O rio fecundoso, com os dons da beleza do amor, circula e domina o ser. Grandioso, profundo, e nele borbulha o desconhecido.A sua extensão de tantas águas, causará o naufrágio de um coração. O céu ainda faz chover no seu mar de beleza, e na pele do ser que paira, no seu porto assolado, a espera do seu amor, cai-lhe o seu último fechar de olhos. O temporal é onipotente, insondável e avança ardentemente, também, pela a brisa do invisível, o coração, que sozinho, espera a aurora da nova criação dos seus sinais ardentes na carne! É provável que logo empós a tempestade, cruzará no seu céu, um belo arco-íris, quer seja como sinal de refrigero, ou então, uma leve pausa, para depois, recomeçar a sua tempestade. Enquanto isso, caem às pétalas líricas e utópicas na poética. Recolhamos uma por uma para fazer depois, a recomposição da nova flor que brotará.
Há um movimento no seio que não se ordena
O efeito sublime de um sol que queima
Bebes-te da fúria e do vinho da alma
Do néctar que adormece a tua pele
Açoita-te e vem dela o perfume que te
embebeda
O galopar do seu hálito que te rasga e aperta
No coração a dor imensa só cresce
Molha o teu corpo a chuva que desce
Nos teus olhos o amor entreaberto
Oceano de sensações! Teu mundo esmaece!
O azul do céu do beijo roça a tua pele
Oh!
Quem dera bater a porta dos teus anseios!
O arfar erguido de um coração que segue só
No teu peito intumescido, Ó ardente febre!
Áureos olhares te penetram e não percebes
No teu leito solitário a tua prece
A tua língua ingênua que tanto mexe
Os teus desejos que tremes e o coração espera
Estar à alma marcada pela a linda donzela?
Cândida e pura! É a doce Laura? Por ela tu
velas!
Os lírios de suspiros da sua alma bela!
Afinal, quem será ela?
Aquela que vives como um sinal na tua pele?
Assim choras tu e também choras o poeta!
Por não obter a delícia do perfume que habita nela!
É neste corpo que se encontram as leis do
coração, e nele se escreve, com unhas sedosas, a
origem dos seus gritos.
Instiga, ó pele! A profundidade do nível que
foi postada em ti os ardentes sinais! A
extensão do sal, misturado com a essência da
mulher, vista outrora, nos teus pontos
significativos e sensíveis do perfume que te
ungiu dependente, e agora, testemunho do teu
afã.
O teu ensaio será o cenário de toques que de ti
se retiraram, mas te causará mais labor, pois a
invasão dos movimentos que fluem na tua pele é
viva, e a fenda do teu coração, rebusca e os
recebem de volta com delícias e sabores.
- Oh! Não te abates amigo meu, inscrito está no teu coração às dádivas do amanhã! – Assim me disse o meu "eu" e continuou:
-A tua arte oratória, senta-se nas palavras, alcançando a linguagem enaltecida pela a genuína eloquência dos teus olhares! Nos méritos dos teus discursos têm as descrições mágicas dos instrumentos de licores, que te aplicam na boca, o doce do amor e as lembranças daquela a quem amas. O teu discurso banha os pensamentos dos teus lábios e no inebriante e tímido abrir deles, desenvolve a melhor das delícias, erguendo-se novos sabores nos seus diálogos, e no correr deles pelo o doce da tua boca, que é inquestionada, pela beleza suprema que jorra por dentro dela. Murmúrios louváveis são levantados e o orador que é teu grito, muito espreita pelo o gozo das expedições dos sonhos que percorre em ti. A espera ainda examina a dispersão das tuas lágrimas por cada sulco do teu rosto.
Eu delibero nos teus objetivos estéticos, por
que sou a tua própria imagem e também sinto
sede pela a concretização das fagulhas.
A minha visão retórica, interpreta a tua
existência, e com o intencionalíssimo também
dos meus gritos, quero equilibrar os afetos que
te cercam e não permitem que sejam tocado por
ti. Buscar a prática das emoções e transmitir,
através dos meus signos, a música que
influenciará nas tuas decisões, assim o farei!
Fazer o deslumbrar cair diante dos teus olhos
e nas suas ações. Apresentar a figura
maravilhosa da percepção, que vive arquejante,
na chave silenciosa do teu coração.
Estar inscrito em ti:
Articulações compositoras dos elementos que discerne o teu espírito, de aplicação ampla aos domínios da tua beleza. Analiso a tua luz e o currículo do teu ser. Faço a edição dos teus conteúdos nos esboços da tua pele trêmula, palpitante! Ah!As tuas fontes são primárias! E o coletor, teu nariz, anseia sorver os efeitos do primeiro beijo, possibilitando assim, o dispositivo no teu coração, avançar em busca do perfume que em ti tens crescido e espelhado o seu odor.
Eu sou o teu preceptor! O teu sacerdote que busca o ar simétrico que flameja nas noites da tua procura! Quero captura-lo, colocar nos teus olhos, fazê-lo arder nas fibras da tua alma, lançando dardos de perfumes para tontear o teu coração e arrebatar os teus sentidos! Eu sou o teu semeador! O cântico que buscarei fará incendiar teu espírito. Embebecer tua boca e enrijar os músculos do teu coração, para que ele bata mais forte, desassossegado, fazendo flutuar por dentro de ti a flor, com o seu líquido inflado de doces e polens do amor! O mar de vibrações do teu corpo será impregnado de volúpias, devolvendo-te os rituais dos teus sonhos, moídos, mas com mel, comerás e beberás a tua felicidade, abrandando assim, o beijo que será ressuscitado, para o louvor dos teus lábios, e a exaltação do teu ser, que se fará girar no gênese da luz geradora de profundos risos e ventos líricos.
Por que arfas, ó coração aventuroso!
Chove com exaustão nos teus lábios medrosos
Entretanto nas noites foge o sono e depois
Tristes batem as fagulhas no teu coração
E o sol não traz o teu belo suave dia
O ar escuro vagueia nos teus gemidos
Oh! O fogo da tua sedução tem se extinguido!
E não sobe o seu perfume na tua oração!
Inquieto entra nos conflitos da tua alma
Céus! Na nova alvorada chegará a tua amada!
Ela será a tua vida, teu próprio retrato
E nunca mais viverá só e multifacetado
Tornando-te um inocente sonho encantado.
O tremor do teu sensível, é a consequência da
lembrança na tua mente, permitindo a entrada
das crônicas dos teus suspiros; compreendidos
nos arrepios dos teus cabelos.
Sirva-me...
o teu pão, ó Carlota! Eu sou menino!
Quero beijar o teu colo até dormindo
Cuidar também das tuas criancinhas
Sonhar com os teus cabelos com trancinhas
Sirva-me com esses teus olhos convidativos
Beber da sua doçura, pois são tão cativos.
Ah! Deixe escapar teu perfume, vem vindo!
Sonhos de êxtase nos lábios sorrindo!
CarlosAlberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas
Amigo querido, adoro vir aqui, estive pertinho de vc a semana passada, estive a trabalho em Brasilia, lugar que gosto muito, aproveito para desejar a vc um 2012 cheio de realizações, de amores e de Paz,e que continue a escrever com essa sua sensibilidade inigualavel, bjs
ResponderExcluirAh! Bela Brasília com os seus monumentos insondáveis! Respirastes o seu ar e vistes o correr de toda à sua arquitetura memorável! Existe ainda uma torre, onde no pico do seu ápice, assenta-se, digamos: a Ísmália invisível, entontecida e que joga o seu hálito por sobre todo o planalto. “Acordas, ó povo”! Acordas e recebas os teus visitantes!” Brasília não fala, mas te agradeço, antes, pelo o belo raiar de ano... Quantos aos amores... Certamente me vem aos lábios, o sarcasmo do meu último vinho que corre na língua: deixamos que durmam “os amores” porque a sua ressuscitação, causará danos ao tênue sopro de vida que teima em soltar as suas últimas faíscas... Obrigado pelas as felicitações e caberá a minha alma saudá-la por visitar a terra dos meus suspiros agonizantes... Felicidades no plural, quem sabe! Uma se desfilhará do seu ramo e ofertará a ti o seu doce, por que, pelo o que sinto, a tua alma anda tão sedenta e cheia de ensejos...
ResponderExcluir