sábado, 17 de março de 2012

O FENÔMENO: LÁGRIMAS

 

LÁGRIMAS

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Aqui no silêncio o teu coração se abre
E do fundo aplacam as tormentas… As lágrimas…
Levante teus olhos e aclame… Grite e fale!
E sobre ti descerá o doce licor… O bálsamo...

Ardente é o monstro da tua dor que não passa...
O estigma dos seus beijos frios que te enlaça...
O fogo queima, mas não consome a tua sarça..
E essa para tua alma serve o licor com potassa

As agruras do cansaço são visíveis na tua face
No vórtice profundo do teu peito o fogo arde
Achas que passará, mas nunca passa o traste!

Clarões do seu crime é o emblema que devasta
E ao seu belo jardim sempre te arrasta
Por Deus! Este insano cálice de ti afaste!

                 Oh! E não bebas mais!
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Buscas um lugar recôndito, e faz sucumbir os inquietantes febris gritos do amor. E o teu coração suspira por águas doces e refrescantes. Na tua face se misturam os purpúreos odores vinculados, ainda com as suas folhas que roçam teus lábios e calculam o calor da luz da lua que sem compasso, faz-te dançar pelos os seus átrios, e desordenadas, escorrem as lágrimas.
Quem terá entendimento do teu coração?
Quem as estancará com mãos sedosas?
Súbitas gritam as lágrimas:
“ – Nós! Somente nós!”
“ – Nós somos quem gritamos quando derretes o teu coração em ardores... Fluímos... Acordamos... Somos estrelas trêmulas nos teus olhos...... Raios de lua que iluminam a tua face... Somos temperadas com límpidos anjos que nos seguram e também se prostram para nos admirar... Cintilantes súplicas que buscam acalmar a embriaguez do teu estado...Surgimos do alto… Passamos pelo o vapor da tua boca...E caímos mornas aos teus pés... 
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Somos trêmulas, mas somos cobertas de estímulos pelo o ardor dos movimentos dos teus sentimentos que nos fazem aflouxar, e,
Alcançamos a tua boca, onde o puríssimo olhar teu, prescindindo do íntimo, causa abalos ao nosso fluir... Temperamos a tua língua e o nosso sal te faz lembrar que vivemos em ti e compadecemos também de ti... Queremos te tomar nos braços. Mas é o nosso mover na tua pele que faz com que nos sintas, e sentindo-nos, eis que o movimento do hino de compreensão, cheios de asas te faz lembrar que no teu coração, empresta a força para fazer o nosso deslocar por ti...
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Corremos e deliramos no chão da tua carne, e cada momento, somos multiplicadas pelo o afã do teu abatimento... Aumentamos os nossos passos cada vez mais que suspira alto e vamos entendendo a tua dor, por que deixamos as nossas nódoas na tua face...
Ouçamos a tua voz que nos estremecem cada vez mais, e nessa hora, procuramos descer mais rápidas, porque, não queremos te sufocar... Andamos em ti... Nós somos a habitação que também por ti chora e faz suspender os nossos voos...
Somos as fleumas que esvaziam as tuas mágoas e batemos com frescor nas delícias dos teus olhos lacrimejados... As paisagens, às vezes indiscretas, que compadecem e retiram do teu coração os ingredientes soberanos. Somos tão doces e ingênuas.
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O teu gesto, quando passa o dorso da tua mão, impregna a tua pele fresca com nosso ar angelical, permitindo que sintas o nosso sal... Somos ingênuas, submissas e no leito dos teus lábios se acumulam o nosso doce... Nosso destino é afogar a tua dor no colo...Os nossos conteúdos fervem o teu coração que pulsa e banha no nosso refrigero... Somos respiros... O perfume da tua boca, causando assim, o nosso carinho que mergulha fremente no dormir dos teus olhos...
Fazemos adormecer o abismo e nele caímos para te resgatar dos latentes abalos que te inunda a alma... Eu sei da tua saudade e do tamanho amor que devotas aqueles a quem amas. Ergue-te porque a minha fonte jamais secará. E, quando quiseres chorar, estamos fiando asas de bálsamos e essências para te suspender, enquanto descemos dos teus olhos.
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Ultrajei os céus divinos da eloquência.
No ostentoso peito se escondem as fúrias.
Nos ingênuos lábios palpitam as lamúrias.
No meu olhar morre a minha doce inocência.
 
Pérfidos queixumes no meu seio mora
Sanguinários farpões infames e vis me mata
Há uma densa queda de uma catarata
Dentro do meu coração a alma grita e chora.
 
Ah! Pasmado nesta minha vida somente cabe!
Furiosos fantasmas que rondam meus sonhos
Tantas imagens insanas que só Deus sabe!
 
Corroídas imagens pedintes me cega a visão
Cada vez mais longe se distancia  dos olhos
O cândido espírito que habitou na minha ilusão
 
 
   
 
   CarlosAlberto
     albertoesolrac
   silêncioelágrimas



Ufa! Aos meus dois au au... Agora sei o porquê do amor: assim amou Quincas Borbas o seu au au... Vamos à festa dos quinze anos.

Um comentário:

  1. ufa...linda pessoa.fiquei bem triste,por causa dos teus auau,sei o quanto gostava deles..

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