domingo, 20 de março de 2011

DOCES E SABORES

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     Já não há na minha existência uma saída
Uma fuga, onde possa me levar ao um exílio
Aqui onde habito não existe nenhum auxílio
Apenas o fluir de um sabor que no meu ser só palpita


Já não raia a divina madrugada, apenas lágrimas…
O correr desvalido do meu eu interior fechado
Há um vazio nos olhos e no seio apenas mágoas
Que faz bater um coração com seu olhar aluado

Já não me cabe ofertar a mim mesmo o  doce odor
O sonho que um dia permaneceu ao meu dispor
O gosto e sabor de um grande suave amor

E vivo a olhar o vento frio e que pasmado
Tenta me falar daquele que grande eu o sou
Olho-o e apenas vejo um leve sonho tresloucado
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      À minha demência é derramar nas terras férteis dos pensamentos, os olhares que ansiosos, se agregam… na espera de uma matutina brisa!  Ah, como são doces e plenos de voos os sabores aplausíveis que se alocam e andam sorrateiramente em mim!
    Oh! Que doces crepúsculos brilham nos ricos altares; onde se deslumbram… as luzes votivas de um amor!

O séquito dos meus prazeres se abrem em cortinas de seda e com à sua tenra macieza que denota a expressão dos lábios se abrindo; onde eles se dispuseram em ordens a uma vontade e à sua bela arte do venerável prazer de um gosto que é executado no contato soberano em outros lábios… mas, mesmo estreitamente, ainda é possível deixar uma passagem, mesmo que para sentir pela a sua brecha o seu leve andar carmesim voluptuoso!
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     Ah! O índice veio escrito como um belo folclore, através dos teus sorrisos e teus segredos que foram desvendados por mim! Arrebentam-se os ecos que saltam do meu seio os seus triunfais e súbitos gritos que se arremessam desconhecidos nos influxos das neblinas opacas dos meus olhos! Entre as produções das lágrimas! A voz que eu ouço é o intérprete e carrega o original perfume… que vem transplantado em forma de suor o seu verdadeiro sabor… que se declara a mim no seu sentido e na sua lógica; onde o seu cheiro proibido pela a susceptibilidade da decência folga nos meus lábios o confronto da investigação do seu sabor que é examinado, miudamente, pela a minha língua, sentindo assim, nos meus lábios o divinatório e originalidade de um prazer e das suspeições de um amor!
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        À minha índole se precipita impetuosa e fervente na abundância de um gosto brilhante; onde o seu sumo é a paciência esplendida e indomável bem aprimorado de um ser que festeja e dentro de si é traduzido o brunir exaltado daquilo que é necessário para emanar o fogo maravilhoso que absorve e atordoa a formosura de um desejo e andejo de um beijo!
        Medita-se e transfere a solução do momento que se atreve a cada instante sorver, inundar, invadir e causar as máximas eloquências de um gostoso fruto que se expõe às vistas e ao gosto!
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      Ah! Quem me fantasiou com aparência gotejante de uma flor exposta aos orvalhos, onde as gotículas retêm o seu perfume? Ora, é algo jovial, divertido e uma festa, onde transita o alegre espectro de uma deusa, tentando encontrar em mim… o seu templo, onde ela investiga a derivação dos meus secretos olhares, descobrindo assim, na minha face, onde também se estampam os risos e uma alma que abriga o seu luzir e o repouso da sua altivez. Ah! O espírito estar acima das luzes do firmamento, onde em seus epiciclos, às febres que o marca… às suas atitudes o faz ri e o toma como um sereno de alma enamorada!
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    Fértil e florescente é a visão da donzela disfarçada em suspiros poéticos e saudades! É ela vestida de pérola, onde o corpo sem lassidão se joga as primícias! Ah! Doce almiscarados olhares da minha vida! É flutuante e sapiente, ó cândido amor! O particular uso do teu ofício, a beleza e a saúde do teu deitar, por que… és tu que trata da educação e da acepção do teu sabor nas línguas! Ah! Espelho celeste que possibilita em mim o teu andar e o renascimento das virtudes com as leis do teu discurso à minha consciência! Sou dominada por ti e o meu caráter é o teu sabor que repousa nos ensaios originais dos teus monumentos; onde me traz o conhecimento do teu curso… das tuas leis e as ordens da integração do teu ascender sobre mim!
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   Ó volúpia que perpetra o sentimento que se une ao essencial de um espírito corajoso e forte! Vem com os destaques que vinculam no teu interior as razões evidentes do teu bem-estar… a força e a serenidade do prazer da tua doçura! Oh! Perpassa o teu vigor que alcança sistemas influentes e correntes da tua relação com o extremo da minha paixão! Abre a tua passagem e inclina o teu impulso perturbador em mim, tornando-me cúmplice do teu vício ardente!
  Inextricável és tu! E de ti não quero sair e nem ser arrancado, por que indistinguível é a tua presença e deslindar do teu complexo eu não me permito… por que o teu signo é uma arte que ensina o homem a ser criança e que se amamenta no seio de um coração equilibrado e que perfaz a perfeita marca do teu brotar na mente!
     Oh! Doce espírito! Visita-me esta noite, por que o meu leito estar perfumado e as pétalas do meu amor revoam embebecidas no seu ardor!

Um comentário:

  1. Visitado é o ser humano que se permite sonhar. Sonhar, muito nos acalenta e muito também nos tira o sono, pois que dele emana a grande vontade da realização. No entanto, sonhar alimenta nossa alma e espírito e antes sonhar ainda que o impossível do que não ter nada para sonhar. O ser humano é sonho.
    Perfume todos os dias o leito, porque o espírito do teu doce sonho te visitará estejas certo disso.
    O sabor da vontade, o cheiro do perfume,o doce que se aloja entre as linhas de uma poética, só podem ser sentidos quando o espírito de quem escreve e lê se elevam e na sua dimensão máxima podem sorver um do outro as entrelinhas e segredo que querem ter.
    Linda poética! Como sempre a perfumar os corações de quem sonha, aspira, deseja e anseia a magnitude do que é amar. Parabéns!!

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