quarta-feira, 2 de março de 2011

À GUISA DA MORTE

A vida que teima a me derrotar!
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   Insiste-te a  conceder na alma a conquista. A doutrina perdida do teu espírito desumano. A tua identidade sempre muda e há o engano. Dos teus olhos que diante de ti o mal não avista. Descobre-te primeiro o teu sinal inelegível na tua carne. O Cocito que flui desvairado o ardor da tua lágrima. Há uma confissão no recôndito da tua ébrio alma. Agrupa todo o teu ser, expondo-o as orgias... Macere-o! Há a usurpação do opositor ao juízo e tribunal ocioso. Aquilo que me rege o instrumento do controle. Tentando fazer que abandono a distinção do precioso. Entrega-te ao carcereiro com nódoas da tua vileza. Por que sereis maldito tu e toda a tua prole! Ainda é possível suspirar com a tua luz acesa? Se dela emanam tuas chagas e teus ares furiosos! Causando se assim ao meu peito o teu maior mal.Ronda-me e depois me cerca com a tua cruz mortal!
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      O ponto da minha compreensão é: Um breve aceno pelo o dia que virá amanhã, com o seu mal e suas insanidades, porque o meu presente estar construídos com aproximações que são peculiares ao ser humano, tais como: Tristeza e lágrimas! Escrevo os caminhos; utilizando para isso, eflúvios de lágrimas que me invadem as pálpebras, trazendo reflexão à minha miséria e ao meu constante desassossego! O papel é a fonte geradora de uma aproximação do meu ser com a amizade com o mundo! Transformá-lo! assim me ensino a mim mesmo, a dor que é torrencial à minha existência! Queria um odor que pudesse pelo menos suscitar a esperança de um novo amanhecer!
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                                   A dor me atinge e penetra mais uma vez, manipulando de formas variadas e diferentes as suas organizações por dentro de mim!  Prolifera com seus aspectos lúgubres a vasta desilusão da existência. É um belo teatro, onde se abordam exposto ao palco nu e sobre um céu enfermo, os males secretos que vêm e faz tombar o velho fronte sem vigilância!
        Ah! Que conteúdo das visões se proliferam no coração que muito teima na sua inocência? A luz branca se decompõe por prismas e a sua mórbida luminosidade se confunde com os “ais” da minha angústia, talvez a única solução seja tentar, quem sabe, nascer de novo sob um novo céu e sobre uma nova terra!
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    Eu não descuido da minha vida, é ela que se descuida de mim, porque o meu artigo sempre é emitido: “Eu sou humano e propenso ao amor infinito”! À minha linguagem abunda os martírios agonizantes de uma espera que tarda a chegar!
        Que belos espíritos poéticos me revelam através dos seus aromas a ruptura da contribuição e da análise dos pensamentos sensatos e puros? Experimento o zéfiro com a sua fúria, por que são válidos em mim o ouvir dos meus gritos aos ouvidos que me espreitam, para a consumação dos seus risos e a sua déspota!
          Que deidade de língua insana me vigia? Há por acaso no meu sofrimento o mel que te emite vida? Ora, saltam aos meus olhos a observação que queres à minha ruína e à minha metamorfose em um “animal furioso”! Assim como tu és, ó vida!
       E eu calarei os meus lábios, porque, os teus sons, a tua fúria, nada mais significará para mim, isso porque, se eu quiser ainda posso tapar os meus olhos para não te ver e os meus ouvidos para não ouvir as tuas prostituições e maldades!
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                 Assim, todo o teu som cairá sobre ti mesmo, para a reminiscência da tua existência e a posterioridade da tua geração a geração que serão malditos! Deste a fecundação dos teus primeiros suspiros que vieram expostos em formas de pecados, cujo selo… já foi outorgado a ti: será a própria morte da tua morte! E eu aqui, eis que me deito e com os braços em forma de uma cruz, fecho meus olhos e espero a remissão dos meus pecados e o novo nascimento do meu espírito que chora com o caminhar humano! Serei forte até o mal penetrar às minhas carnes e como um câncer, dilacerar-me... Tendo como troféu a ruína do teu próprio existir, ó insana morte! Certamente me abaterá mas jamais deixarei o meu último abrigo: " o renascer de um espírito que ressuscitado jamais será abatido!"    
 


In memory
Carlos
01 – 03 - 2011

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