quarta-feira, 20 de outubro de 2010

         INDAGAÇÕES

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     LEVANTA-SE NO SEIO A NECESSIDADE DE QUEM TANTO AMA...
OS DESEJOS QUE PULSAM ARDENTES  COM AS SUAS INQUIETAÇÕES...
SE ELEVAM, MULTIPLICANDO-SE OS  RUÍDOS DE UMA BOCA QUE CHAMA..
E O CORPO NA SUA FEBRE E
ARDÊNCIA FAZ SÚPLICAS AS SUAS EMOÇÕES...
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 Há confusões implícitas nos meus sentimentos, isso porque, o meu espírito crítico se levanta e tenta desbaratar diante dos meus olhos os infortúnios que me cercam, isso porque, sinto que a minha figura solitária e irascível se prende em um círculo interminável e também inconfiável aos meus olhos, não explicáveis; irredutíveis  assim são as sensações do meu coração, que cobra com extremo apetite as peregrinações que faço dentro de mim, onde fios de condução percorrem do meu abstrato ao intuitivo da minha razão , tentando elucidar o porquê que o domínio absoluto de um amor não voltará mais a triunfar em mim, unificando assim, à minha procura com o seu encontro...!
Como é possível à alma caminhar em suspiros e bocejos, sem equilíbrios dos seus desejos, nos afãs suaves de um doce amor?
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 Há nele algo que suscita a vontade de gritar! Os meus gritos eu os pintos em grandes afrescos, através de esboços grotescos! Enfastio-me das profundidades do meu ser, onde não mais habita a luz e nem leva fogo para os meus lábios! Exorto a mim mesmo a permanecer fiel aos meus sentimentos que são menosprezados pelos os moribundos que se acham sábios, mas são eles mesmos envenenados e castigados pela a sua própria ruína, com a prostituição de si mesmo, levando os seus sonhos a crucificação! Exerce no limite do meu espírito uma ascendência intolerante e mórbida de um afeto sem lucidez, cego e sem entusiasmo, mas o alvitre do meu coração é que este belo propulsor da beleza que se desflorou, ainda espera sem vícios e por mais que esta inundação tente cegar o meu entendimento, ela jamais será capaz de se apropriar daquilo que cresce no seu esconderijo, mesmo no meio dos abrolhoso e do joio que se levantam, tentando sufocar a suavidade e ingenuidade do meu olhar! A pureza é a única forma da minha sobrevivência e, enquanto os meus olhos, mesmo nas lágrimas, poderem exercerem em mim o fascínio de uma essência gotejante e sublime, eu me levantarei e permanecerei a espera da minha própria vida...!  Por que é assim que permaneço vivo e assim permanecerei, acontecendo ou não a vinda de um outro espírito, tenho que ornar-me, submetendo-me à minha própria razão: " nem céu, mar e terra, não se compara com a suprema ímpar beleza do verdadeiro amor humano...!"  Afinal, eles não têm a delícia e sabor, e se os têm, guardá-os só para aos olhos dos que são enganadores...!
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    Inquietações se elevam e são indefinidas, transmitindo ao meu coração estarrecimento profundamente sombreados, exprimindo assombrações e indefiníveis volúpias profundas, rompendo-se a cada instante o rugir súbito, onde se vive entre a lucidez e a loucura, uma espécie de transe profundo, agregados por fantasmas que vociferam com seus sórdidos lábios, tornando-se aspectos assustadores de um terrível pesadelo!


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  Mergulho nas profundezas da minha alma humana, o quarto esconso me olha com reentrância para o meu íntimo, mas permaneço às margens do meu silêncio que, na sua vigília, torna-me inacessíveis os meus movimentos, estreitando também assim a minha convivência com ele. Mas, olhando-me com olhos bem suaves e cândidos, tenho a sensação que às minhas indagações um dia se romperão, trazendo a mim, a forma do seu corpo e o seu disfarce, que muito pernoitam e agitam o meu ser.   


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As minhas indagações são argumentos que na abundância das minhas dúvidas me inquietam! Ora, nascem as dúvidas, porque até agora não consegui enxergar e entender o porquê da longa demora do meu encontro com o meu sonho;  tornando-me um ser imutável e imperecível, quanto ao amor ímpar! Acho que dentro da alma humana não mais poderá abundar as sensações louváveis e sedativos. Aquelas que causam delírios e frêmitos gozos, trazendo lucidez e sonhos ao coração que anseia sorver o líquido da ejaculação magestoja de um fruto que de intocável, passa a ser tocável e sentido na sua grandeza e no seu delirante sabor!

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              Não consigo proporcionar as etéreos recreações sustáveis ao meu espírito, porque já não consigo observar o límpido orvalho que tanto desejou a minha língua, pois os atos que são visíveis aos meus olhos não são agradáveis às minhas palpitações! Estou inelerente a sentimentos profanos!  Estou sensível ao afeto que explode, como as bolinhas de sabão, na qual, o seu pipocar nos refrigera a pele!  llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll     
     Como tenho a grande vontade de expôs os meus ouvidos as verdades! Abrir a minha boca e mesmo no seu amargo, sentir o fluxo das indagações que me inquietam e me consome! Responde-me, ó celebre luz que não se deixa esconder! Responde-me, porque não há o fluir da realidade que palpita e deseja o meu percursor, que é a minha sede exposta a uma espera infindável? Eu tenho que abrir uma janela na parede da minha realidade, assim poderei sorver  e respirar o ar agradável! É preciso que eu caminhe a esmo a procura das minhas indagações que se debatem feridas e sem respostas dentro do meu espírito que é tão meticuloso, mas cheio de afabilidade...!
llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll           SONETO
Quem me dera! Olhar-te e não sentir  lamento...
Erguer o meu coração que se debate na ausência...
Dos ingênuos calafrios que suspira a inocência,
De atrever e deles viver, retirando o meu sustento...

Quem dera! Respirar-te causando o renascimento...
De um espírito que se debate em febre ardente...
Sentir o perfume que o coração não mais sente...
Entregar-me as suas volúpias com meu juramento...

Assim não mais viveria nesta louca ardência...
Ouvindo ecos de um desejo que repetidamente...
Cobra dos meus lábios a sua abstinência...

Toma a vida sobre outra vida a sua providência?
Com o bálsamo que tanto espero ardentemente,
Não violaria  meus dons com sua brutal violência!








 

2 comentários:

  1. Poeta...mais uma vez a profundidade da tua poesia mergulha no âmago da tua alma e revela os teus sentimentos, eu creio...Também compartilha com as indagações com os que contigo se afinam.
    Abraço,
    Neuzi

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  2. Devo agradecê-la pela a tua postagem e a tua boa sensibilidade! Quanto a viver, raros são os corações que denotam o cair de uma lágrima e o barulho que faz e ainda o caminho que ela seguirá! Se assim vives tu e tens em ti também o mexer das inquetações, são aplausíveis que viva tu em domínio da tua emoção e do teu belo sonho que aclama envolto as tuas indagações! Obrigado moça e tudo de bom para ti e, também a eles: os teus sentimentos...!

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