembranças que dá cor e sentido a razão concreta de uma existência! Lá também eu estava e vi quando o amor, no seu mais espetacular ardor e prazer, foi jogado a esmo diante da ignorância dos olhos que buscam apenas a sua própria contemplação...!

Doce menina eu vi na tua face a dor...!
Vi as tuas lágrimas a rolarem silenciosas,
Vi e também senti quando tu dengosa,
Perdeu a tua cor e tua calma graciosa...!
Púrpura é minha alma que na visão...!
Debateu-se na dor do teu coração...!
Eu também vivi e muito sofri e cantei!
E por ti e por ele e por mim também chorei...!
Chamei-o para uma conversa e também por curiosidade. Perguntei-lhe a causa do rompimento daquele amor que estava tão doce e sereno. Ele me olhou e disse:

-- Ah! Acabou...!

Ora, havia três meses de namoro, será que deu para sentir o seu doce? E as frases que foram ditas: “EU TE AMO” “VOCÉ É A MINHA VIDA”. Bem, mas o que mais me doeu é que aquele menino não representa bem no seu interior a maravilha do seu pai...! Eu o conheço muito e também muito o admiro...! Bem, aqui fica o resto dos restos ou a súplica das súplicas, a saber: “Que aquela pequena criatura se tornará adulta e assim como nós, também adultos, simplesmente mentimos...!”
E o amor, antes de nascer já tem o seu epitáfio no nosso próprio coração! Dura somente até sumir o desejo e explodir nos olhares uma outra procura...!












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