sábado, 31 de dezembro de 2011

CARTA AO AMOR QUE A ALMA SENTE

     Lágrimas e odores ao amor ausente...

“Por ela Deus se manifesta.
O único bem que ainda me resta
É ter chorado uma ou outra vez.”
 ( Musset )

Hoje fui tomado por uma sensação de apelo do meu coração, e na sua veemência solitária, indagou-me, com extremo apetite, dilatação das suas pálpebras, vaporosos ardores de sensibilidade, entre o céu de divindades, cristalizados de áreas etéreas e intensos lumes de magias, soltando fluidos de saudades colossais, deslumbrantes nas suas plagas!
           - Sofres e também eu! – Falou o meu coração sedento e continuou:
-Sou
Forma criada, simultaneamente, nos teus lábios e na mente do teu interior, que sobe as tuas narinas e desce em véus saudosos de dulcíssimos suspiros nas minhas lembranças. É no altar santifico da tua pele, que tremo e sinto o odorífico perfume que tonteia o teu espírito e o esconderijo da minha morada: o teu peito que me guarda solitário! O meu gesto confere ao teu corpo, a experimentação cognitiva dos meus sentidos, que experimentam o meu bater das mãos na janela trêmula da paisagem da tua busca.
O evento secreto toma forma, incitando a sua pálida luz na tua face, palpitando os teus lábios, tornando a tua respiração ofegante, e o vento do amor saudoso, se apropria dos teus sonhos adormecidos.
Lembras-te de mim? Eu sou a magnífica rosa!
Que foi plantada no seio do teu doce jardim!
Tocas-me, te protegerei dos meus espinhos!
Não esquecerá o odor que emana sem fim!
Cuido eu de ti, e também, cuidas tu de mim!
-Vou bater dentro de ti mais forte!Fecha-te os olhos e me percebas expressivo na consciência da tua visão de espírito, conservando-me vivo e loquaz, por que sou eu que latejo e te faço vibrar os objetos emergenciais do teu ser. Conserva-me por que eu orientarei os seus efeitos por dentro de ti e propagarei a sua doçura, baseado nas expressões da tua face.
Toma-te consciência da minha potência, e deixa formar na beleza do meu bater, a formações das ações dos meus atos de saudades! Eu sou o ruído que se forma na dimensão de todo o teu ser, estabelecendo assim, a plena convicção do conhecimento no tecido sensível da tua pele. Sou teu campo de forças, um órgão de vida institucional, que sente as pressões das práticas do teu corpo e isso determina a minha relação contigo, porque eu também choro, e quando a dor atravessa as tuas carnes, os códigos do meu sensível, expressam por dentro deles, tudo aquilo que acontece por fora de ti."
Experimente do meu licor na tua alma
Saboreie-me com a tua língua... Eu dou!
O doce sublime daquele a quem sou...
Use o mel genuíno do meu longo ardor!
-Transbordo em ti! Sou integrado pelo o bater, o sentir e o tremor! Integro a fala sensorial do teu conjunto, assim o processo de recepção da tua saliva, recebem os atos dos meus comandos e a significação estonteante do pleno fluir flutuante, nas transformação do teu olhar, que se torna mais doce e angelical.”
 
   Assim escreveu o meu coração o estado febril do meu ser. Nos indícios do meu rosto, o símbolo da conduta dos meus sorrisos tristes que foram narrados, postados, em uma missiva, cheia de lágrimas, identificando o seu exprimir, existente nas entrelinhas daquele que sobrevive ainda de saudade que são contínuas. 
Ah! Na tua pele eu pinto a minha cor!
Meu perfume aos teus lábios te dou!
No teu coração assim nasceu à flor!
Suspiros e delícias que brotam do amor!
- Eu gesticularei por dentro de ti também com as minhas lágrimas. Os gestos dos meus movimentos, determinarão a prescrição do ato real.
A doce lua constelada na hóstia da tua boca. Os lírios bordados no róseo dos teus lábios, com áureas alombadas de cetim da cor da tua face. O céu cheio de cúpulas de aromas, sabores de beijos. Espelho da aurora criação do florear da brisa do teu hálito. O vento que se espelha nas visões dos laços da luz que fenecem no teu seio. A maré do ar perfumado que emana do corpo, com ondas que vêm em pedaços e caem nas profundezas do teu ser. Teus olhos espiam o sopro do espírito feminino e reconhece a sua fronte sedosa. O fogo dos vulcões dos seus olhos. Os dentes inquietantes em um mundo que paira e uivam os instintos da matéria corpúsculo nos seus gritos com suas asas que voejam saudades...
Nuvens e trovões fazer ressoar o repouso dos teus sentimentos que se adentram no teu coração, que sou eu! onde o cenário conhece o frio das peças que compõe a criação do ser mulher na tua mente.
Sentes o pólen do meu aroma no teu ser?
Sou eu em ti e que faz teu sentimento crescer
Quando fechas teus olhos vem o meu florescer
O andar por dentro de ti do meu viver
Deixe-me sonhos contigo viver...
- O purpúreo do sol da tua saudade, inclinando nas sombras da tua consciência, englobando na tua boca, feixes de risos que se desvelam em exaltação a tua paixão! O eldorado do anjo do teu amor recolhe no éden a alma feminina das tuas noites deleitosas. Flamejando se abrem as asas do teu guardião e no seu peito, desmaiado, cai às citações de suspiros de hinos que escuta a tua donzela. Oh! Alma que cria ardores, mesmo que momentâneos de delírios! Vastos são as tuas delícias e o som que faz palpitar os lábios que morde a tua língua! O teu perfume enche a carne de êxtases e delírios e toma o espírito que se entrelaça nos teus cânticos líricos e no viço dos teus lábios efêmeros, que é alucinação nervosa para quem vive na saudade. A sua lâmpada não se apaga e o manifesto da sua luz calam os teus movimentos e faz o mover por dentro de mim dos seus sussurros radiantes.
Eu já dispus ao teu olfato o meu cheiro
Pétalas que na sua forma cobre meu ser
Mas minha nudez aos teus olhos é exposta
Por que só em ti meu vasto mar composta
Evidenciados nas crônicas dos teus suspiros, permanece a fonte! É a inserção dos teus lamentos que se prologam, nos pedaços esparsos dos teus pensamentos, onde tenta rastrear o seu último perfume, no campo da tua matéria! Nos registros das tuas recordações, eis que sou colocado à disposição do teu fluir, e recebo o mel e a dor das tuas reminiscências! O teu olhar forma a saga também dos meus gritos. Sou eu te apaziguo e te elevo as brumas do meu leito que se agita, e o meu ar serve de consolo. Saudade e a expressão que circula para a transfiguração da fantasia em bálsamo. Em círculos voluptuosos, dançam cravados no teu seio, ardentes abraços e beijos de volúpias vibrantes, cheios de sagacidades. Infinito é o esplendor do morder dos teus dentes, como se procurasse um beijo ardente. Que se adentra e flameja nas garras da tua sede!
Clarões dourados! Relâmpagos incendiários! Tempestades e trovões incendeiam o céu puríssimo dos teus olhos! A luz argêntea repete nas tuas manhãs, a elísia doçura do frescor profundo de gozos, das meigas carícias do teu amor! Ânsias te sobem e desejos transpostos são levados pelas as nuvens da tua mente! Cortejos de arcanjos com suas roupas reluzentes programam os sintomas da tua vida! Incensos se levantam nos astros do teu olhar! O escorrer do óleo da estrela: a lua da tua saudade, em múltipla flacidez, se mistura as tuas lágrimas cheirosas e saudosas! 
Beba a minha delícia com o olhar fecundo
Sou a maior beleza que gira o teu mundo
Suspiros que se movem lá bem fundo
Do coração que se entrega ao meu profundo!
- Revolves-te nas cinzas da saudade, porque glacial será a quimera dos teus sonhos, enraizados nos dilúvios dos teus olhos, esmurrando o teu espírito, como morado das anomalias do teu ser extremamente lírico! O teu mundo subliminal é a tônica do coração que se oculta nas metáforas dos teus lábios e nas metonímias dos teus desejos! 
-Levanto a ponta da cortina dos teus atos e compreendo a chama viva do amor que bate no ato da ação! É indomável! É torturadoras as afeições que se deslocam nos teus lábios, como se fossem réstias de beijos de mulher! Perambula no céu da tua alma e nas recordações ativantes do sensível ao amor ausente! E com as mesmas lágrimas que caem dos teus olhos, assim me retiro. Recolher-me-ei no invólucro do teu corpo, mas ainda nesta noite, sairei e cearei contigo noiva minha!  Assim encerrou o ciclo o meu coração nas lembranças do amor ausente.
O amor ausente
morde, com os seus dentes cortantes, causando delírios a pele e fogo ao espírito, que tem medo de voar e se afogar nas suas próprias lágrimas.
É como a noite em tempestade!
Ventos e raios que corta a felicidade
Ressoa a tua voz no seio da ansiedade
Anunciado pelo o doce da saudade
Oh, meu amor! Louvado é o teu sorriso!
Que me abre-as asas do paraíso!
Faz tanto tempo que eu estou contigo!
Entretanto, eu nunca te vi comigo!
A nova pátria me fascina e eu te busco
Nos picos, montes, plagas e penhascos.
O cavaleiro domado da saudade sem afrescos
Não mais me unge e nem me dá beijos
Oh! Amada minha! Ordena em mim a natureza!
O jardim... O lar onde eu te ponho como princesa...





Xiiii... Bum!!!... Xiiii... Bum...!!!
Explodem os fogos aqui no meu céu de Brasília! Que doce, por que eu fiz um pedido: que neste vindouro ano meus sonhos criem asas... Meu Deus! Um já desceu... Ufa!  São nove horas e cinco minutos e meus sonhos não sobem... Ah! Esperamos pela à meia-noite, dizem que é esse horário que acontecem os contos de fadas... Feliz ano novo e tudo de novo... (que belo trocadilho!) Ufa bem negrito!
 

        Carlos Alberto
         albertoesolrac
        silêncioelágrimas

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