terça-feira, 19 de março de 2013

A ROSA ESCARLATE

 

A ROSA ESCARLATE


A sua luz e suas formas fascina.

A cor diferente dos seus olho

alucina.

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Da sua loucura. Tons e sonhos. 

Prazeres, desejos de possuir. Vibrar, sentir vontade

 do clímax dos seus delírios. 

Bebendo seu corpo na cobiça do 

leito que enfeitiça. Caricia

 perfumada, 

lacrimejado peito febril aos claustros delirantes, inebriantes da sedosa 

penumbra da alva seda perfumosa.

Rosa sedosa. Gostosa na língua 

que cospe, e nos prazeres que se enrolam. Enrosca-se florescendo as pétalas 

banhadas no frescor sensual que vibram, atinam, balançando os olhos 

que giram, esmorecem, endoidecem 

a brisa do prazer, refresca, entontece.

 Escrevem símbolos solícitos. Sobe e 

desce e o céu escurece. Clareia, perde-se, enlouquece.

Esmaecem as pétalas viçosas.

Fala a rosa escarlate:

“É ASSIM QUE EU ME MOSTRO”

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Arde-se, deleita-se fulgurante, 

espontânea.

Mergulhada na ansiedade, prisioneira dos instintos selvagens, mística 

corrente, evidente aos olhos nus.

Atos prodigiosos nas preces dos 

braços que se arrastam cansados.

Indelegáveis prodígios que busca a face do

 desfalecimento do clima. Tonteiam 

as estrelas dos olhos, cheios de segredos. Imperceptíveis, mas se sente, gemem

 e gritam no seu nu azul que se mastiga. Deleita-se na aurora que ingere o 

cheiro da suprema ardência, e bate

e tomba, e ri e chora na voz do prazer dos signos portentosos de sabores. 

Espalha-se, derrama a chama da 

aventura do amante que zela o encanto que dura no espaço de períodos gritantes, 

sentindo, debatendo-se, seduzindo e

 buscado os instantes agradecidos na 

criação da dança. Perfeita e ouvindo, esbravejando, tocando.

Deslizando a galope na agitação da feição do seu nu campo.

E fala a rosa escarlate:

“EU AINDA NÃO 

ESTOU MORTA”!

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Aceso o banquete celebra as pupilas 

nupciais, e convoca as taças que 

celebram a alegria do êxtase que no 

concerto da noite o ícone do coração 

celebra.

Despedaçado ar se insinua, enlaça-se.

No cubículo faz viver, bradar o fértil 

que se ergue e morre a noite. Esquecida nos claros da alma dos laços apertos da 

alcova que se fecha. Entorna veloz a 

força na flor que brota ardor nas 

pétalas íntimas cobertas, descalças.

ENLAÇA A GRINALDA

 DA SUA COROA nos orbe sonoro 

das fontes rutilantes de júbilos que se canta. Bebe-se dos seus murmúrios guiando a sede corrente que nos olhares geme.

Respira efeitos dos ventos quentes, a 

cor do azul se reflete. Completa-se no espírito que voa no mel. Experimenta, afoga-se

 o roça do doce que promete êxtase, suor. Forças se dando, chorando, cantando no esplendor que flamejam os beijo que 

desejam, brilhantes, arraiados que 

se soltam, frouxos, perdidos!

E sussurra a flor escarlate:

- “Eu quero mais vida”!

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TOCANDO o gozo da pulsão. 

ESBARRANDO no cerne da fantasia e na sincronia dos balbucios. Afagos 

fervilhantes nos transes sentindo. 

Reações, estímulos das mãos, dos 

olhares, dos perfumes em trânsitos e

 múltiplos nos batimentos da pressão

 dilatada que PINGAS SUORES. Embebeda, alcançando sensações nas emoções da ejaculação 

do pólen das pétalas que se dilatam.

Ora, e a rosa escarlate fala que quer

 MAIS!

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O Seu botão de rosa faz brilhar o sol, 

a lua e as estrelas aos toques nas suas 

pétalas. E abrem e fecham a exaltação que exorta. Escuta os delírios que se soltam e prendem-se e florescem na seiva que 

embriaga os galhos dos ninhos que 

acasala o infinito encontro das abertas 

asas nas folhas aromatizadas, aliada no

 exprimi de excelência do ídolo galante

 que proclama o assento amplo de 

um cântico. Tombado, exausta, cheia 

de incenso nos olhos que se enchem, nos mágicos pensamentos que se tocam. 

Apertam-se e se afoga nos gestos 

acalentados da graça dos sorrisos que 

deixam serem transpassado por 

lágrimas, na unção que aquieta o afeto da alma. Ardor que invade, explora 

avança e dispersa, pálida, ferida, mas 

com ânsia, tocada e luzindo seu intento. 

Orgasmos na força extrema fulgurante,

 e que se concentram no corpo 

entrelaçados do amor que entrega. Estendida, 

suada nos arquejos das suas pétalas 

molhadas. A vista, rompendo, crescendo 

no seu doce momento. Assaltada, 

transpassada pelo o amor.

E a rosa escarlate deseja mais.

Sensual

FALA A ROSA ESCARLATE:

- EU AINDA QUERO MAIS!

Esplêndidos ares salientes acirrados! Volúpias dos delírios! Desejos, ardências!

Extenuada caio! Porém é um leve desmaio!

Acordando as minhas pétalas quero mais!

E mais assanhado seja o

FRENESI que morde a carne, e que dilacera, e depois leva embora os meus pedaços! Meus ais e o meu perfume escarlate de querer sempre mais!



Carlos Alberto

albertoesolrac

silêncioelágrimas

Brasilia 19/03/2013
E eu ainda sou de Brasília, até quando? Sei lá!



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