sexta-feira, 9 de março de 2012

FOGO E SONHOS

Subjugado sou... Sempre serei por ti, ó fogo! 
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O fogo que sobe decisivo nos domínios dos sentidos.
Lembranças vivas que abrasam e não se explicam.
A luz contida... Latente e que na pele se aplica.
Desejos colossais que no seio escondidos...
Olha-me e roça com o seu batom mexido.
Pela a língua que se move no seu quente ardor de vida...
   Eu procurei as minhas convicções, e elas vieram nos componentes inconscientes, que pleiteavam nos seus devaneios. Evidencie-os quando me dirigi aos instintos, que intermediavam os meus pensamentos, em uma zona bem profunda. Fui manipulado e me aperfeiçoei ao seu nível com tendência rítmica, por que foi o meu coração que impeliu a evolução dos meus olhares, onde esses, queimados pelo o fogo, fez-me abrasar a doçura do ultra vivo fogo ardente, privilegiado com doces, e ele me levou a brincar com as suas brasas incandescentes, onde a sua explicação, ao meu coração, era simplesmente, o seu airoso amor e seus efeitos significativos.
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 O fogo balsâmico com a sua umidade eloquente, penetrante, cortante, mas necessário à nutrição da mente e a purificação harmonizados dos sentidos insinuantes, e cheios de desejos profundos.
E, quando vi o fogo, eis que me peguei a andar por lugares de estruturas desconhecidas, mas tão radiantes, que o seu império, seus tesouros, seus doces se esconderam dentro de mim, e, percebi que eu queria subir aos seus pícaros colossais... Soltar meus gritos na sua luz e ver-me andar nas suas fagulhas, com os pés descalços, para sentir se realmente, ele, o fogo, queimava...
      E queimou! Queimou por que eu fui ao seu braseiro, tonteado como uma mariposa pela a sua luz, expus o meu coração ardente, o explícito ao seu Vesúvio. Secaram-me os lábios e ele colocou o seu perfume ardente na minha boca, foi onde, adormecido, pude perceber a sua chama que consumia meu ser... Incendiando os meus lábios. 
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O sagrado da sua realidade eloquente, do seu conceito, das possiblidades e distinção do SIMBOLISMO do efeito do fogo nos olhares, tecendo na imaginação, a acessível verdade da sua atividade, de uma instância que percorre o signo sensível da energia de um espírito, que se agracia e nele é atribuída a função deslizante do seu voo: o fogo feito amor e sonhos...
“ – Queres ser o senhor da minha lareira e saber como me dirigir entre sonhos e fantasias ardentes... – Perguntou o fogo a me olhar e sorrir...
Como? – indaguei... Como fazer depois o teu controle? Por que acendido uma vez no coração, terei uma voz colérica, e o fenômeno do teu complexo, incendiará mais os confusos e ingênuos abrir dos meus sentimentos. Devo tocar-te e te soprar, pondo-te na espiritualização da minha voz?
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Oh! Não percebes que eu ainda sou uma criança e, tomando-te por inteiro na minha pele, ela chamará o calor da tua luz... O perigo de um grande incêndio dentro de mim se levantará e sem controle, as minhas inibições correrão nas chamas engenhosas do teu arder... Oh! Sentas-me e proponhas as tuas ações; por que as tuas lendas provocam o acender da tua lareira em mim......Devo experimentar o fundo da tua combustão? O teu caracol no meu coração estar fechado... Não devo abrir o seu incendiário dos teus devaneios, experimentar os teus instintos. E se tu, se agregar por definitivo no meu íntimo, e depois, retirar-te, deixando apenas os teus reflexos, o que farei? O sempiterno da tua intervenção virá por acaso, na minha realidade, e aliviará o teu poder, que ficará nos lugares mais inóspitos e sensíveis do meu ser?
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Examina em mim a estrutura, por que as dificuldades do teu acender em mim será acesa e nunca mais... Oh! Nunca mais! As evidências do teu gosto sairão da minha boca! Não percebes que choro quando eu te olho! Não percebes que a minha pele treme e o teu som paira nos meus lábios! Convidas-me a te sentir, e depois... Ficarás tu para sempre no inconsciente da minha alma e nas delícias dos beijos! Lanças-me os teus domínios e faz as tuas oscilações agregantes e cheias de ritmos... Oh! Não! A tua lareira provocará a ruptura do meu abrigo, e eu para sempre, estarei contigo, na dependência do teu espírito, que converge com sinais as marcas acessas no corpo.
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- Eu
Poderei te aquecer e fazer por instantes, vibrar os acordes da minha música nos teus olhos...” disse o fogo ardente e convidativo.
Oh! Aquieta-te, ó fogo! Não projetes o teu andar por que repelente sou! Não colho a festa do teu prazer e as flores delicadas do teu véu são mortais flagelos que queres me entontecer... Violar os estiletes celestiais, brilhantes, verdejantes dos meus alegres suspiros, que ofereço a minha alma, como louvor de um concerto sem dor? O Teu céu engalanado, petulante, oferece-me as tuas primaveras, e nelas, os teus dentes que mordem as alegorias do teu próprio disfarce? Voltas os teus olhares subjetivos para a percepção do meu coração, que, fitando-te, deseja o teu recurso acionador dos teus abalos... Queres fixar os teus temas nos meus olhos e depois, abordá-os, olhando a minha alma com a tua subjetividade?
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Oh! Chamas-me e propõe que eu me sirva do teu banquete e me balanças nos teus braços de aconchegos, depois ergue a tua taça e me convidas a um brinde a tua memoria...
Terei que convocar os teus salões de núpcias... Flautas das tuas pupilas adormecidas para te despertar?
Teus olhos estão cheios de lágrimas e nos teus lábios, repousam milhões de amores entronizados nas infidelidades das almas?
Queres que eu receba os fluxos da tua tendência e os excessos dos teus movimentos por dentro de mim? Ah! Queres descer à minha matéria e receber as minhas lágrimas como torturas por sonhar com o teu paraíso?
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 Não quero o teu xarope balsâmico nem lamber os restos que ficam na tua colher, por que o teu mel, no principio, desce doce e suave e depois... Depois! Acumulas os teus cavacos e punhados de azeites inflamáveis e acende no coração a tua fogueira, apoderando da espessa fumaça que entra nos olhos, e os transforma em tições de lágrimas flamejantes, que descambam em velocidades translativas, efluentes dos teus talentos ambiciosos, aproveitando as correntes das narinas enamoradas, eis que se alocam e lança a tua substância atrativa, e nos seus efeitos, os meus vestígios líricos serão derrubados do meu espírito, que cairá inconsciente pela a dependência do teu ardor...
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Oh! Temo-te, por que correm pelos os campos harmônicos dos meus sonhos, as tuas viçosas labaredas, fazendo despertar o aguçar ingênuo de um coração que quer te provar... Isentas-me da tua experimentação; pois as tuas fórmulas são para mim agora diferentes, e os meus devaneios não mais se desenrolam no teu círculo, e sim, apenas na fantasia do teu conhecimento e nos complexos da tua clássica análise de apenas olhar, tremer e querer viver-te em ilusões profundas dos teus atos...
Voltei e tudo foi um fracasso!
Tentei lutar, mas destruído.
Voltei com o coração doído.
Tudo foi obra do teu acaso!
Agora só me resta alto gritar.
Chorar nesta tua vida covarde.
Gritar no teu vale que arde…
Ensinar o coração não mais amar.
Oh! Não mais seguirei avante!
Cansei-me, pois o coração a delirar...
Só quer morrer neste instante.
Ficarei mórbido neste meu lugar!
Quem sabe quando a lua mudar…
Poderei ainda cantar o seu canto!
 
   Carlos Alberto 
    albertoesolrac
   silêncioelágrimas

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