quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

UMA EPISTÓLA DEDICATÓRIA


A arrebatada             

Oh! Um pórtico se abriu! Um grande templo se formou!Eleva-se um espírito assentado nos alpes, e no cimo do seu império, os aneis de brilhos raiam… É dentro do seu coração que deve ser julgados os prodígios da sua alma! Oh! Encantam os sentidos! O descer sobre ela do renovo, e vertendo os cânticos do seu coração, chegam os periódos explicativos dos seus sentimentos, onde são convertidos nos seus olhos, as pérolas do seu renascimento, e como uma folha solta ao vento, ela voa nos gritos das tempestades do alimento que trouxe o anônimo espírito.
O cultismo pela a tua boca do malabarismo da tua língua, expressou aliterações, cadências e ritmos, fluindo brilhos sonolentos, onde fez adormecer os teus olhos e atrevidos, os teus lábios altissonantes, em pontos de voos altíssimos, e em duas instâncias, o teu corpo se partiu...
 Uma por querer ser arrebatada...
 Outra, por querer ser possúida pelo o sujeito da transitividade que ocupava em ti a tua subjetividade. O gênero do dircurso que fazia teus ouvidos adormecerem... A voz da transpiração, elevações reconheceram as modalizações no teu ser, colocando-te, não mais no simbólico, e sim, na representação do teu real, fazendo romper a expressividade dos teus sonhos que foram rearranjados, pelas forças das ações, que agora, emanavam dos teus atos de amor.
Ela enxergou a suprema razão do seu viver dentro da minha alma. Andou pelo o seu coração, o desconhecido, o estranho, o inóspito, o inteligível subiu a passeio pelo o seu espírito, quando ela cruzou com os meus olhos serenos, e nesta observância, eu pude perceber que ela sentiu a brisa que escoava o seu céu, e que naquela hora, estava propicio a se levantar do seu outono e ser levada pelas intempéries do sono, que nas suas deambulações, suspirava ardente de desejos.
Ah! A sua emoção foi insubordinada ao seu controle e a expressão do gênio criador do amor romântico, fez movimentar nos seus olhos, a linguagem de inteligência, que se expandiu pela a sua boca, e os complexos de rupturas, saltara-lhes aos seus olhares que plainavam na minha face. Oh! O seu estado emocional foi durável, por que eu percebi cronologicamente, cada mordida que dava com os dentes nos seus lábios! O seu sentimento foi afetado!


 O seu raciocínio traçava os juízos nos sentidos do moço que a arrebatava! Na sua memória foram inferidos os mais ardentes sonhos, e na comunicação do seu sensível, ela captou os estímulos internos, cheios de percepções nos braços da sua alma que estava perdidamente apaixonada!
Oh! Que bela fascinação inclinada aos prazeres efetivos e sensoriais aquele moço fazia sentir no seu ser!
Ela foi ao meu céu e roubou o fogo que veio em formas de devaneios e dos frascos do meu sol, ela recolheu o calor que lhe atribuía, ao coração, a atração que exercia o meu fascínio aos seus olhos. O ato absoluto do poder do amor, influiu-lhe odores no seu universo feminino, onde o poder uno diferenciado que ela desconhecia, causou-lhe a correspondência entusiástica, celebrando sobre a sua face, que o amor chegará, fervendo-a, e também a sua subjetividade...
Ela viu as fases da lua! Os movimentos das estrelas, e a sua volta, gravitou a sensação que lhe causou desvarios e longas eloquências de êxtases, pelas as linhas do seu corpo, e nos seus monumentos amplos de calafrios. E a sua alma que era forte; caiu entregue a outro espirito mais viril, e domada, a arte do espírito forte, perturbador, extinguiu a sua recusa em não querer amar o moço. E o inefável por dentro dela, se tornou uma luz sofisticada, onde se fez o ruído e com o agrupamento de vários abalos, tornou-se uma só voz, e na sua alma, fez-se compreender a sutileza de um coração que lhe arrebatara.
Ela desvelou no meu terreno fértil, o espetáculo da sublimidade da sua alma que foi tocada. Ela sentiu assim que me olhou, as peripécias do amor e as inserções dos seus sorrisos foram posto nos seus lábios, que instigaram os entusiasmos que se mostraram na sua face, radiante de desejos e imaginações fértis que eclodiram no seu seio.
Ah! O doce jardineiro derramou tufos de pétalas transbordantes de ardores! No espelho da sua alma, palpitaram as forças das visões que fez empalidecer o sopro do seu hálito, trazendo a mostra, o florescer dos botões de rosas ocultas, sugerindo aos seus lábios, que eles estavam vivos e observava as suas ações.
Ardeu no seu peito, claustras convulsões em linhas ardentes, que marcaram comovidos, o gemer da sua boca, nos lírios antes macerados, que se abriram viçosos, e o seu choro penitente, na estrada larga do seu paraíso, aflorou a graça no seu rosto, e nos lábios, os seus belos afrescos risos...
O ar invisível vagou pela a sua boca, e despiu a lira dos seus delírios, e na flor das espumas dos seus abalos, vestiu a onda do seu mar de imensos suspiros, e nas hastes sensíveis do seu coração, a frágil neve do amor, decaiu-lhe pelo o seu corpo, e tombada de beijos ardentes, comovente a sua pele se vestiu...
 Ah! Alvíssima se abriu a glória da flor magnólia, em milagres no seu fluir, e no cetim divino dos seus lábios, o amor inundou as bênçãos do seu eu mulher.
”oh! De onde vêm tantos doces assim...” – Pensou ela.
Vem do céu que se rasteja aos teus pés! Que abriu a tua boca e nos vagos dos teus pensamentos te sucumbiu!
Nas fantasias que sonhastes para ti.
Nos beijos ardentes que pulsam na tua boca.
Nas lágrimas do mar pulsante que jorra por dentro de ti...
A tua alma foi folheada e nas tuas pálpebras fechadas, fez voarem, gestos serenos dos teus braços, que queriam tocar os beijos violetas de asas suaves, e que penetravam pelo o ardor dos teus lábios o cortante cântico do teu coração, que se deslumbrava por estar sendo arrebatada...
Oh! A voz te torturou incitada, e no teu olhar plácido, dormente, a lua do fogo do espírito arrebatador, correu em brasas, embriagado pelo o néctar do perfume, e todas as águas do teu mar te afogaram, e te trouxe a tona depois, mais cheia de amor se entregou!
Esvoaçou-se por dentro de ti olhares talhados como marfins... Bando de orações que te fazia ri como em trânsito de um mundo para outro mundo mais viçoso. Encantado pulsou no teu seio o soluçar, o luar cavalgou na tua pele e a gravura do primeiro plano nos teus olhares, raiou a liberdade e o gorro do símbolo do amor caiu, mostrando o cetro das razões elementares, lançando a composição no teu “eu” enamorado, e a influência criadora dos meus olhares, sobre ti, eclodiram os efeitos dos atos da bondade de um amor singular.
Oh! Ela dormiu na simétrica das cartas profundas, que evoluíram na fala derretida dos perfumes que cercava as suas narinas! Os sons da harpa feriram o seu grito que desvaliado, soou por dentro de si, aclamando que a luz houvera chegado...
Oh! Filha da alma minha! Fostes atordoadas pelo o ar da lâmpada e a força do teu ser se expandiu, e na ânsia da breve febre veio o teu êxtase...
Sentinelas de estrelas te saudavam, e fez romper as tuas substâncias, e os sidéreos céus de rastros se abrigaram na rutilância da tua consciência...
Foi dentro de ti...
Os protestos emocionados se entregaram… Ardiam na crepitação da tua língua e o emocionado incêndio, fez acessar almas e oceanos em chamas, soluços profundo agarrado, atados nas sensações do teu corpo, assim nascia o apocalipse de delícias, onde anjos viam passarem à dança serena nas purpúreas brasas, a aureroal brisa que te levava ao sabor.
Da missa da tua congregação… Das asas que te fez plainar nos sonhos seminus da tua elucidação.
Ah! O suor infindo desceu pela a tua face... Abriram as janelas dos teus olhos e o incenso abundante ensopou os teus lábios, e as lágrimas do teu choro, raízes profundas no teu ser, compreendeu a semântica gritante dos gritos que abrangeu a tua alma, no roçar de dentes e suspiros de labaredas latentes do amor agora em ti constante... 
Fostes banhadas nos afagos alegres dos dóceis lagos. Coberta de flores de sensibilidades, onde abraçou forte, já mordida, pelos os dentes que se cravaram na tua carne, deixando o sinal almíscar que atingiu a corrente da tua mente e a interpretação da tua face se desmanchou: “ele existe?”

Ah! A procissão do andar pelos os teus lábios foram exorbitantes, fazendo cantar a vibração entusiástica dos teus olhos e a translação do sublime sacramento da tua sobriedade, fez preces de adorações pelo o despertar do teu ser, que se rendeu ao amor ímpar... E o teu profundo sentir...
Cantou louvações de lágrimas harmoniosas...
Vozes de inflexões brandas beberam dos teus cântaros e dos teus olhos abertos foram recolhidos um coração arrebatado… Um céu alto... O sinal da transcendência de uma hierofania do puro poético que te fez contemplar que eras mulher e precisava verdadeiramente ser amada... 
Foi perscrutador o sedento, e a alucinação dos confritos que te envolveu, mergulhados na elucidação do ser mulher, que agora no seu gozo divino, arrebentou o meio de expressão, a sua boca, e se rendeu dizendo: “eu te amo”
A compreensão dos teus desígnios femininos alcançaram no teu coração, o seu artista, e que na viagem do seu sentir, buscou do teu inconsciente, o quão era diva o teu existir... A mulher já não era mais estranha para si mesma. Ela sentiu nos seus olhos radiantes, onde fixaram-se enluarados suores que pingavam, brilhantes cores diversificadas, de sabores que a arrebatava, pelo o encanto da alma enamorada. Alterações, deformações sensíveis sofreu o teu coração, e nos pontos mais subjetivos, eis que o intuito conceptual dos teus olhos, onde expressões neles contidos, foram observados pelas as múltiplas formas de felicidade. Exprimiu por dentro de ti a ânsia de ser amada. Foi projetada em ti a passagem que captou o lago cheio de desejos, ardências e sonhos, e o sol das suas vibrações, movimentou a corrente do ar do teu coração que, extasiado, viu o arrebatamento do teu espírito...

As visões tomaram conta da tua alma, fazendo com que ouvissem os ruídos das folhas de consolações, que brincavam na tua pele. E sondou o teu espírito que... Voou nos extremos do infinito dos teus sentidos. No inatingível das claridades dos teus gemidos.
Os aspectos te circundaram e,
A análise transgressiva, vocificados nos seus ouvidos, articulou, aprofundou as instâncias da tua linguagem e o dialogismo ampliou na tua língua o gosto, que veio para te reconciliar e te fazer sentir que o amor arrebata e que te faz mulher...
 E a mulher em ti vagou...
Nas máximas alturas siderais... Nas serenatas das lâmpadas dos teus olhos... Nos ardentes lampejos dos teus desejos...
Nos acessos gotejantes dos beijos... Nos vapores deleitosos, alternando os teus lábios, ora gotejantes, ora deliciosos...
O céu sorriu com os teus beijos e desfalecida, caia a tua adolescência feminina...
No teu olhar foram denotadas as cicatrizes das cítaras imaculadas... Da maravilha do astro que cintilava em formas de pétalas, lançadas como coroa no cimo da tua cabeça que se curvava, para receber o título de alma florida e seus ardores...
 E cantou a lua dentro dos teus olhos:
“Uno o teu seio comigo, por que dentro de ti subo e a flor da luz fulvo clemente do meu raio, faz-te cair o pranto suave, que abafas os teus sorrisos e brinca com o êxtase da delícia que cai dos teus lábios.”
Cantou o sol sorridente por sobre ti:
“Aqueço o teu ser e faço soltar o azul dos teus gritos pela a tua pele, fazendo soar o alarme dos teus sentidos, que me escalas e vêm se esquentarem comigo, e também os teus calafrios... Por que os meus gestos em ti...
Ordena o teu coração...
Consagram os altares dos teus apetites...
Faz abrir a tua boca, onde anjos se rendem aos orgasmos dos teus suspiros...”
As ações foram tocadas, manifestando o mundo significativo para a representação dos teus sinais realísticos, artísticos, impulsionando para dentro de ti...
As tensões ativas dos impulsos que abriam a porta dos teus sentimentos, fazendo a mulher jorrar os dons, os ritmos dos pulsos temporais da tua alma de mulher, cheia de vitalidade e enunciados, que transitavam pelo o fogo da tua pele, consumindo-te e levando-te ao consumismo de ser arrebatada e colocada na estrutura máxima de outro corpo, que ardia pelos os fenômenos, atribuídos às sensações eloquentes, que se alojavam nos pensamentos, nos olhos, nos lábios e na carne que palpitava ardentemente pela a febre do desejo de ser consumida, possuída, tocada, para a proliferação do líquido da boca, onde em cada nota, enchiam-se de textos argumentativos, e citações particulares de ardências e tremores...
 Oh! Exaltam os teus lábios… A bebida do teu novo ritual, que te devoras e estilhaça na tua pele os sinais dos meus bálsamos, e a sintonia da sua atmosfera, faz com que tu curve a cabeça, fazendo especulações dos seus efeitos, por que a tua alma agora tem paz... Tu confessa o absinto da sua delícia, e dos seus fenômenos que possibilitaram as explicações para o teu organismo sensível e de existência evolutiva.
 No teu espírito nasceu a incorporação do doce, e não mais envelhecem teus olhos e faz crescer a fluição dos sintomas que agoram se despertam por todo o teu corpo. Bebes agora desta evolução e dos incandescentes viços de néctar que agora te apregoas. Peregrino pelo o teu eu feminino, e faço o autêntico registro, que nas lapidações dos teus lábios, sintes as composições múltiplas, e essas propensões, foram situadas dentro da  tua alma, onde agora ouves o derramar do perfume do seu cântaro...
O mar se inclina e a frouxa vigília das tuas lágrimas, vaqueiam no céu de lume, desfalecendo teu coração, que agora dorme e sonha, nas asas concentradas do teu próprio perfume, que se espalha no teu corpo transpassado de setas de flores, alvejando e fazendo tombar a mulher que em ti vive...
Oh! Pelos ares luminosos veloz voas, e nas vastas extensão dos teus sopros, sintes o arcanjo que és, fazendo estremer o infinito da lira da tua voz que canta e celebra:
Nasceu a formosa mulher das várzeas, mares e harmônico olhar e agora será o Éden, pois voltará outra vez, com a tua nudez, e olhos não perceberás que estás despida.
" Eu sou a voz da transição, o teu arrebatador! Na minha boca afloram candelabros que faz cegar os entendimentos do amor vazio... Os meus são perfeitos e que se libertam da penumbra do incriado e te faço ouvir a minha voz benevolente, por que círculos de fogo eu sou e os meus impulsos se faz arder... Por que pétalas chispam das minhas lágrimas de gozo e do meu alto, a minha águia observa e faz descer no côncavo do coração as minhas estrelas, onde a flama das suas línguas se alastram ágeis, eloquente e dança, deste o teu tornozelo, até ao fio dos teus cabelos, onde faço acender os fachos de luzes, fazendo-os descerem até a tua língua, onde recolho depois, o ímpeto do teu prazer... Risco por toda a tua pele as minhas sensações e faço gravuras do teu orgasmo na tua face, e em reverência a ti, derramo o enérgico prazer, fazendo caber em ti aquilo que estás prestes a acontecer: a explosão vertiginosa da mulher com suas explorações sensuais... Torno-te enferma de sensibilidade, para provar dos teus campos e buscar a essência insondável que adormece no teu seio... Faço-te entrar na minha intimidade e nas tuas intenções inesquecíveis...
Os meus perfumes secretos te consome, e a sensibilidade subjetiva da minha consolação, faz aparições aos teus olhos da minha voz, quando te chamo e tu te entregas a mim... Oh! Caias em trânsito, e traduza através do teu coração, o gosto do meu perturbador, que te incita a extrair do teu corpo as delícias...
Sou eu quem procura, mas és tu quem me encontras... E os meus eventos, não se furtam aos desejos do teu ser, que ouve o encanto arremetido dos teus belos olhos quando me vê...
E no teu seio virginal de flores, perfumes suspensos.
Irradiações fúlgidas do teu coração que sente
São claro sonhos das tuas fantasias que se assentam
Nas aleluias das cintilações dos meus incensos...


Oh! Sou moço e cabe uma consideração final: ”és tu quem me incita o belo...” Será que eu estou amando?
Mas inquiriu-me um urso enquanto eu dormia:
- O que fazes aqui?
- Ora, durmo! - Respondi... 
Retrucou ele furioso:
- Sai do meu palacete e volte para a tua caverna!
Ufa...! Tenho que voltar para o mundo... Eu quero hibernar, onde?


Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas

Nenhum comentário:

Postar um comentário