terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O SENSÍVEL DA PERCEPÇÃO

          A volta do  primeiro amor
thumbnailCAW4H65C
Cintilam os olhos e gotas trêmulas descambam da fonte. O único... O secreto que incide na luz e que goteja o desejo! Estremecem os lábios... O vento forte uiva no coração... Agita-se a saliva... Balançam as feições do coração... O deslumbramento de um sonho adormecido, com justos prazeres, incidem nos eventos dos ventos que toca o seu sensível radiante e se precipita na respiração, quando essa sorvem das suas narinas...
O fenômeno! É comunicativo, porque, assim que o rio correu por dentro de mim, múltiplas perspectivas, principalmente aos meus olhos, a comunicação e indagação da imagem esplêndida que surgiu diante do meu tremor. O coração investiga os necessários vínculos que são distribuídos pela a paisagem e o ritmo inédito do sonho, começa a se levantar e criar simbolismo, signo lismo na alma com a heurística nos estéticos pelo o sensível da percepção.
Ora, eu investiguei o meu conceito, e diante dos meus olhos, expus ao meu coração. Perguntei-lhe, se, ao relembrar do doce riso da flor do meu primeiro amor, ele conseguira a renovação e de novo acompanhar-me e se firmar na terra dos meus pensamentos, foi onde disse ele:
thumbnailCAEMUZ61“Não só voltarás à vida, como será a tua própria vida, levantando-se de novo, a frutífera árvore que um dia te suspendeu e destes os seus frutos a tua boca.”
Perguntei-lhe o que veria a ser isso. Uma resposta na qual eu não bem entendia o seu fundamento e o seu principio.
Eu habitei nos seus olhares e distribui para a percepção da sua pele, os dados verdadeiros do meu amor, e os vínculos, que fizeram com que eu me entregasse por completo a sua alma e fiz o deslocamento dos meus olhos para a sua face, admirando-a, exaltando-a.
O legislador imprime à memória as circunstâncias que fazem os monumentos se tornarem agraciados pelos os olhos.
Há um acorde vibratório com a sua frequência sensível, emocional e absoluta. O meu transe foi vê-la e o seu efeito me fez ouvir os corais febris de tambores, liras e harpas, enchendo os meus olhos de tempestades... Os gritos de agonia do meu coração que se rendeu ao seu primeiro amor...
A minha alma retirou dos meus olhos o azul do céu que pairava diante dos meus sonhos.
thumbnailCAQ2THRK“ –Ai! Ai! - Dizia o colhedor de perfume, enquanto passava por mim...
- O primeiro amor não morreu, e sim, és tu que não mais colhe as suas pétalas da sua terra! Por que no teu coração, murcharam as tuas flores... Teus laranjais não têm mais pomos e os teus arcanjos já não mais cantam com sua orquestra angelical... Volta-te porque o campo do primeiro amor não morreu e a sua alma manifesta a melancolia do poeta, e que agora vive imerso, na decepção da métrica, que não mais sucumbe aos seus lábios, com o seu doce... Volta-te por que na cítola celeste dos seus cânticos dourados, anjos não mais andam sobre seus altares e o luar envolto se veste com lençóis negros a sua face... A essência azul crepuscular repousa errante em um caixão de desejos... E as maravilhas dos astros do céu já não mais cintilam, porque perderam as suas visões... Volta-te para o reencontro do teu primeiro amor...
thumbnailCA259FRXA noite na tua alma já não mais desperta o gozo das virgens amadas. Nas tuas rochas já também não ressoam as vozes de Ossian e o murmúrio da corrente do teu hálito, esfria o bardo do amor que não mais galgam nas mansas praias dos olhares românticos, o astro brilhante de esplendor. A chama devora teu peito solitário. Oh! Paira no céu sem luz o fulgor dos teus lábios que tateiam buscando o seu amor! Alma encerrada em torrões mil de desejos.!
Oh! A flor do teu coração não mais sorri! O astro sedento não mais colhe a vida que foi cingida pelo o alento do bálsamo do peito que chora. O náufrago inóspito do teu olhar, arremessou o gênio do primeiro amor ao mar profundo. A flor! O peito! Expiram no leito...
Lá dentro de ti é silêncio...
thumbnailCAYX4N7PA luz não mais faz sombra e nem flutua na tua pele a sua cor... Folhagens não mais se agitam... E os perfumes estão adormecidos... Choram as cotovias e silenciosas gritas as liras...
Move o anjo do teu espírito, porque o primeiro amor necessita de vida e não mais tem vida... Tuas orações não mais sobem ao céu e a meiguice da sua pomba mancha com nódoas o branco da inocência...
Foge-te!
Afaste-te do que jaz desfolhado... As pétalas do teu amor e a sua nudez geme dia e noite pelas as vestes resplandecentes. Arfa fogo em todo a tua seiva e faz queimar os deleito que sopram sem delícias e sem ardor... A tua lua nova não mais sorri, quando o concerto do arco corta o céu do seu firmamento. A voz subjetiva não mais norteia o teu olhar com a sua tessitura poética. O simbolismo da concepção das batidas do teu coração, que não mais se entrega a metodologia cronológica dos intervalos das suas batidas... E a plasticidade da tua visão não mais integra a audição...
thumbnailCAQJEC90 É epigramático agora em ti o primeiro amor... E o teu interior impede a nítida plástica de construir sonhos que tanto se enamorava o coração...
Vá à campa, por que o teu primeiro amor quer reconstruir o registro das cadências dos movimentos de diversas possibilidades do espírito...
O teu olhar para o teu primeiro amor, delata um único aspecto, e já não tramita pela a pele, pelo os órgãos de sensibilidade, afundam-se no seu fluxo de incerteza e a sua linguagem, são apenas sussurros em trânsitos de agonias. O teu ar garboso não mais transmigra pelos os calafrios e a sua estética, não mais estabelece as vislubrações evocadas pela a flauta do sopro do hálito do primeiro amor... E nele não mais se abriga...
O sol intenso...
Coração que se dilata em lágrimas ardentes...
A voz suave que ecoa da morada dos seus vales, templos, jardins...
thumbnailCACYN6QUO riacho do teu doce que leva vida aos olhares...
E as tuas cenas exuberantes, criadas, quando fechavam os olhos para tocá-las...
E o seu fogo não mais acende o signo da passagem da língua pelo o seu sabor...
Oh! Por que aquele teu primeiro beijo, no teu primeiro amor já não mais exerce o fascínio de um incêndio na boca? 
Movimentando a musa do teu gosto... A arte de ouro da sua descrição pelo o corpo... A lenda apegada à tradição de que dois são um...
Incendeia, ó beijo! O advindo espírito das tuas formas! A exaltação do teu ritmo apregoado pela a obsessão dos teus licores! Por que o teu artesanato será criado pela a mente, que te constrói, quando, timidamente te encontra na elaboração do fruto dos lábios expressivos... Volta, Ó beijo primeiro! Com as tuas objetividades e assume o ouvir do mar lírico que descreve o seu ardor nas batidas do coração!
Oh! Beijo palpitante! Enlaças e incendeia a ardente vinha da boca e cela a tua prisão na unção da contemplação do teu modelo, que será sorvido pelas as entranhas que se estonteia.
thumbnailCA8Y1VZYA tua voz soa e te anuncia, e sem resistência, se entrega a ti o aprisionado.
 Oh! Convoca a boca e na ausência das palavras, faça-se o silêncio, abrindo a passagem da linguagem do beijo. Ó sinonímia do beijo! Vem com os atos dos teus toques e afunda o dispositivo amplificado da tua etimologia cujo sensualismo, se fará evidente, nas posições da língua, quando ela ocupa, na boca, e enche-se de água, como manifestação do seu idealismo. Será a metáfora do conhecimento dos dispositivos dos olhos, na condução do ápice dos apetites, nas confissões genuínas que nascem nos explícitos olhares de intuições de luzes e brilhos...
Oh! Volta-te para o teu primeiro amor! Fecha-te os olhos e não abri-los mais, até a concretização das razões que impele no amor fecundo... No amor celestial cheios de dádivas!
Marcha e faz triunfar a beleza da aurora que outorga a modelação de esmero do teu primeiro amor e ouve o unificador, o pacificador espírito que exige a visão perfeita, límpida e genuína que se desloca como a velocidade da luz, por entre tua pele, produzindo a percepção sensível dos sentidos...
thumbnailCAU070BXRefaz a tua aliança quebrado e nela posta brilhantes voluptuosos, por que ela fará a mediação entre a volta do teu primeiro amor, produzindo perfeitas sensações, visões eloquentes. Evoca o seu socorro e galga o oráculo do seu céu, por que o tanque de Síloe arrancará as feridas do coração do teu primeiro amor e será elevado a um nível justificado pelo o “grande EU o sou” por que a sua providência virá como pomba do seu concerto sobre a tua cabeça. E o seu nível de claridade, será amparado pelo o proceder eterno do sábio, que fecunda e eleva à grandeza do primeiro amor a providência soberana dos seus olhos, que se alegram pela a inocência e dedicação ao teu único amor. Ele moverá em ti novos sinais e com altíssimas glórias, júbilos e excelsos de forças habitará no teu primeiro amor. Ele te colocará em Acaron, onde estar guardado a arca santa que agracia seus olhos.
Oh! Nos seus campos aleios e no dorso do seu Pégaso não cairá, como Belerofonte, por que altíssimos são os Alpes dos seus montes, onde seus anjos sustentará o teu espírito para que não caias.
thumbnailCA2SY53C Volta-te para o teu primeiro amor e experimenta o novo manjar cheios de novos perfumes, onde saciará a tua sede e os seus aromas prenderá a tua alma e essa ouvira o eco profundo da luz que cavará em ti, novos canais para a tua chegada ao soberano trono do novo céu.
Reinarás assentado nas delícias dos seus respiros... E à tua destra o impulso que voará, admirando-se das cordas da tua lira, soará ingredientes para fartar os teus olhos e arrebatar a tua alma.
A chave do seu coração fará abrir os poderes, alardeados pelos os estrondos de gozos do teu primeiro amor... Volta-te e serão abertos rolos de essências, que se rasgarão em flamas e marcharam como corcéis dourados e ardentes, para a tua língua, e teu espírito muito se extasiará das novas canções líricas do saltério dos seus sons.
Subirão enrolados em mil asas vogantes e o seu voo balançará o firmamento da terra e a constelação se abrirá em pálpebras dilatadas, contemplando as lágrimas de risos do teu primeiro amor... Ó
Rosa! Afague o teu doce e voz divina e se faça ouvir o inconcebível, por que o teatro será o mel representando os deleitosos cenários cintilantes do teu sono! Para suas tuas alturas te fará voar e de novo voltará as delícia dos teus sonhos.
imagesCAW0YCX9 Eis o novo cenário da volta do teu primeiro amor…  Volta para a inocência do teu primeiro amor...
“Eu sou o colhedor de perfumes e eis que volto a te recolher. Serás limpo e cristalino e agora na volta ao teu primeiro amor, eis que o santo óleo ungirá com a sua pureza as recém-formadas estrelas do teu olhar. Teus olhos vibrarão nos ardentes e frementes hálitos que outra vez te envolverá em definitivo o teu coração...
Na aleluia...
Na hosana...
Na força dos círculos que se formarão sobre a tua cabeça e na emancipação da luz da imortalidade com os seus clarões...
Revelará as suas sensações flexíveis e que se morderão nos prelúdios cânticos das unções hostiários que passearão pela a tua boca, e nos seus efeitos, por dentro de ti, trarão convulsões...
De um corpo de incenso virgem, aromatizado de luas incendiárias, que fará da tua meninice um príncipe eloquente de ardor.
Pois subirão pelo o teu coração, o mar e lua, rodeando teu espírito que gaguejará estonteamento o licor da renovação.
Ânsias e desejos vestindo de cristais siderais no azul do céu da beleza celestial.
Abrirá as vestes da tua pele e morderá os múltiplos fluídos dos hálitos que limpará o teu corpo.
O primeiro amor balsâmico da tua alma predileta, na região das flores, que se enlaçam, ouvindo um hino mágico, trazido das lúcidas estrelas dos olhares ingênuo e doce...
O teu primeiro amor asperge o perfume e no seu berço te convidas a
Voltar ao teu primeiro deleite...”
thumbnailCAIKJ2YA

       Eis aqui tudo!
“Ah! Como é bom acordar ao teu lado... Ver e sentir os teus sorrisos, radiando fluxos de felicidades! Como eu me realizo, sabendo que aquela a quem tanto amo é feliz!
Eu tremo quando te olho e percebo que o homem que em mim habita te realiza.
Tremo por que tenho medo de te perder!
Tenho que cantar alto:
Ouvi-me, ó eco transbordante de glória!
Ouve-me a história do amor arrebatado!
A etérea fada que tens se assentado!
Em todos os assentos dos meus pensamentos! ”
“Ah! Volta ao teu primeiro e grande único amor… Assim disse o colhedor de perfumes.

Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncio e lágrimas


"São oito horas e cinquenta  minutos...STILL... Apenas me olho e percebo que a idade do amor chegou nas visões da minha utopia.

Um comentário:

  1. Lindo , instigante, grande de emoções e sempre, sempre ,sempre uma ode ao amor!

    ResponderExcluir