quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

INSCRITOS NO CORAÇÃO


O rio fecundoso, com os dons da beleza do amor, circula e domina o ser. Grandioso, profundo, e nele borbulha o desconhecido.A sua extensão de tantas águas, causará o naufrágio de um coração. O céu ainda faz chover no seu mar de beleza, e na pele do ser que paira, no seu porto assolado, a espera do seu amor, cai-lhe o seu último fechar de olhos. O temporal é onipotente, insondável e avança ardentemente, também, pela a brisa do invisível, o coração, que sozinho, espera a aurora da nova criação dos seus sinais ardentes na carne! É provável que logo empós a tempestade, cruzará no seu céu, um belo arco-íris, quer seja como sinal de refrigero, ou então, uma leve pausa, para depois, recomeçar a sua tempestade. Enquanto isso, caem às pétalas líricas e utópicas na poética. Recolhamos uma por uma para fazer depois, a recomposição da nova flor que brotará.

Há um movimento no seio que não se ordena

O efeito sublime de um sol que queima

Bebes-te da fúria e do vinho da alma

Do néctar que adormece a tua pele

Açoita-te e vem dela o perfume que te

embebeda

O galopar do seu hálito que te rasga e aperta

No coração a dor imensa só cresce

Molha o teu corpo a chuva que desce

Nos teus olhos o amor entreaberto

Oceano de sensações! Teu mundo esmaece!

O azul do céu do beijo roça a tua pele

Oh!

Quem dera bater a porta dos teus anseios!

O arfar erguido de um coração que segue só

No teu peito intumescido, Ó ardente febre!

Áureos olhares te penetram e não percebes

No teu leito solitário a tua prece

A tua língua ingênua que tanto mexe

Os teus desejos que tremes e o coração espera

Estar à alma marcada pela a linda donzela?

Cândida e pura! É a doce Laura? Por ela tu

velas!
Os lírios de suspiros da sua alma bela!
Afinal, quem será ela?

Aquela que vives como um sinal na tua pele?

Assim choras tu e também choras o poeta!
Por não obter a delícia do perfume que habita nela!
Sinto a embriagues do teu perfume!Desfilam diante dos meus olhos, os últimos beijos, e isso me agita! Perturbam os meus sentimentos! A linguagem confidencial que me traz as reminiscências do teu ardor, que são nítidos, e o público dos orifícios da minha pele que te aplaude, pelo o desabrochar dos fragmentos que os fazem pulsar pela a vida.
É neste corpo que se encontram as leis do

coração, e nele se escreve, com unhas sedosas, a

origem dos seus gritos.


Instiga, ó pele! A profundidade do nível que

foi postada em ti os ardentes sinais! A

extensão do sal, misturado com a essência da

mulher, vista outrora, nos teus pontos

significativos e sensíveis do perfume que te

ungiu dependente, e agora, testemunho do teu

afã.   

O teu ensaio será o cenário de toques que de ti

se retiraram, mas te causará mais labor, pois a

invasão dos movimentos que fluem na tua pele é

viva, e a fenda do teu coração, rebusca e os

recebem de volta com delícias e sabores.
- Oh! Não te abates amigo meu, inscrito está no teu coração às dádivas do amanhã! – Assim me disse o meu "eu"  e continuou:
-A tua arte oratória, senta-se nas palavras, alcançando a linguagem enaltecida pela a genuína eloquência dos teus olhares! Nos méritos dos teus discursos têm as descrições mágicas dos instrumentos de licores, que te aplicam na boca, o doce do amor e as lembranças daquela a quem amas. O teu discurso banha os pensamentos dos teus lábios e no inebriante e tímido abrir deles, desenvolve a melhor das delícias, erguendo-se novos sabores nos seus diálogos, e no correr deles pelo o doce da tua boca, que é inquestionada, pela beleza suprema que jorra por dentro dela. Murmúrios louváveis são levantados e o orador que é teu grito, muito espreita pelo o gozo das expedições dos sonhos que percorre em ti. A espera ainda examina a dispersão das tuas lágrimas por cada sulco do teu rosto.

Eu delibero nos teus objetivos estéticos, por

que sou a tua própria imagem e também sinto

sede pela a concretização das fagulhas.

A minha visão retórica, interpreta a tua

existência, e com o intencionalíssimo também

dos meus gritos, quero equilibrar os afetos que

te cercam e não permitem que sejam tocado por

ti. Buscar a prática das emoções e transmitir,

através dos meus signos, a música que

influenciará nas tuas decisões, assim o farei!

Fazer o deslumbrar cair diante dos teus olhos

e nas suas ações. Apresentar a figura

maravilhosa da percepção, que vive arquejante,

na chave silenciosa do teu coração.

Estar inscrito em ti:
Articulações compositoras dos elementos que discerne o teu espírito, de aplicação ampla aos domínios da tua beleza. Analiso a tua luz e o currículo do teu ser. Faço a edição dos teus conteúdos nos esboços da tua pele trêmula, palpitante! Ah!As tuas fontes são primárias! E o coletor, teu nariz, anseia sorver os efeitos do primeiro beijo, possibilitando assim, o dispositivo no teu coração, avançar em busca do perfume que em ti tens crescido e espelhado o seu odor.
Eu sou o teu preceptor! O teu sacerdote que busca o ar simétrico que flameja nas noites da tua procura! Quero captura-lo, colocar nos teus olhos, fazê-lo arder nas fibras da tua alma, lançando dardos de perfumes para tontear o teu coração e arrebatar os teus sentidos! Eu sou o teu semeador! O cântico que buscarei fará incendiar teu espírito. Embebecer tua boca e enrijar os músculos do teu coração, para que ele bata mais forte, desassossegado, fazendo flutuar por dentro de ti a flor, com o seu líquido inflado de doces e polens do amor! O mar de vibrações do teu corpo será impregnado de volúpias, devolvendo-te os rituais dos teus sonhos, moídos, mas com mel, comerás e beberás a tua felicidade, abrandando assim, o beijo que será ressuscitado, para o louvor dos teus lábios, e a exaltação do teu ser, que se fará girar no gênese da luz geradora de profundos risos e ventos líricos.

Por que arfas, ó coração aventuroso!

Chove com exaustão nos teus lábios medrosos

Entretanto nas noites foge o sono e depois

Tristes batem as fagulhas no teu coração

E o sol não traz o teu belo suave dia

O ar escuro vagueia nos teus gemidos

Oh! O fogo da tua sedução tem se extinguido!

E não sobe o seu perfume na tua oração!    
Inquieto entra nos conflitos da tua alma
Céus! Na nova alvorada chegará a tua amada!
Ela será a tua vida, teu próprio retrato

E nunca mais viverá só e multifacetado

Tornando-te um inocente sonho encantado.

O tremor do teu sensível, é a consequência da

lembrança na tua mente, permitindo a entrada

das crônicas dos teus suspiros; compreendidos

nos arrepios dos teus cabelos.  

Sirva-me...

 o teu pão, ó Carlota! Eu sou menino!

Quero beijar o teu colo até dormindo

Cuidar também das tuas criancinhas

Sonhar com os teus cabelos com trancinhas

Sirva-me com esses teus olhos convidativos

Beber da sua doçura, pois são tão cativos.

Ah! Deixe escapar teu perfume, vem vindo!

Sonhos de êxtase nos lábios sorrindo!


CarlosAlberto

albertoesolrac

silêncioelágrimas

2 comentários:

  1. Amigo querido, adoro vir aqui, estive pertinho de vc a semana passada, estive a trabalho em Brasilia, lugar que gosto muito, aproveito para desejar a vc um 2012 cheio de realizações, de amores e de Paz,e que continue a escrever com essa sua sensibilidade inigualavel, bjs

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  2. Ah! Bela Brasília com os seus monumentos insondáveis! Respirastes o seu ar e vistes o correr de toda à sua arquitetura memorável! Existe ainda uma torre, onde no pico do seu ápice, assenta-se, digamos: a Ísmália invisível, entontecida e que joga o seu hálito por sobre todo o planalto. “Acordas, ó povo”! Acordas e recebas os teus visitantes!” Brasília não fala, mas te agradeço, antes, pelo o belo raiar de ano... Quantos aos amores... Certamente me vem aos lábios, o sarcasmo do meu último vinho que corre na língua: deixamos que durmam “os amores” porque a sua ressuscitação, causará danos ao tênue sopro de vida que teima em soltar as suas últimas faíscas... Obrigado pelas as felicitações e caberá a minha alma saudá-la por visitar a terra dos meus suspiros agonizantes... Felicidades no plural, quem sabe! Uma se desfilhará do seu ramo e ofertará a ti o seu doce, por que, pelo o que sinto, a tua alma anda tão sedenta e cheia de ensejos...

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