A ROSA ESCARLATE
A sua luz e suas formas fascina.
A cor diferente dos seus olho
alucina.
Da sua loucura. Tons e sonhos.
Prazeres, desejos de possuir. Vibrar, sentir vontade
do clímax dos seus delírios.
Bebendo seu corpo na cobiça do
leito que enfeitiça. Caricia
perfumada,
lacrimejado peito febril aos claustros delirantes, inebriantes da sedosa
penumbra da alva seda perfumosa.
Rosa sedosa. Gostosa na língua
que cospe, e nos prazeres que se enrolam. Enrosca-se florescendo as pétalas
banhadas no frescor sensual que vibram, atinam, balançando os olhos
que giram, esmorecem, endoidecem
a brisa do prazer, refresca, entontece.
Escrevem símbolos solícitos. Sobe e
desce e o céu escurece. Clareia, perde-se, enlouquece.
Esmaecem as pétalas viçosas.
Fala a rosa escarlate:
“É ASSIM QUE EU ME MOSTRO”
Arde-se, deleita-se fulgurante,
espontânea.
Mergulhada na ansiedade, prisioneira dos instintos selvagens, mística
corrente, evidente aos olhos nus.
Atos prodigiosos nas preces dos
braços que se arrastam cansados.
Indelegáveis prodígios que busca a face do
desfalecimento do clima. Tonteiam
as estrelas dos olhos, cheios de segredos. Imperceptíveis, mas se sente, gemem
e gritam no seu nu azul que se mastiga. Deleita-se na aurora que ingere o
cheiro da suprema ardência, e bate
e tomba, e ri e chora na voz do prazer dos signos portentosos de sabores.
Espalha-se, derrama a chama da
aventura do amante que zela o encanto que dura no espaço de períodos gritantes,
sentindo, debatendo-se, seduzindo e
buscado os instantes agradecidos na
criação da dança. Perfeita e ouvindo, esbravejando, tocando.
Deslizando a galope na agitação da feição do seu nu campo.
E fala a rosa escarlate:
“EU AINDA NÃO
ESTOU MORTA”!
Aceso o banquete celebra as pupilas
nupciais, e convoca as taças que
celebram a alegria do êxtase que no
concerto da noite o ícone do coração
celebra.
Despedaçado ar se insinua, enlaça-se.
No cubículo faz viver, bradar o fértil
que se ergue e morre a noite. Esquecida nos claros da alma dos laços apertos da
alcova que se fecha. Entorna veloz a
força na flor que brota ardor nas
pétalas íntimas cobertas, descalças.
ENLAÇA A GRINALDA
DA SUA COROA nos orbe sonoro
das fontes rutilantes de júbilos que se canta. Bebe-se dos seus murmúrios guiando a sede corrente que nos olhares geme.
Respira efeitos dos ventos quentes, a
cor do azul se reflete. Completa-se no espírito que voa no mel. Experimenta, afoga-se
o roça do doce que promete êxtase, suor. Forças se dando, chorando, cantando no esplendor que flamejam os beijo que
desejam, brilhantes, arraiados que
se soltam, frouxos, perdidos!
E sussurra a flor escarlate:
- “Eu quero mais vida”!
TOCANDO o gozo da pulsão.
ESBARRANDO no cerne da fantasia e na sincronia dos balbucios. Afagos
fervilhantes nos transes sentindo.
Reações, estímulos das mãos, dos
olhares, dos perfumes em trânsitos e
múltiplos nos batimentos da pressão
dilatada que PINGAS SUORES. Embebeda, alcançando sensações nas emoções da ejaculação
do pólen das pétalas que se dilatam.
Ora, e a rosa escarlate fala que quer
MAIS!
O Seu botão de rosa faz brilhar o sol,
a lua e as estrelas aos toques nas suas
pétalas. E abrem e fecham a exaltação que exorta. Escuta os delírios que se soltam e prendem-se e florescem na seiva que
embriaga os galhos dos ninhos que
acasala o infinito encontro das abertas
asas nas folhas aromatizadas, aliada no
exprimi de excelência do ídolo galante
que proclama o assento amplo de
um cântico. Tombado, exausta, cheia
de incenso nos olhos que se enchem, nos mágicos pensamentos que se tocam.
Apertam-se e se afoga nos gestos
acalentados da graça dos sorrisos que
deixam serem transpassado por
lágrimas, na unção que aquieta o afeto da alma. Ardor que invade, explora
avança e dispersa, pálida, ferida, mas
com ânsia, tocada e luzindo seu intento.
Orgasmos na força extrema fulgurante,
e que se concentram no corpo
entrelaçados do amor que entrega. Estendida,
suada nos arquejos das suas pétalas
molhadas. A vista, rompendo, crescendo
no seu doce momento. Assaltada,
transpassada pelo o amor.
E a rosa escarlate deseja mais.
FALA A ROSA ESCARLATE:
- EU AINDA QUERO MAIS!
Esplêndidos ares salientes acirrados! Volúpias dos delírios! Desejos, ardências!
Extenuada caio! Porém é um leve desmaio!
Acordando as minhas pétalas quero mais!
E mais assanhado seja o
FRENESI que morde a carne, e que dilacera, e depois leva embora os meus pedaços! Meus ais e o meu perfume escarlate de querer sempre mais!
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Brasilia 19/03/2013
E eu ainda sou de Brasília, até quando? Sei lá!
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