sábado, 26 de junho de 2010

Eu sou


Mitvisky

Hoje despertei; alías, fui despertado sorvendo ainda nos lábios o mel que jorrou das tuas pétalas, onde escorriam sobre a macieza da tua pele uma tamanha saudade, porque enquanto dormia, parece-me que o céu me visitou e com anjos, querubins e serafins, eis que fizeram na minha casa a nossa festa! Um belo anjo, com um diadema em suas mãos, olhou-me e lançou sobre mim o seu círculo, fiquei aprisionado, envolto a um arco, onde dele emanava um perfume sedoso e suave. Contemplei-me dentro daquele círculo e a minha vontade era nunca mais sair, isso porque, permanecendo dentro dele, eu via aos meus pés uma mulher, como em forma de deusa, deixando seu incenso rodear todo aquele círculo, enquanto isso dizia: com a sua voz como fossem plumas de um cetim tão precioso a cair no meu coração - “vida eterna ao nosso amor...” E eu vi, quando no meu espírito foi feito uma incisão, colocando dentro de mim o teu espírito, enquanto anjos celebravam com hinos maravilhosos, com suas harpas celestiais cantavam:”- exaltaremos com hinos de louvores e admirações este dois corações que se amam eternamente...” Bem é verdade que acordei com o coração saltitando no meu seio, e pensei: “- foi apenas um sonho...” Mas, quando virei a minha cabeça,tentando dar a ela mais conforto, eis que no meu quarto, exposta sobre à minha cama, um belo caderno e uma caneta a minha espera, onde estava grafado um M bem grande e, ligeiramente em ti pensei e este pensar fez com que a inspiração se apoderasse de mim e para ti voltei o meu olhar suavemente, saboreando na língua, o belo sabor de uma noite esplendida... Tomará a Deus que se repita, porque assim terei a tua inocência e a minha inspiração... Até breve e cuida dos teus chocolates, pois isso muito me preocupa a ausência dos mesmos... ! Até breve....!



SONETO


Sou o vento que vagueia sem contratempo,

A fumaça que entra por buracos adentro.

Sons de ais líricos, eu sou aquele outro...

O poeta que fez uma odisséia no tempo!


Sou o bom vinho suave ao seu conhecedor,

Como o sublime amor que seduz a gente,

Assim o sou, não mais do que de repente,

Os tributos sagrados do teu jubiloso amor!


Eu sou o que sou...! Eu também sou gente!

Do teu coração límpido; vivo e ardente...

Eu sou o belo amor que tanto ele sente...!


Eu sou os suspiros que a tua boca exala!

Os sons dos teus belos ouvidos ausentes!

Da tua bela face os meus lábios falam...!

Um comentário:

  1. Albertus meu querido!!!!!!!!!!!!!! Obrigada por tão sublime homenagem!!!!!!!!!! Arrepiei...tremei.... gelei...me encantei e amei...!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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