ARDÊNCIAS
“O condimento que fascina a alma
e faz decolar o santuário do espírito, exibindo os seus voos confinados na flor do desejo.
A exaltação da beleza
com o seu olhar.
Dirigindo a sua
luz para o monumento vivaz,
elegantes e virginais das suas atitudes,
visitando assim,
a pintura do
AMOR
no meu coração,
através da minha face”.
AMOR,
AMOR,
Empresta-me o teu modelo!
À claridade das tuas lâmpadas, e batiza-me com o santo óleo do teu coração inspirador.
Há uma desordem na minha alma.
Quero tocar todas as tuas constelações de amor, pois tenho a tua estola.
O teu manto agraciado com o teu doce, e as tuas orações de bênçãos do teu mar e céu.
A tua hóstia precisa entrar na minha boca, e eu juro que sou o teu apostolado!
Abre o teu livro, pois os meus lábios sentirão o teu doce e o meu peito em “ais” ardentes falará com sons da tua primavera.
O teu verbo incandescente será unificado pela a inocência dos meus olhos, e os abraços das flores e frutos que fecundará o meu espírito debaixo das cobertas das multidões dos teus sorrisos.
Cuida dos meus serenos olhares, cheios de estrelas da tua claridade, levando o meu desejo ao universo do vórtice dos teus sentimentos.
Não quero mais chorar!
E se eu chorar é pela a beleza
por te amar!
O coração sopra murmúrios nas memórias descalças e nuas.
O mágico sabor que viaja na emoção do desejo. O pensamento que cria o silêncio para melhor desfolhar cada pétala do seu olhar.
O corpo que busca infinitos espaços no interior da pele, desfazendo-se em lágrimas, o instinto da sua fantasia que é real.
E o Ser-sonhador, completando dentro do seu campo mais uma época de existência, e, como dádiva, presente, deixe-me ó flor, olhar-te e me cuidar!
Não quero mais chorar!
“O olhar divergente.
O ímpeto alcançado no dom do equilibro da procura compassiva da concepção amorosa, e nas serenidades dos seus tons elevo o meu amor.
O símbolo impetuoso que é lançado nos olhares, e jaz o sonho ardente, transbordante nas asas de um sonhador que completa mais um período de existência.
E o som transborda com essência e sabor.
Esse é o meu espírito que completa mais uma época de existência.”
Eu ouvi apenas a sua voz, e nela os gestos deliciosos de um perfume, que aspergia simetria na sua pele.
“Os sonhos
eclodem no coração da minha alma, e o meu espírito se lança nos voos de providências, tentando alcançá-los”
A indução
dos meus olhos nos eventos da intuição da minha pele se derrama na sensação dos sentidos, que são acessíveis aos meus toques.
Movo a substância corpórea e apalpo os seus pontos de êxtases, e os seus elementos apetitosos se dissolvem, juntos com as minhas lágrimas, porque coroável é o autor da obra maior, que se desprende nas luzes dos olhares: o amor.
E o amor
completa mais um ano dentro do meu peito, e ele precisa de um índice maioral de essência para sobreviver, e isso ele só encontra no fundo do meu espírito.
A docilidade se conserva
sem alterações, e os ensinamentos do discípulo da doutrina da sua lâmpada de azeite permanecem cada dia mais acesas nas sensações da pele.
E o meu rosto confere o título inseparável da atribuição do amor.
E este mês se completa mais um ano, não sei se é o amor no meu interno que vive ou será eu que no seu externo manifesto as suas maravilhas eloquentes.
E ela veio me parabenizar
por mais um período dela dentro
de mim.
Deus!
É uma nova aurora de uma percepção consciente para a explicação, que no subconsciente da minha alma, aprofunda-se o mover de uma motivação sentida no essencial
significado da minha vida!
São formações
dos dados evidentes aos olhos com a concordância dos pensamentos, onde a anunciação do seu juízo tematiza a lógica de um abstrato, e que é real e contínuo no sentir vivo da carne que classifica
o seu elemento como
razão da sua existência.
Os meus anseios não são abstratos,
são sentidos, tocados e reais.
Minha alma é predisposta e também um artista plástico, e perturbadores são os belos desenhos gravados no coração do seu espírito.
Elogio a sua beleza
e unifico assaz e com glórias, a influência do seu brilho pertinente nos adornos da minha memória, por que
eu vejo as suas ações e as definições dos acontecimentos dos momentos essenciais pelo o meu ser.
A fluidez do seu vinho
é de coloração intensa, e profunda é a substância líquida do seu cheiro.
Oh! Alma gentil, pois a terra, o céu repousa no etéreo assento do teu pé!
Mantem-se vivo por ti o afã que arfa se enrolando no tecido do teu perfume, e fosforescente balança os gestos que te olham com o seu filtro delirante do prazer das visões que são crescentes e úmidas pelo o teu encanto!
Nos simultâneos ardores
dos teus licores, sinto a doçura serena do puro e infindo sopro da tua boca, que chega me esgotando com efeitos conscientes e tendências de possuir os impulsos que se alastram
para a construção da confrontação
do meu senso.
Fecho meu olhos
e ouço o ranger dos meus dentes.
E qual boca não morde a si mesma para sentir o sonhado gosto?
E o corpo em movimento, qual não treme em pensar naquilo que ele sente?
E dentro da alma,
quem não sente o fogo que faz ecoar grandes abatimentos, e o fenômeno no seu “eu” causando-lhe ardores, desejos?
No meu corpo flui contínuo a corporação
do teu ser.
Adorável é o amor-eterno do encanto dos olhos. Refugio-me, onde capturo o sossego do espírito que flutua.
O equilíbrio onde me banho nas águas que se espalham nos veios das flores que caem diante dos golpes
dos meus suspiros.
Um desejo
evadido nas raízes dos sentimentos que fala na várzea da minha alma.
Uma ânsia que busca os desejos do amor natural. O “eu ideal” na síntese da sensação que expressa à força da cumplicidade que existe no meu ser, e sente que o meu corpo não vive só.
E que a compulsão dos procedimentos do meu coração alimenta outra alma enunciada nos meus pensamentos, nos meus olhares e nos meus sonhos líricos que, para que eu viva,
ela precisa
existir e respirar.
Imaginar, exprimir, provocar emoções e lágrimas. Pintar
a sua eloquência na arte da progressão dos meus gemidos, e com efeitos, enumerar as suas sequências entre sorrisos e gritos
de felicidades.
Minhas mãos colhem
vibrações dos teus pastos.
Delicias doce que vertem os meus sorrisos.
O casulo das grades se abre e mostra teus dentes.
Suspiros vacilantes e azuis que fendem.
Os momentos vacilantes quando te olho.
Pele treme e coração sente!
A insinuação dos sentidos que desvenda.
O espelho da promessa
que meus olhos acendem.
O anjo da aurora que bafeja o espirito carente.
Brota o fogo e segue rompendo…
Em transito a purpúrea seiva guiam os ventos.
Da minha boca que no seu resplendor bebe teu alento.
Esse é o grande momento!
Ouvir teus lábios e neles cravar meus dentes!
Firmar na memória todos os desenhos.
Da tua face extasiada agitando meus movimentos.
Palpitar a flor o sonho, e seu mundo, e no seu isolamento,
Fazer sorrir caída, possuída, suada, gemendo!
Algo me toca com suas mãos finas.
Bêbado o coração morde a boca.
O lampadário dos seus galopes a pele roça.
Sobe o seu cheiro as minhas narinas.
Fecho meus olhos e os lábios aperto.
Para receber o sol radiante do seu universo.
Entre suas flores e pétalas me vejo submerso.
Para ganhar seu doce abraço os meus permanecem abertos.
Oh! Estou diante da sua canção e seus gestos!
A fascinação da sua promessa que me deixa inquieto.
E para senti-la permaneço calado e quieto.
Na minha face as suas maravilhas manifesto.
Converto aos meus ouvidos a sua voz que se manifesta
É o teu ser em mim que não dorme, desperto...
Meus olhos para te sentir se fecham.
E a boca suja com o teu batom faz a sua festa.
Transborda ao calor dos teus olhares meu ser.
Na tua seiva queima o bálsamo do amor.
O alivio do meu coração vem no vapor.
Da tua boca, onde da tua saliva emana odor.
Oh! Coração para aonde vais correr?
Quem te deu gigantesco poder?
Para com o amor se envolver, e dentro do meu “eu” caber?
É o ser?
Que volta a nascer, crescer, e outra vez, simplesmente viver!
Oh!
Já não mais se esconde aquilo que por ti o coração sente!
A ação da tua pintura que se manifesta na língua quente!
Oh! Súbita surpresa! Eis que exerce a sensibilidade de uma sensação de prazer imenso e no além do seu sensível, eu te falo:
“ Minhas mãos
estão trêmulas e não consigo recuperar o autocontrole, pois existe um escapatório que te eleva, entretanto, o seu letárgico da mítica da possessão do amor me causa desvarios.
Estar fora de si o amor, mas nos seus planos estar a minha racionalidade, a transformação dos seus dogmas e a sua necessária arte em me fazer sonhar.
Eu devo sonhar?
Eis que enquanto ela me sondou pelo o íntimo dos meus pensamentos, fez soar um leve murmúrio:
Eu senti
quando fui tocado, e a sua voz suave fez enrolar a minha língua dentro da minha boca extasiada.
“- Mais um ano
e o perfume não virou essência grudada na tua pele. Devo felicita-te por ainda abrir a boca e suspirar pelos os ares doces de procura dos teus lábios.”
Assim ouvi a sua voz.
Ah!
A minha vontade não é aparência, e o sofrimento incessante do meu eu-primordial que busca analisar constantemente a significação da negação que ao meu espírito
foi amputado.
Existem apena os impulsos artísticos, e o anseio estético na aparência dos meus olhares.
A visão do seu mundo
me liberta para as lágrimas, e neste frio, os soluços vêm tão radiantes que os elevo a
constituição
maioral dos meus desejos.
Eu só queria sentir o artista
do seu mundo temporal e soltar os meus gritos de êxtases em todo o seu ser.
Mas, quem é você? –
Assim pergunto.
A VOZ SOA:
“-Devo te felicitar
por mais um período de existência, onde também muito tenho me deslocado por dentro de ti na perpétua visão extenuante de gozo do teu afã, e eis que não finda o teu fenômeno, a sua representação e a aparência prazerosa do seu licor”.
A corte
se apresenta a ti e as suas cerimônias místicas têm abalado os períodos da tua alma.
As linhas se sobressaem na tua face e o absoluto do seu bi dimensionalidade penetra nas tuas telas de movimentos, e a sua arte conceptual, é agora, demasiadamente impessoal na plástica mascada da frieza da sua tinta sobre o tecido do teu corpo.
Mais uma época
que vem e nela não contempla o ciclo esperado do manifesto celestial do teu amor, apenas uma ilusão ótica da poética do seu movimento na elevação vertente da tua boca.
Enche-se
o florescer florido dos olhares intensos, e os teus lábios percebem
a vontade do teu coração.
Eu te chamo e te levo.
Sobre o soar da minha voz te transponho nos sonhos que te emudece.
Uma auréola ainda mais bela,
Sideral abrigo constelado.
Se por acaso eu ultrapassar todo o teu ser, e no alcance das minhas mãos, tocar-te, mesmo que sutilmente, retendo a tua ESSÊNCIA ENTRE OS MEUS DEDOS, acendendo uma por uma as estrelas do teu coração, cobrindo-me com o teu calor, e na glória ouvir, pois na minha boca
não calam os desejos.
Eu estou tão perto de ti!
E como são exuberantes as tuas formas.
A vontade de esmagar os meus sentidos, explorando o êxodo das ardências do meu corpo.
E ela me contemplou!
pegou as minhas mãos, ouviu o bater do meu coração, e o vapor do amor que saia da minha boca, como em forma de corações, mas transpassados pelas flechas da dor.
Mas quem é você? –
Pergunto.
“- Vim nesta tua
bela época florida, onde os pomos amadurecem, e denoto que estão mais doces e suaves.
As tuas mãos tremem.
Teus suspiros estão mais afoitos, e brotam mais fortes o doce dos teus lábios.
Por acaso ainda me amas?
Eu ainda sou
o bosque exposto ao derramar do teu bálsamo, e corre ainda, em cada olhar teu a beleza do meu “eu-mulher” em ser exaltada pela a magnificência do amor único que me abalas?
No copo da minha boca, o vinho dos meus lábios, a música dos meus olhares, ainda são atrativos aos teus olhos, e nas cenas do meu ser, é ainda tu expectador
do meu cenário?
Vem cá meu AMANTE,
qual a cena que melhor representa a tua ardência quando me olhas?
Os feixes das tuas inquietações se multiplicam quando me toca?
Eu sou o mundo dos teus sonhos?
O campo da tua vontade, e o lugar mais fundo do teu ser?
Ávidos pelo o teu gosto são os meus olhos de delírios,
e os meus desejos incessantes se multiplicam como miríades de estrelas,
com ardor de sedução, olha a flor, e o seu órgão de fecundação se eleva
quando sentes o teu calor!
Volvo a minha
face para os teus olhos e a corte da tua provocação sonda a minha lâmpada incandescente, pois o vento da tua boca alimenta a sua chama, e a revelação da aproximação da tua língua na minha se chega
cada vez mais tonteante.
Irradia-me
o céu da tua criação, e os meus passos se alongam na inspiração do desígnio do doce que me visita, fazendo jorrar os enlevos do meu
coração diante de ti.
Eu te amo porque os espaços em mim foram conquistados, e na intensidade dos teus translúcidos olhares, trilharam a emoção, a excitação e o prazer, por que o mar suspira, a brisa transpira, e os vales dos meus seios ardem estremecidos pelas as notas da lira que pulsam dos teus lábios.
Vaga o raio que inflama as artérias, e as melodias dos fulgores dos teus braços inflama a infinda alma que se lança nas seivas das flores
que soltam
dos seus perfumes.
Ah! É tu amor? –
Assim pergunto .
Pois sinto o teu cheiro e os teus cabelos onde se adornam as flores. Recendentes de odores os aromas tocam o vento do hálito meu que gira no teu firmamento.
Ó anjo!
Quero subir no teu átrio e respirar! Ungir o purpúreo manto saltitante dos teus desejos com a aurora que gorjeia na madrugada do meu seio, a graça da luz do teu cântico!
Exalças
o íntimo compasso dos teus acessos.
Dentro da minha alma tuas estrelas incendeiam.
Nos teus olhos a sarça e o perfume saltitante vagueiam.
Angélicos olhos que permanecem acesos!
És tu amor? Pergunto. E ela responde. Virando a sua face, e seus ornamentos balançam em exaltação a sua beleza.
" Sim, sou eu e aqui vim te sondar,
pois sobrevivo na atmosfera da tua adoração,
e as emoções são descobertas
quando me sinto viva em ti.
A tua luz
me estremece, e o céu do teu amor efetivo adoça os gestos de vaidades da minha alma,
que me induz aos sonhos e aos textos da tua boca,
e o quadro exposto da tua natureza sensível me eleva além, causando transpiração
do meu corpo por ti.
Constante é a modelagem
dos meus pensamentos pelos os estímulos de essências que são agraciados pelos os meus olhos.
Ardente é o perfume da tua boca.
O vinho dos teus desejos a se derramar.
As asas que voam
aligeiras para me amar.
Oh!
Minhas mãos não ficam vazias, e a força forte de exaltação faz renascer na minha alma as expressões que me toca o espírito.
Eu vim incendiar mais o teu mundo, e encandear as noites que flamejam as minhas rosas nos teus olhos. Abro o teu jardim porque tenho as chaves, e no teu pleno céu, uno a ascensão da atração da ciência eterna do meu amor, ao progresso da aurora boreal da minha boca dentro da tua.
No teu horizonte
celeste a musa que sou te revela:
as aparições psíquicas do meu fluxo nas comunicações dos teus olhares que se fixam na minha alma vestida, ornada pelos o dinamismo do andar da minha seiva, e do testamento
dos meus lábios na tua alma.
Eu vim
perturbar o teu mundo, e também transmitir a personificação dos sonhos ao teu coração de cérebro profundo, e gotejantes essências perfeitas.
Eu vim te seduzir, e mostrar os movimentos do teu corpo, e o prelúdio do meu sol te anunciará a alma etérea que através do meu infinito voo, entre estrelas da constelação de um espírito maior se declará a ti.
Eu vim
liberar o gás do teu fôlego, e desprender os organismos da tua matéria: fogo e abalos nos sonhos da tua adolescência.
Contempla-te a lâmpada sedutora da minha face, colocando defronte de ti a beleza da sua forma e a expressão maravilhosa do êxtase dos seus olhos.
Oh!
Fascinante imagem! Contempla-me! Vem, olha, vê a boca que te beija com olhar gracioso que te adora!
Completa-te mais um ano de existência, e eu estou dentro de ti como a pérola na ostra, e sei que te firo, porque assim desloca-te com força, deixando-me mais bela!
O amor é surpresa
e me deixa sem fôlego, fazendo brotar dentro de mim novo ser radiante.
E a sua maquiagem me torna linda e sensível
aos toques dos seus dedos.
Eu contemplo
cada voo com rutilâncias maravilhosas das irradiações fantásticas das luzes, que são derramadas pelos os teus olhos de hegemonia sideral da grande estrela que fala a tua boca, e na fusão submergidos dos meus gritos, eu vou ao fundo do infinitivo dos pensamentos teus e sinto as formas das minhas constelações
que são escritas por ti.
Oh!
A minha alma se prende e envia seus suspiros.
A orquestra da minha boca que balança a tua língua.
Meu perfume te louva, e as minhas mãos te sustentam.