segunda-feira, 12 de março de 2012

TRANSPOSIÇÃO: CORPOS

                                  CORPOS
thumbnailCA0SANQQ  
O império que se origina na mente. Que tem o poder da fruição da linguagem dos desejos... A vulnerabilidade de um olhar que se levanta, para explorar o campo semântico, onde, primeiro: a visão ilustrativa, segundo: eis que se levanta a etimologia dos sentidos, é quando o fascínio do corpo desenvolve a hipérbole na língua, e essa, mede o aparecimento na mente humana da criatividade, cheias de fermentações, não se escota, por que a visível representação que se morda, conforme o mar de visões que sobe ao coração; impulsos violentos, e as suas substâncias absorventes, importunam as crescentes palpitações, que sentem os rastros penetrantes dos desejos que pernoitam, fazendo a sua ardência e cravando os seus sinais eloquentes. A voz enternece, arrepia e a vontade se inicia...
Ah! Coração que almeja os suspiros que abafam bocas! Faz voar no céu o retrato do meu rosto de ébano, cheios de estrelas! Por que a flecha voa e na sua lei, recolhem as delícias dos olhos, torturados, fechados, abertos... Semicerra a tua boca, por que o sútil instrumento, a língua, tem asas do onipresente, e os astros que se movimentam, a sua porta, quando retocam as grandezas dos movimentos íntimos, causam explosões, e as pétalas se abrem, e as mãos se movem e alcançam o seu pólen… Eu sou o teu jardineiro e vim aqui da flor cuidar. 
thumbnail
Oh! Estelífero mundo fulminante, reluzente, onde se assanham as fúrias das mãos que avistam o áureo corcel dourado! É à força do mar, do sol que desce da lua, e que se tonteia cheia  de estrelas! Oferece a tua carruagem e permita-me que nela tome o meu assento, e entre zéfiros, ósculos floridos e ardentes, eu possa plainar nas tuas folhas, onde suspira o beija-flor e as flautas cadentes dos nossos olhares... Que querem falar aquilo que o coração sente.
Oh! Flor de lábios tentadores! Exalas o teu hálito, por que ele é o meu paraíso. Desenrolam as flores dos teus risos... O relento do teu jardim espera o seu jardineiro e hoje vim cedo para ver o teu botão se abrir, entre as pétalas da tua face... Oh, Minha flor! Receba meus cânticos de amor...
“Então canta para que o meu desabrochar seja mais delirante e as minhas pétalas não caiam mais de mim”. – pediu a flor.
imagesCAJ1BKM0
Ah! Anseias-me teu perfume quando emanas.
Das flores diversas do teu olhar.
É a brisa que se espalha na pele santa.
O coração canta: “deixa-me te amar! Eu posso te amar?”
Pressinto ainda recente teu perfume nas narinas.
São toques das tuas unhas a me roçar.
Sinto de volta a essência a me tocar.
São doces que se abrem em suaves  nectarinas.
 Refugio no interior do fogo que faz incendiar.
Tuas feições na  mente é minha sensibilidade particular.
Oh! Não quero e nem desejo outra no teu lugar!
Tua voz celeste é à flor dos meus suspiros.
É o perfume que deseja tanto o meu escutar.
Se não permites que morra eu por ti, então me deixe esse amor exalar.
Ah! As pétalas é a simetria da tua face. São as disposições despensas do teu oxigênio; onde a luz sensível faz a moagem dos óleos, dos azeites, produzindo o sabão cheio de pigmentações, para a composição do teu cheiro e do teu lubrificante na pele. 
thumbnailCA283WQE
Oh! Tuas pétalas e sépalas são tão idênticas, e me ladeiam, nos jardins gozados pelos os meus pensamentos, celebradas pelos as flores dos vales de admiração dos meus olhos. Respeitosa razão da luz cintilante, que entroniza o éter do céu de atenção... Que cativas os meus olhos. Que belo luminar de giros mirabolantes se faz nas texturas das tuas virtudes, e no portentoso abrandar do teu néctar, quando escore nos fulgores das tuas pétalas, o doce solúvel do abrir dos teus olhos. É brilhante o ferro em brasa do topázio, que fulgura no sagrado e justo pendor dos arcos que te cerca.
Parabéns! – assim falo...
Parabéns, ó asas que brincam nas variações e vibrações do fulgor do teu doce! Pelos os talos suaves que alegram os montes de saudades que se elevam, e a ti atiram suas fragrâncias que se acendem, antes de chegar até a ti, iluminando assim, a mais perfeita dos paraísos! Que gozo! As estrelas das núpcias te saúdam e meigamente, abre-te os braços, leva-te ao camarim e relata o ápice brilhante do teu doce. Abalas-me e transporta o meu apalpo a comoção eloquente do amor que tremem os olhos e comove o espírito que se derrete... Eu sou o teu jardineiro e posso te tocar.
thumbnailCAW6RRXD 
Ouves o meu assobio... É a sentença de beleza que te entroniza nas assembleias dos meus aplausos... Olha a alteração no céu da minha face... Eu te comparo aos altos templos estupendos com suas belas rainhas... Oh! Serápis!
Meu coração é prole das bênçãos da tua alma e da progênie do teu espírito. Oh! Símbolo nítido do fruto da graça do amor! Obedeço às obras da tua lei...  E a obediência servil da minha fé, é exaltar a pureza dos teus cristais... A leveza dos teus giros na minha alma. Oh! Excelsos utensílios guardados, são os sábios ardores de reverência do teu coração, e o meu tributo, são os ais brilhantes de ares líricos que sobem como balões, cheios de gases de vida! Ofertas dos manjares dos meus lábios, que conduz neles, o anjo do incenso... É o renascimento do céu que proclamas o seu novo raiar cheio de mimos nos seus olhares. Em mim o teu domínio é acentuado e o mar me afoga em tua busca. Eu sou o teu jardineiro e posso te banhar. 
thumbnailCALM055G
As minhas mãos recebem a tua alma, e nos seus olhos, palpita o meu beijo, incitando as vertigens dos meus gritos espessos, persecutórios e que inelutavelmente, despedaça o seio meu que te agita; oscilando entre sinais e sintomas palpitantes, onde os sentidos vibram, e as sensações das temporalidades, encaminham-se para o exílio loquaz do prazer, onde o improviso carece apenas dos diálogos linguísticos, que são murmurados timidamentes, sussurrados, apenas pelos os olhares das línguas... Os olhos fechados saboreiam, enquanto as bocas abordam as múltiplas formas alarmantes de ais e sorrisos, definidos pelo o gosto expansivo do corpo.
Ah! A grande síntese é promover a queda do batom dos teus  lábios e compreender os sons prolongados da lesividade do elástico da tua pele... Que se contorce, que se rompe, para receber os princípios dos abalos. Oh! Que sujeito determinante! Privilegiado pelo o universo das medidas que enfatizam o cobrir do corpo, como um lindo vestido, ornamentado de polaridades atrativas aos olhos! Pérolas subjetivadas pelas as visões dos espetáculos dos prazeres, onde se mergulha nas suas alegrias... Agarra o doce do seu aceno e as alterações das batidas do seu coração; fazendo bater a fábrica das suas sensações, e determinando, o delírio da malícia do sargaço infantil, quando vem chegando o orgasmo!
Teu corpo é o meu alimento! É sincopado de doces agasalhos para a minha pele... É interpretante e nele vejo a minha transfiguração em fogo ardente e suave. Eu sou o teu jardineiro e posso as tuas lindas pétalas balançar. 
 
   Carlos Alberto
    albertoesolrac
    silêncioelágrimas  

Nenhum comentário:

Postar um comentário