sábado, 21 de agosto de 2010


O ADEUS

--- 20 DE AGOSTO DE 2010 ---


Adeus! Adeus! Ó meu extremoso doce abrigo!
Deixo-te a suspirar com imensas dores...!
Pois em mim morreu a visão do meu amor!
Cego foi e em mim já não cabe à fantasia...!
Fiz-te o mais doce enlevo na pureza dos amores!
Mas cego eu caminhava e lírico triste eu seguia...!
Caminhando em busca da exaltação da mentira!
Eu...! Que em odes de ouro por ti me vesti...!
A tua própria dor compartilhou e também sentiu!
Que exaltação a ti fez e quando na tua grande dor!
Com mimos como a mãe com o seu pequenininho!
Cravejei em minhas carnes os teus próprios espinhos...!
E tu simplesmente a mim mostrou o teu falso amor...!


A data! A data é a minha passagem...!
A contagem regressiva para esquecer,
É a forma de se poder agradecer...!
E, novamente por se retonar a viver...!



Olhei-a e ela continuava sempre a mesma!
Nenhuma mudança no coração enfermo!
Fitei-a e disse-lhe um eternamente adeus...!

É verdade que ainda existia em mim uma réstia de desejo a escorrer pela a vontade dos meus olhos e pela buscar constante do meu coração que, sem controle, sempre saia em busca daquela paisagem, onde o meu espírito muito ansiou descansar e permanecer ao seu lado por período indeterminado; isso por que, ela me fazia bem e tinha domínio em toda a minha matéria. A proporção do meu amor crescia à medida que os meus olhos olhava-a por longas horas e quando, retornava eu a minha casa, ela sempre estava presente; talvez eu não soubesse como controlar aquela ânsia de um fogo que nascera naquele dia, profano aos meus sentimentos, mas doce à loucura Humana, e pela a primeira vez, subiu por dentro de mim, encrustou e depois cresceu, e, por fim, reinou por vários períodos da minha existência, levando-me, ora a sonhar, ora a senti raiva de mim mesmo, porque eu não tinha forças de me libertar daquilo que seria a minha ruína e a minha própria morte sentimental que até hoje, padece fitando uma procura que nunca acontecerá. Morreu, envolvidos em desejos recônditos os doces “ais” de um espírito procurador de dons celestiais onde o seu afável odor já não mais arde e aonde a cotovia não mais vem para a galha gotejante de uma espera e, se vem à languidez do seu olhar; não mais fita os dons celestes de uma alma pura que sem mácula, já não mais cabe olhar a nódoa do pecado que sai da face daquela que sempre fora a doce cotovia e, quando ela tenta me encarar, seus olhos abaixam-se, talvez se acusando por ter sido tão arrogante e cruel.

Assim que deitei o meu olhar sobre o seu rosto penetrei por toda a sua alma passada e vindoura. O seu presente é de uma inerente mudança irracional. A sua metamorfose é encoberta pelas as mentiras que fluem rápidas, causando assim um contraste desumano, onde a bela face de anjo, submisso às realidades concretas da vida, arranca, de quem não a conhece, um desejo de piedade e clamor para se ajudar aquele ser em cuja cabeça, a sua aréola foi quebrada e dilacerada! Os olhos de quem a vê são induzidos ao delírio e, se por acaso, uma alma ajudadora se aproximar e se compadecer aquele ser, certamente morrerá e nunca mais terá a divina paz...!

Arranquei por definitivo do meu coração todas as formas de sentimentos que nutri e que, por muito tempo dediquei de uma forma única, isso porque eu me sentia bem leve, voando no dorso de um sonho que sempre se agregava no meu pensar. Já não mais me permito a sonhos e nem ilusões que possam se alocar no meu espírito agradável e doce...! A verdade parece-me que depois de muito andar sobre abrolhos, eis que descobri em mim a grande sagacidade ímpar de um sentimento, onde eu fui escolhido a ser o seu templo e o seu grande percussor de beleza! Acordei ou fui acordado pelo o próprio amor que não mais suportou a migalha indócil que brotava de uma fonte insana e sem enlevo. A minha alma cantou na sua libertação e, com a candura e alegria de quem morto estava, pelo o seu renascer, eis que percebendo que o seu coração voltara a bater, muito o meu espírito se alegrou...! Alegrou-se a tal ponto que a supremacia dos céus e o poder que sustenta a terra vieram até a mim e se colocou a disposição se, por acaso, eu precisasse de forças extras, eles me dariam, isso porque, tanto eles quanto a mim, já não mais cabiam gozo de efêmeros prazeres porque, o espírito morto tinha ressuscito e resistido à enfadonha batalha onde, muitos se perdem para nunca mais se encontrarem...!

Sim...! Eis que pego a boa obra do meu belo amigo solrac, em cujo pseudônimo esconde a sua forma rica da exaltação dos sentimentos humanos e, vem a minha mente, o seu belo gaguejo da sua busca, intitulada na sua obra filosófica “Os Males do Mundo.” “Oh! Tão infindável é a procura de quem não busca e se sente derrotado! Eis que a porta da fantasia foi aberta e o espírito padece pela a falta do entendimento e da procura daquilo que o torna vazio e sem riqueza própria! Abri-vos os vossos olhos e celebrai comigo o reencontro da delícia que nos levará a constante gozo de felicidade exemplar...! Abri-vos a tua boca e sussurrem com os teus lábios porque, mesmo nos leves ruídos é possível te encontrar! Não deixe que a porta volte novamente a se fechar, isso acontecendo, não mais existirá o reencontro do teu espírito com a tua grande aspiração e sede que é: encher o teu ser com aquilo que ainda não estar completo em ti, deixe que se cumpra em ti o círculo que falta e o teu vazio não mais existirá e nem fará que se percam as emoções que vivem e que os teus olhos esperam...! Abri-vos os olhos porque é chegada a grande hora e o que te falta será achado! O amor ainda invadirá teu coração e tu ainda saberás que é possível beber da água que tanto te causa sede, mas antes, ache-te e não se perda novamente...!”

E disse adeus e retornei a minha morada!
Mais cheio porque me achei o belo condutor...!
Do sentimento que se denomina amor...!
Por que assim o amor é simples e eu o sou...!

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