sábado, 24 de dezembro de 2011

O MOÇO QUE DORME


 os dois perfumes 
FEMININOS
  

“Apesar dos odores diferentes, eles têm a mesma sede pela essência e pedem que os completem: o amor”


- Adoro ser legitimo, tendo o domínio original do cheiro e receber visitas das narinas, entretanto, acho que devemos brincar expostas ao vento, assim ele retira o nosso perfume e sentimos a sensação de que somos possuídas com dons celestiais... Os moços não mais falam aquilo que queremos ouvi, quando sentem o nosso cheiro, e só nos resta, provar do nosso próprio odor, para obter a admiração que tanto necessitamos.
Assim disse um dos dois perfumes femininos que brincavam ao vento.
- Ah! É verdade! Eles só têm o conhecimento natural e esse, estar tão repetitivo aos nossos olhares e lábios. Não mais se congrega a nossa realidade, de sermos bem vistas e sentidas, pela a exclusividade no nosso ser, de percepções sensíveis, instintos recebedores do mundo que investiga em nós, o quanto somos dependentes das palavras, que nos fazem ficar entontecidas, pelo o licor da admiração contidas no amor... Ah! Os moços executam traços
Impuros de quaisquer posições que lhes amputam a sua falta de criatividade. Disse o
outro perfume feminino que oscilava, saltava as suas asas no céu. Ria e chorava pelo o prazer de ser tocada pelo o vento.
- Olhe lá naquela árvore como dormes um moço - apontou o primeiro perfume e continuou. - Vamos brincar com as suas narinas, certamente não receberemos aquilo que queremos, mas o deixaremos se convalescendo pela sua única beleza: seu instinto carnal.
- Eu não! – retrucou o segundo perfume - Eu já conheço a sua instituição e o seu ato sempre é antecipatório na minha pele, sendo o seu originário, o corpo, o objeto das sua brincadeira sem criações e toques externos insensíveis de amor, apenas prazeres repetitivos! Eu quero o incisado que sucumbe aos meus sonhos!
- Pois eu descerei e brincarei com as suas narinas. Quero expô-lo ao seu repetitivo, pelo menos isso é a única coisa que me faz existir... Sou obrigada a viver com os fundamentos deles, eles só têm isso para nós fazer doação, e temos que gerar vida sem vida! Disse o primeiro perfume.

E assim fez o perfume. Desceu e penetrou nas narinas do moço que dormia palpitante, a sombra de uma árvore e nele permaneceu por um período, e quando dele se retirou, voltou à claridade da luz do dia, com êxtase no seu olhar, logo lhe foi perguntado pelo segundo perfume.
- O que aconteceu? – quis saber.
- Ah! Não sabe o que eu vivi...
- Conte-me então, o que houve!  Pois te sinto com aspecto mais jovial e dengoso... Sinto o teu aroma renovado e puro... Conte-me o que houve enquanto estavas lá no interior do moço que dormes.
- Não acreditas! – começou ele – Pela primeira vez minha, nesta existência, não me senti amante, e sim, amada!
Fui classificada pelas as investigações do moço que dorme, como genuína! Senti-me pura nas linhas elevadas dos seus toques! Fui à alma do ser vivo que nunca proveu, deste a criação da carne humana, e toda a região do meu corpo foi abalada, e o meu coração, esse, se entregou por completo, nas distribuições dos seus dedos pela a minha pele! Que calafrios! 
Ah! Foi preciso eu traçar um esquema para não urrar demasiadamente, senão me faltaria às forças, e naquele momento, eu queria viver o que nunca tinha sentido na minha alma feminina! Ele foi doador de todo o seu conjunto, sem fazer exigências e com a sua eficaz, produziu em mim, o agir do meu espírito, que foi capturado, pelo o manancial soberano da beleza, que se conquista no conquistado! Foi crescente a marcha progressiva dos meus gritos: revolvidos, tocados, e nas suas efervescências, incorporaram diferentes olhares de renovação nas áreas do meu corpo! Eu fui arrebatada, pesquisada, analisada e sorvida pelas as visões obtidas, quando ele me cheirava! Era um espetáculo variegado, contidos no mundo dos olhos do amor, lembro-me que na superfície do seu olhar de juízo, eu fui promovida a publicar o discurso preferido do meu sensível, indo além do visível, atingindo cenas intelectuais nas artes linguísticas do andar da língua pelo o sabor. Oh! Eis que tombei exposta aos elementos dos discursos dos seus sons definitivos, debruando em mim, agora eu sei, que sou abrangente e compreende no meu sabor, a permanência profunda do interagir da minha alma feminina com o meu eu mulher, razão pela a qual, hoje me tornei, mulher-revelada com a sua particularidade única e o compreender da sua vaidade, que precisam ser cuidadas.

Senti-me renascida, e agora, eis que me olho e vejo o que nunca tinha visto em mim: o meu olhar que brota instintivamente a luz dos momentos que antes nunca vividos, e que, caminha no meu seio com os seus princípios e suas hipóteses. Agora sei determinar a lógica do meu existencialismo: eu sou mulher e quero alcançar os princípios das ciências nos processos discursivos da teoria do amor.
- Ah! Pelo o que sinto bebestes algo valioso. Acho que também mergulhei nas narinas do moço que dorme e experimentarei essa essência que denoto na tua face o seu fluir e sabor. – Disse o segundo perfume feminino.
E logo lançou seu voo e mergulhou nas narinas do moço que dorme...
Demorou o segundo perfume feminino, no seu tempo de permança, pelo o interior do moço que dorme, e quando, foi expelida, o seu retorno, tonteada, procurava segurar no seu espírito, o apoio para não cair de tão extasiada. E logo assim falou:
- Ah! Eu vi a minha dualidade: alma e espírito se partindo! Um gozo que se assemelha a flutuação na dialética cheias de diálogos e belas razões dos métodos verdadeiros da boca quando diz: eu te amo... Que fogo! A evolução do meu coração, atravessou a síntese da minha alma e me trouxe o título: o sabor absoluto de um espírito feminino nas suas múltiplas diligências, pela a conquista das atividades do fluir, nas ardências de um seio de mulher!
Céus! Caí sem sentido! Mas viva, arquejante, sussurrante, transpirante e de súbito, fui diagnosticada por mim mesma... Eu queria mais e mais... Deus! Agora estou viva e no meu coração, o súbito sentimento descobre que fui revelada apenas pela a capacidade de um sorver eloquente! Trazendo discernimento, intuição que eu também, não fui amante, e sim, amada! Fui imobilizada e nos inicios das mutações do meu coração, foram aceitos os axiomas dos atributos do infinito do meu ser, por que eu vi esse corpo meu vivo e morto, captando exercícios para nortear mais o meu espírito! Eu mudei hoje, por que as asas do ardor deu dinamicidade ao meu mover e captou em mim, o melhor ângulo para desenvolver os seus movimentos e prender-me nos sentidos dos seus tremores.
Um raio iluminou uma paisagem cheia de influências significativas e educou o mundo sensível do meu espírito feminino. Eu brinquei com a minha lua, acessando o meu sensível! Eu fui a sua lição e ele na sua autenticidade, no seu olhar essencialista, fez-me cair na sua doce armadilha do amor! Como queria ficar eternamente presa! Fazer romper o núcleo do conhecimento que ainda desconheço, por que eu sei que o moço que dorme, é a verdade da razão centralizada no seio da essência do amor. Ah! Sonhos estáveis! Permanências doces! Determinações medidas pela a limpidez do intérprete no corpóreo dominado por uma busca que jamais pensaria que existisse! Foi efetivo o seu sorver, fazendo- me conhecedora dos recursos distintos dos fenômenos substanciais a propagação dos meus gritos, uivos e prazeres pela a animação do fogo na pele.
Ufa! Fui lançada por um colar de pérola, e a intuição do irreal foi real, demonstrando os meus internos sentidos de cores e odores, que despontaram na minha língua! Que belo moço que dorme! Faz compreender na alma feminina a súbita descoberta do discernimento na mulher e causa a sua percepção imediata, que ainda existe vida nos sonhos que sonhamos! Ele me olhou e captou as fantasias da realidade que tanto sonhei! Oh! Quero amá-lo...! Esgotar o meu ser e exercer influências nas correntes dos seus pensamentos! Que belo instrutor da identidade no ser que desconhecemos, nós mesmos! Eu fui representada pelo o sorver da sua delícia, e os eventos que eram constantes em mim: violentos, contingentes e que agora, depois do repouso, anseio de novo ultrapassar a minha fragilidade e aplicar o seu bálsamo na minha inconstância... Ele determinou os meus estímulos e nas suas análises, ordenou o meu sistema que agora: é mais amor...
Devemos acordá-lo do seu sono? – Perguntou o primeiro perfume.
- Oh! Não! Jamais!- respondeu o segundo perfume – Devemos mantê-lo sempre assim, dormindo, e quando, a nossa alma feminina necessitar de unguentos, virão aqui e aplicarão o seu aliviar nas feridas. Deixamos que durma…
“Deixe que ele durma, por que a sua doçura só flui quando ele sonha”.


Feliz natal a todos e um próspero ano novo, assim desejo…
Carlos Alberto
albertoesolrac
silêncioelágrimas

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